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APOSTILA GRAMÁTICA

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1 
 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
Acento tônico – É o fato fonético de uma sílaba ser 
emitida com maior intensidade que outra. 
Acentos gráficos – São o circunflexo , o agudo e o grave 
(que indica a ocorrência da crase com a letra a) 
Prosódia – É a parte da Fonologia que estuda e fixa a 
posição da sílaba tônica. 
Regras de acentuação 
I – Proparoxítonas: todas são acentuadas. Ex.: médico, 
máquina, fábrica... 
 
 
II – Paroxítonas: são acentuados os vocábulos paroxítonos 
terminados em: 
 
I(s): júri, júris, lápis, tênis; 
Us: vírus, bônus; 
Um/uns: álbum, álbuns; 
R: caráter, mártir, revólver; 
X: tórax, ônix, látex; 
N: hífen, pólen, próton; 
L: fácil, amável, indelével; 
Ditongo: Itália, Áustria, memória, cárie, róseo, Ásia, Cássia, 
fáceis, imóveis, fósseis, jérsei; 
ÃO(s): órgão(s), sótão (s), órfão (s), bênção (s); 
à (s): órfã(s), ímã (s); 
PS: bíceps, fórceps. 
 
 
III – Oxítonas: são acentuados os vocábulos terminados 
em: a(s), e(s), o(s), em, ens. Ex.: vatapá, jacarés, avô, 
parabéns etc. Os ditongos abertos éi, ói, éu continuam 
sendo acentuados quando surgem nas palavras oxítonas. 
Ex.: chapéu, constrói... 
 
 Não mais se faz distinção, para fins de acentuação 
entre monossílaba tônica e oxítona. (José Almir Fontella 
Dornelles) 
 
IV - Acentuam-se o “I” e o “U” dos hiatos quando sozinhos 
ou seguidos de “S”, desde que não estejam precedidos de 
ditongos ou seguidos de “NH”. Ex.: gaúcho, saída, faísca, 
bainha, feiura, juiz, raiz ... 
Acentuação diferencial 
I – Verbos ter e vir – Acentua-se a terceira pessoa do 
plural do presente do indicativo para diferenciar-se da 
terceira pessoa do singular. Ex.: Ele tem – Eles têm / Ele 
vem – Eles vêm. 
II – Derivados dos verbos ter e vir (conter, deter, convir, 
advir etc.) – A terceira pessoa do plural do presente do 
indicativo recebe acento circunflexo para diferenciar da 
terceira pessoa do singular, que recebe acento agudo. Ex.: 
Ele contém - Eles contêm / Ele retém – Eles retêm. 
III – Pôde (pretérito) para diferenciar de pode 
(presente). 
IV – Pôr (verbo) para diferenciar de pode (preposição). 
Observação: essas foram as únicas situações em que o 
acento diferencial foi mantido. 
 
 
 
 
01 - São acentuadas pela mesma razão as palavras da 
alternativa: 
 
a) ciúme, egoísta, saída 
b) hífen, armazém, herói 
c) bíceps, metáfora, história 
d) pólen, médico, bênção 
e) dominó, avô, tênis 
 
02 – Assinale a alternativa em que ambos os vocábulos 
não são acentuados: 
 
a) apogeu, ceu 
b) rubrica, gratuito 
c) ausencia, melancia 
d) hifen, item 
e) raiz, raízes 
 
03 –Indique a alternativa em que todas as palavras são 
acentuadas: 
 
a) salario, urgencia, cinico, sabado, prejuizo 
b) impossivel, comercio, apos, gramatical, economica 
c) inteligencia, proposito, tambem, viavel, rubrica 
d) apoio, ceus, pagina, fiel, hifen 
e) ideais, minimo, comicio, eletrica, itens 
 
04 - Considerando a palavra “sociólogo”, assinale a 
palavra que obedece à mesma regra de acentuação 
gráfica. 
 
a) Química 
b) Porém 
c) Descartável 
d) Avós 
e) polonês 
 
05 - Assinale a alternativa em que as palavras devem, 
respectivamente, ser acentuadas pelas mesmas regras 
válidas para “obrigatório”, “política” e “juízo”. 
 
a) ministério, polícia, comício 
b) óbvia, autônomo, política 
c) público, matéria, júri 
d) polícia, pública, saúde 
e) inquérito, câmara, polícia 
 
06 – “... e que a ferramenta vem se consolidando como 
instrumento necessário...” Se pluralizarmos essa frase 
a forma verbal “vem” ficará: 
 
A) vêem 
B) vinham 
C) vieram 
D) vêm 
E) venham 
 
07 – Os dois vocábulos de cada item devem ser 
acentuados graficamente, exceto: 
 
a) Herbivoro – ridiculo 
b) Logaritmo – urubu 
c) Miudo – sacrifcio 
d) Carnauba – torax 
e) Biblia – hífen 
 
 
 
2 
08 – Assinale a alternativa em que todas as palavras 
estão acentuadas corretamente e pela mesma regra. 
 
a) juíza, médico, friíssimo. 
b) mistérios, agrícola, circuíto. 
c) faísca, câncer, míster. 
d) pôde, pôr, têm. 
e) juízo, último, chapéu. 
 
09 – Quanto à acentuação, assinale a opção incorreta. 
 
a) A carta, o ofício, o telegrama tem suas secretas 
consolações. 
b) Confissões difíceis pedem folha branca. Escreve 
memórias futuras. 
c) Escreve romances, relatórios, cartas de suicídio, 
exposições de motivos, mas escreve. 
d) Telefone, já és poesia. Preto e patético ficas entre 
coisas. 
e) O parlamentar pôde participar da assembleia anterior e 
vai emitir agora um juízo sobre o tema. 
 
10 – Assinale a sequência em que todas as palavras 
são acentuadas em obediência à mesma regra. 
 
a) alguém, afável, açúcar, também. 
b) chapéu, herói, último, próximo. 
c) egoísta, faísca, cafeína, viúvo. 
d) país, família, imóvel, espontâneo. 
e) prática, ofício, político, saúde. 
 
GABARITO 
1 –A / 2-B / 3-A / 4-A / 5-D / 6-D / 7-B / 8-D / 9-A / 10-C 
 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
ADIAMENTO DA VIGÊNCIA DO ACORDO 
ORTOGRÁFICO 
 
Os brasileiros terão mais três anos para adaptar-se às 
novas normas da língua portuguesa. O adiamento, 
estabelecido por meio do Decreto 7875/2012, assinado 
pela presidente Dilma Rousseff e publicado no Diário Oficial 
da União desta sexta-feira (28), contou com o apoio e o 
estímulo de senadores da Comissão de Educação, Cultura 
e Esporte (CE). 
A implantação definitiva do Acordo Ortográfico da 
Língua Portuguesa, firmado em 1990 por todos os países 
de expressão portuguesa, deveria ocorrer no Brasil a partir 
de 1º de janeiro de 2013, segundo decreto presidencial de 
2008. 
O novo decreto publicado nesta sexta-feira ampliou o 
período de transição até 31 de dezembro de 2015. Até lá, 
coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a 
nova norma estabelecida por meio do acordo. 
A partir da adoção definitiva pelo Brasil das normas 
estabelecidas pelo acordo, os concursos públicos e as 
provas escolares deverão cobrar o uso correto da nova 
ortografia. Documentos e publicações deverão também 
circular perfeitamente adaptados às novas regras. 
Fonte: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2012/12/28/adiamento-
da-vigencia-do-acordo-ortografico-teve-apoio-de-senadores 
 
Mudanças no alfabeto 
 
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as 
letras k, w e y. 
 
O alfabeto completo passa a ser: 
 
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z 
 
As letras k, w e y, que na verdade não tinham 
desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, 
são usadas em várias situações. Por exemplo: 
 
a) Na escrita de símbolos de unidades de medida: km 
(quilômetro), kg (quilograma), W (watt); 
 
b) Na escrita de palavras estrangeiras (e seus derivados): 
show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, 
William, kaiser, Kafka, kafkiano. 
 
TREMA 
 
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a 
letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos 
grupos gue, gui, que, qui. 
 
Como era Como fica 
agüentar aguentar 
argüir arguir 
bilíngüe bilíngue 
cinqüenta cinquenta 
delinqüente delinquente 
eloqüente eloquente 
ensangüentado ensanguentado 
eqüestre equestre 
freqüente frequente 
lingüeta lingueta 
lingüiça linguiça 
quinqüênio quinquênio 
sagüi sagui 
seqüência sequência 
seqüestro sequestro 
tranqüilo tranquilo 
 
Atenção! O trema permanece apenas nas palavras 
estrangeiras e em suas derivadas. 
 
Exemplos: Müller, mülleriano. 
Mudanças nas regras de acentuação 
 
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói 
das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônicona penúltima sílaba). 
 
Como era Como fica 
alcalóide alcaloide 
alcatéia alcateia 
andróide androide 
apóia (verbo apoiar) apoia 
apóio (verbo apoiar) apoio 
asteróide asteroide 
bóia boia 
celulóide celuloide 
clarabóia claraboia 
colméia colmeia 
Coréia Coreia 
Debilóide debiloide 
Epopeia epopeia 
Estóico estoico 
Estréia estreia 
estréio (verbo estrear) estreio 
Geléia geleia 
Heroico heroico 
Ide ia ideia 
Jibóia jiboia 
Jóia joia 
Odisseia odisseia 
Paranoia paranoia 
Paranoico paranoico 
Plateia plateia 
Tramoia tramoia 
 
 
 
3 
Atenção! Essa regra é válida somente para palavras 
paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as 
palavras oxítonas e os monossílabos tônicos terminados 
em éis e ói(s). 
 
Exemplos: papéis, herói, heróis, dói (verbo doer), sóis etc. 
 
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i 
e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo 
decrescente. 
 
Como era Como fica 
baiúca baiuca 
bocaiúva bocaiuva* 
cauíla cauila** 
feiúra feiura 
* bocaiuva = certo tipo de palmeira 
**cauila = avarento 
 
Atenção! 
1. Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em 
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. 
 
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí; 
 
2. Se o i ou o u forem precedidos de ditongo crescente, o 
acento permanece. 
 
Exemplos: guaíba, Guaíra. 
 
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em 
êem e ôo(s). 
 
