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Como os pluralistas definem democracia 01 05

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Disciplina : Ciência Política  
Professor: Adriano Cerqueira
Aluna: Lorena Rocha Soares
Definição de Pluralismo:
Uma sociedade plural é aquela composta por vários setores de poder, inexistindo, portanto, um único órgão responsável por proferir as decisões administrativas e políticas. No pluralismo, os diversos grupos formadores da sociedade estarão mutuamente fiscalizando e influenciando um ao outro, de forma que as decisões não sejam tomadas unilateralmente. Desta forma, percebe-se que em uma sociedade plural, necessariamente, os diversos grupos devem ter convicção e reconhecer os contrastes existentes entre eles, buscando, dentro de um sistema e ambiente democrático, soluções que levem a superação desses conflitos e, consequentemente, atendam aos interesses do maior número possível de pessoas. 
Portanto, é possível concluir que um Estado plural é aquele no qual inexiste uma única autoridade responsável pela administração e pela política estatal, havendo, ao contrário, uma sociedade dividida em grupos organizados, que, apesar de estarem subordinados ao próprio Estado, exercem influencia sobre as decisões do ente político e, ainda, fiscalizam os demais grupos, de forma que nenhum dos setores sociais, isoladamente, tenha a capacidade de controlar a tomada de decisões inerentes aos rumos que serão seguidos por determinada Nação. 
Como os pluralistas definem democracia?
 Não dispomos de uma ou várias teorias do pluralismo, de um sistema com um grau de precisão analítica comparável, por exemplo, ao da teoria democrática. Há inúmeras razões para isso, entre as quais a situação indeterminada da representação dos interesses no processo democrático, em oposição aos canais institucionalizados que caracterizam a representação eleitoral. Alguns desses problemas irão esclarecer-se à medida que avancemos em nossa discussão. Ademais, no decorrer da história do pensamento pluralista, que já conta bem mais de um século de idade, deparamo-nos com uma ampla diversidade de escolas e abordagens que vão de movimentos doutrinários e políticos, como o socialismo corporativo, a estruturas analíticas como as encontradas na "abordagem de grupo" ao estudo da política.
É possível afirmar que o Pluralismo é decorrente do próprio regime democrático adotado por determinada Nação. Nesses termos, a Constituição Federal Brasileira de 1988 adotou, em seu artigo, o Pluralismo Político como um de seus pilares fundamentais. Sendo assim, a Carta Constitucional brasileira procurou assegurar instrumentos que possibilitem a convivência harmônica das diversas concepções sociais, em todos os âmbitos, como, por exemplo, o religioso, filosófico ou político. Aqui, repita-se, que essa convivência somente pode ser alcançada quanto todos os grupos sociais, apesar de suas diferenças, tolerem o posicionamento dos outros grupos e, até mesmo, dos indivíduos que não pertençam a nenhum dos grupos já existentes. 
O pluripartidarismo assegurado pela Constituição Federal, bem como a possibilidade das agremiações defenderem todas e quaisquer idéias, desde que dentro dos ditames da soberania nacional e dos direitos humanos, por si só, demonstra a plena aplicabilidade, ao menos em tese, do Pluralismo Político na Carta Constitucional brasileira. Neste ponto, necessário ressaltar que o Pluralismo Político é apenas uma das vertentes constitucionais estabelecida pelo Constituinte Originário, pois, sem a construção de um ambiente democrático, capaz de propiciar a convivência dos diversos grupos sociais, de nada adiantaria a possibilidade de formação de diversos partidos políticos, já que, nessa hipótese, o grupo dominante controlaria todos as agremiações políticas existentes e, por via de conseqüência, os rumos da sociedade e da Nação. 
Bibliografia
http://uj.novaprolink.com.br/doutrina/4629/Notas_sobre_Pluralismo_Politico_e_Estado_Democratico_de_Direito
http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_26/rbcs26_01.htm

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