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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL PARA MONITORIA DE PARASITOLOGIA VETERINÁRIA 
NEMATÓIDES E PROTOZOÁRIOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOSCENTE IAN TANCREDI 
DISCENTE QUELI RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
NEMATÓIDES 
FILO NEMATHELMINTOS 
CLASSE NEMATODA 
 
 
Características 
- Vermes de corpo cilíndrico. 
- Simetria bilateral. 
- Dupla camada de membranas. 
- Músculos lisos segmentados entre as membranas. 
- Pode apresentar cristas, espinhos ou asas (essas podem ser cefálicas, cervicais ou caudais). 
- Sistema digestivo completo (boca, vestíbulo oral, lábios, esôfago, faringe, intestino e ânus ou 
abertura anal). 
- Dimorfismo sexual (embora existam fêmeas partenogenéticas). 
 
Tipos De Bocas, Vestíbulos Orais e Lábios 
- Boca simples, com coroa franjada ou ainda com espinhos ou dentes (para hematófagos). 
- Vestíbulo oral simples, com lamelas ou com dentes. 
- Trilabiada, bilabiada ou com 
interlábios. 
 
Tipos De Esôfago 
-Simples ou filariforme. 
-Oxiuriforme (com bulbo posterior). 
-Rabditiforme (com istmo e bulbo). 
-Com bulbo anterior. 
-Com dois bulbos. 
-Com divertículo. 
Tipos De Intestino 
-Com abertura anal no final do corpo. 
-Com abertura anal no meio do corpo. 
Sistema Genital Feminino: 
É composto por dois ovários, dois 
ovidutos, um útero, uma vagina e uma 
vulva. Quanto ao tipo 
de útero podem ser: 
1.Opistodelfas: útero voltado para a 
parte posterior do corpo. 
2.Prodelfas: útero voltado para a parte anterior do corpo. 
3.Anfidelfas: útero dividido, sendo que os ovários ficam um para cada lado do corpo. 
4.Mesodelfas: útero faz uma volta, onde os ovários quase se tocam. 
 
Sistema Genital Masculino: 
É composto por dois testículos, dois canais deferentes, um canal ejaculador, dois espículos 
(que são estruturas quitinizadas para condução do sêmen à abertura genital e que podem ser 
simples, com ganchos ou ornamentados), um gubernáculo (que orienta os espículos durante a 
cópula) e 1 bolsa copuladora com raios bursais. 
 
Essa é dividida em troncos (para abraçar a fêmea): 
1. Tronco ventral: dois troncos para cima. 
2. Tronco lateral: três troncos para trás. 
3. Tronco dorsal: três troncos para trás. 
 
 
 
 
Forma Infectante Para O Hospedeiro 
A maioria dos nematóides infecta por L3. 
 
Tipos De Ovos 
1. Simples. 
2. Operculado. 
3. Bioperculado. 
4. Larvado. 
A casca apresenta três camadas: 
1. Membrana de fertilização: responsável pela secreção da 
casca. É a parte mais interna. 
2. Membrana lipoídica 
3. Membrana protéica: só aparece em alguns helmintos e 
esses ficam mais resistentes à 
condições ambientais ( ex: Ascarídeos). 
 
OBS: Os ovos podem ser encontrados em fezes, urina e expectoração brônquica. 
 
Tipos De Fêmeas 
1.Ovovivíparas: Postura de ovos com embrião ou larva formada (na hora da postura). 
2.Ovíparas: Postura de ovos no 1° estágio (sem segmentação). 
3.Vivíparas: fêmeas fazem postura de larvas. 
 
OBS: A resistência da larva é devido a sua cutícula. Em cada muda ela perde a cutícula e 
ganha outra, a não ser na passagem de L2 para L3, pois aí a L3 retém a cutícula da L2 ficando 
com duas e se tornando assim mais resistente às condições do meio ambiente. 
 
Formas De Infecção 
-Picada de mosquito. 
-Ingestão de ovos. 
-Ingestão de larvas. 
-Ingestão do HI. 
-Infecção cutânea (penetração). 
O desenvolvimento de L3 a adulto pode ser de várias formas: Alguns ficam no tubo digestivo e 
ali se desenvolvem; alguns se desenvolvem fixados à mucosa; e outros vão a circulação indo 
se desenvolver nos órgãos. 
ORDEM RHABDITIDA 
SUPERFAMÍLIA RHABDITOIDEA 
FAMÍLIA STRONGYLOIDIDAE 
GÊNERO Strongyloides 
 
 ESPÉCIE – Strongyloides sp. 
 
Significado : Strongy- redondo/ oides- forma 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: 
S. westeri: Eqüinos. 
S. ransomi: Suínos. 
S. papillosus: Bovinos. 
S. stercoralis: Homem, cão e gato. 
 
LOCAL: Intestino delgado 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho muito pequeno (♀ parasitas menores que 1 cm). 
-Fêmeas partenogenéticas, com boca trilabiada, sem cápsula bucal e com esôfago claviforme. 
-Ovário e útero anfidelfos (alças p/ lados diferentes) e no 2° quarto do corpo. 
-Larvas com esôfago filariforme, ocupando um terço do tamanho do corpo. 
-Aparecem ovos por todo o corpo da fêmea. 
-Ovo larvado com 50 a 60 micras. 
 
OBS: Só as fêmeas partenogenéticas são parasitas. Essas são triplóides e possuem esôfago 
filariforme. Machos são haplóides e fêmeas de vida livre são diplóides e produzem indivíduos 
triplóides. Esses possuem esôfago rabditiforme (ocupa ¼ do corpo) 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
1 - Homogômico ou direto: Em condições ambientais favoráveis a L1 vai a L2 e L3 dentro 
ou fora do ovo. O hospedeiro definitivo se contamina através da penetração das larvas L3 
na pele e essas ganham as arteríolas, coração, pulmão e nos bronquíolos a L3 passa a L4 e vai 
aos brônquios, traquéia, laringe, onde são deglutidas caem no tubo digestivo e passam a 
L5 (larvas jovens) desenvolvendo-se as fêmeas partenogenéticas. Outra forma de infecção é 
através da ingestão de alimentos contaminados aonde a L3 chega ao tubo digestivo e no 
intestino rompe a parede, passa para a circulação e repete o ciclo. Também pode haver 
contaminação placentária. 
 
