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. Objetivo 1) Descrever a lombociatalgia (fatores de risco, fisiopatologia, quadro clínico e diagnóstico clínico, imagiológico e laboratorial) ★ Dor ao longo do trajeto do nervo ciático = ciatalgia → geralmente é fruto do comprometimento da raiz nervosa na coluna. Outras causas: compressão ou inflamação do próprio nervo. ★ Dor no trajeto do nervo + dor lombar⇒ lombociatalgia. Quanto à sua duração, podem ser classificadas em: ➔ Aguda: até sete dias; ➔ Subaguda: de sete dias até três meses; ➔ Crônica: quando os sintomas duram mais de três meses. Nervo ciático (isquiático): ➔ Em relação a espessura, é o maior nervo do corpo humano; ➔ Inerva sensibilidade do pé, maior parte da perna, e motricidade e propriocepção dos músculos posteriores da coxa, músculos proximais da perna, e todos os músculos do pé. ➔ É um nervo misto; Ele faz seu trajeto na pelve ⇒ sai da bacia ⇒ passa pela musculatura glútea ⇒ percorre parte posterior da coxa, nela se divide em nervo tibial e fibular comum. DOR CRÔNICA É aquela que persiste ou recorre por mais de 3 meses ou pode ser a dor associada a uma lesão tecidual que se espera uma evolução dela. Alguns autores definem dor crônica como aquela que dura mais de 6 meses. Alguns exemplos de dor crônica incluem a lombalgia, a lombociatalgia, osteoartrite. ➔ Lesões “leves” podem causar uma sensibilização dos receptores periféricos no córtex cerebral⇒ isso causaria uma dor persistente mesmo na ausência de um estímulo nociceptivo contínuo. Pacientes com dor crônica podem não ser bem responsivos a medicações analgésicas, necessitando de uma abordagem multidisciplinar: medicações + aconselhamento + fisioterapia + cirurgia. FATORES DE RISCO ★ Idade maior que 30 anos: quanto mais velho, maior o avanço dos processos degenerativos, assim como desgaste das estruturas ósteo-musculares e orgânicas. ★ Sexo masculino: ★ Tabagismo: a nicotina interfere na atividade do osteoblasto (célula produtora da parte orgânica da matriz óssea) → ou seja, se tem redução da massa óssea → degeneração do disco. ★ Fumar também reduz a perfusão e má-nutrição dos tecidos perivertebrais. ★ Alcoolismo: ★ Obesidade: sobrecarrega a coluna vertebral; ★ Postura inadequada ★ Sedentarismo: ★ Atividades laborais: a flexão e rotação da coluna lombar aumenta a pressão no segmento motor inferior + elevado número de horas dirigindo veículos motorizados e o uso de carros mais velhos também foram considerados fatores de alto risco para prolapso de disco intervertebral FISIOPATOLOGIA Lombociatalgia mecânica: anormalidade na anatomia ou na função SEM associação com doença inflamatória ou neoplásica. Causa mais comum: degeneração. ➔ Aumenta com atividade física e postura ereta; ➔ Aliviada pelo repouso e decúbito Lombociatalgia inflamatória: é aquela em que temos a ciatalgia devido a compressão da raiz nervosa → produzindo dor lancinante em distribuição radicular. ➔ Observada nas espondiloartropatias; ➔ Piora com repouso e melhora com atividade; Quando falamos de uma dor que irradia para membro inferior, podemos considerar 2 origens: 1. Radicular: dor fruto da compressão ou irritação de nervos/raízes nervosas. A principal causa de dor radicular é a compressão por hérnia de disco ⇒ hérnias discais de níveis L4/L5 ou L5/S1. 2. Referida: dor miofascial (pressão sobre pontos sensíveis dos músculos causa dor em partes do corpo aparentemente não relacionadas). A fisiopatologia da lombociatalgia está muito atrelado a etiologia da doença, visto que a dor nessa situação é multifatorial. OU SEJA, envolve estímulo mecânico de terminações nervosas que estão na parte de fora do anel fibroso, também envolve compressão direta da raiz nervosa e até mesmo os fenômenos inflamatórios que são induzidos pelo núcleo extruso. De forma resumida, teremos uma compressão mecânica da raíz nervosa ⇒ gerando isquemia e fenômenos que vão sensibilizar a membrana a dor. Na nossa coluna, existe um equilíbrio mecânico do segmento anterior, que seria os corpos vertebrais com o segmento posterior, que seriam as articulações interapofisárias (estão entre as vértebras de cada coluna) ⇒ pode ocorrer um desequilíbrio entre esses segmentos devido a forças mecânicas ⇒ isso leva a dor por estimulação direta de terminações nervosas da região OU pela liberação das substâncias do núcleo pulposo → desencadeia dor e processo inflamatório. Os discos intervertebrais NÃO possuem vasos sanguíneos, ou seja, eles recebem substâncias nutritivas através de DIFUSÃO com o corpo vertebral. Isso ocorre como se fosse uma bomba hidraúlica → compressões e descompressões ocorrem em situações normais para ter essa difusão. ➔ Essa difusão ocorre por meio da placa vertebral terminal → ela é constituída por um gel hidratado de moléculas de proteoglicanos que estão entrelaçadas por fibras de