Como era Como fica 
Abençôo abençoo 
crêem (verbo crer) creem 
dêem (verbo dar) deem 
dôo (verbo doar) doo 
Enjôo enjoo 
lêem (verbo ler) leem 
magôo (verbo magoar) magoo 
perdôo (verbo perdoar) perdoo 
povôo (verbo povoar) povoo 
 vêem (verbo ver) veem 
Vôos voos 
Zôo zoo 
 
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares 
pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e 
pêra/pera. 
 
Como era Como fica 
Ele pára o carro. Ele para o carro. 
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte. 
Ele gosta de jogar pólo. Ele gosta de jogar polo. 
 
Esse gato tem pêlos brancos. / Esse gato tem pelos 
brancos. 
 
Comi uma pêra. / Comi uma pera. 
 
Atenção! 
 
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a 
forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do 
indicativo), na 3.ª pessoa do singular. 
 
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do 
singular. 
 
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje 
ele pode. 
 
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. 
Por é preposição. 
 
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 
 
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do 
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados 
(manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). 
 
Exemplos: 
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. 
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. 
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. 
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos 
estudantes. 
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. 
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas 
as aulas. 
 
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar 
as palavras forma / fôrma. Em alguns casos, o uso do 
acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é 
a forma da fôrma do bolo? 
 
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas 
(tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do 
indicativo do verbo arguir. O mesmo vale para o seu 
composto redarguir. 
 
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados 
em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, 
desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos 
admitem duas pronúncias em algumas formas do presente 
do indicativo, do presente do subjuntivo e também do 
imperativo. 
 
Veja: 
 
a) Se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas 
devem ser acentuadas. 
 
Exemplos: 
 
• verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, 
enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. 
 
• verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; 
delínqua, delínquas, delínquam. 
 
b) Se forem pronunciadas com u tônico, essas formas 
deixam de ser acentuadas. 
 
Exemplos: 
 
• verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, 
enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. 
 
• verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, 
delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. 
 
Atenção! No Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, 
aquela com a e i tônicos. 
 
USO DO HÍFEN COM COMPOSTOS 
 
1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não 
apresentam elementos de ligação. 
 
Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, 
mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, 
porta-bandeira, pão-duro, bate-boca 
 
* Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que 
perderam a noção de composição, como girassol, 
madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, 
paraquedista, paraquedismo. 
 
2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou 
quase iguais, sem elementos de ligação. 
 
 
 
4 
Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-
taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-
zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre 
 
3. Não se usa o hífen em compostos que apresentam 
elementos de ligação. 
 
Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a 
dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa 
de força, cara de pau, olho de sogra. 
 
Incluem-se nesse caso os compostos de base oracional. 
 
Exemplos: maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz 
que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando 
foge, bicho de sete cabeças, faz de conta 
 
Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, 
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-
roupa. 
 
4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há 
o emprego do apóstrofo. 
 
Exemplos: gota-d’água, pé-d’água 
 
5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de 
topônimos (nomes próprios de lugares), com ou sem 
elementos de ligação. 
 
Exemplos: Belo Horizonte — belo-horizontino; Porto 
Alegre — porto-alegrense; Mato Grosso do Sul — mato-
grossense-do-sul; Rio Grande do Norte — rio-
grandense-do-norte; África do Sul — sul-africano. 
 
6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies 
animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, 
raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. 
 
Exemplos: 
bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-
dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-
doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-
campo, cravo-da-índia 
 
Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que 
designam espécies botânicas e zoológicas são 
empregados fora de seu sentido original. Observe a 
diferença de sentido entre os pares: 
 
a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico 
de papagaio (deformação nas vértebras). 
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie 
de selo postal). 
 
USO DO HÍFEN COM PREFIXOS 
 
As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em 
palavras formadas por prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) 
ou por elementos que podem funcionar como prefixos 
(aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, 
multi, neo etc.). 
 
Casos gerais 
 
1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h. 
Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história, 
mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, 
ultra-humano. 
 
2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra 
com que se iniciaa outra palavra. 
 
Exemplos: micro-ondas, anti-inflacionário, sub-bibliotecário, 
inter-regional. 
 
3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra 
diferente daquela com que se inicia a outra palavra. 
 
Exemplos: 
autoescola, antiaéreo, intermunicipal, supersônico, 
superinteressante, agroindustrial, aeroespacial, semicírculo. 
 
* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar 
por r ou s, dobram-se essas letras. 
 
Exemplos: minissaia, antirracismo, ultrassom, semirreta 
 
Casos particulares 
 
1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também 
diante de palavra iniciada por r. 
 
Exemplos: sub-região, sub-reitor, sub-regional, sob-roda. 
 
2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de 
palavra iniciada por m, n e vogal. 
 
Exemplos: circum-murado, circum-navegação, pan-americano. 
 
3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, 
recém, pós, pré, pró, vice. 
 
Exemplos: além-mar, além-túmulo, aquém-mar, ex-aluno, 
ex-diretor, ex-hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, pós-
graduação, pré-história, pré-vestibular, pró-europeu, recém-
casado, recém-nascido, sem-terra, vice-rei. 
 
4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo 
quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-
se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-
se essas letras. 
 
Exemplos: coobrigação, coedição, coeducar, cofundador, 
coabitação, coerdeiro, corréu, corresponsável, cosseno. 
 
5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo 
diante de palavras começadas por e. 
 
Exemplos: preexistente, preelaborar, reescrever, reedição. 
 
6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o 
hífen diante de palavra começada por b, d ou r. 
 
Exemplos: ad-digital, ad-renal, ob-rogar, ab-rogar. 
 
OUTROS CASOS DO USO DO HÍFEN 
 
1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e 
quase. 
 
Exemplos: (acordo de) não agressão (isto é um) quase delito. 
 
2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte 
começar por vogal, h ou l. 
 
Exemplos: mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-
limpo. 
 
* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não 
houver elemento de ligação. 
 
Exemplo: mal-francês. 
 
Se houver elemento de ligação, escreve-se sem o hífen. 
 
Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias. 
 
3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que 
representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. 
 
Exemplos: capim-açu, amoré-guaçu, anajá-mirim. 
 
4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que 
ocasionalmente se combinam, formando não propriamente 
 
 
5 
vocábulos, mas encadeamento. Ex.: ponte Rio-Niterói eixo 
Rio-São Paulo. 
 
5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de 
uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o 
hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. 
 
Exemplos: Na cidade, conta-se que ele foi viajar. / O diretor 
foi receber os ex-alunos. 
 
 
REGRAS PRÁTICAS PARA O EMPREGO 
DE LETRAS 
 
1. PALAVRAS DERIVADAS 
 
As palavras derivadas mantêm a grafia da primitiva. 
 
Exemplos: 
 
Paz: apaziguamento; 
Vez: revezamento; 
Deslize: deslizamento; 
Ferrugem: ferruginoso; 
Privilégio: privilegiado; 
Loja: lojista; 
Nojo: nojento; 
Laje: lajeado; 
Pretensão: pretensioso; 
Charco: encharcado; 
Atrás: atrasado 
 
2. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /Z/ 
 
a) Dependendo da sílaba inicial da palavra, pode ser 
representado pelas letras z, x, s: 
 
Sílaba inicial a > usa-se z - azar, azia, azedo, azorrague, 
azêmola... 
Exceções: Ásia, asa, asilo, asinino. 
 
Sílaba inicial e > usa-se x - exame, exemplo, exímio, 
êxodo, exumar... 
Exceções: esôfago, esotérico. 
 
Sílaba inicial i > usa-se s - isento, isolado, Isabel, Isaura, 
Isidoro... 
 
Sílaba inicial o > usa-se s - hosana, Osório, Osíris, 
Oséias... 
 
Exceção: ozônio 
 
Sílaba inicial u > usa-se s - usar, usina, usura, usufruto... 
 
b) No segmento final da palavra (sílaba ou sufixo) pode ser 
representado pelas letras z e s: 
 
1) letra z - se o fonema /z/ não vier entre vogais: 
 
az, oz - (adj. oxítonos) audaz, loquaz, veloz, atroz... 
 
iz, uz - (pal. oxítonas) cicatriz, matriz, cuscuz, mastruz... 
 
Exceções: anis, abatis, obus. 
 
ez, eza- (subst. abstratos) maciez, embriaguez, avareza... 
 
 
2) letra s - se o fonema /z/ vier entre vogais: asa — casa, 
brasa... 
ase - frase, crase... 
aso - vaso, caso... 
 
Exceções: gaze, prazo. 
 
ês(a) - camponês, marquesa... 
ese- tese, catequese... 
esia- maresia, burguesia... 
eso - ileso, obeso, indefeso... 
isa - poetisa, pesquisa... 
Exceções: baliza, coriza, ojeriza. 
ise - valise, análise, hemoptise... 
 
Exceção: deslize. iso - aviso, liso, riso, síso... 
 
Exceções: guizo, granizo. 
 
oso(a) - gostoso, jeitoso, meloso... 
 
Exceção: gozo. 
 
ose - hipnose, sacarose, apoteose... 
uso(a) - fuso, musa, medusa... 
 
Exceção: cafuzo(a). 
 
c)Verbos: 
 
Terminação izar - derivados de nomes sem "s" na última 
sílaba: 
 
utilizar, avalizar, dinamizar, centralizar... 
 
- Cognatos (derivados com mesmo radical) com sufixo "ismo": 
(batismo) batizar - (catecismo) catequizar... 
 
Terminação isar - derivados de nomes com "s"na última 
sílaba: 
avisar, analisar, pesquisar, alisar, bisar... 
 
Verbos pôr e querer - com "s" em todas as flexões: 
pus, pusesse, pusera, quis, quisesse, quisera... 
 
d) Nas derivações sufixais: letra z - se não houver "s" na 
última sílaba da palavra primitiva: marzinho, canzarrão, 
balázio, bambuzal, pobrezinho... 
 
letra s - se houver "s" na última sílaba da palavra primitiva: 
japonesinho, braseiro, parafusinho, camiseiro, extasiado... 
 
e) Depois de ditongos: letras s- lousa, coisa, aplauso, 
clausura, ma/sena, Creusa... 
 
3. REPRESENTAÇÃO DO FONEMA /X/ 
 
Emprego da letra X 
 
a) Depois das sílabas iniciais: 
me - mexerico, mexicano, mexer... 
Exceção: mecha 
 
la - laxante... 
li - lixa... 
Iu - luxo... 
gra- graxa... 
bru - bruxa... 
en- enxame, enxoval, enxurrada... 
 
Exceção: enchova. 
 