2 - Heterogômico ou indireto: Em condições ambientais ideais a L1 segue o caminho que 
dará origem a L3 (forma infectante) ou origina formas não infectantes, ou seja, L1, L2, L3, L4 e 
L5 que amadurecem, vão a adultos de vida livre e copulam gerando formas parasitárias (fêmeas 
partenogenéticas). PPP- 15 à 25 dias 
 
 
 
IMP.MED.VET: 
Atingem exclusivamente animais jovens (primeiros meses de idade), podendo afetar fêmeas em 
lactação. A penetração das larvas na pele causa irritação, inflamação local e dermatite localizada 
(que pode ser purulenta), tudo depende do número de larvas e do local de penetração. A passagem 
pelo pulmão pode causar processos inflamatórios (pneumonia) e as formas adultas que estão nas 
vilosidades intestinais promovem a erosão destas provocando infecção e levando a enterite catarral, 
que apresenta muito catarro e muco. Pode gerar também aumento do peristaltismo intestinal 
provocando diarréia, má absorção alimentar, desidratação o que acarreta diminuição do 
desenvolvimento dos animais jovens. Em casos graves leva a morte do animal. Período pré-patente- 
15- 25 dias. 
 
OBS: Utiliza-se para diagnóstico a técnica MACMASTER no caso de S. westeri, S.ransomi e S. 
papillosus. Já para diagnosticar S. stercoralis utiliza-se a técnica de BAERMAN que procura larvas, 
pois os ovos são postos num 
estágio mais avançado. 
ORDEM OXYURIDA 
SUPERFAMÍLIA OXYUROIDEA 
FAMÍLIA OXYURIDAE 
-Boca trilabiada. 
-Esôfago oxyuriforme ou rabditiforme. 
GÊNERO Oxyuris 
 ESPÉCIE - Oxyuris equi 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. 
LOCAL: Intestino grosso 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho médio (♀ - 4 a 15 cm, ♂ - 0,9 a 1,2 cm). 
-Esôfago oxyuriforme, com istmo longo. 
-Cauda terminando em forma de chicote. 
-Fêmeas com muitos ovos por toda a extensão do 
corpo. 
 
-Macho com um espículo e asa caudal. 
-Ovos operculados, ovais e amarelados. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
A - Ovo com L3 é ingerido. 
B,C – Larva liberada no intestino. 
D – passa a L4 e L5 (adultos). 
E - Fêmea migra até o ânus onde deposita ovos na região perianal com uma substância cimentante. 
PPP = Quatro a cinco meses. 
 
Obs: Larvas podem eclodir e voltar ao intestino grosso – retroinfecção. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
As formas jovens são mais patogênicas, principalmente as L3 que penetram na mucosa levando à 
inflamações intestinais (enterite) seguidas de diarréia. A substância colocada com o ovo na região 
perianal provocaum prurido intenso e o animal se coça, se machucando e podendo perder pelo. 
 
ORDEM ASCARIDIDA (Apresentam papilas pré-cloacais, cloacais e pós-cloacais) 
SUPERFAMÍLIA ASCARIDOIDEA 
FAMÍLIA HETERAKIDAE 
GÊNERO Heterakis 
 
 ESPÉCIE - Heterakis gallinarum 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Aves. 
H. PARATÊNICO (de transporte): Minhoca. 
 
LOCAL: Cecos. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho pequeno – 4 a 15 mm. 
-Boca trilabiada. 
-Esôfago bulbiforme. 
-Machos apresentam dois espículos de tamanhos 
diferentes, uma ventosa pré-cloacal e asa caudal na 
extremidade posterior. Também apresenta papilas pré-
cloacais, cloacais e póscloacais. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
Ciclo direto, sem migração. No ceco, as fêmeas fazem a 
postura de ovos (com uma célula e casca espessa) e 
esses saem com as fezes para o meio ambiente. Ocorre o 
desenvolvimento de L1 dentro do ovo (passa a L2 e L3) e o 
HD se infecta ingerindo os ovos com a forma infectante (L3). 
No tubo digestivo da ave, que também pode ingerir 
minhocas que mantém larvas L3 em seus tecidos, a L3 é 
liberada e vai ao ceco. Uma parte das larvas penetra 
profundamente na mucosa cecal e outra 
fica nas criptas do epitélio cecal fazendo as mudas para L4 
e L5 e depois passando a adultos. 
 
PPP = 4 semanas. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
As larvas podem causar espessamento de mucosa cecal causando pequenas inflamações. 
As larvas ao se alimentarem da mucosa podem ingerir e depois transmitir um protozoário 
chamado Histomonas meleagridis (ou ele entra na formação do ovo). É patogênico para perus 
jovens por isso não se recomenda criar perus em terrenos já utilizados por galinhas. 
 
FAMÍLIA ASCARIDIIDAE 
GÊNERO - Ascaridia 
 
 ESPÉCIE: Ascaridia galli 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Aves. 
LOCAL: Intestino delgado. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho médio (♀ - 6 a 12 cm, ♂ -1 a 2 cm). 
-Esôfago claviforme. 
-Ovos semelhantes so de Heterakis. 
-Boca trilabiada. 
-Machos apresentam dois espículos de mesmo tamanho e uma ventosa pré-cloacal na extremidade 
posterior. Também apresenta papilas pré-cloacais, cloacais e pós-cloacais. 
-A cauda nos machos termina abruptamente. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
O ciclo evolutivo é direto (sem migração). A ave ingere o ovo com a L3 (estádio infectante). A L3 
eclode no intestino delgado onde passam a L4 e adultos (Machos e fêmeas). Há a cópula e a fêmea 
faz a postura dos ovos que são levados ao meio ambiente com as fezes. No interior do ovo em 
condições de temperatura e umidade adequadas há a formação da L1, L2 e L3. 
 
