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Afecções vertebroespinhais doenças

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Afecções vertebroespinhais: principais diferenciais
Doença do disco intervertebral (DDIV) ou Discopatia
Falsa hérnia – possuindo somente o conteúdo hernial
Está presente entre duas vértebras que possuam disco intervertebral entre elas, exceto no atlas e axis que possuem processos odontoides e nas sacrais
Anel fibroso – fibras concêntricas 
Núcleo pulposo – bem gelatinoso
Disco intervertebral é composto de 80-90% de água, muito bem hidratado, conforme o tempo vai passando ele vai desidratando, as células são substituídas passando um processo de metaplasia (tipo de degeneração). Funciona como um amortecedor e divide a carga de forma mais equalizada. É pouco vascularizado e bem inervado (dor discogênica). Com o tempo esse disco vai diminuindo a quantidade de proteoglicano, aumento da quantidade das fibras colágenas e diminui a quantidade de água.
** Porque o disco faz sempre craniação dorso-lateral? Pela espessura
Dois tipos de metaplasia:
Metaplasia fibroide: Ou seja, essa composição natural vai perdendo e sendo transformada em células com mais características fibrosas, então vai ter muito fibroblasto, vai ter outro tipo de colágeno e com o tempo. Vai perdendo a elasticidade. Alterações mecânicas pois não é mais um disco que consegue receber impacto e deixar a carga ser distribuída de forma uniforme, vai acontecer a protrusão das camadas fibrosas (mais crônico). Esse anel começa a se deformar e vai se movendo até a compressão da medula espinhal. Pode não comprimir a medula espinhal se lateralizar, ai comprime a raiz nervosa causando os sinais de raiz. Protrusão de disco ou Doença de disco de Hansen do tipo I (extrusão – metaplasia condróide) e tipo II (protusão – metaplasia fibroide). Mais comum em raças não-condrodistóficas: animal baixo, com patas curtas. Em gato é raro, pode acontecer relacionado a um trauma. Tratamento clínico primordialmente, pois tem geralmente uma inflamação (edema).
Metaplasia condroide: O disco vai começar a ter depósito de cálcio, vai calcificar e fazer com que os anéis fibrosos do disco se rompa devido ao desgaste e o núcleo pulposo calcificado que nem uma pedra vai ser “disparado” para dentro do canal vertebral. A condroide é pior, os sinais são mais graves e mais agudos. Não existe medicamento de retirar a calcificação do local (somente quando for muito pequenina), sendo um tratamento cirúrgico.
Sinais clínicos: depende da região acometida, sendo a mais comum Toracolombar (66-87%) e animal de 3 a 6 anos de idade. Dachshund tem predisposição genética, começando aos 3 meses de idade. Cervical está em segundo lugar (13-25%), o animal é de 4-8 anos de idade.
Entre T1 a T9 (possui costelas e ligamento intercapital que passa pelas costelas e em cima do anel fibroso – dando maior estabilidade) é muito raro ter discopatia, somente em casos de trauma. Lombossacral não é comum ocorrer sozinha, é mais concomitante com a síndrome compressiva da cauda equina, estenose lombrossacra degenerativa (discopatia associada).
Diagnóstico
Raio-x: vários discos calcificados (não é o problema do cachorro – é um achado radiográfico – se o animal for colocado sobre muita carga ele pode vir a desenvolver uma discopatia), diminuição do espaço intervertebral, material circular mais radiopaco que está dentro do espaço intervertebral. Não consegue visualizar corretamente uma protrusão.
Fazer radiografia ventro-dorsal para visualizar se tem lateralizarão do conteúdo
Compressão das meninges – animal sente muita dor, fica todo contraído, perda muscular, cifose – não consegue fazer exame radiográfico sem anestesia
Mielografia (Raio-x contrastado): parada do contraste
Tomografia: muito mais sensível para fazer o diagnóstico de compressões espinhais por conta de disco, menos risco e muito rápido. Região hiperdensa – áreas de calcificação. Consegue visualizar em 3D a imagem.
Tratamento – serve para várias afecções 
Repouso em gaiola
AINES – tendência a utilizar bem menos pois causam efeitos colaterais potenciais – importante fazer proteção gástrica
Meloxicam
Nos primeiros dias se utiliza 0,2 mg/kg e depois 0,1 mg/kg
Gatos dose de 0,025-0,05 mg/kg durante 5 dias sem apresentar risco nenhum – nefropatas com alterações articulares
Carprofeno
2,2 mg/kg BID durante 5 dias
Firicoxib
5 mg/kg SID durante 15 dias
Ranitidina – protetor gástrico
Omeprazol – protetor gástrico
Tramadol – para dor (associar com dipirona)
2-4 mg/kg BID/TID/QID
Dipirona
25 mg/kg TID
Complexo B – Co-fator enzimático na produção das bainhas de mielina, reparação do tecido neural que está sendo atingido pela discopatia
30 dias
NÃO UTILIZAR GABAPENTINA (analgésico para dor neuropática)
Prognóstico está relacionado a dor profunda, não a vida do animal.