Observação: 
 
Quando en for prefixo, prevalece a grafia da palavra 
primitiva: encharcar, enchapelar, encher, enxadrista... 
 
b) Depois de ditongos: 
 
caixa, ameixa, frouxo, queixo... Exceção: recauchutar. 
 
3.OUTROS CASOS DE ORTOGRAFIA 
 
1.Letra g 
 
Palavras terminadas em: 
 
 
 
6 
ágio - presságio 
égio - privilégio 
ígio - vestígio 
ágio - relógio 
úgio - refúgio 
agem - viagem 
ege - herege 
igem - vertigem 
oge - paragoge 
ugem - penugem 
 
Exceções: pajem, lajem, lambujem. 
 
2. Letra c (ç) 
 
a) nos sufixos: 
barcaça, viração, cansaço, bonança, roliço. 
 
b) depois de ditongos: 
louça, foice, beiço, afeição. 
 
c) cognatas com "t": 
exceto> exceção, isento > isenção. 
 
d) derivações do verbo "ter": 
deter> detenção, obter > obtenção. 
 
3. Letra s / ss 
 
Nas derivações, a partir das terminações verbais: 
Ender 
pretender> pretensão; 
ascender>ascensão. 
Ergir 
imergir> imersão; 
submergir> submersão. 
Erter 
inverter> inversão; 
perverter> perversão. 
Pelir 
repelir> repulsa; 
compelir> compulsão. 
Correr 
discorrer> discurso; 
percorrer> percurso. 
Ceder 
ceder> cessão; 
conceder> concessão. 
Gredir 
agredir> agressão; 
regredir> regresso. 
Primir 
exprimir> expressão; 
comprimir> compressa 
Tir 
permitir> permissão 
discutir> discussão 
 
MAIÚSCULAS E MINÚSCULAS 
 
Emprega-se a inicial maiúscula: 
 
a) nas citações diretas: Como escreveu Rui Barbosa: "A 
pátria é a família amplificada." 
 
b) nos substantivospróprios e siglas: Antônio, Brasil, Rio 
de Janeiro, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de 
Serviço)... 
 
c) em nomes de vias e lugares públicos: Avenida Beira- 
Rio, Esplanada dos Ministérios, Praça dos Três 
Poderes, Rodovia dos Imigrantes... 
 
d) altos conceitos religiosos, políticos ou nacionalistas: a 
Igreja, o Estado, a Nação, a República, o Senado, a 
Capital... 
 
e) nomes de artes, ciências e disciplinas: a Música, a Ma-
temática, a Pintura, o Português... 
 
f) nomes de obras: Os Lusíadas, Os Sertões, a Nona Sin-
fonia, a Divina Comédia, o Diário... 
 
g) nomes de altos cargos, dignidades ou postos: Papa, 
Presidente, Governador, Ministro... 
 
h) nomes de expressões de tratamento: Dom, Senhor, 
Vossa Excelência, Ilustríssimo Senhor... 
 
i) nomes de épocas e fatos históricos: a Revolução Fran-
cesa, a Renascença, o Fico, Descobrimento do' Brasil, 
a Idade Média... 
 
j) nomes de atos de autoridades políticas: o Decreto-Lei 
n° 200, a Lei n° 7.625, o Aviso n° 12... 
 
Emprega-se inicial minúscula: 
 
a) nomes de povos: gaúchos, cariocas, chilenos, aimorés, 
capixabas, porto-alegranse, potiguara... 
 
b) nomes dos meses e dias da semana: janeiro, fevereiro, 
março... segunda-feira, sábado... 
 
c) partículas átonas no interior de locuções ou expressões 
com iniciais maiúsculas: Memorial de Aires, Uma 
Jangada para Ulisses, Vestida para Matar... 
 
d) nomes comuns que acompanham os geográficos: o rio 
Amazonas, o oceano Pacífico, a baía da Guanabara, o 
canal de Suez... 
 
e) nomes de festas pagãs ou populares: o carnaval, a 
vaquejada, o rodeio... 
 
f) nomes próprios formando compostos: agrião-do-brasil, 
joão-ninguém, deus-nos-acuda... 
 
 
 
 
01. Em uma das alternativas há erro de grafia em suas 
palavras. Assinale-a. 
 
a) nojento, Moçoró, empecilho, cabra. 
b) arriar, despensa, descriminar, muralha. 
c) mexericana, disenteria, piscina, êxito. 
d) enchurrada, empreza, atraz, ganipapo. 
e) aristocracia, dinheiro, discípulo, piscina. 
 
 
02. Com referência à ortografia oficial e às regras de 
acentuação de palavras, assinale a opção incorreta: 
 
a) Os vocábulos lágrima e Gênesis seguem a mesma 
regra de acentuação. 
b) As palavras oásis e lápis são acentuadas pelo mesmo 
motivo. 
c) A grafia correta do verbo correspondente a ressurreição 
é ressucitar. 
d) Apesar de a grafia correta do verbo poetizar exigir o 
emprego da letra "z", o feminino de poeta é grafado com 
s. 
e) O vocábulo traz corresponde apenas a uma das formas 
do verbo trazer; a forma trás é empregada na indicação 
de lugar (equivale a parte posterior). 
 
 
03. A ______ solene do Centro Cívico Escolar realizou-
se na _______ térrea do estabelecimento. Discutiu-se a 
_____ das máquinas para o curso de computação. 
 
a) Sessão – secção – seção; 
b) Sessão – seção – cessão; 
c) Cessão – seção – sessão; 
d) Cessão – secção – cessão; 
e) Sessão – cessão – sessão. 
 
 
7 
04. Está correta a grafia de todas as palavras na frase: 
 
a) Não constitui uma primasia dos animais a satisfação 
dos impulsos instintivos: também o homem regozija- se 
em atender a muitos deles. 
b) As situações de impunidade infligem sérios danos à 
organização das sociedades que tenham a pretenção 
da exemplaridade. 
c) É difícil atingir uma relação de complementaridade entre 
a premênsia dos instintos naturais e a força da razão. 
d) Se é impossível chegarmos à abstensão completa da 
satisfação dos instintos, devemos, ao menos, procurar 
constringir seu poder sobre nós. 
e) A dissuasão dos contraventores se faz pela 
exemplaridade das sanções, de modo que a cada delito 
corresponda uma justa punição. 
 
 
05. Aponte a alternativa correta. 
 
a) assessor, adolescente, recisão. 
b) piscina, sucesso, decendente. 
c) discente, consciência, assessor. 
d) pespicaz, privilégio, discente. 
e) destilaria, deslizar, dismistificar. 
 
 
 
VERBO 
 
É a palavra que exprime: 
 
● Ação: 
 
Os peregrinos percorreram terras distantes. 
 
● Estado: 
 
Não sou alegre nem sou triste: sou poeta. 
 
● Fenômenos: 
 
Trovejou muito; mas, felizmente, não choveu. 
 
FLEXÃO VERBAL 
 
O verbo é a classe gramatical que mais se flexiona, 
indicando tempo, modo, número, pessoa e voz. 
 
Sempre vendíamos fiado. 
Tempo: pretérito imperfeito. 
Modo: indicativo 
Número: plural 
Pessoa: primeira 
Voz: ativa 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 
 
1. Auxiliares - os que indicam a flexão de um verbo 
principal e emprestam novo matiz à ação, formando as 
locuções verbais. 
 
Amanhã poderá chover em Brasília. 
3ª pes. sing. / fut. pres. indic. 
ação possível. 
 
2. Principais verbos auxiliares 
 
a) Ser, estar, ficar (+ particípio) - formam a voz passiva. 
 
A cidade foi/esteve/ficou cercada pelos inimigos. 
 
b) Ter e haver (+ particípio) - formam os tempos compostos. 
 
Nós tínhamos/havíamos falado, (pret. m.-q.-perf. composto) 
 
c) Ir, vir, estar, poder,dever, querer, parecer e outros (+ 
gerúndio ou infinitivo) - indicam matizes da ação (os 
aspectos verbais). 
 
O dia vinha chegando. (ação progressiva) Os alunos 
estavam estudando. (ação continuada) O tempo parecia 
voar. (ação aparente) Todos queriam estudar muito. (ação 
pretendida) A prova poderia ser fácil. (ação possível) 
 
Observação: 
 
Quando o infinitivo puder ser desenvolvido em oração, 
não haverá locução verbal e, portanto, o primeiro verbo não 
será auxiliar. 
 
Penso estar com sono. 
Que estou com sono. 
 
3. Verbos regulares - os que não modificam seus radicais 
durante a conjugação e seguem integralmente o modelo 
de sua conjugação. 
 
Observação: 
 
Obtém-se o radical de um verbo, a partir do infinitivo, 
retirando-se as terminações -ar, -er, -ir: >fal -ar, chov -er, 
possu -ir. 
 
4. Verbos irregulares - os que, em algumas flexões, 
apresentam modificações nos radicais e afastam-se do 
paradigma da conjugação. 
 
 
5. Verbos anômalos - assim são classificados os verbos ir 
e ser, em função das profundas modificações que se 
verificam em seus radicais. 
 
 
verbos pres. indic. pret. perf. indic. 
ser sou, és, é... fui, foste, foi... 
ir vou, vais, vai... fui, foste, foi... 
 
6. Verbos defectivos - aqueles que não apresentam de-
terminadas flexões de pessoa, tempo ou modo. 
 
 
Exemplos: 
 
abolir, brandir, carpir, colorir, falir, demolir, esculpir... (que 
não se conjugam na Ia pes. sing. do pres. indic. e tempos 
derivados, como será visto). 
 
EMPREGOS DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS 
 
 EMPREGO DOS MODOS VERBAIS 
 
MODO - indica a relação entre o emissor e o fato expresso. 
 
1.Modo indicativo - fato real, certo: Amanhã estudarei verbos 
 
2.Modo subjuntivo - fato duvidoso, possível: Quando 
estudares. 
 
3.Modo imperativo - ordem, proibição, pedido: Estudem mais. 
 
 
EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS 
 
TEMPO - posiciona o fato em relação ao momento efetivo 
da comunicação: presente, passado, futuro. 
 
No modo indicativo 
 
Presente: fato atual, habitual, definições. 
 
Os concursandos trabalham cuidadosamente. 
 
 
8 
Ela sempre vai ao cinema. 
O átomo é uma partícula da matéria. 
 
Pretérito perfeito: fato totalmente concluído. 
 
O deputado terminou sua árdua tarefa. 
 
Pretérito imperfeito: fato que ainda não foi concluído. 
 
O Presidente descia a rampa quando chegamos ao palácio. 
 