IMP.MED.VET: 
É um dos helmintos mais comuns de aves. Um grande número de parasitas pode obstruir o 
intestino e causar a morte da ave. Geralmente é grave em animais jovens (até três meses de 
idade). 
SUPERFAMÍLIA ASCARIDOIDEA 
FAMÍLIA ASCARIDIDAE 
SUBFAMÍLIA ASCARIDINAE 
GÊNERO Ascaris 
CARACTERÍSTICAS: 
- São parasitos de animais jovens porque interferem no crescimento e no ganho de peso. 
- Os ovos têm casca muito espessa e isso os torna extremamente resistentes no solo. 
- O ovo não é atingido por desinfetantes. 
- A fêmea coloca até 20.000 ovos por dia. 
 
 ESPÉCIE Ascaris lumbricoides 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Homem. 
LOCAL: Intestino delgado. 
GÊNERO Ascaris 
 
 
 
 ESPÉCIE Ascaris suum 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Suínos. 
LOCAL: intestino delgado. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho grande (♀ - 20 a 40 cm,♂ -15 a 25 cm). 
-Vagina no terço anterior. 
-Fêmeas terminam em cauda romba e machos 
possuem 2 espículos. 
-Boca trilabiada. 
CICLO BIOLÓGICO: 
Os suínos se infectam ao ingerirem (E) o ovo com membrana dupla contendo L3, ou ao ingerir 
hospedeiros paratênicos (minhocas ou besouros) contendo a L3 que é liberada no tubo 
digestivo (intestino principalmente ceco). A L3 penetra na mucosa (F), por via linfática vai aos 
linfonodos e pela veia porta vai ao fígado (G), coração e pulmão (H) via circulação. A muda 
para L4 ocorre nos alvéolos, a larva (L4) vai à glote (I) é redeglutida e no intestino delgado elas 
se alojam fazendo o resto das suas mudas (L5) e se tornando adultos. As fêmeas fazem a 
postura e os ovos saem nas fezes (A). O ovo quando sai nas fezes não está larvado (B), mas 
para ser infectante precisa ocorrer a formação da L3 (Larva 3) no seu interior (C). 
 PPP = 2 meses. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
As larvas podem causar pneumonia transitória (pulmão), anemia do leitão e manchas 
esbranquiçadas que condenam o fígado e que representam inflamação. Os vermes adultos 
podem levar a obstrução intestinal e icterícia, o que também pode levar a condenação da 
carcaça. Há importância em suínos jovens pois leva a diminuição no ganho de peso levando a 
um prolongamento no período de engorda. 
GÊNERO Parascaris 
 
 ESPÉCIE Parascaris equorum 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. 
LOCAL: Intestino delgado. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho grande – (♀ - 20 a 50 cm,♂ -15 a 28 cm). 
-Machos possuem asa caudal. 
-Boca trilabiada com interlábios. 
PPP: Um a três meses. 
CICLO: Semelhante ao do Ascaris suum. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Pode ocasionar cólica e obstrução no intestino delgado 
de potros. 
 
 
GÊNERO Neoascaris (Toxocara) 
 
 ESPÉCIE - Neoascaris vitulorum 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO – Bovídeos. 
LOCAL – Intestino delgado. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho grande – (♀ - 22 a 30 cm,♂ -15 a 26 cm). 
-Cor esbranquiçada. 
-Cabeça mais estreita que o corpo. 
-Boca trilabiada. 
-Ovos com 60 a 100 μm. 
CICLO – Semelhante ao do Ascaris. 
 
SUBFAMÍLIA TOXOCARINAE 
GÊNERO Toxocara 
 
 ESPÉCIE - Toxocara canis 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cães. 
LOCAL: intestino delgado. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho médio (♀ - 9 a 18 cm,♂ - 4 a 10 cm). 
-Esôfago claviforme. 
-Boca trilabiada. 
-Asa cervical longa e estreita. 
-Apresentam ventrículo esofagiano. 
-Macho tem uma projeção digitiforme na cauda. 
 
 
 ESPÉCIE - Toxocara cati 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Gatos. 
LOCAL: Intestino delgado. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho médio (♀ - 4 a 12 cm,♂ - 3 a 7 cm). 
-Esôfago claviforme. 
-Boca trilabiada. 
-Asa cervical larga e curta. 
-Apresentam ventrículo esofagiano. 
 
 
 
 
GÊNERO Toxascaris 
 ESPÉCIE - Toxascaris leonina 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Felinos e caninos. 
LOCAL: Intestino delgado. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
-Tamanho médio – (♀ - 2 a 10 cm,♂ - 2 a 7 cm). 
-Esôfago claviforme. 
-Boca trilabiada. 
-Asa cervical. 
-Não apresentam ventrículo esofagiano. 
PPP = Quatro a cinco semanas. 
 
CICLO BIOLÓGICO GERAL DE TOXOCARINAE: 
As fêmeas fazem a postura dos ovos que saem nas fezes e forma-se a L1, L2 e L3 dentro do 
ovo. O HD se infecta de 4 maneiras: 
 
1) Via oral - o hospedeiro definitivo ingere o ovo com a forma infectante, que é liberada no tubo 
digestivo e penetra na mucosa do intestino delgado e pela circulação porta vai ao fígado, depois 
coração e alvéolos pulmonares, onde faz a muda para L4, chega a glote sendo deglutida e indo 
novamente ao intestino, onde muda para L5 e torna-se adulta. Esse é o ciclo de Loss (ou 
hepatotraqueal) que ocorre em cães jovens (até três meses), pois em cães adultos as larvas 
chegam ao pulmão como L3 e pegam a circulação de retorno para o coração e são bombeadas pela 
aorta para diferentes partes do corpo onde mantêm-se ativas por anos. 
Imagem ciclo 
2) Via transplacentária - Em fêmeas gestantes as larvas passam pelo sangue arterial podendo 
contaminar o feto. Se a cadela contaminar-se antes da gestação e possuir as larvas na musculatura, 
em função das alterações hormonais elas podem ser reativadas e contaminar o feto. É a forma de 
contaminação mais importante nos cães, mas em gatos não ocorre. 
 