colágeno. O problema é quando eu tenho um processo degenerativo, fruto de uma compressão contínua, pois o processo de degeneração diminui a capacidade de nutrição do disco por difusão passiva⇒ isso gera um acúmulo de íon hidrogênio⇒ esses íons estimulam receptores químicos da dor que ficam na parte externa do anel fibroso⇒ gerando a dor. Fala-se que o disco intervertebral inclui 85% dos casos de causas de dor do segmento motor → seriam as discopatias. ⇒ principais: fissuras, rupturas, abaulamentos, diminuição da altura do disco e hérnias que podem ser protrusas e extrusas. FISIOPATOLOGIA - OUTRAS DOENÇAS Protrusã� disca� (abaulament� disca�) Corresponde a uma distensão do anel fibroso ao redor do disco vertebral, sendo uma forma comum de degeneração do disco espinhal, o que pode acontecer até mesmo pela idade. ★ É responsável por 90% dos casos de lombociatalgia. Hérni� d� disc� Hérnia de disco: ➔ Protrusão: base da hérnia é a maior do que a parte que está saindo pela fissura: ➔ Extrusão: parte que sai pela fissura é maior que a base da hérnia (pode ser cranialmente ou caudalmente) Hérnia de disco: ➔ Contida: envolve o anel fibroso → ele fica mais elástico; ➔ Não contida: material discal é expulso totalmente ⇒ esse deslocamento dele gera sinais e sintomas fazendo saliências ou protrusão ⇒ em casos de projeção direta no canal raquidiano, se tem uma pressão que irrita ou comprime as raízes nervosas adjacentes → por isso ela é uma radiculopatia. OBS: na região lombar, a maioria das protrusões é entre L4 e L5 e em L5 a S1 → hérnia de disco muito associada à degeneração patológica, trauma de movimento, desgaste e ruptura. Fases da hérnia de disco Primeira Devido ao envelhecimento se tem um abaulamento do disco → isso porque o anel fibroso começa a desenvolver fissuras → e com isso o disco começa a assumir um formato mais de arco. Segunda Com o tempo, esse abaulamento fica maior, podendo atingir nervos, medula e saco dural → esse processo é chamado de protrusão discal. Terceira Após o abaulamento e protrusão, termos a extrusão do disco → ocorre a saída do núcleo pulposo ⇒ esse núcleo tem diversas citocinas que geram uma resposta inflamatória e, consequentemente, a dor. Nessa extrusão, já temos o comprometimento das estruturas nervosas → pois a extrusão gerou um estreitamento dos canais onde passam os nervos. Quarta Pode ocorrer uma ruptura ainda da parte herniada com o disco intervertebral, seria o sequestro da porção extrusa. Isso é muito raro. �tr�! Existem genes associados à degeneração do disco. Exemplo: colágeno I alfa-1 (COL1A1),colágeno IX, colágeno Xi, IL-6, agrecano (AGC1) → ele codifica o proteoglicano, que é o maior componente protéico da cartilagem estrutural ⇒ ele suporta função biomecânica e é receptor de vitamina D. Esten�� d� cana� vertebra� É quando o diâmetro do canal vertebral é diminuído devido a um espessamento ósseo das lâminas, das facetas articulares, da hipertrofia do ligamento amarelo, da ossificação do ligamento e hiperlordose ⇒ essa diminuição do diâmetro pode comprimir o nervo ciático → lombociatalgia. Pode acompanhar o indivíduo desde o nascimento (causa congênita) ou aparecer com o envelhecimento. ➔ Se ocorrer lateralmente ⇒ sintomas parecidocom os de hérnia de disco; ➔ Se ocorrer centralmente ⇒ dor na região dos glúteos, sensação de peso nas pernas que piora ao caminhar. ★ Diâmetro normal = 16-18mm; ★ Diâmetro na estenose = 10-12mm. Síndrom� p�-laminectomi� É uma dor crônica neuropática fruto da cirurgia de coluna lombar para alívio da dor. Síndrom� d� piriform� 6% dos casos. Seria uma compressão do nervo ciático pelo músculo piriforme ou pelo tendão do músculo. Acontece em casos de hipertrofia, inflamação ou variação anatômica do músculo. QUADRO CLÍNICO O quadro clínico depende muito da etiologia da lombociatalgia. Mas, podemos ter alguns sintomas variáveis: 1. Dor lombar que irradia para membro inferior até o pé; 2. Pode ter ardência ou formigamento; 3. Dependendo da raiz que foi acometida podem ter déficit de sensibilidade e força; 4. Hiperalgesia: dor desproporcional a um estímulo doloroso; 5. Hiperpatia: 6. Alodinia: dor devido a um estímulo que geralmente não provoca dor. A dor ciática pode começar de forma repentina, como no exercício físico, ou de forma lenta, progressiva. Geralmente, ela é unilateral, mas pode ter dor bilateral no caso de hérnia de disco central, estenose lombar e espondilolistese. Se o paciente refere aumento da dor com tosse, espirro, pode ser que o disco já tenha rompido. DIAGNÓSTICO ClÍNICO É feito utilizando elementos da anamnese e a fisiopatologia. Lombalgia mecânica comum O paciente tem uma dor que se LIMITA a região lombar e as nádegas, quase NUNCA irradia para a coxa. Ela se apresenta subitamente de manhã. A média de duração do episódio doloroso é 3 a 4 dias ⇒ depois disso, com ou