Pretérito mais-que-perfeito: fato concluído e anterior a 
outro. 
 
O filme já começara quando cheguei ao cinema. 
 
Futuro do presente: fato que ainda irá realizar-se. 
 
Os bons alunos passarão neste concurso.f. Futuro do pretérito: fato futuro, condicionado ao passado. 
 
Se estudássemos mais, teríamos sucesso nas provas. 
 
No modo subjuntivo 
 
a. Presente: fato que pode ocorrer no momento presente. 
 
É preciso que te dediques com afinco e seriedade. 
 
b. Imperfeito: expressa uma condição, uma hipótese. 
 
Se cada um fizesse sua parte, teríamos mais facilidade. 
 
c. Futuro: fato que pode ocorrer num momento futuro. 
 
Quando você vier a Brasília e vir suas belas avenidas... 
 
No modo imperativo 
 
a. Imperativo afirmativo: ordens, pedidos, vontades. 
 
Estuda e não te arrependerás. 
 
b. Imperativo negativo: proibições. 
 
Não faças a outrem o que não queres para ti. 
 
VALOR E EMPREGO DAS FORMAS NOMINAIS 
 
 O verbo apresenta três formas nominais: o infinitivo, o 
gerúndio e o particípio. Essas formas são chamadas 
nominais porque podem ter comportamento de nomes em 
certas situações. 
 
Infinitivo: apresenta o processo verbal em si mesmo, sem 
nenhuma noção de tempo ou modo. É a forma utilizada 
para nomear os verbos: 
 
É proibido conversar com o motorista. 
Estudar é um direito de qualquer cidadão. 
Quero ver você daqui a dez anos. 
 
I – É normal a transformação do infinitivo em substantivo 
pelo uso de um determinante: 
 
“Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver.” 
 
Quando usado como substantivo, o infinitivo pode 
apresentar flexão de número: 
 
São muitos os falares brasileiros. 
 
II – Em português, o infinitivo pode ser pessoal ou 
impessoal. Quando se emprega o pessoal, o processo 
verbal é relacionado a algum ser: 
 
Perguntei-lhe se havia algo para eu ler. 
 
Com o impessoal, o processo verbal é restrito a um ser em 
particular: 
 
Ler é obrigação de qualquer cidadão. 
 
III – O infinitivo pessoal pode flexionar-se para concordar 
em número e pessoa com o ser a que se refere: 
 
Ela deseja saber se há algo para lermos. 
 
IV – Em sua forma composta, o infinitivo tem valor de 
passado, indicando um processo já concluído no momento 
em que se fala ou escreve: 
Ter trabalhado duro permitiu-nos belas viagens à Itália. 
 
Particípio: forma nominal que tem, simultaneamente, 
características de verbo e de adjetivo. 
 
I – Sua natureza verbal se manifesta nas locuções verbais, 
nos tempos compostos e em orações reduzidas: 
 
Se ele tivesse avisado, teria conseguido resolver a 
situação. 
 
Terminada a festa, o abatimento tomará conta de todos. 
 
Calado num canto, ele nos observava atentamente. 
 
Aberta as portas, entramos (Quando as portas foram 
abertas) 
 
II – O particípio assume função de adjetivo quando 
caracteriza substantivos: 
 
Tem comportamento destacado no dia-a-dia do 
Congresso. 
 
Tem atuação destacada no dia-a-dia do Congresso. 
 
Gerúndio: além da natureza verbal, pode desempenhar 
função de advérbio e de adjetivo. 
 
I – Atua como verbo nas locuções verbais e orações 
reduzidas. Indica normalmente um processo em curso ou 
prolongado: 
 
Estou ouvindo o disco que você me deu. 
 
Está estudando para melhorar profissionalmente. 
 
Havia crianças pedindo esmolas. (que pediam esmolas) 
 
II – Sua característica de advérbio pode ser percebida em 
frases em que indica circunstância de modo: 
 
O atleta cruzou sorrindo a linha de chegada. 
 
III – A forma composta do gerúndio tem valor de pretérito e 
indica processo já concluído no momento em que se fala ou 
escreve. 
 
Tendo feito, por telefone, várias reclamações que não 
foram atendidas, resolvi ir à Administração Regional. 
 
 
VOZES DO VERBO 
 
Ativa - sujeito agente. 
O deputado apresentou um novo projeto. 
(sujeito) 
 
Passiva - sujeito paciente. 
O muro foi derrubado pela liberdade. 
(sujeito) 
 
 
 
9 
Reflexiva - sujeito agente e paciente. 
A menina via-se no espelho. 
(sujeito) 
 
A voz reflexiva é obtida com os pronomes oblíquos me, te, 
se, nos, vos. 
 
Observação: 
Uma variante da voz reflexiva no plural denota 
reciprocidade (ação mútua). Ex.: Os irmãos abraçaram-se 
e cumprimentaram-se com alegria. 
 
PASSAGEM DA VOZ ATIVA PARA A VOZ PASSIVA 
ANALÍTICA 
 
Condição essencial: verbo transitivo direto 
 
1º Esquema - voz passiva analítica (com um verbo) 
 
VOZ ATIVA 
 
O fogo destruía o jardim. 
Sujeito v.t.d. Objeto direto 
 
VOZ PASSIVA 
 
O jardim era destruído pelo fogo. 
sujeito 
paciente 
verbo ser 
(no mesmo tempo e 
modo do verbo na voz 
ativa) 
particípio 
ag. da 
passiva 
 
2º Esquema - voz passiva analítica (com locução verbal 
ou tempo composto) 
 
VOZ ATIVA 
 
Os alunos estavam assinalando as respostas. 
sujeito v. aux. 
v. principal 
v. t. d. 
obj. direito 
 
VOZ PASSIVA 
 
As respostas estavam sendo assinaladas 
pelos 
alunos. 
suj. paciente v. aux. 
verbo 
ser 
particípio 
ag. da 
passiva 
 
 
PASSAGEM DA VOZ PASSIVA ANALÍTICA PARA A VOZ 
ATIVA 
E o processo inverso: 
 
VOZ PASSIVA 
 
A prova seria corrigida pela professora. 
Suj. paciente ag. da passiva 
 
 
 
VOZ ATIVA 
 
A professora corrigiria a prova. 
suj. agente 
(1) 
fut. pret. 
(3) 
obj. direto 
(2) 
 
Observações: 
 
1) O ag. da passiva volta a ser o sujeito agente. 
 
2) O sujeito paciente volta a ser o objeto direto. 
 
3) Elimina-se o verbo ser, conjugando-se o verbo principal 
no mesmo tempo em que se encontrar o verbo ser. 
 
 
 
 
01 - Se o diretor ________ exatamente do que se trata, por 
certo _______ o projeto cuja aprovação vocês 
__________. 
 
a) saber – reverá – requiseram. 
b) saber – revirá – requereram. 
c) souber – reverá – requereram. 
d) souber – reverá – requiseram. 
e) souber – revirá – requereram. 
 
02 – Ante que _________ o desastre, o motorista 
_________ rapidamente o carro. 
 
a) sobrevisse – freiou. 
b) sobrevisse – freou. 
c) sobreviesse – freou. 
d) sobreviesse – freiou. 
e) sobrevesse – freou. 
 
03 – Em qual das opções há a forma verbal 
correspondente à voz passiva analítica de “Não se 
conhecem pesquisas semelhantes?” 
 
a) são conhecidas. 
b) conhecem. 
c) temos conhecido. 
d) é conhecido. 
e) temos conhecido. 
04 – Assinale a alternativa que completa, correta e 
respectivamente, as lacunas das frases: Se o governo 
_________ a sua parte, o povo fará a dele. / O povo, se 
________, mudaria o rumo da nação. 
 
a) fazer, quisesse. 
b) fizer, queresse. 
c) fizer, quisesse. 
d) fizesse, quisesse. 
e) fazerá, quiser. 
 
05 - O particípio verbal está corretamente empregado em: 
 
a) Não estaríamos salvados sem a ajuda dos barcos. 
b) O criminoso foi pego na noite seguinte à do crime. 
c) Os garis tinham chego às ruas às dezessete horas. 
d) O rapaz já tinha abrido as portas quando chegamos. 
e) A faxineira tinha refazido a limpeza da casa toda. 
 
GABARITO 
1 - C / 2 - C / 3 - A / 4 - C / 5 - B 
 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
Os pronomes oblíquos átonos podem ser colocados em 
três posições: 
 
Próclise - (antes do verbo) 
Jamais me esquecerei de você. 
 
Ênclise - (depois do verbo) 
O gerente lembrou-lhe o dia do contrato. 
 
Mesóclise - (no meio do verbo) 
Avisar-lhe-ei a hora da partida. 
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS 
 
1. Desde que não inicie oração, a colocação do pronome 
antes do verbo estará, quase sempre, correta. 
As competições se iniciaram na hora marcada. 
Observação: 
O pronome átono pode iniciar orações interferentes. 
As férias de julho, me diziam as crianças, foram as melhores. 
2. Depois dos infinitivos invariáveis, a colocação será 
correta, mas não obrigatória. 
 
 
10 
Não dizer-lhe a verdade, será pior.Não lhe dizer a verdade, será pior. 
3. E proibida a colocação do pronome depois de verbos no 
particípio, no futuro do presente ou no futuro do 
pretérito. 
Tenho dedicado-me ao trabalho.(incorreto) 
Tenho-me dedicado ao trabalho. (correto) 
Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto) 
Avisar-te-ei assim que chegarem. (correto) 
 
PRÓCLISE 
 
CASOS OBRIGATÓRIOS 
 
1. Orações negativas, exclamativas, interrogativas e 
optativas. 
 
Ninguém o chamou aqui. 
Como te iludes! meu amigo. 
Onde nos informarão a hora certa? 
Bons ventos o levem.(!) 
 
2. Orações subordinadas com a conjunção clara ou 
subentendida. 
O resultado será divulgado hoje, segundo me informaram. 
Solicitamos nos informem o resultado. (que nos informem) 
 
3. Com pronomes substantivos. 
a) indefinidos - Todos nos elogiavam, mas ninguém nos 
defendia. 
b) relativos - O "artista" a quem te referes é o Tiririca . 
c) interrogativos - Quando me convencerás desta 
necessidade? 
 
4. Com advérbios de qualquer tipo. 
Talvez lhe interesse este produto. 
Lá nos acusam de fraqueza. 
Depois o informaremos do objetivo da reunião. 
 