3) Via transmamária - As fêmeas passam as larvas aos filhotes através do leite. Não há migração 
pulmonar no filhotepor essa via. 
 
Via hospedeiros paratênicos - Pode haver contaminação através da ingestão de roedores e 
aves (no caso de cães) e outros animais (no caso de gatos). 
 
 
 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
A ingestão do ovo com a L3, no caso de Toxocara, pelo homem faz com que essa larva passe pelo 
fígado e desencadeie reações de corpo estranho, podendo causar lesões hepáticas conhecidas 
como larvas migrans visceral. Em cães a infecção pode levar à pneumonia, enterite mucóide e até 
oclusão parcial ou completa do intestino, e nos casos mais raros, perfuração com peritonite. 
 
ORDEM STRONGYLIDA 
SUPERFAMÍLIA STRONGYLOIDEA 
-Macho com bolsa copuladora que se movimenta para auxiliar o movimento da cópula. 
-Ovos de casca dupla e fina com várias células no seu interior (ovo morulado). 
 
FAMÍLIA STRONGYLIDAE 
CARACTERÍSTICAS: 
-Presença de cápsula bucal. 
-Presença de esôfago claviforme. 
 
SUBFAMÍLIA STRONGYLINAE 
-Cápsula bucal com formato subglobular. 
-Adultos hematófagos. 
GÊNERO Strongylus 
 ESPÉCIE: Strongylus vulgaris 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. 
LOCAL: Intestino grosso. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
• Tamanho de pequeno a médio (♀ - 2 a 2,5 cm, ♂ - 1 a 1,6 cm). 
• Adultos hematófagos. 
• Cápsula bucal grande, com coroa franjada, apresentando dois 
dentes arredondados e um 
ducto da glândula esofagiana. 
• Esôfago claviforme. 
• Machos com bolsa copuladora e 2 espículos de tamanho médio. 
• Fêmeas terminando afiladamente. 
CICLO BIOLÓGICO: 
O hospedeiro definitivo ingere a L3 nas pastagens ou na água contaminada. No intestino delgado a 
larva perde a bainha de proteção e vai ao intestino grosso penetrar na mucosa (pode penetrar no 
delgado mesmo). Vai então à íntima da artéria mesentérica e atravessa a art. mesentérica anterior 
(cranial) fazendo aí as mudas para L4 e L5 e formando nódulos e lesões chamadas de arterite. 
Quando a L5 se desprende, atravessa a parede do ceco/cólon caindo na luz intestinal. Nesse local 
ocorre a diferenciação sexual (machos e fêmeas). Após a cópula as fêmeas colocam os ovos que 
saem nas fezes e se desenvolvem no meio ambiente. PPP = Seis a sete meses. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
É a espécie mais patogênica para eqüinos, porque os nódulos formados na artéria mesentérica 
anterior são responsáveis por tromboembolias que levam a cólicas, o que pode até matar o animal 
por hemorragia interna pelo rompimento da artéria. 
 
 ESPÉCIE: Strongylus equinus 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. 
LOCAL: Intestino grosso. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho de pequeno à médio (♀ - 3,5 a 5,5 cm, ♂ - 2,5 a 3,6 cm). 
-Adultos hematófagos. 
-Cápsula bucal grande, com coroa franjada e apresentando três dentes pontiagudos (sendo 
um deles com ponta bífida) e um ducto da glândula esofagiana. 
-Esôfago claviforme. 
-Ovos medindo 98 μm de comprimento. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
O hospedeiro definitivo ingere a L3 nas pastagens ou na água contaminada. No intestino delgado a 
larva perde a bainha de proteção e vai ao intestino grosso penetrar na mucosa (pode penetrar no 
delgado mesmo). Atinge então a subserosa formando nódulos e após 11 dias atinge a cavidade 
peritonial (já como L4) e migra para o fígado onde provoca lesões. Após ± 3 meses, vai ao intestino 
grosso como L5 e aí amadurece virando adulto com 260 dias. Após a postura os ovos saem nas 
fezes e se desenvolvem em meio ambiente. 
PPP = 9 meses. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Dependendo da quantidade de L3 ingerida o animal pode 
apresentar emagrecimento, dor, cólica devido a função hepática ou 
pancreática estar anormal. 
 
 ESPÉCIE - Strongylus edentatus 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. 
LOCAL: Intestino grosso. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho de pequeno a médio (♀ - 3,3 a 4,4 cm, ♂ - 2,3 a 2,8 cm). 
-Adultos hematófagos. 
-Cápsula bucal grande, com coroa franjada, um ducto da glândula 
esofagiana e sem apresentar dentes. 
-Esôfago claviforme 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
O Hospedeiro definitivo ingere a L3 nas pastagens ou na água contaminada. No intestino delgado a 
larva perde a bainha de proteção e vai ao intestino grosso penetrar na mucosa (pode penetrar no 
delgado mesmo). Vai assim pela circulação porta ao fígado (após 11 a 18 dias) e depois de 9 
semanas migram pelo ligamento hepático formando nódulos, nesse local fazem mudas para L4 e 
L5. Vão então à cavidade peritonial, penetram na mucosa do ceco e cólon onde aparecem nódulos 
hemorrágicos e após 3 a 5 meses já estão no lúmem para que haja cópula, postura e liberação dos 
ovos nas fezes com posterior desenvolvimento desses no meio ambiente. 
PPP = Três a cinco meses. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Dependendo da quantidade de L3 ingerida o animal pode apresentar emagrecimento, dor, cólica 
ocasionados pela função hepática anormal e pelos nódulos no ceco/cólon. 
 