Subluxação atlantoaxial
Afecção que vai acometer entre o Átlas e Áxis
Cães jovens – Chihuahua, Yorkshire, Terrier e miniaturas
Pode ser genético – nasce sem o processo odontóide (agenesia) ou com o processo odontóide malformado (hipoplasia), instabilidade devido a defeitos entre os ligamentos
Ligamento atlantoaxial entre a ponta do atlas e do axis – má formação
Predisposto a subluxação e compressão da medula espinhal
Sem sinais mielopáticos: animal chega apenas com sinal de dor
Sinais mielopáticos devido a compressão espinhal
Animal pode ter morte súbita de acordo com a movimentação da cervical
Diagnóstico
Radiografia: animal com ausência do processo odontóide, subluxação atlantoaxial. Visualização lateral para visualizar a distancia entre esses processos, não podendo ser maior que 0,4 mm. Medula espinhal fica comprimida.
Tratamento – clínico e cirúrgico
Repouso em gaiola
AINES – tendência a utilizar bem menos pois causam efeitos colaterais potenciais – importante fazer proteção gástrica
Meloxicam
Nos primeiros dias se utiliza 0,2 mg/kg e depois 0,1 mg/kg
Gatos dose de 0,025-0,05 mg/kg durante 5 dias sem apresentar risco nenhum – nefropatas com alterações articulares
Carprofeno
2,2 mg/kg BID durante 5 dias
Firicoxib
5 mg/kg SID durante 15 dias
Ranitidina – protetor gástrico
Omeprazol – protetor gástrico
Tramadol – para dor (associar com dipirona)
2-4 mg/kg BID/TID/QID
Dipirona
25 mg/kg TID
Complexo B – Co-fator enzimático na produção das bainhas de mielina, reparação do tecido neural que está sendo atingido pela discopatia
30 dias
Colar Philadelfia (contenção) – vai ficar no mínimo 6 meses no paciente
Cirurgia para estabilizar – tratamento definitivo
Outras anomalias vertebrais
Localização com radiografia para procedimento cirúrgico
Tratamento o mesmo que os anteriores
Hemi-vértebra: corpo vertebral mal formado (em forma de cunha ou em borboleta) – podendo ser apenas um achado radiográfico (80% dos Bulldogs) – pode comprimir a medula espinhal ou predispor a instabilidade que leva a uma hérnia de disco
Espondilomielopatia Cervical Caudal (EMCC)
Síndrome de Wobbler
Espondilomielopatia (osso/vértebra+medula espinhal+doença) cervical caudal (acomete principalmente os segmentos espinhais mais caudais) – ainda não se sabe a patogenia correta da doença – geralmente está envolvida com o crescimento, tem relação nutricional (animais hipernutridos – favorece o crescimento muscular e as vezes o osso do animal não acompanha, gerando uma instabilidade podendo ser vista somente quando o animal apresenta uma idade mais avançada pois desenvolve uma artrose com compressão espinhal – comum em cavalos), genético (estático - animal já nasce com compressão do seu canal vertebral, vertebra mal formada de alguma forma, apresentando no animal jovem de 3 a 18 meses de idade) e ambiental
Dinarmaques, Doberman, Labrador
Sinais clínicos: Ataxia proprioceptiva ou sensorial, paresia dos 4 membros (tetraparesia angulatória), estenose do canal vertebral devido a hipertrofia dos ligamentos flavum (compressão dorsal da medula espinhal), longitudinal dorsal e anulo fibroso
Começam a ter artrose e comprimir lateralmente. Faz herniação e comprenssão desse disco.
Malformação-malarticulação cervical caudal
Instabilidade vertebral cervical
Mielopatiaestenótica vertebral cervical
Subluxação cervical caudal
O que o animal pode ter? Discopatia, rompimento do ligamento longitudinal dorsal (comprimindo ventralmente), se for lateralmente vais ser uma doença degenerativa das facetas - artrose 
Tratamento – clínico e cirúrgico
Repouso em gaiola – entre 4 a 6 semanas – tempo que precisa para o disco cicatrizar
AINES – tendência a utilizar bem menos pois causam efeitos colaterais potenciais – importante fazer proteção gástrica
Meloxicam
Nos primeiros dias se utiliza 0,2 mg/kg e depois 0,1 mg/kg
Gatos dose de 0,025-0,05 mg/kg durante 5 dias sem apresentar risco nenhum – nefropatas com alterações articulares
Carprofeno
2,2 mg/kg BID durante 5 dias
Firicoxib
5 mg/kg SID durante 15 dias
Ranitidina – protetor gástrico
Omeprazol – protetor gástrico
Tramadol – para dor (associar com dipirona)
2-4 mg/kg BID/TID/QID
Dipirona
25 mg/kg TID
Complexo B – Co-fator enzimático na produção das bainhas de mielina, reparação do tecido neural que está sendo atingido pela discopatia
30 dias
Fisioterapia
Acumuntura
Colar Philadelfia (contenção) – vai ficar no mínimo 6 meses no paciente
Cirurgia para estabilizar – tratamento definitivo
Prognóstico: reservado
Trauma: Fraturas e luxações
Luxações são problemas agudos que podem levar o animal ao óbito, precisa de atendimento de urgência/ emergência. Deve ser colocado inicialmente em uma prancha espinhal.