5. Com o gerúndio preposicionado (preposição "em"). 
O zagueiro adversário, em se defendendo, cortou- lhe a 
frente. 
 
6. Com verbos no infinitivo flexionado. 
Não serás criticado por me dizeres a verdade. 
 
PRÓCLISE FACULTATIVA 
 
1. Estando o sujeito expresso 
Os alunos se arrependeram / arrependeram-se de não 
terem estudado. 
 
2. Com infinitivos invariáveis 
O meu propósito era não lhe obedecer / obedecer-lhe mais. 
 
3. Com as orações coordenadas sindéticas 
Ela chegou e me perguntou /perguntou-me pelo filho. 
 
ÊNCLISE 
 
CASOS OBRIGATÓRIOS 
 
1. Períodos iniciados por verbo 
"Vai-se a primeira pomba despertada!" 
 
2. Pronomes o, a, os, as - seguidos de infinitivos com 
a preposições "a" e "por" 
Sabe ele se tornará a vê-los algum dia? Encontrei a 
madrasta a maltratá-las. Ansiava por encontrá-lo. 
 
3. Orações imperativas afirmativas 
Procure suas amigas e convide-as. 
 
MESÓCLISE 
 
A mesóclise será obrigatória com verbos no futuro do 
indicativo, desde que não haja caso de próclise obrigatória. 
Por este processo, ter-se-ão obtido os melhores resultados. 
Sua atitude é serena, poder-se-ia dizer hierática, quase 
ritual. 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NOS TEMPOS 
COMPOSTOS 
 
Os pronomes juntam-se ao verbo auxiliar e não aos 
particípios. * 
Os presos tinham-se revoltado. Haviam-no declarado 
vencedor. 
 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES 
VERBAIS 
 
1) Não havendo caso de próclise. 
Será livre a colocação. 
O diretor nos deve oferecer o prêmio. 
O diretor deve-nos oferecer o prêmio. 
O diretor deve oferecer-nos o prêmio. 
 
2) Havendo caso de próclise. 
O pronome será colocado antes ou depois da locução 
verbal, isto é, não poderá ficar entre os verbos. 
O rapaz não se deve casar hoje. 
O rapaz não deve casar-se hoje. 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
A SINTAXE BRASILEIRA, isto é, a colocação do 
pronome oblíquo "solto" entre os verbos, mesmo havendo 
fatores de próclise, vem sendo consagrada por escritores e 
gramáticos de renome, mas ainda não foi definitivamente 
aceita pelos padrões clássicos da língua. 
 
Os alunos ainda não tinham nos informado a data. 
 
O concursando, numa prova, deve optar pela colocação 
tradicional: 
"Os alunos ainda não nos tinham informado a data". 
 
ANÁLISE SINTÁTICA 
 
A ORAÇÃO 
 
TERMOS ESSENCIAIS 
 
SUJEITO 
 
É o termo com o qual o verbo concorda. 
 
O avião decolou rapidamente. 
 
Ninguém o conhecia na cidade. 
 
Todos os povos do mundo têm problemas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO 
 
1. Simples (um só núcleo) 
 
O professor de Português chegou atrasado. 
 
Todos têm, ou julgam ter, bom senso. 
 
José Almir Fontella Dornelles é um grande nome. 
 
Convém que estudem muito. 
 
2. Composto (mais de um núcleo) 
 
Eles e seus amigos chegaram para vencer. 
 
3.Elíptico 
 
 
11 
 
(Sujeito oculto, elíptico ou desinencial) é o sujeito 
simples ou composto que não vem diretamente expresso 
na oração: está implícito na desinência verbal ou elíptico. 
 
Saímos muito cedo para curtir o sol. 
 
-Sujeito: (nós) - implícito na desinência verbal 
 
 Tico e Teco vieram à festa e comeram todas as nozes. 
 
-Sujeito: (Tico e Teco) – elíptico 
 
4.Indeterminado (não pode ser identificado) 
 
Casos em que ocorre o sujeito indeterminado: 
 
Verbos na 3ª pessoa do plural 
 
Roubaram a mulher do Rui. 
 
Falaram muito mal de vocês. 
 
Observação: 
 
Os verbos no imperativo não apresentam sujeito 
indeterminado: 
 
Saiam já da sala. (vocês). 
 
Verbos na 3ª pessoa do singular 
 
Quando acompanhados pela partícula se (I.I.S.) - índice de 
indeterminação do sujeito. 
 
Todos os verbos, exceto os transitivos diretos (v.t.d.) 
 
Respondeu-se a todas as cartas. 
v.t.i 
 
Vive-se bem em Brasília. 
 v.i. 
 
Nem sempre se está feliz. 
v. lig. 
 
 
Observação: 
 
Com V.T.D. + objeto direto preposicionado 
 
Ofendeu-se a todos indistintamente. 
v.t.d. / i.i.s./ o.d. prep. 
 
Verbos no infinitivo impessoal (nas orações reduzidas) 
 
Convém salvar as baleias. 
Or. subord. subst. subjetiva - reduzida de infinitivo 
 
Observação: 
Essas, quando desenvolvidas, levam o verbo para a 3ª 
pessoa do plural. 
 
Convém que salvem as baleias. 
 
 
5. Oração sem sujeito (sujeito inexistente) 
 
Ocorre nos seguintes casos: 
 
a) Com verbos de fenômeno meteorológico 
 
- chover, nevar, relampejar, gear, ventar, escurecer etc. 
 
Choveu muito ontem. 
 
Neste inverno, poderá nevar no Sul. 
 
 
Atenção: 
 
No sentido "conotativo" não serão impessoais: terão 
sujeito. 
 
Choveram dólares lá em casa. 
 
O professor trovejava exemplos e, depois, choviam os 
exercícios. 
 
b) Com o verbo HAVER 
 
Significando existir: 
 
Ontem houve muitas faltas. 
 
Amanhã poderá haver muitas mais. 
 
 Indicando tempo decorrido: 
 
O concurso foi realizado há dias. 
 
 
c) Com o verbo FAZER 
 
Indicando tempo cronológico ou meteorológico: 
 
Faz séculos que não vou ao cinema. 
 
Deve fazer seis meses que não a vejo. 
 
Fez noites frias naquele mês. 
 
Pode fazer calor nas montanhas. 
 
d) Com o verbo SER 
 
Indicando tempo e distância: 
 
Eram seis horas da tarde. 
 
Daqui à cidade são dez quilômetros. 
 
Hoje são vinte de maio. 
 
e) Com os seguintes verbos: 
 
passar (indicando tempo) Passava de quatro horas. 
 
bastar e chegar (indicando cessamento) 
 
Basta de problemas. Chega de miséria. 
 
parecer e ficar Parece domingo! De repente, ficou muito 
escuro. 
 
estar (indicando tempo) Como está quente hoje! 
 
PREDICADO 
 
É a declaração que se faz a respeito do sujeito. 
 
O avião decolou rapidamente 
Sujeito(o ser) Predicado (a declaração) 
 
CLASSIFICAÇÃO DO PREDICADO 
 
1. PREDICADO NOMINAL 
 
Declara-se estado, qualidade ou característica — com 
núcleo nominal. 
 
Maria está apaixonada. 
 
No predicado nominal, aparecem os "VERBOS DE 
LIGAÇÃO": 
 
-Ser, estar, ficar, parecer, permanecer, continuar, andar... 
 
-Viver - indicando aspecto permanente. 
 
 
 
12 
-Todos os verbos que indicam mudança ou transformação: 
tornar-se, acabar, cair, fazer-se, virar, converter-se, 
meter-se, eleger-se, passar a, chegar etc. 
 
Os vizinhos vivem preocupados. 
 
O fazendeiro caiu de cama. 
 
O vereador chegará a deputado. 
 
O gato virou tamborim. 
 
Observação: 
 
Um verbo será de ligação somente quando ligar o 
predicativo(estado, qualidade ou característica) ao 
sujeito. 
 
João ficou aborrecido. João ficou em casa. 
v. lig. Predicativo v. i. a.adv. Lugar 
 
Predicativo - é o núcleo do predicado nominal. 
 
Os alunos permaneceram calados. (predicativo) 
 
No predicado nominal, o predicativo sempre se refere ao 
sujeito. 
 
O juiz, acabou muito nervoso. 
(predicativo do sujeito) 
 
2. PREDICADO VERBAL 
 
A declaração, no predicado verbal, tem como núcleo o 
próprio verbo que, geralmente, expressa ação. 
 
Classificação dos verbos: 
 
Intransitivos: 
 
Verbos de sentido completo porque expressam ação 
que se realiza no próprio sujeito (às vezes necessitam de 
adjuntos adverbiais). 
 
O bandido morreu. 
 
O aluno procedeu bem. 
 
Os cães latiam. 
 
 
Transitivos: 
 
Verbos de sentido incompleto, necessitam de com-
plementos, pois expressam ação que se realiza fora do sujeito. 
 
Os operários construíram as casas. 
 v.t.d. 
 
O pai perdoou aos filhos. 
 v.t.i 
 
 Ela ofereceu um presente ao namorado. 
v.t.d.i. o.d. o.i. 
 
3. Predicado verbo-nominal 
 
A declaração apresenta-se em dois núcleos: um verbal, 
outro nominal. 
 
Observação: o predicado verbo-nominal resulta da 
combinação de duas orações: 
O trem chegou ontem. 
 
O trem estava atrasado ontem. 
 
 a+b=c 
 
O trem chegou atrasado ontem. 
 
O predicado verbo-nominal pode acontecer com os 
seguintes verbos: 
 
verbo intransitivo 
 
O aluno chegou atrasado. 
v. i. pred. suj. 
 
verbo transitivo direto 
 
Considero a vida difícil. 
v. t. d. o.d. pred. o. d. 
 
verbo transitivo indireto 
 
Nós lhe chamamos de sábio. 
o.i.v.t.i. pred. o.i. 
 
verbo na voz passiva 
 
O preso foi encontrado morto. 
(voz passiva) pred. suj. 
 
verbo transitivo direto e indireto 
 
A diretora, esperta, ofereceu prêmios aos alunos. 
pred. suj. o. d. o. i. 
 
TERMOS INTEGRANTES 
 
OBJETO DIRETO 
 
Complemento de V.T.D. (normalmente sem preposição) 
 
O pedreiro construiu a casa. 
 o.d. 
 
Maria conheceu Paulo. 
 o. d. 
 
Morfossintaxe: 
 
O núcleo do objeto direto pode ser: 
 
Substantivo 
 
Já resolvemos o seu problema. 
 