sem tratamento, o paciente volta ao normal. Hérnia de disco No esforço durante o dia, o material do núcleo pulposo pode ser impelido para trás, mas o anel fibroso ainda o contém, então nessas situações podem não aparecer a dor. Mas na noite, devido a uma maior embebição (absorção) aquosa do núcleo, e aumento da pressão entre os discos, as fibras do anel podem se romper → e daí nas primeiras horas do dia o paciente começa o quadro doloroso agudo, intenso, que irradia para membro inferior e piora com os esforços. Osteoma osteóide (tumor ósseo primário benigno) Pacientes se queixam de dor na madrugada ou no outro dia bem cedo → isso porque durante a madrugada teria uma liberação de prostaglandinas por células tumorais. Estreitamento do canal raquidiano artrósico Dor lombar, às vezes, é noturna; outras vezes, à ela se associa ciatalgia uni ou bilateral intensa, que melhora ao sentar-se. Pode ser acompanhada de dor na panturrilha e de claudicação neurogênica intermitente. O processo doloroso piora ao caminhar, principalmente ladeira abaixo, e melhora ladeira acima, o que a diferencia da claudicação vascular, que piora ladeira acima. O sinal de Lasegue é negativo, enquanto na hérnia discal pode ser positivo. A manobra de Romberg é positiva. A extensão da coluna lombar, durante 30 segundos, desencadeia a dor. Espondiloartropatias soronegativas Nas espondiloartropatias soronegativas, que são doenças reumáticas inflamatórias, é característica a exacerbação matinal dos sintomas; aqui, a fisiopatologia da dor é influenciada pelo ritmo circadiano da secreção do cortisol e pelo sistema nervoso autônomo. DIAGNÓSTICO IMAGIOLÓGICO ★ Faz parte do diagnóstico complementar; Tomografia computadorizada e ressonância magnética: em casos de lombalgia e lombociatalgia com evolução atípica, com evolução insatisfatória. A causa não foi determinada após 6 semanas de tratamento clínico. ➔ TC: MÉTODO PLANAR. Permite boa avaliação dos desarranjos dos discos, das alterações degenerativas e articulações zigoapofisárias. Além disso, avalia canal vertebral, recessos laterais e forames intervertebrais. Por ter uma boa resolução espacial, também dá pra ver os contornos ósseos. ➔ RM: MÉTODO MULTIPLANAR, sem radiação ionizante. Permite boa avaliação de desarranjos discais e de alterações degenerativas. Útil para: análise do conteúdo do canal vertebral (cone medular, raízes da cauda equina e medula óssea) ⇒ Melhor exame para hérnias de disco. Eletroneuromiografia: somente na lombociatalgia crônica. ➔ Importante para diagnóstico diferencial → traz informações sobre a fisiologia da raiz nervosa. Densitometria óssea: não é indicada sempre. Radiologia convencional: Você solicita nos casos de lombalgia crônica e aguda com sinais de alerta (janela vermelha). Você solicita uma radiografia de coluna lombossacral. As informações que podem ser obtidas: 1. Redução da altura de espaço intervertebral; 2. Espondilolistese⇒ uma vértebra deslizando sobre a outra. 3. Osteomielite⇒ inflamação/infecção no osso. 4. Infiltração tumoral de um corpo vertebral. Tomografia axial computadorizada (TCD): Ela é feita com menos frequência. Mas traz informações importantes: 1. Revela hérnias de disco; 2. Revela mudanças estruturais da coluna vertebral. Indicadas em comprometimentos: Discais; Das faces intervertebrais (platôs vertebrais); Das articulações zigoapofisárias; Do canal vertebral e forames intervertebrais Ressonância nuclear magnética (RNM) É superior à tomografia axial computadorizada (você vê melhor partes moles). As informações obtidas: 1. Natureza e localização da ruptura de disco e lesões da coluna vertebral. Você faz com quadro clínico sugestivo de: Infecção; Câncer; Comprometimento neurológico persistente. Mielografia e mielotomografia Ambos são métodos invasivos. Indicado quando se tem dúvida de compressão radicular depois de já ter feito TC ou RNM ou associadas a radiografias dinâmicas em casos de estenose de canal vertebral e foramina. Discografia É um método invasivo. Indicação: hérnia de disco com reprodução da dor referida. Cintilografia Nos casos suspeitos de tumor, infecção e doença óssea difusa. Eletroneuromiografia Indicada no diagnóstico diferencial entre envolvimento radicular e outras doenças do sistema nervoso periférico. Ela evidencia: 1. Distribuição topográfica da denervação muscular que corresponde a uma raíz nervosa → fica aparenta dias ou semanas após a lesão. É o único método que produz informações da fisiologia da raiz nervosa envolvida. Densitometria óssea: Nos casos de osteoporose primária ou de osteoporose secundária, devendo ter em mente que somente a presença de perda de massa óssea não justifica a lombalgia ou lombociatalgia DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Para a maioria dos casos, você não precisará solicitar exames laboratoriais. Geralmente, você