O tratamento é muito parecido com os anteriores só que antes deve-se fazer o ABCDE desse paciente. 
Analgesia
AINES
Cirurgia descomprimir/alinhar/estabilizar (palavras chaves)
Prognóstico: reservado
Embolismo Fibrocartilaginoso (EFC)
Diagnóstico diferencial para quadros agudos. O animal tem uma isquemia e vai desenvolver alterações em um membro.
O disco intervertebral vai sofrer uma herniação para dentro do vaso sanguíneo, e essa artéria não vai ter irrigação sanguínea, gerando uma isquemia e os sinais clínicos. Possui uma predisposição racial.
Cães e gatos
Durante o exercício
Material discal dentro dos vasos espinhais
Toracolombar ou cervical
Sinais agudos e não-progressivos (melhora)
Isquemia naquele momento e a tendência é revascularizar o local
Não doloroso
Não envolve disco ou meninges, envolve somente tecido espinhal não tendo receptores para dor
Aperta o animal e ele não sente nada (diagnóstico diferencial muito importante)
Lateralizado (mielopatia T3-L3)
Tratamento de suporte – mas não precisa de analgésico nesse caso
Estenose Lombossacra Degenerativa (ELD)
Um dos principais componentes da Síndrome Compressiva da Cauda Equina, acomete a região Lombossacra que é aquela que possui bastante instabilidade entre lombar e sacral, geralmente doença articular dessa região, comprimindo.
Cães de médio a grande porte são os mais predispostos (Pastor alemão, Boxer, Retriver)
Animais de meia-idade a geriátricos, machos
Sinais clínicos: dor, prurido, auto-mutilação, hiperpatia (excesso de dor), incontinência (pega ramos do pudendo), dificuldade em sentar, levantar, ficar em pé e pular. Fraqueza muscular devido ao nervo isquiático não está funcionando corretamente, não consegue fazer flexão e extensão, membro flascido (sinais de nervo motor inferior)
Cifose da região para não comprimir 
A região de L7-S1 possui uma maior pressão, que vai originar alterações esqueléticas compensatórias que causa esclerose das placas terminais (degeneração), espondilose deformante (quando elas se unem forma a espondilose anquilosante), formação de osteófitos, hipertrofia dos ligamentos e protrusão discal. Isso gera a compressão da cauda equina. Rebaixamento do “teto” sacral.
Tratamento igual aos anteriores
Pode utilizar Gabapentina nesse caso, em uma dose que vai de 5 a 20 mg/kg por via oral a cada 8 horas. Esse fármaco começa a fazer seu efeito depois de um tempo de uso. Tem efeito sedativo. Efeito começa só depois de um mês, associa com um analgésico de dor mais aguda.
Mielopatia Degenerativa
Doença semelhante a esclerose lateral mielotrófica no ser humano
Pastor Alemão, Corgi, Boxer
Mais de 5 anos (média de 9 anos em raças grandes)
Crônica, insidiosa e progressiva
Não dolorosa
T3 – L3 
Progressiva
Se estende cranialmente, podendo causar uma parada respiratória
Assimétrica
Imagem normal
Neurônios motores começam a se degenerar e não se sabe a causa (idiopático) – visualização no post mortem (necropsia)
Discoespondilite
Infecção do disco e da vértebra
Animais jovens a meia idade
Loalixação entre a L7 – S1 (PRINCIPAL), cervical caudal e torácica média
Patógenos são diversos, podem vir via hematógena, via trato urinário (pesquisar se o animal tem lesões na beixiga, traumatismo, sofreu alguma cirurgia ou imunossupressão)
Sinais clínicos
Condição muito dolorosa – não consegue especificar (hiperestesia). 1 sinal clínico (não-mielopático). Mielopático com o tempo.
Febre, depressão, anorexia, hiperestesia, passeia a paralisia caudal a lesão e alterações variam conforme o foco da infecção
Diagnóstico
Radiografia: esclerose óssea, espondilose deformante/anquilosante e lise óssea
Cultura de sangue e urina
Biópsia e cultura possuem maior sensitividade
Tratamento
Cefalexina (30 mg/kg BID por 4 a 6 semanas)
Clindamicina (15 mg/kg BID por 4-6 semanas)
Enrofloxacina (5-10 mg/kg SID por 4-6 semanas)
Doxiciclina (5 mg/kg BID por 4-6 semanas)
AINES + opióides + restrição de atividades

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