Pronomes oblíquos (exceto lhe) 
 
Tua riqueza separou-nos para sempre. 
 
Chamei-o imediatamente. 
 
Qualquer pronome substantivo 
 
Sua preocupação não comove ninguém. 
 
Oração substantiva 
 
Não quero que você ande preocupado. 
 
OBJETO DIREITO PREPOSICIONADO 
 
Objeto direto que vem regido de preposição (não 
exigida pelo verbo) 
 
Verbos que denotam sentimento e o O.D. indica pessoa 
Os romanos adoravam a Júpter. 
 
Nunca desprezes aos amigos. 
Pronomes substantivos 
 
Ofenderam a mim, não a ele. 
(Preposição exigida pelo pronome) 
 
Pronomes substantivos 
 
Aprecio mais a este. 
 
 
13 
 
Magoou a todos indistintamente. 
 
Conheci a pessoa a quem admiras. 
 
Quando antecipado 
 
Aos maus, não os temo. 
 
Com o numeral "ambos" 
 
A chuva molhou a ambos. 
 
Construções enfáticas 
 
Expressões idiomáticas 
 
Comeu do pão. 
 
Beber do vinho. 
 
Cumpriu com o dever. 
 
 
OBJETO DIRETO PLEONÁSTICO 
 
Quando vier repetido na forma de pronome. 
 
Estas palavras, não as proferi. 
o.d. o.d. pleonástico 
 
O seu desejo, não o realizarei. 
o.d. o.d. pleonástico. 
 
 
OBJETO INDIRETO 
 
Complemento de V.T.I. - com preposição (a, de, em, para, 
com, por) exigida pelo verbo. 
 
Gosto muito de crianças. 
preposição clara. 
 
Comuniquei-lhe nossa decisão. 
(a ele) prep. subentendida. 
 
Morfossintaxe: 
 
O núcleo do objeto indireto pode ser: 
 
a)Substantivo 
 
Penso constantemente em meus pais. 
 
b) Pronomes oblíquos (exceto o, a, os, as) 
 
Obedeçam-me. Ofereceram-nos belos presentes. 
 
c) Pronomes substantivos 
 
Eles não desconfiaram de nada. 
 
d) Oração substantiva 
 
Duvido de que saibam toda a história. 
 
OBJETO INDIRETO PLEONÁSTICO 
 
Quando vier repetido, na forma de pronome. 
 
Aos ricos, nada lhes devo: 
o.i. o.i. pleonástico. 
COMPLEMENTO NOMINAL 
 
Termo preposicionado que completa o sentido de 
"nomes". 
 
Substantivos abstratos 
 
Recebemos a notícia do incêndio. 
 
Adjetivos 
 
Sempre fora muito obediente à lei. 
 
 
Advérbios 
 
Reagiu satisfatoriamente ao infortúnio. 
 
Problemas do complemento nominal 
 
a) Confusão com o O.I. 
 
Necessitamos de paz. 
 (verbo) o. i. 
 
Temos necessidade de paz. 
 (nome) c. n. 
Os filhos obedecem aos pais. 
 (verbo) o. i. 
 
Os filhos são obedientes aos pais. 
 (nome) c. n. 
 
Conclusão: 
 
Objeto indireto (termo preposicionado complementando 
verbo). 
 
Complemento nominal (termo preposicionado 
complementando nome). 
 
b) Confusão com adjunto adnominal (loc. adjetiva) 
 
Locução adjetiva ("qualifica" o substantivo). 
 
Não devemos queimar lenha da floresta. 
 adj. adn. 
 
Complemento Nominal ("completa" o sentido de 
advérbios, adjetivos e substantivos abstratos). 
 
Tenho gosto por futebol. 
 c. n. 
 
AGENTE DA PASSIVA 
 
Indica o ser que pratica a ação expressa pelo verbo na voz 
passiva. 
 
A cidade estava cercada pelo exército. 
 
O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa. 
 
O fogo 
Destruiu o jardim. 
suj. (agente) v.t.d. o.d. (paciente) 
 
O jardim foi destruído pelo fogo. 
suj. (paciente) v.t.d. agente da passiva 
 
Observação: 
 
A voz passiva sintética provém de uma oração com o 
sujeito indeterminado e por isso não tem agente da 
passiva. 
 
Anularam todas as provas, (voz ativa) 
* Sujeito indeterminado. 
Anularam-se todas as provas. (voz passiva) 
Sujeito 
 
TERMOS ACESSÓRIOS 
 
ADJUNTO ADNOMINAL 
 
Especifica ou delimita o significado de um nome. 
 
 
 
14 
Esse assunto delicado pede outra conversa. 
 
Morfossintaxe: 
 
Serão sempre adjuntos adnominais: artigos, pro-
nomes adjetivos e numerais adjetivos. 
 
Os nossos dois alunos passaram. 
 
 
ADJUNTO ADVERBIAL 
 
Indica circunstância ao fato relatado pelo verbo. 
 
Talvez possa chover amanhã. 
 
Morfossintaxe: 
 
Adjuntos adverbiais: advérbios e locuções adverbiais. 
 
Observação: 
 
Embora o adjunto adverbial seja termo ligado ao verbo, 
os advérbios de intensidade modificam, também, adjetivos 
e outros advérbios. 
 
Os concursandos estudam muito. 
 
 
Os meninos falam muito alto. 
 
 
Aquela mulher era muito bonita. 
 
 
APOSTO 
 
Termo ou expressão de função esclarecedora. 
 
Única irmã de mamãe, Marcela morreu cedo. 
 
Morfossintaxe: o núcleo é substantivo, pronome 
substantivo ou oração substantiva. 
 
TIPOS DE APOSTO 
 
a) Explicativo: 
 
A palavra, mensageira das ideias, é a profunda 
expressão da alma. 
 
b) Enumerativo: 
 
O homem, para ver a si mesmo, necessita de três coisas: 
olhos, luz e espelho. 
 
c) Resumitivo (recapitulativo): 
 
Dinheiro, poder, glória, nada o seduzia mais. 
 
d) Distributivo: 
 
Carlos e José são ótimos alunos; este em Física e aquele 
em Biologia. 
 
VOCATIVO 
 
Termo isolado (chamamento), indica com quem se fala. 
 
Meninos, estudem para a prova. Estudem para a prova, 
meninos. Estudem,meninos, para a prova. 
 
Atenção: 
 
Aposto: fala do ser. 
 
Vocativo: fala com o ser. 
 
 
 
 
01 - Observe o trecho “Máquinas fotográficas eram 
artigos de luxo.” Assinale a alternativa na qual o texto 
tem destaque tem classificação sintática igual a do 
idem sublinhado no período anterior. 
 
A) Ela comprou um celular. 
B) Ela não se lembra de seu passado. 
C) Os dados foram divulgados em setembro. 
D) A máquina com defeito foi trocada na loja. 
E) Atualmente, as possibilidades de registro são maiores. 
 
02 - “O amor tornou-se um produto descartável.” A 
alternativa correta quanto à sintaxe da oração anterior 
é: 
 
A) “produto descartável” é predicativo do sujeito. 
B) o predicado é verbal. 
C) o verbo da oração é transitivo direto. 
D) “o amor” é agente da passiva. 
E) o sujeito é indeterminado. 
 
03 - “É sempre quieta a casa materna, mesmo aos 
domingos, quando as mãos filiais se pousam sobre a 
mesa farta do almoço, repetindo um antiga imagem. 
[...]” O adjetivo quieta exerce função sintática de: 
 
a) adjunto adverbial 
b) predicativo do objeto 
c) núcleo do sujeito 
d) predicativo do sujeito 
e) objeto direto 
 
04 - Só num caso a oração é sem sujeito. Identifique-a: 
 
a) Faltavam três dias para o batismo. 
b) Foi improcedente a reclamação do aluno. 
c) Só me resta esperança. 
d) Havia tempo suficiente para as comemorações. 
e) Vive-se bem em apartamento. 
 
05 - Assinale a alternativa em que o termo destacado é 
complemento nominal. 
 
a) A enchente alagou a cidade. 
b) Precisamos de mais informações. 
c) A resposta ao aluno não foi convincente. 
d) O professor não quis responder ao aluno. 
e) Um bom livro também ajuda a relaxar. 
 
06 - Observe os dois trechos a seguir: 
 
I – O retrato, às oito e meia da noite daquela segunda-
feira, era desolador. 
 
II – São Paulo, quarta maior metrópole do mundo, 
estava vazia. 
 
Os termos desolador e vazia, sintaticamente, exercem 
função de: 
 
a) sujeito 
b) vocativo 
c) complemento nominal 
d) objeto indireto 
e) predicativo do sujeito 
 
07 – Empregam-se vírgulas em I e II, respectivamente, 
para intercalar 
 
a) aposto e aposto 
 
 
15 
b) adjunto adverbial e aposto 
c) adjunto adverbial e vocativo 
d) aposto e adjunto adverbial 
e) adjunto adverbial e adjunto adverbial 
 
08 - A pesquisa do MIT, que analisou a intersecção da 
propriedade intelectual com a biologia, coincide com o 
25º aniversário de uma decisão-marco da suprema 
Corte americana, determinando que coisas vivas são 
patenteáveis – contanto que tenham sido “feitas” por 
humanos. 
Os núcleos dos sujeitos das formas verbais 
coincide e determinando são, respectivamente: 
 
a) MIT e Suprema Corte. 
b) pesquisa e Suprema Corte. 
c) pesquisa e decisão-marco. 
d) MIT e americana. 
e) intersecção e aniversário. 
 
09 – O termo patenteáveis, sintaticamente, é: 
 
a) predicativo do sujeito coisas vivas. 
b) adjunto adnominal da expressão decisão-marco. 
c) complemento da forma verbal são. 
d) objeto direto da forma verbal são. 
e) aposto da expressão coisas vivas. 
 
10 – O termo – contato – estabelece entre as orações 
uma relação de: 
 
a) condição. 
b) conformidade. 
c) concessão. 
d) comparação. 
e) condição. 
 
GABARITO 
 
1 – D / 2 – A / 3 – D / 4 – D / 5 – C / 6 – E / 7 – B / 8 – C / 9 
– A / 10 – E 
 
FRASE, ORAÇÃO, PERÍODO 
 
Frase: todo enunciado de sentido completo, com ou sem 
verbo. 
 
Bom dia! 
 
Respeite a natureza. 
 