solicita para idosos, ou pessoas com sintomas constitucionais ou que ainda estão em falha terapêutica. ★ Hemograma e VHS (velocidade de hemossedimentação: suspeita de neoplasia ou processo inflamatório → processos inflamatórios geralmente cursa com anemia, enquanto que nos processos infecciosos teríamos uma leucocitose. ★ Cálcio sérico e fosfatase alcalina: para investigar doença óssea difusa; ★ Eletroforese de proteínas séricas e urinárias: suspeita de mieloma múltiplo. Objetivo 2) Conhecer a semiologia da lombociatalgia (exame físico) Anamnes� Na anamnese pergunte: 1. Intensidade e horário que apareceu ⇒ nas hérnias discais e lombalgias a dor aparece de manhã ou no decorrer do dia, geralmente. Se for uma lombalgia mecânico-degenerativa, a dor vem no fim da tarde após o trabalho, se relacionando com estresse físico e emocional. 2. Se tem relação da dor com atividade corporal ou com o repouso; 3. Tipo de irradiação da dor: se segue os dermátomos ou não; 4. Dor de origem raquidiana ou extra-raquidiana (não tem relação com os movimentos da coluna, aparece mesmo em repouso → exemplo: cólica renal); 5. Características psicossomáticas 6. Se tem queixas sistêmicas (bandeira vermelha): febre, calafrios, emagrecimento, anemia, massa abdominal; S� atentar a� sinai� d� alert� Na investigação, algumas literaturas trazem o termo red flags, que seriam bandeiras vermelhas ⇒ são alertas para investigação clínica e fator prognóstico ⇒ diferenciar causa mecânica de não mecânica. �am� físic� INSPEÇÃO Observar a caminhada do paciente: qual o tipo de marcha e se ele adquireposição antálgica (posição que o paciente faz para evitar a dor). Observar assimetrias: desnível dos ombros, pregas subcostais, cristas ilíacas, pregas glúteas, alteração na curvatura da coluna lombar como retificação da lordose, acentuação de cifose torácica ou escoliose. Observar: lesões de escaras (lesões por pressão), traumas ou cirurgia anterior Marcha de trendelenburg (compressão grave de raiz de L5 que gera fraqueza abdutora) . Glúteo médio fica contraindo pra tentar gerar estabilidade. Marcha com pé caído devido devido parestesia extensora do pé por compressão das raízes L4 e L5 Marcha de base alargada que pode significar compressão mais superior Pacient� d� cas�: ★ Retificação de lordose fisiológica (se for lombar): curvatura natural da coluna lombar é diminuída ou perdida, gerando uma aparência mais reta. Esse quadro pode ocorrer como consequência do avanço da idade, mas também pode ser acelerado por uma postura incorreta. PALPAÇÃO Hipertonia muscular: analisar a presença; Pontos dolorosos: analisar a presença; Pacient� d� cas�: Hipoestesia tátil dolorosa em dermatomos de L5 a S1 ⇒ sensibilidade tátil reduzida ESTUDO DOS MOVIMENTOS DA COLUNA LOMBAR Flexão: observar se a dor aparece ou se é agravada. Também analisar se ela irradia para membros inferiores. Flexão direita e esquerda/Rotação direita e esquerda: pesquisar dor e/ou limitação na amplitude dos movimentos; Teste de Schober: paciente em pé e você faz uma marca na região lombar, na linha média entre as 2 espinhas ilíacas e a outra marca 10 cm acima da primeira ⇒ pedir ao paciente para fletir o tronco sem flexionar os joelhos ⇒ a distância normal deve ultrapassar 15 cm. Espondilite anquilosante se menor que 5cm (tipo de inflamação que afeta os tecidos conjuntivos, caracterizando-se pela inflamação das articulações da coluna e das grandes articulações, como quadris, ombros e outras regiões) Extensão: a dor surge nos casos de artrose zigoapofisária (artrose das articulações da parte posterior da coluna) e estenose de canal artrósico. Testes específicos Manobra de Valsalva: está dentro dos testes ortopédicos.Verificar alteração por compressão de espaço. ➔ Paciente sentado: faz apneia e força de evacuação⇒ aumenta pressão abdominal⇒ paciente poderá sentir uma dor irradiada. Manobra de Laségue ou teste de perna estendida: paciente deitado → mão esquerda imobiliza o ilíaco e mão direita eleva membro inferior segurando no tornozelo. Teste positivo: irradiação da dor no dermátomo de L4-L5 ou L5-S1 no ângulo de 35 a 70º. Dor acima de 70º não existe compressão radicular. Essa elevação causa tensão no nervo ciático → estirando raízes nervosas do ciático (L4, L5, S1, S2 e S3) Sinal do arco da corda (manobra de Bragard): você faz o teste de laségue,quando o paciente falar que está com dor, você faz uma flexão dorsal (no pé) → confirmar o Lasegue. O teste é positivo se a dor diminuir ou desaparecer. Sinal das pontas de “De Séze”: você pede para o paciente andar no calcanhar (dorsiflexão do tornozelo) e depois nas pontas dos pés. ★ Dificuldade para andar apoiado no calcanhar indica compressão de L5 (possível herniação de L4-L5). ★ Dificuldade de caminhar na ponta do pé direito: indica lesão/compressão de S1 (possível herniação de L5-S1) ⇒ Pacient� d� cas� PESQUISA DE REFLEXOS Reflexo patelar: martelo neurológico toca de leve tensão patelar⇒ receptores no músculo são estimulados ⇒ gera um impulso que viaja pelo neurônio aferente a medula espinal⇒ impulso nervoso viaja pelo neurônio eferente até o músculo ⇒ perna projetada para cima. ★ A ausência do reflexo patelar indica comprometimento da raiz de L3 e/ou L4 → não foi o caso do paciente. Reflexo aquileu: Manobra 1 - paciente sentado, com as pernas penduradas. Uma mão segura o pé e a outra percute o tendão → resultado, leve flexão plantar (contração do tríceps sural). Manobra 2 - paciente apoiando o joelho. ★ A ausência do reflexo indica comprometimento da raiz de S1. ★ Pacient� d� cas�: hiporreflexia PESQUISA Da força de flexão e extensão dos pododáctilos Hálux: ausência ou força diminuída ⇒ deficiência motora por compressão radicular de L5. 2º e 3º pododáctilos: ausência ou força diminuída indica deficiência motora por compressão radicular. SINAIS NÃO ORGÂNICOS de lombalgia psicossomática ★ Sensibilidade dolorosa exacerbada em locais de distribuição não anatômica e superficial. ★ Lombalgia que aparece após compressão crânio caudal ou à rotação da pelve e ombros sem movimentar a coluna. – Sinal de Lasègue exagerado quando pesquisado sentado ou deitado. ★ Alterações regionais de sensibilidade (hiperestesia em bota) em pacientes não diabéticos e fraqueza generalizada. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ColunaVertebral.pdf Objetivo 3) Conhecer o tratamento medicamentoso (mecanismo de ação da dexametasona e AINES) e não medicamentoso (fisioterapia, RPG, colete) para lombociatalgia Você vai tratar o paciente objetivando reabilitar, melhorar qualidade de vida e promover uma reintegração social, pois a completa eliminação da dor nem sempre é viável. Opção terapêutica mais importante: tratamento farmacológico. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Quando falamos em tratamento farmacológico, devemos lembrar que os COMPONENTES NOCICEPTIVOS E NEUROPÁTICOS ESTÃO PRESENTES NA DOR CRÔNICA, logo, você precisa fazer uma abordagem multimodal. ★ AINES e paracetamol⇒ vão atuar na nocicepção; ★ Opióides: maior alvo na nocicepção; ★ Anticonvulsivantes⇒ atuam em componente neuropático. OBS: precisam ser associados a outros medicamentos. ★ Relaxantes musculares ⇒ sem indicação na dor crônica; Primeira linha (segundo as diretrizes para o tratamento das dores neuropáticas): 1. Anticonvulsivantes modulares das subunidades α 2δ dos canais de voltagem-dependentes: gabapentina e pregabalina; 2. Antidepressivos tricíclicos (ADT): amitriptilina, imipramina, clomipramina e nortriptilina; 3. ISRSN: duloxetina e venlafaxina. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ColunaVertebral.pdf Segunda linha: 1. Emplastros de lidocaína a 5% → indicação na neuralgia pós-herpética; 2. Opióides. É eficaz associar gabapentina e tricíclicos. Etapa 1: 1 ou mais fármacos de primeira linha; Etapa 2: ocorreu alívio parcial da dor? acrescenta outro fármaco de primeira linha. Não teve alívio? troque por outro fármaco de primeira linha. Etapa 3: não funcionou a etapa 2, considere fármacos de segunda linha (opioides e tramadol) + encaminhe para um especialista em dor. ANALGÉSICOS não opióides ★ PARACETAMOL: dose de 500mg 4 a 6 vezes ao dia ⇒ eficaz na dor de intensidade discreta e moderada. Risco baixo, mas com cautela em hepatopatas. ★ DIPIRONA: 500mg até 4 vezes ao dia. analgésicos OPIÓIDES Não são indicados opióides devido a risco de dependência química quando utilizados por muito tempo. Logo, eles são mais voltados para lombalgia e ciatalgia aguda que não responderam aos AINES. ● Fosfato de codeína: 30 mg, 3 a 4 vezes ao dia. Principais efeitos adversos: sonolência, déficit de atenção e constipação intestinal. ● Cloridrato de tramadol: 100 a 400 mg diários, mesmos efeitos adversos. ● Oxidocona: 5 a 10 mg ● Sulfato de morfina: restrito a casos graves. Relaxantes musculares Opção a curto prazo na lombalgia aguda mecânica comum. Exemplos: carisoprodol e ciclobenzaprina. Benzodiazepínicos e antidepressivos Recomendados na lombalgias crônicas. INFILTRAÇÕES Infiltrações epidurais que contém glicocorticoide, anestésico e opioide ⇒ lombociatalgia aguda após falha com tratamento medicamentoso e medidas físicas. AINES Geralmente são prescritos junto com paracetamol. E também devem ser prescritos com duração mínima, para evitar efeitos colaterais. Mecanism� d� açã�: vão inibir a COX⇒ com isso, reduzem a produção de prostaglandinas. Inibidor irreversível: aspirina. Nós temos fosfolipídios em nossas membranas que são convertidos em ácido araquidônico por uma enzima, a fosfolipase A2 em situações de INFLAMAÇÃO E DANO TECIDUAL. Esse ácido, pode sofrer a ação da lipoxigenase, sendo convertido em leucotrienos.Mas, pode sofrer ação da COX 1 ou 2 e ser