FAMÍLIA TRICHOSTRONGYLIDAE 
CARACTERÍSTICAS: 
- Nematódeos delgados e pequenos. 
- Cápsula bucal pequena ou ausente. 
- Macho com bolsa copuladora bem desenvolvida. 
- Espículos curtos e grossos. 
- Ciclo monoxeno. 
- Infecção passiva por L3. 
 
GÊNERO Trichostrongylus 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Pequenos e delgados (0,2 a 0,8 cm). 
-Sem cápsula bucal. 
-Poro excretor situado normalmente em uma fenda visível na extremidade anterior. 
-Sem papilas cervicais. 
-Machos apresentam espículos fortes e gubernáculo. 
PPP - 15 a 23 dias. 
 
 ESPÉCIE - Trichostrongylus axei 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Eqüinos. 
LOCAL: Estômago (eqüinos). 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho muito pequeno – (♀ - 0,3 a 0,8 cm, ♂- 0,2 a 0,6 cm). 
-Extremidade anterior afilada sem cápsula bucal. 
-Sem papilas cervicais. 
-Poro excretor situado normalmente em uma fenda visível na extremidade anterior. 
-Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e 2 espículos desiguais, com forma e 
tamanhos diferentes. Um dos espículos é grosso e o outro fino. 
-Presença de gubernáculo. 
-Raio dorsal no meio da bolsa. 
 
 ESPÉCIE - Trichostrongylus colubriformis 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ovinos, caprinos e bovinos. 
LOCAL: Intestino delgado 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Tamanho muito pequeno (♀ - 0,5 a 0,8 cm, ♂ - 0,4 a 0,7 cm). 
-Extremidade anterior afilada sem cápsula bucal. 
-Poro excretor situado normalmente em uma fenda visível na extremidade anterior. 
-Sem papilas cervicais. 
-Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e 2 espículos de forma e tamanhos iguais. 
-Presença de gubernáculo. 
-Raio dorsal no meio da bolsa. 
GÊNERO Haemonchus 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Maior que os outros da família – ♂ - 0,1 a 1,2 cm e ♀- 1,8 
a 3,0 cm. 
-Cápsula bucal pequena com um fino dente ou lanceta. 
-Com duas papilas cervicais. 
-Machos com lobo dorsal pequeno e assimétrico. 
PPP - 26 a 28 dias. 
 ESPÉCIE - Haemonchus contortus – Ovina. 
 
H. placei – Bovinos. 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes 
LOCAL: Abomaso 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
-Extremidade anterior afilada e com pequena cápsula bucal. 
-Presença de duas papilas cervicais proeminentes e espiniformes. 
-Machos com bolsa copuladora com raio dorsal em posição assimétrica e em forma de 
forquilha (y). 
-Espículos de ponta fina e presença de gubernáculo. 
-As fêmeas apresentam um apêndice na região vulvar, que pode ser 
linguiforme (grande e proeminente ou pequeno em forma de botão). 
 
 ESPÉCIE - Haemonchus similis 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Ruminantes. 
LOCAL: Abomaso 
 
CARACTERÍSTICAS: 
-Presença de duas papilas cervicais. 
-Machos com bolsa copuladora com raio dorsal em posição assimétrica e em 
forma de taça (arqueado). 
-Espículos de ponta fina e presença de gubernáculo. 
-As fêmeas apresentam um apêndice na região vulvar, que pode ser linguiforme ou em forma de 
botão. 
 
SINAIS CLÍNICOS: 
1) Haemoncose hiperaguda: É pouco comum, mas pode ocorrer em animaissusceptíveis expostos 
a infecção maciça repentina. A enorme quantidade de parasitos provoca anemia, fezes de cor 
escura e morte súbita, devida a uma aguda perda de sangue. Há uma gastrite hemorrágica intensa. 
2) Haemoncose aguda: Ocorre principalmente em animais jovens susceptíveis com infecções 
intensas. A anemia pode ocorrer rapidamente, mas há resposta eritropoiética da medula óssea. 
A anemia vem acompanhada dahipoproteinemia e edema (papada) e produz a morte. 
3) Haemoncose crônica: Muito comum e de importância econômica. A enfermidade se produz por 
uma infecção crônica com um número baixo de parasitos (100 - 1000). A morbidade é de 100% mas 
a mortalidade é baixa. A anemia e hipoproteinemia podem ser graves dependendo da capacidade 
eritropoiética do animal e de suas reservas metabólicas nutricionais. 
 
 
 
* OBS: Na necropsia o animal tem mucosas e pele pálidas, hidrotórax, ascite e caquexia. 
OBS: A hipobiose é um fenômeno caracterizado pela inibição ou retenção do desenvolvimento e 
serve para sincronizar o desenvolvimento do parasito com as condições do hospedeiro e do 
ambiente. Alguns trichostrongilídeos são capazes de fazer hipobiose, assim como D. viviparus e D. 
filaria. Os principais fatores que estimulam esta hipobiose são temperatura, nutrição e também 
resistência. 
 
SUPERFAMÍLIA FILARIOIDEA 
CARACTERÍSTICAS: 
-Importante para pequenos animais. 
-Esôfago com duas regiões: uma muscular e outra glandular. 
-Corpo alongado. 
-Machos menores que as fêmeas. 
-Espículos desiguais e de tamanhos diferentes. 
-Fêmeas larvíparas (microfilárias no sangue). 
-Ciclo indireto (necessitam de hospedeiro intermediário). 
 