 
Oração: qualquer enunciado que contenha verbo. Pode ter 
sentido completo ou não. 
 
Esperamos... 
 
Hoje ela voltou mais cedo. 
Período: é uma frase constituída de uma ou mais orações. 
 
Gosto muito de vocês. 
 
Vim, vi e venci. 
 
Esperamos que todos voltem alegres. 
 
Ela passou no concurso porque estudou muito. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO PERÍODO 
 
1. PERÍODO SIMPLES: só uma oração, chamada 
"absoluta". 
 
Você estuda muito. 
 
Algumas rádios de Brasília transmitem de seus estúdios, 
diariamente, excelentes programas musicais e esportivos. 
 
2. PERÍODO COMPOSTO: mais de uma oração. 
 
a) Por coordenação: reúne orações independentes, isto é, 
uma não é função sintática da outra. 
 
Você estuda em Brasília e trabalha em Taguatinga. 
 (a) (b) 
 
Observação: 
 
As orações existem independentemente. 
 
(a)Você estuda em Brasília. 
 
(b)Você trabalha em Taguatinga. 
 
As orações possuem, internamente, todos os termos 
necessários à sua estrutura sintática. 
 
b) Por subordinação: reúne orações dependentes, isto é, 
uma é função sintática da outra. 
 
Desejo que você seja feliz. 
(a) (b) 
 
Observação: 
 
As orações não existem separadamente. 
 
(a)Desejo (o quê?) 
 
(b)que você seja feliz. - objeto direto de (a) Uma oração 
não possui todos os termos necessários à sua estrutura 
sintática. A outra não tem nexo isoladamente. 
 
c) Por coordenação e subordinação: combinação dos 
dois tipos de período. 
 
Desejo e espero que sejas feliz. 
 coordenação subordinação 
 
Espero que estudes e faças boa prova. 
Subordinação coordenação 
 
CLASSIFICAÇAO DAS ORAÇÕES 
 
1. NO PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO 
 
a) Orações coordenadas assindéticas: sem conjunção. 
 
Aquela moça estuda, trabalha, brinca. 
 
b) Orações coordenadas sindéticas: com conjunção 
coordenativa. 
 
Você estuda e trabalha. 
 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
 
Aditivas: e, nem, mas também, que, mas ainda, como 
também, bem como; 
Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, 
no entanto, e; 
Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja; 
Conclusivas: logo, portanto, senão, por isso, por seguinte, 
pois; 
Explicativas: porque, que, porquanto, pois (antes do 
verbo) 
 
ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS 
 
 
 
16 
As assindéticas aparecem, principalmente, nos se-
guintes casos: 
 
1) Nas orações iniciais da coordenação 
 
Você correu muito, deve estar muito cansado. 
 
2) Nas orações com a conjunção "e" subentendida 
 
O torcedor chorava, lamentava a derrota de seu time. 
 
3) Nas orações com a conjunção "pois" subentendida 
 
Não zombes dele: está apaixonado. 
 
 
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
 
1. Aditiva - estabelece uma relação de soma, adição. 
 
Vou e já volto. 
 
Não trabalha, nem estuda. 
 
Canto, mas também danço. 
 
Fala que fala, mas nada diz. 
 
2. Adversativa- estabelece uma relação de contradição, 
oposição. 
 
A ignorância é um mal, porém não é contagioso. 
 
Estudei muito, no entanto não passei. 
 
3. Alternativa - estabelece uma relação de alternância 
(uma opção implica a recusa da outra). 
 
Siga o mapa ou peça informações. 
 
Irei à praia ou viajarei para Santos. 
 
4. Conclusiva - estabelece uma relação em que um ato é 
conclusão de outro, pressuposto. 
 
São todos pobres, portanto não podem ter luxo. 
 
Sou mulher, logo só posso falar palavrão em língua 
estrangeira. 
 
5. Explicativa - estabelece uma relação de explicação 
(uma confirmação da oração anterior ou argumentação em 
relação aos imperativos). 
 
Deve ter chovido à noite, pois o chão está molhado. 
(confirmação). 
 
Não chore, porque melhores dias virão. (argumentação). 
 
 
2. NO PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO 
 
Desejo que você seja feliz. 
or. principal or. subordinada 
 
a) Oração principal - é aquela que é completada por outra. 
 
Desejo que você seja feliz. 
 
b) Oração subordinada - é aquela que completa a 
principal. 
 
Desejo que você seja feliz. 
 
AS ORAÇÕES SUBORDINADAS 
 
1. Substantivas - têm função equivalentea um substantivo. 
 
Ela deseja a sua recuperação. 
 substantivo 
 
Ela deseja que você se recupere. 
or. subord. substantiva 
 
2. Adjetivas - têm função equivalente a um adjetivo. 
 
Gosto de mulheres livres. 
 adjetivo 
 
Gosto de mulheres que sejam livres. 
 or. subord. adjetiva 
 
3. Adverbiais - têm função equivalente a um advérbio. 
 
Todos saíram às dez horas. 
 loc. adv. 
 
Todos saíram quando soaram dez horas. 
 or. subord. adverbial 
 
4. Orações Reduzidas – chama-se reduzidas as orações 
que por não possuírem conectivo, ou conjunção, 
apresentam-se sem flexão, isto é, aparecem nas formas 
nominais do verbo: infinitivo, gerúndio e particípio. 
 
Ex.: É proibido fumar. 
 Reduzida 
 
 Não é bom Elisa ficar só. 
 reduzida 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
 
Método prático para analisar orações subordinadas 
substantivas. 
 
1.Toda oração que possa ser substituída pelo pronome 
"isso" é substantiva. 
 
2. O tipo da oração subordinada substantiva corresponde à 
função sintática do pronome "isso". 
 
Não sabia que chegara sua hora. 
 
Não sabia isso. 
 objeto direto 
 
Portanto: 
 
Não sabia que sua hora chegara. 
 or. subord. subst. objetiva direta 
 
Observação: 
Normalmente introduzidas pelas conjunções integrantes 
que e se. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS 
SUBSTANTIVAS 
 
1. Subjetivas 
Convinha a todos que você partisse. 
Convinha a todos isso. 
 suj. 
 
Convinha a todos que você partisse. 
 or. subord. subst. subjetiva 
 
2. Predicativas 
 
O problema foi que chegaste tarde. 
 
O problema foi isso. 
 predic. 
 
O problema foi que chegaste tarde. 
 or. subord. subst. predicativa 
 
3. Objetivas diretas 
 
 
 
17 
Ela viu que o dinheiro terminara. 
 
Ela viu isso. 
 o.d. 
 
Ela viu que o dinheiro terminara. 
 or. subord. subst. objetiva direta 
 
4. Objetivas indiretas 
 
Todos gostaram de que estivesses lá. 
 
Todos gostaram disso. 
 o.i. 
 
Todos gostaram de que estivesses lá. 
 or. subord. subst. objetiva indireta 
 
5. Completivas nominais 
 
Tive a impressão de que algo explodiu. 
 
Tive a impressão disso. 
 c.n. 
 
Tive a impressão de que algo explodiu. 
 or. subord. subst. compl. nominal 
 
6. Apositivas 
 
Disse-me algo terrível: que ia casar. 
 
Disse-me algo terrível: isso. 
 aposto 
 
Disse-me algo terrível: que ia casar. 
 or. subord. subst. apositiva 
 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 
1. Restritivas 
 
Os técnicos preferem jogadores que obedecem a 
esquemas. 
 
Nem todos os jogadores obedecem a esquemas. 
 
A oração adjetiva está restringindo um subconjunto. 
 
As regiões que produzem laranjas tiveram problemas com 
o frio. 
 
Oração subordinada adjetiva restritiva não vem separada 
por vírgula. 
2. Explicativas 
 
Vozes d'África, que é um poema épico, é um raro momento 
da poesia. 
 
A oração explicativa traz uma qualidade ou 
característica inerente ao ser ou ao conjunto a que se 
refere. 
 
O homem, que é um simples mortal, julga-se eterno. 
 
A oração explicativa vem separada por vírgula. 
 
 
Método prático para analisar orações subordinadas 
adjetivas: 
 
1.Toda oração introduzida por pronome relativo (que, 
quem, o qual, onde, quantos, cujo) é adjetiva; 
 
2.Estando separada por vírgula é adjetiva explicativa; caso 
contrário, restritiva. 
 
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
 
Indicam a circunstância em que ocorre a ação verbal 
 
São introduzidas pelas conjunções subordinativas (exceto 
as integrantes). 
 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
 
Integrantes: (or. subord. substantivas) que, se. 
Causais: porque, visto que, pois, que, como. 
Comparativas: como, (mais) que, (menos) que, assim 
como, tal qual. 
Concessivas: embora, ainda que, se bem que, conquanto, 
mesmo que. 
Condicionais: se, caso, uma vez que, posto que, salvo se, 
sem que. 
Conformativas: conforme, segundo, consoante, como. 
Consecutivas: tão...que, tal...que, tanto...que, de modo 
que, de forma que. 
Finais: para que, a fim de que, de sorte que, de modo que, 
porque. 
Proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto 
mais...menos. 
Temporais: quando, mal, logo que, assim que, sempre 
que, depois que. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS 
ADVERBIAIS 
 
1. Causais: indicam a causa do fato expresso na oração 
principal. 
 
A aula foi interrompida porque faltou giz. 
 or. subord. adv. causal 
 
2. Comparativas: uma relação de comparação entre os 
fatos expressos. 
 
Nada dói tanto como um sorriso triste de criança. 
 or. subord. adv. comparativa 
 
3. Consecutivas: indicam consequência da oração 
principal. 
 
O professor falou tanto que ficou rouco. 
 or. subord. adv. consecutiva 
 
4. Condicionais: condição sob a qual se realiza a oração 
principal. 
 
Iremos ao clube se não chover. 
 or. subord. adv. condicional 
 
5. Concessivas: concedem ou admitem uma condição 
contrária. 
 
Amanhã haverá aula embora seja sábado. 
 or. subord. adv. concessiva 
 
6. Conformativas: adequação ou conformidade com a 
oração principal. 
 
Tudo terminou conforme tínhamos visto. 
 or. subord. adv. conformativa 
 
7. Finais: a finalidade para a qual se destina a oração 
principal. 
 
Estudou muito para que fosse aprovado. 
 or. subord. adv final 
 
8. Proporcionais: fatos direta ou inversamente pro-
porcionais. 
 
A inundação aumentava à medida que subiam as águas. 
or. subord. adv. proporcional 
 
 
 
18 
9. Temporais: indicam em que tempo ocorreu a oração 
principal. 
 