convertido em prostaglandinas, o tipo de prostaglandina vai depender do tecido. E como seria benéfico eu utilizar um AINES no caso da lombociatalgia? Essas prostaglandinas (E2 e F2a) que são produzidas, a partir da COX, sensibilizam nossas fibras nervosas nociceptivas a estímulos dolorosos depois de uma lesão tecidual ⇒ Quando eu utilizo o AINES, eu reduzo a produção dessas prostaglandinas e, consequentemente, eu quero essa sensibilização a estímulos dolorosos e promovo a analgesia. Efeito antiinflamatório: diminui produção de prostaglandina⇒ diminui vasodilatação ⇒ diminui mediadores químicos. Efeito antipirético: inibe a produção de prostaglandina no hipotálamo → e como sabemos o hipotálamo é responsável pelo controle corporal. Efeito analgésico: diminui prostaglandina (são elas que sensibilizam os nociceptores para os mediadores da inflamação agirem, como a bradicinina) ⇒ efeito analgésico. Existem vários AINES, e cada um deles possuem diferentes graus de inibição da COX 1 e da COX 2. COX�1 É a forma constitutiva. Presente nos tecidos normais → produzem aquelas prostaglandinas que são necessárias para o nosso processo fisiológico normal (mantém fluxo sanguíneo renal, protegem mucosa gástrica) COX�2 Ausente na maior parte dos tecidos, exceto cérebro, útero, rins e próstata. COX�3 Está no SNC, é o local de ação do paracetamol. Farmacocinétic� ➔ A maioria é administrado oralmente, exceto: cetorolaco e parecoxibe (intravenoso) e diclofenaco (oral, intravenoso e retal); ➔ São ácidos orgânicos fracos: absorvidos rápidos no estômago e intestino delgado (principalmente, grande área superficial); ➔ SOFRE UM METABOLISMO DE PRIMEIRA PASSAGEM MUITO LIMITADO → por isso tem ALTA BIODISPONIBILIDADE; ➔ Metabólitos excretados na urina. Efeit� advers� A prostaciclina tem um efeito protetor quanto ao ácido do estômago → diminuir sua quantidade pode gerar efeitos colaterais gastrointestinais. A prostaciclina, junto com óxido nítrico, também relaxa o tônus dos vasos que fazem parte da função renal, então sua inibição pode alterar a taxa de filtração glomerular. A inibição da COX também pode aumentar os leucotrienos, e eles têm ação broncoconstritoras, ou seja, o AINES podem exacerbar a asma em quem já tem. �empl� Betametasona; Prednisona; Inibidores só da COX 2: paciente de risco para complicações gastrointestinais e idosos. Valdecoxibe (10mg/dia), rofecoxibe (50mg/dia) e celecoxibe (100 a 200mg de 12/12 horas). https://www.sbahq.org/resources/pdf/atotw/405.pdf OBS: O ácido acetilsalicílico não é recomendado → muito tóxico. https://www.sbahq.org/resources/pdf/atotw/405.pdf GLICOCORTICÓIDES (DEXAMETASONA) São fármacos análogos ao cortisol → ou seja, são hormônios sintéticos que imitam a ação do cortisol. ● Cortisol é um hormônio produzido pelas supra renais → é o glicocorticóide endógeno mais importante; ● A liberação do cortisol ocorre em situações de estresse ou trauma; ● Ele aumenta a PA e os níveis de açúcar no sangue; ● São potentes agentes devido a sua ação anti-inflamatória, sendo muito utilizado em alergias e condições reumatológicas; O corticoide penetra a célula e se liga a receptores intracelulares ⇒ forma-se um complexo esteróide-receptor⇒ esse complexo se liga ao DNA nuclear⇒ isso ativa a síntese do RNA mensageiro e originam proteínas específicas, como a vasocortina e a lipocortina. A vasocortina controla o edema Lipocortina bloqueia a fosfolipase A2 ⇒ se ela bloqueia a fosfolipase A2, não teremos a conversão de fosfolipídios em ácido araquidônico⇒ diminuindo inflamação e lesão tecidual. Farmacocinétic� � farmacodinâmic� ➔ Bem absorvidos pela via oral; ➔ São metabolizados pela via hepática; ➔ Tem excreção urinária; Administraçã� ➔ A Dexametasona é para administração por via oral; ➔ Forma acetato deve ser administrada por via IM, intrarticular ou intralesional; ➔ Forma fosfato é para uso EV, IM, intrarticular ou intralesional. OBS: No uso oral, deve ser administrada com alimentos para evitar sintomas do tracto gastrointestinal. Ação�curta cortisona e a hidrocortisona, pois suprimem o ACTH por oito a 12 horas Ação intermediár ia prednisona, a prednisolona, a metilprednisolona e a triamcinolona, estas suprimem o ACTH por 12 a 36 horas; Ação�longa dexametasona e a betametasona, promovem supressão do ACTH por 36 a 72 horas https://www.scielo.br/j/rbr/a/ysGbGcZsDWgmLhnYgyBht9R/?lang=pt 2013 TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO Reeducaçã� p�tura� globa� (RPG) Os músculos têm função de proteger estruturas passivas da coluna vertebral. Porém, em casos de desuso do tônus muscular que o faz diminuir, a paralisação por muito tempo na mesma posição pode transferir uma carga muito grande para essas estruturas, gerando dor. https://www.scielo.br/j/rbr/a/ysGbGcZsDWgmLhnYgyBht9R/?lang=pt A RPG é uma técnica que alonga músculos tônicos que são