Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. Aula 11 – Distúrbios da consciência + hiper e hipoglicemia - Inconsciência Ausência de resposta a um estímulo externo. 1º Cena o Inspecionar o local a procura de evidências para o reconhecimento da causa. o Inspecionar bolsos da vítima. o Colher informações com testemunhas e acompanhantes. 2º Avaliação: AVDI 3º Classificação da responsividade o Alerta: normal o Sonolência: confuso, mas orientado o Letargia: sonolento, obedece a comando simples quando estimulado, responde lentamente a frases, morosidade. o Torporoso: Difícil de despertar, obedece inconscientemente a comando simples, palavras isoladas. o Semi-comatoso: não obedece a comandos ou fala incoerentemente. o Comatoso: pode responder a postura reflexiva ou não responder a qualquer estimulo. - Síncope Perda súbita e breve da consciência e do tônus postural. Pode ser: Vascular Hipotensão ortostática (mudança de posição) diminuição de PA. Mediado por reflexo vasovagal clássica e situacional. Fatores agravantes depleção de volume, desnutrição, anemia e idade elevada. Cardíaca Causada por bradiarritmias, taquiarritmias, estenose aórtica e cardiomiopatia congênita, diminuindo o débito cardíaco. Vasovagal Vaso dilatação com ou sem bradicardia. Causa mais freqüente de síncope. Geralmente ocorre em ambiente quentes, estresse emocional, antecipação de dor, trauma, posição ortostática de longo período, dor, medo, exercício físico vigoroso. Esse tipo de síncope possui uma fase prodrômica, onde os pacientes apresentam sinais e sintomas específicos como tontura, sudorese, astenia, náuseas, escotomas cintilantes, cansaço e palidez. Nesse tipo de síncope o paciente se recupera quando deitado com as pernas levantadas ou sentado com a cabeça entre as pernas. Atendimento APH síncope o Remoção para local arejado o Não oferecer nada via oral o Liberar vestimentas apertadas Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. o Todo paciente com síncope deve ser submetido à avaliação inicial, que compreende a história clínica, exame físico e ECG de repouso. - Convulsão / Crise epiléptica Distúrbios da função cerebral, gerando ataques breves e súbitos Crise convulsiva ≠ epilepsia Podem se apresentar como crise de ausência (viaja do nada), crises mieclônicas (choques) e crises tônico clônicas (contração e relaxamento desordenado). Etiologia defeitos cerebrais congênitos/adquiridos como cicatriz de neurocisticercose, distúrbios metabólicos, edema cerebral, hiperexia, hipóxia cerebral, infecções neurológicas (meningite e abcesso intracerebral), lesões cerebrais expansivas, uso de drogas e em crianças, febre. Avaliação 1º Avaliar cena o Perda de sentidos? o Queda abrupta? o Agitação psicomotora? o Contrações musculares? o Salivação intensa? o Vômitos? o Relaxamento de esfincteres? 2º Como proceder durante a crise? o Afastar objetos que possam machucar a vítima o Afastar curiosos para dar espaço à vítima o Afrouxar roupas e retirar as que estão em excesso o Leve lateralização da cabeça para saída salivação evitando broncoaspiração o Não tracionar a língua o Não imobilizar membros o Não administrar líquidos ou medicamentos o Não realizar RCP durante crise 3º Estado pós ictal (pós convulsivo) o Sonolência/torporoso? o Dificuldade para falar? o Palavras sem nexo? o Amnésia? o Desorientação tempo/espaço? o Tenta caminhar sem direção? o Encaminhar para SAV Episódio isolado Recorrência Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. - Hipoglicemia Tríade de Whipple Manifestações Fatores predisponentes o Doses excessivos de insulina, sulfonilureis ou meglitinidas o Ingestão reduzida de carboidratos o Aumento do consumo periférico de glicose o Ingestão alcoólica o Insuficiência renal Atendimento APH o Obter histórico da vítima o Administrar açúcar para pacientes conscientes, para inconscientes não fornecer nada via oral (glicose IV no SAV) o Decúbito lateral em caso de vômito o Evitar hipotermia o Transporte imediato para o hospital - Hiperglicemia Quantidade excessiva de glicose no sangue. Pode cetoacidose diabética-CAD (gera hálito cetônico) e estado hiprglicêmico hiperosmolar-EHH. Manifestações Poliúria, polidpsia, perda de peso, náuseas, vômito, sonolência, torpor, coma (mais comum em EHH), acidose, taquipneia, respiração padrão kussmaul, desidratação, pele seca, extremidade frias, língua seca, agitação, face hipermiada, hipotonia muscular, pulso rápido e pressão variando do normal ao choque. Tratamento o Manutenção de vias aéreas – em caso de vômito sonda nasogástrica o Correção da desidratação Níveis glicêmicos < 60 mg/dL Sintomas e sinais compatíveis com hipoglicemia Reversão dos sintomas após a administração de glicose Neuroglicopênicas Cefaléia, sonolência, tonturas, astenia, visão turva, dificuldade de concentração, lentidão de pensamento, confusão, irritabilidade, convulsões e coma Adrenérgicas Palpitações, taquicardia, ansiedade, tremores, sudorese, fome e parestesias. Suporte básico de Vida – Ingrid C. Santos Feito a partir de anotações das aulas desta disciplina, sem revisão por professores. o Correção dos distúrbios eletrolíticos e ácido básico o Redução da hiperglicemia o Identificação e tratamento do fator precipante o Transporte imediato para o hospital
Compartilhar