FAMÍLIA FILARIIDAE 
SUBFAMÍLIA DIROFILARINAE 
GÊNERO Dirofilaria 
 
 ESPÉCIE - Dirofilaria immitis 
 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Cães 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Mosquitos Culicidae. 
LOCAL: Coração direito e artéria pulmonar 
CARACTERÍSTICAS: 
-Tamanho médio (macho – 12 a 16 cm e fêmea- 25 a 30 
cm). 
-Extremidade anterior simples. 
-Machos menores que as fêmeas. 
-Extremidade posterior da fêmea simples. 
-Macho com extremidade posterior espiralada, um 
espículo grande e outro pequeno e papilas 
pré e pós-cloacais. 
CICLO BIOLÓGICO: 
As fêmeas fazem a postura das microfilárias (L1) na circulação. A L1 vai à circulação periférica, 
onde o mosquito a ingere ao fazer o repasto sanguíneo. No estômago do mosquito a larva penetra 
na mucosa estomacal e depois de 24hs vai aos túbulos de Malpighi. Depois de 5 dias ocorre a muda 
para L2 e depois de mais 10 dias, para L3. Essa vai à cabeça do mosquito e se instala no aparelho 
bucal, aproveitando o repasto sanguíneo do mosquito para infectar o cão. A larva vai então ao tecido 
subcutâneo, sofre muda para L4 e L5 e depois migra pela circulação periférica até o coração, onde 
fica adulta (no ventrículo direito ou na artéria pulmonar). 
OBS: É possível infecção transplacentária. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
A patogenia é grande, em altas infecções pode ocorrer obstrução do ventrículo 
direito e da artéria pulmonar levando a trombos sanguíneos nos vasos o que 
gera falta de oxigenação nos órgãos vitais. Pode atingir ainda o pulmão 
causando deficiência respiratória e até pneumonia. Ocorre perda gradativa de 
condição e intolerância a exercícios e o animal apresenta uma tosse crônica 
branda no final da doença. Pode ocasionar ascite. 
OBS: Poucos casos em gatos. 
 DIAGNOSTICO: Pesquisa de microfilárias na circulação através de esfregaço sanguíneo, técnica 
da gota espessa, técnica de Knott e exames de imunodiagnóstico. 
ORDEM ENOPLIDA 
SUPERFAMÍLIA DIOCTOPHYMATOIDEA 
-Extremidade anterior simples e mais afilada que a posterior. 
-Esôfago com duas porções (a primeira simples e a segunda formada por várias células). 
-Ciclo direto. 
 
ORDEM ENOPLIDA 
FAMÍLIA TRICHURIDAE 
SUBFAMÍLIA TRICHURIÍNAE 
GÊNERO Trichuris 
 
 ESPÉCIE -Trichuris sp. 
 HOSPEDEIRO DEFINITIVO: 
-T. suis- suíno 
-T. vulpis- cão 
-T. discolor- bovino e bubalino 
T. ovis- ovino 
-T. trichuria- homem 
LOCAL: Ceco. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
-Tamanho pequeno à médio (♀ - 3 a 7 cm, ♂ - 2 a 4 cm). 
-Extremidade anterior simples e mais afilada que a 
posterior. 
-Esôfago com 2 porções: a primeira simples e outra 
formando várias células. 
-Fêmeas têm extremidade posterior simples e são ovíparas 
(ovos bioperculados e espalhados no ovário). 
-Machos têm apenas 1 espículo e este é envolvido por uma 
bainha dando aspecto de prepúcio. 
 
 
CICLO BIOLÓGICO GERAL: 
Os ovos saem nas fezes e no meio ambiente passam a ovos 
larvados (L1). O ovo é ingerido diretamente pelo hospedeiro definitivo e a L1 é liberada no intestino 
delgado onde penetra na mucosa cecal.(ou pode penetrar nas vilosidades do intestino delgado) 
Quando adultos saem da mucosa e permanecem na luz intestinal indo se instalar no ceco. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Em grandes infestações leva à lesão da mucosa cecal gerando gastroenterite nos cães. A lesão 
abre portas para infecção secundária (gastrenterite infecciosa) podendo ficar conjugado problema 
infeccioso e parasitário. A maioria das infecções é leve e assintomática. 
 
 
PROTOZOÁRIOS 
FILO PROTOZOA 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Unicelulares, eucariontes (com membrana nuclear). 
- Com organelas adaptadas ao parasitismo como flagelo, cílios e pseudópodes. 
- Membrana lipoprotéica para limitar as trocas (permeabilidade), que pode ser fina ou grossa. 
- Uninucleados, sendo que o período que precede a divisão pode ter vários núcleos. 
- Presença de organelas estáticas, como por exemplo, a membrana cística. 
 
Flagelo: Organela que se origina do cinetoplasto (extremidade anterior) e ao se dirigir para a cauda 
carrega uma membrana, formando a membrana ondulante. Ele precisa de muita energia e aparece 
na classe dos Trypanosoma. 
Cílios: Dão pouco impulso ao parasito mas, atuam beneficamente compondo a flora intestinal de 
ruminantes. 
Pseudópodes: São prolongamentos citoplasmáticos encontrados em amebas. Geralmente emitem 
apenas um e o corpo acompanha. 
 
Reprodução dos protozoários 
 
I - Sexuada (Gametogonia ou Esporogonia): 
Ocorre troca de material genético 
1.Cópula- União do macho com a fêmea. 
2.Conjugação- fusão entre célula fêmea e macho dando origem à célula filha. O macho 
(microgameta) geralmente é menor que a fêmea (macrogameta), mas as células filhas são todas 
iguais (isogametas). 
II - Assexuada: célula mãe origina célula filha 
1. Divisão binária - Núcleo se divide igualmente dando origem a duas células idênticas à mãe. 
Ex: Trypanosoma e Amebas 
2. Divisão binária sucessiva ou divisão múltipla - É o caso das amebas. 
3. Brotação - Brotamento de novas células dentro da célula mãe, a qual é bem maior no inicio. 
4. Endodiogenia - Dentro da célula mãe ocorre a formação das células filhas (núcleo e citoplasma) 
e só depois se rompe a membrana citoplasmática da mãe. 
5. Esquizogonia - Esquizonte (célula que sofrerá esquizogonia) se divide sucessivamente e ocorre 
formação de milhões de merozoítas (núcleo que vai originar um indivíduo) 
 
OBS: Os protozoários podem apresentar dois tipos de reprodução juntos. 
 