menos flexíveis e mais densos. Para isso, ela conta com a ajuda de músculos expiratórios e inspiratórios para recuperar o comprimento e também melhorar a capacidade respiratória. A técnica é baseada em anamnese, fotos, exames de retrações, pontos de reequilíbrios e a escolha da postura que irá trabalhar com o paciente (saber em que momento a dor aumenta, incomoda mais). ★ Benefícios: alívio da dor e equilíbrio postural, melhora a função respiratória. As posturas são modificadas conforme a evolução do paciente, podendo em cada sessão ser realizado uma nova avaliação, priorizando a melhora postural do paciente. A boa postura tem a finalidade de evitar o estresse causado pela má postura, as constantes mudanças nas curvaturas ocorrem pela acomodação dos músculos, ligamentos e tendões com relação ao centro de gravidade. Ela promove uma postura de alongamento muscular. Tem 3 princípios: 1. Individualidade: cada pessoa é única; 2. Causalidade: a verdadeira causa do problema pode estar distante, ou seja, não trate apenas a dor local; 3. Globalidade: você trata do corpo como um todo (8 posições) �sioterapi� tradiciona� - �ercíci� Usa o alongamento estático, que é baseado em alongar um único músculo ou um grupo de músculos, com duração de aproximadamente 30 segundos. O alongamento/exercício aumenta o nível de endorfina no sangue + diminui pH dentro do disco intervertebral porque aumenta a concentração de O2 → diminui estímulo doloroso. Voltados para fase aguda de lombalgias e lombociatalgias: 1. Alongamento 2. Relaxamento 3. Exercícios isométricos de quadríceps e tríceps sural Na fase crônica: 1. Exercícios aeróbicos ⇒ caminhada, natação, ciclismo. Indicados para hérnias, protrusões difusas e focais do disco, sem ser no período agudo: 2. Extensão Hidrocinesioterapi� Os efeitos terapêuticos da atividade aquática são eficazes na redução de algias , aumento da força e resistência muscular entre outros benefícios para o corpo. Acupuntur� A teoria dela é que todas as desordens estão refletidas em pontos específicos (superfície da pele, abaixo da pele) → daí a estimulação desses pontos com agulhas aliviaria a dor. Essa técnica estimula liberação de esteróides ⇒ ajudam a controlar processos inflamatórios. Também se fala em ação analgésica, pois sua técnica aumenta endorfina e ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) por meio da hiperestimulação analgésica (teoria dos portões). ➔ Não há evidências científicas que comprovem o benefício da acupuntura na lombalgia e lombociatalgia. Órtes� (cint� elástic� lombar) Fala-se que ela aumenta a rigidez do tronco ⇒ então você precisa exigir menos sua força muscular → aumentando a pressão abdominal, diminuindo, então, força sobre as unidades musculares dorsais. Objetivo 4) Relacionar o uso da dexametasona injetável com a osteoporose e outros efeitos adversos O osso sofre um processo de remodelação óssea, para ela ocorrer, nós temos algumas células importantes, como os osteoclastos → reabsorvem osso antigo; e osteoblastos → formam o novo tecido ósseo Esses efeitos dos glicocorticóides não ficam restritos são a formação e reabsorção óssea (seriam os efeitos diretos), pois elestambém possuem efeitos indiretos → incluindo diminuição da absorção intestinal, aumento da excreção renal de cálcio, desregulação da secreção de hormônios, como: paratireoideano (PTH), hormônio do crescimento (GH) e hormônios sexuais. Efeitos�diretos Efeitos�indiretos Estão relacionados à ação desta droga sobre as células ósseas e suas funções. Metabolismo do cálcio e vitamina D, secreção de hormônios sexuais e produção de prostaglandinas, citocinas e fatores de crescimento. Efeit� diret� Primeiramente, a osteoporose induzida por glicocorticóides é fruto de tratamento prolongado com esses fármacos. Eles alteram o processo de remodelação óssea, causando uma deterioração estrutural do tecido ósseo ⇒ leva a fragilidade e aumenta suscetibilidade a fraturas devido a redução da massa óssea. Quando falamos de osteoporose induzida por dexametasona, temos 2 fases (perda óssea bifásica): FASE RÁPIDA: ocorre uma reabsorção óssea excessiva ⇒ os osteoclastos estão reabsorvendo muito osso⇒ diminui a densidade mineral óssea. ● Perda de 12-20% nos primeiros meses; FASE TARDIA: ela é mais progressiva, você tem uma diminuição da densidade óssea porque os osteoblastos e osteócitos não estão conseguindo formar novo tecido ósseo porque estão reduzidos em quantidade e função. Com pouco osteoblastos, temos uma supressão da formação de osso. ● Perda de 2-5% anualmente. O grau de perda óssea é mais acentuado em áreas com predominância de osso trabecular, tais como a coluna vertebral e costelas. Sistema osteoprotegerina (OPG)⇒ ele envolve um receptor ativador do fator nuclear, chamado de RANK e o ligante do RANK, que é o RANK - L (responsável pela diferenciação