O rapaz ficou pálido quando viu a noiva. 
 or. subord. adv. Temporal 
 
Observações: 
 
As orações subordinadas adverbiais podem vir antes, 
no meio ou depois da principal. 
 
Embora seja possível, é pouco provável uma terceira guerra. 
 
É pouco provável, embora seja possível, uma terceira guerra. 
 
É pouco provável uma terceira guerra, embora seja possível. 
 
 
ORAÇÕES REDUZIDAS 
 
Não constituem novos tipos de orações. São assim 
chamadas aquelas que apresentam verbos em formas 
nominais e não se iniciam por conjunções. 
 
Diziam acreditar na sorte. 
 
Método prático para analisar orações reduzidas: 
 
Diziam acreditar na sorte. 
 
1. Desenvolver a oração, isto é, colocar conjunção ou 
pronome relativo e flexionar o verbo: 
 
Diziam que acreditavam na sorte. 
 
2. Analisar a oração desenvolvida: que acreditavam na 
sorte. (or. subord. subst. objetiva direta) 
TIPOS DE ORAÇÕES REDUZIDAS 
 
1. De infinitivo 
 
É necessário terem paciência. (= que tenham paciência) 
or. subord. subst. Subjetiva 
reduzida de infinitivo 
 
2. De particípio 
 
Abertas as portas, entramos (= quando as portas foram 
abertas) or. sub. temporal, reduzida de particípio 
 
3. De gerúndio 
 
O vaso caiu da mesa despedaçando-se. (= e despedaçou-se) or. coord. assindética, reduzida de gerúndio 
 
 
01 –No período: “Ainda que fosse bom jogador, não 
ganharia a partida.”, a oração destacada possui ideia 
de: 
 
a) causa. 
b) concessão. 
c) condição. 
d) proporção. 
e) adição. 
 
02 – No período: “Paredes ficaram tortas, animais 
enlouqueceram e as plantas caíram.”, temos: 
 
a) duas orações coordenadas assindéticas e uma oração 
subordinada substantiva. 
b) uma oração principal e duas orações subordinadas. 
c) três orações coordenadas. 
d) quatro orações coordenadas. 
e) três orações subordinadas substantivas. 
 
ERRO DE PORTUGUÊS 
 
Quando o português chegou / Debaixo de uma bruta 
chuva / Vestiu o índio / Que pena! / Fosse um manhã de 
sol / O índio tinha despido / O português 
 Oswald de Andrade 
 
03 - Assinale a alternativa em que a oração destacada 
apresenta circunstância de tempo. 
 
a) Chegou o português e vestiu o índio. 
b) Quando o português chegou, vestiu o índio. 
c) Se fosse uma manhã de sol, o índio tinha despido o 
português. 
d) Como estivesse chovendo, o índio foi vestido. 
e) O índio foi despido, embora o português não 
quisesse. 
 
04 - A oração em destaque em “[...] o meu amor me 
chamou pra ver a banda passar” pode ser substituída 
por outra de sentido equivalente, na alternativa: 
 
a) porque viu a banda passar. 
b) quando viu a banda passar. 
c) a fim de eu visse a banda passar. 
d) assim que a banda passou. 
e) embora tivesse visto a banda passar. 
 
05 - Paulista de São Carlos, filho de marceneiro, Ronald 
Golias fez de tudo para sobreviver. A oração em 
destaque é: 
 
a) subordinada adverbial final, exprimindo uma ideia de 
finalidade. 
b) coordenada explicativa, exprimindo uma ideia de 
explicação. 
c) subordinada adjetiva restritiva, exprimindo uma ideia de 
restrição. 
d) coordenada adversativa, exprimindo uma ideia de 
oposição. 
e) subordinada adverbial consecutiva, exprimindo uma 
ideia de consequência. 
 
06 - No período “Não só estudamos as lições, mas 
também fizemos os exercícios”, a oração sublinhada é: 
 
a) coordenada sindética adversativa. 
b) coordenada sindética explicativa. 
c) coordenada sindética aditiva. 
d) coordenada assindética. 
e) coordenada sindética conclusiva. 
 
07 - “Se houvesse tempo, eu terminaria o trabalho.” A 
oração grifada é: 
 
a) oração principal. 
b) oração subordinada substantiva. 
c) oração subordinada adjetiva. 
d) oração coordenada. 
e) oração subordinada adverbial. 
 
08 - No período “Aí eu tive o desejo de que ele 
carecesse de minha proteção toda a vida”, a oração 
grifada é: 
 
a) subordinada substantiva apositiva. 
b) subordinada substantiva objetiva direta. 
c) subordinada substantiva objetiva indireta. 
d) subordinada substantiva completiva nominal. 
e) subordinada adverbial. 
 
09 - Classifique a oração que se encontra sublinhada 
no seguinte período: Nininha foi mandada para o 
convento, para não mais se encontrar com o namorado. 
 
 
 
 
19 
a) apositiva. 
b) adverbial final. 
c) objetiva direta. 
d) objetiva indireta. 
e) sindética aditiva. 
 
10 - Aponte a classificação correta do período: “A 
máquina calou-se, dobraram-se as pastas, o juiz 
levantou-se.” (Graciliano Ramos) 
 
a) período simples (oração absoluta). 
b) período composto por coordenação. 
c) período composto por subordinação. 
d) período misto. 
e) Nenhuma das anteriores. 
 
GABARITO 
1 – B / 2 – C / 3 – B / 4 – C / 5 – A / 6 – C / 7 – E / 8 – D / 9 
– B / 10 – B 
 
 
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL 
 
Regula a complementação verbal ou nominal e suas 
preposições. Trata da relação de dependência entre verbos 
e nomes. 
 
REGÊNCIA VERBAL 
 
É a maneira de o verbo relacionar-se com seus com-
plementos. 
 
VERBO COM MAIS DE UM SIGNIFICADO 
 
Agradar (v.t.d. - fazer agrados, carinhos). 
 
Não agrade os meninos com doces. 
 
Não os agrade com doces. 
 
Agradar a (v.t.i. - ser agradável, satisfazer) 
 
O resultado não agradou ao time. 
 
Desagradar a 
 
O resultado não agradou aos concursandos. 
 
O resultado não lhes agradou. 
 
Aspirar (v.t.d. - sorver, respirar). 
 
Como é gostoso aspirar seu perfume. 
 
Como é gostoso aspirá-lo. 
 
Há máquinas que aspiram o pó. 
 
Há máquinas que o aspiram. 
 
Aspirar a (v.t.i. - pretender, almejar). 
 
Quem não aspira a uma vida saudável? 
 
Quem não aspira a ela. 
 
Observação: 
 
O pronome lhe é normalmente usado quando o objeto 
indireto for palavra que indique pessoa e com verbos que 
exijam a preposição "a"; caso contrário, na maioria das 
vezes, usa-se o pronome ele com a respectiva preposição. 
 
Principais verbos que repelem o pronome lhe: aludir, anuir, 
visar, aspirar, referir-se, assistir. 
 
Assistir (a) - (v.t.d. ou v.t.i.) - dar assistência. 
 
O Governo assiste as populações carentes. 
 
O Governo assiste-as. 
 
O Governo assiste às populações carentes. 
 
O Governo assiste a elas. 
 
Observação: 
 
Se ocorrer ambiguidade, deve ser usado apenas como v.t.d. 
A enfermeira assistiu ao transplante. 
(viu ou deu assistência?) 
 
A enfermeira assistiu o transplante. 
 
Assistir a - (v.t.i. - ver, estar presente; ou caber, ter 
direitos, deveres.) 
 
Queremos assistir ao jogo. 
 
Queremos assistir a ele. 
 
Esse direito só assistia ao Presidente. 
 
Esse direito só lhe assistia. 
 
Assistir em - (v.i. - morar, residir). 
 
D. Pedro assistia em Petrópolis. (a. adv. lugar) 
 
Atender- (v.t.d. - deferir um pedido, conceder algo). 
 
Deus atenderá nossas súplicas. 
 
Deus as atenderá. 
 
Atender (a) - (v.t.d. ou v.t.i. - dar atenção - complemento 
"pessoa") 
 
O professor atende os / aos alunos. 
 
O professor atende-os / lhes. 
 
Observação: 
 
Alguns gramáticos dão preferência ao uso do pronome "o". 
 
Atender a - (v.t.i. - dar atenção - complemento "coisa") 
Por favor, atenda ao telefone. Atenda a ele. 
 
Chamar - (v.t.d. - convidar, convocar, atrair, ) 
 
Chamei meus amigos e pedi discrição. 
 
Chamei-os e pedi discrição. 
 Aquele fato chamou a atenção da polícia. 
 
Chamar por - (v.t.i. - invocar, chamamento veemente). 
 
O Negrinha chamou por sua madrinha, a Virgem. Chamou 
por ela. 
 
Chamar a - (v.t.d.i. - repreender). 
 
Chamei à atenção os alunos. 
 
 Chamei-os à atenção. 
 
Chamar (a) - (v.t.d. ou v.t.i. + predicativo - tachar, 
considerar). 
 
Chamaram o aluno, inteligente. 
 
 
20 
 
Chamaram-no inteligente. 
 
Chamaram o aluno de inteligente. 
 
Chamaram-no de inteligente. 
 
Chamaram ao aluno, inteligente. 
 
Chamaram-lhe inteligente. 
 
Chamaram ao aluno de inteligente. 
 
Chamaram-lhe de inteligente. 
 
Comparecer a - (v.t.i. - complemento "atividade"). 
 
Os magistrados não compareceram ao júri. 
 
Comparecer a (em) - (v.i. - complemento "lugar"). 
 
Os concursandos compareceram ao / no local na hora 
prevista. 
 
Constar - (v.i. - dizer-se, passar por certo). 
 
Consta que Cristo fez maravilhosos portentos. 
 
Constar de- (v.t.i. - ser composto ou formado, constituir-se). 
 
Esta obra consta de dois volumes. 
 
Constar em - (v.i. - estar registrado, escrito). 
 
Algumas palavras nem constam no dicionário. 
 
Custar - (v.t.d.i. - acarretar). 
 
O remorso custava lágrimas ao pecador. 
 
O remorso custou-lhas. 
 
Custar a - (v.t.i. - ser custoso, difícil, demorado). 
 
Custa aos alunos entender tais assuntos. 
 
 
 
Observação: 
 
Como

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