 
NUTRIÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS 
I-HOLOZÓICA 
Nutrem-se de matéria orgânica já elaborada. Envolve a captura, ingestão, assimilação e eliminação 
das porções não digeridas. Protozoário tira a substância do hospedeiro, digere e joga fora. Ocorre 
na maior parte dos protozoários. Ex.: Amebas, Plasmodium (utilizasse de parte da hemoglobina para 
se nutrir). 
 
II- HOLOFÍTICA 
Protozoários sintetizam seu material nutricional usando raios solares como fonte de energia. Não 
tem importância veterinária. Ex.: fitoflagelados. 
 
III- SAPROZÓICA 
Utilizam a matéria orgânica e inorgânica dissolvida em líquidos. São osmotróficos (absorvem 
substâncias digeridas da célula ou do tecido do hospedeiro) Ex.: Trypanosoma.RESPIRAÇÃO DOS PROTOZOÁRIOS 
I- Aeróbica- Vivem em meio rico em oxigênio . 
 
II - Anaeróbica- Vivem em meio onde não há muito oxigênio. 
 
TIPOS DE PARASITAS 
I - Monoxeno: Só um hospedeiro. Ex: Entamoeba, Giardia,Tritrichomonas. 
 
II- Heteroxeno: Precisa de mais de um hospedeiro para completar o ciclo. Ex: Plasmodium, 
Babesia, Trypanosoma. 
 
DIVISÃO DO FILO PROTOZOA 
TRÊS SUBFILOS: 
I-Subfilo Sarcomastigophora: Possui duas classes: 
a) Classe Mastigophora (locomoção por flagelos)- Trypanosoma, Tritrichomonas, Leishmania, 
Giardia, Histomonas. 
 
b) Classe Sarcodina (locomoção por pseudópodes) – Amebas. 
 
II- SubFilo Apicomplexa ou Sporozoa: 2classes: 
 
a)Classe Sporoasida ou Coccidia-Coccídeos: Toxoplasma, Cryptosporidium, Eimeria,Sarcocystis. 
 
b)Classe Piroplasmasida – Babesia 
 
III- SubFilo Ciliophora: 
a)Ciliados (sem muita importância). 
 
FILO PROTOZOA 
I -SUBFILO SARCOMASTIGOPHORA 
Nesse Subfilo estão compreendidos os protozoários que possuem organelas para sua locomoção 
como: flagelos, pseudópodes ou ambos. 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Normalmente não intracelulares. 
- Possuem organelas de locomoção como flagelos e pseudópodes. 
 
GÊNERO Tritrichomonas 
 
 ESPÉCIE Tritrichomonas foetus. 
 
HOSPEDEIROS: Bovinos. 
LOCAL: Prepúcio dos machos e vagina das 
fêmeas. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Trofozoíta com formato piriforme. 
- Sem simetria bilateral. 
- Presença de quatro flagelos, sendo três curtos e um que vai à extremidade posterior carregando 
parte da membrana plasmática e formando assim a membrana ondulante. 
- Possui um axóstilo no centro do corpo. 
- Possui um núcleo deslocado. 
- Possui um citóstoma, que é uma vesícula alongada por onde o parasito se alimenta. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
A transmissão é puramente mecânica e se dá através do coito, por isso esse protozoário não 
apresenta forma cística, pois não necessita de resistência no meio ambiente. O macho uma vez 
infectado passa a ser o agente transmissor. Pode ocorrer contaminação por fômites e inseminação 
artificial. As vacas por sua vez adquirem resistência com o tempo, podendo dar origem a terneiros 
sãos por inseminação artificial (para não contaminar os touros). 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Leva ao aborto precoce nas vacas (pouco detectado devido ao pequeno tamanho do feto) ou 
absorção fetal. Esse protozoário pode ainda invadir o útero atacando as membranas fetais e 
causando a Trichomonose genital das vacas. Permite o aparecimento de infecções oportunistas, 
principalmente se ocorrer retenção de placenta. O macho não apresenta sintomatologia, mas passa 
o parasito para outras vacas através do coito, sendo inviabilizado para reprodução (o tratamento no 
macho não é seguro). 
 
DIAGNÓSTICO: Lavagem do trato reprodutivo com soro fisiológico e observação do conteúdo em 
microscópio. Cultura do material. 
 
PROFILAXIA: 
Retirar o touro do plantel, dar descanso sexual para as fêmeas (três a quatro meses, pois a 
mudança de pH durante o cio mata o parasito) e utilizar touro negativo e sêmen de boa procedência. 
 
OBS: T. vaginalis - Aparece nas mulheres. É favorecido pela baixa de pH (quando a mulher passa 
da puberdade). Fazer exames ginecológicos periodicamente. 
T. gengivalis - Aparece em pessoas que têm muita cárie e tártaro, pois o protozoário digere restos 
alimentares e bactérias. Fazer revisão periódica dos dentes. 
T. intestinalis - Há baixa patogenicidade no homem. Aparece no esôfago de pombos. 
 
II - ORDEM DIPLOMONADIDA 
FAMÍLIA HEXAMITIDAE 
A forma trofozoíta apresenta simetria bilateral e seis a oito flagelos. 
 
GÊNERO Giardia 
 
 ESPÉCIE Giardia lamblia = intestinalis 
 
HOSPEDEIROS: Homem, cão, caprinos, bovinos. 
LOCAL: Intestino. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Trofozoíta com formato piriforme. 
- Possui dois núcleos. 
- Possui vários flagelos (seis a oito). 
- Possui dois axóstilos. 
- Possui discos suctórios (ventosas) que mantém o parasito na 
mucosa para que ele se alimente. 
- Apresenta forma cística alongada com quatro núcleos. 
- Com simetria bilateral. 
 