dos osteoclastos). A osteoprotegerina é um receptor de membrana que não gosta do RANK-L, é um antagonista dele. Então ela neutraliza o RANK-L → com isso, ele não consegue causar a diferenciação dos osteoclastos → e, consequentemente, impede a maturação e ativação de osteoclastos. E o que o cortisol faz? Ele estimula a transcrição do RANK-L → eu acabo tendo mais RANK-l livre pra se ligar ao seu receptor, que é o RANK → isso faz o que? estimula a maturação dos osteoclastos e inibe a apoptose dessas células. Ou seja, o cortisol atua por MECANISMO DE REGULAÇÃO GÊNICA. Efeit� indiret� Na presença de GC ⇒ absorção de cálcio no trato gastrointestinal é inibida. Para o cálcio ser absorvido no TGI, ele precisa de proteínas que o transportem pela mucosa intestinal (ele faz transporte ativo nas alças intestinais) → a vitamina D é uma das responsáveis por produzir essas proteínas. Os glicocorticóides, então, em altas concentrações impossibilitam a vitamina D de se ligar ao seu receptor e induzir a expressão das proteínas → logo, sem transporte do cálcio ⇒ logo, sem absorção do cálcio. Vitamina D= 1,25 (OH)2D3 → precisa se ligar ao receptor → induzir expressão de calbindina-D28k no intestino. O mecanismo de reabsorção do cálcio também é inibido a nível de rins → para tentar suprir essa diminuição do cálcio, a tireoide começa a produzir o PTH, hormônio da paratireóide, podendo gerar o hiperparatireoidismo ⇒ o que o hiperparatireoidismo gera? aumento da remoção de cálcio do osso para o plasma por meio da DESMINERALIZAÇÃO ⇒ causando osteoporose. OBS: Análises histomorfométricas têm demonstrado reduzida remodelação óssea na osteoporose induzida por GC, enquanto que no hiperparatireoidismo a remodelação óssea é reforçada GCS também são responsáveis por INIBIR a secreção hipofisária de gonadotrofinas, secreção ovariana e testicular de estrógenos e testosterona⇒ e sabe-se que a deficiência de hormônios esteroides sexuais é uma causa de osteoporose ⇒ de forma grosseira, esses hormônios “carregam” o cálcio para dentro dos nossos ossos. Como vimos no mecanismo de ação dos GCs, ele inibem a fosfolipase A2 ⇒ então não temos conversão em ácido araquidônico ⇒ nem produção de prostaglandina. E temos uma prostaglandina no tecido ósseo, é a E2 ⇒ ela é importante pois está envolvida na síntese de proteínas colágenas e não colágenas. Os GCs também tem efeito contrário aos do fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGF) → e isso é preocupante porque esses genes, o IGF1 e o IGF2, estimulam proliferação dos osteócitos que iriam se diferenciar em osteoblastos e formar um novo tecido ósseo. Os GCs também influenciam na síntese de TGF-β (fator de crescimento transformador beta) → essa citocina é importante porque estimula a produção de colágeno ósseo → os glicocorticóides impedem ligação da TGF-B com seu receptor. Efeit� advers� Objetivo 5) Conhecer os critérios para indicação cirúrgica no paciente com hérnia de disco Sempre, a primeira escolha são opções não cirúrgicas, pois em 60-90% dos casos têm redução dos sintomas nas primeiras 6-12 semanas. Então ocorre o seguinte: 1. Tratamento conversador: inicia com os AINEs; pode utilizar relaxantes musculares; curso limitado de GCs podem ser utilizados; opióides pouco utilizado, devido aos efeitos adversos; 2. Fisioterapia 3. Programa de exercício físico + tratamento clínico ⇒ melhora dor ciática aguda e incapacidade funcional. O tratamento cirúrgico se dá por remoção de parte ou da totalidade do disco herniado. Indicaçõe� a�oluta� ★ Síndrome da cauda equina: quando a hérnia de disco é muito grande e pode comprimir em conjunto as raízes lombares. Paciente tem: hipotonia, arreflexia, paresia, paralisia dos membros inferiores, disfunção esfincteriana. ★ Paresia importante (restrição/diminuição de movimentos) Indicaçõe� relativa� ★ Ciatalgia não responsiva ao tratamento conversador por pelo menos 6 semanas; ★ Déficit motor superior a grau 3 ★ Dor radicular associada a estenose óssea foraminal Técnica� disponívei� ★ Discectomia aberta tradicional ★ Microdiscectomia ★ Técnicas minimamente invasivas: nucleotomia manual percutânea, a discectomia a laser, a discectomia endoscópica, a discectomia microendoscópica, entre outras → menor tempo de cirurgia. Microdiscectomia: método de escolha principal. Se faz uma incisão pequena no dorso e depois uma hemilaminectomia (remoção da lâmina, facetas e pedículos) para conseguir ver bem o disco → após isso, remove o fragmento de disco que está comprimindo o nervo afetado. Discectomia aberta tradicional: sem o auxílio de lupas ou microscópio; https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/05/883477/hernia-de-disco-final_rev.pdf https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/05/883477/hernia-de-disco-final_rev.pdf
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