 
TRANSMISSÃO: Ingestão de cistos contidos nos alimentos e água. Os cistos são viáveis por até 
duas semanas no ambiente. 
 
FORMAS EVOLUTIVAS: Cisto e trofozoíto. 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
A contaminação se dá através da ingestão de alimentos ou água contaminados com a forma cística. 
No intestino ocorre a liberação dos trofozoítos que se multiplicam por fissão binária, algumas formas 
se encistam na mucosa do intestino e evoluem até cisto que é eliminado com as fezes e que 
resistem às condições adversas do ambiente. O cisto no duodeno após fissão binária dá origem a 
dois trofozoítos. Os trofozoítos fixam-se nas células do intestino, se encistam, amadurecem e, após, 
os cistos são eliminados para a luz do intestino por onde vão ao meio exterior com as fezes. 
 
 
IMP. EM HIGIENE E SAÚDE PÚBLICA: 
Leva a casos de cólica e diarréia. 
 
PROFILAXIA: 
Limpeza do ambiente, lavar bem os alimentos e só beber água filtrada. 
 
III- ORDEM RHIZOMASTIGINA 
FAMÍLIA MASTIGAMOEBIDAE 
GÊNERO Histomonas. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
Organismos amebóides e uninucleados. Seu único flagelo nasce de um grânulo basal próximo ao 
núcleo. 
 
 ESPÉCIE Histomonas meleagridis. 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Galinhas e perus. Pode aparecer em codornas, pintos e faisão. 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Heterakis gallinarum. 
LOCAL: Mucosa de ceco e no fígado de perus. 
 
TRANSMISSÃO: A ave contamina-se por Ingestão de ovos de Heterakis gallinarum (parasita dos 
cecos das aves) contendo o Histomonas no seu interior. 
 
ESTÁGIOS: Trofozoíto. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS (EM CORTE HISTOLÓGICO DE CECO OU FÍGADO): 
- Trofozoíta arredondado com núcleo basófilo (roxo) e citoplasma negativo (branco). 
- Flagelo não visível. 
- Presença de eosinófilos (rosa). 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
O verme Heterakis gallinarum ao se alimentar da mucosa do ceco das aves se infecta com o 
protozoário. Quando é feita a postura de ovos de Heterakis para o meio ambiente, esses já 
possuem no seu interior os trofozoítos de Histomonas. As aves ao se alimentarem podem 
ingerir ovos embrionados desse verme (Heterakis) e quando a sua larva eclode e se fixa no 
intestino, os parasitas (Histomonas) liberam-se e penetram na mucosa do intestino onde se 
reproduzem por fissão binária. Alguns trofozoítas migram para o fígado produzindo lesões 
características. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Pode levar a inflamação do ceco seguida de alterações patológicas no fígado (enterohepatite), 
acarretando na queda de produtividade do plantel e até morte das aves. É uma doença 
principalmente de aves jovens. 
 
PROFILAXIA: 
Os perus devem ser criados em terrenos que não tenham sido utilizados por galinhas, pois as 
galinhas são os principais reservatórios da doença já que disseminam o parasito sem adoecer. 
 
FAMÍLIA TRYPANOSOMATIDAE 
GÊNERO Trypanosoma 
GÊNERO Trypanosoma 
ESTÁGIOS DE VIDA DO TRYPANOSOMA 
- Forma tripomastigota: Estrutura em forma de foice que aparece sempre em esfregaço de sangue 
e em hospedeiro vertebrado. Apresenta flagelo livre na extremidade anterior, membrana ondulante, 
um núcleo central, cinetoplasto e blefaroplasto (local exato onde o flagelo se forma). 
- Forma opistomastigota: Estrutura em forma de foice que apresenta cinetoplasto posterior próximo 
ao núcleo e flagelo livre sem membrana ondulante. 
- Forma epimastigota: Estrutura em forma de foice onde o cinetoplasto é anterior e aparece 
próximo ao núcleo. 
- Forma promastigota: estrutura em forma de foice que 
aparece em cultura de células e em 
hospedeiro invertebrado. Ë uma forma alongada, onde o 
flagelo não forma membrana ondulante, o cinetoplasto fica na 
extremidade anterior, longe do núcleo e este é central. 
- Forma esferomastigota: Estrutura arredondada que aparece 
dentro decélulas que possui um núcleo central e um 
cinetoplasto e ainda um pequeno flagelo. 
- Forma amastigota: Estrutura arredondada que aparece 
dentro das células e por isso não necessita de movimento, logo 
não apresenta flagelo. Possui um núcleo central e um 
cinetoplasto em forma de bastão. Sempre em hospedeiro 
vertebrado. 
 
REPRODUÇÃO: Assexuada por divisão binária. 
TRANSMISSÃO: Inoculativa ou contaminativa. 
 
ESPÉCIES DE TRYPANOSOMA 
SEÇÂO STERCORARIA – transmitido através das fezes 
 
I - Trypanosoma cruzi 
HOSPEDEIROS: Humanos, primatas, cães e gatos. 
VETORES: Hemípteras (barbeiros). 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
1. Forma tripomastigota (circulante): 
- Forma de C. 
- Extremidades pontiagudas. 
- É a fase contaminativa para o hospedeiro. 
- Núcleo central grande (se cora em roxo). 
- Presença de membrana ondulante e flagelo. 
- Cinetoplasto grande e próximo a extremidade posterior (se cora em roxo). 
2. Forma amastigota (tecidual): 
- Possui forma arredondada. 
- Encontrada nos tecidos (principalmente na musculatura cardíaca), é a fase de multiplicação. 
- Núcleo não tão grande. 
 
 
CICLO BIOLÓGICO do T. CRUZI: 
O barbeiro ingere as formas circulantes (tripomastigotas) ao picar o hospedeiro contaminado e no 
tubo digestivo o protozoário se multiplica, se transforma em promastigota, depois passa a 
epimastigota e no final do trato digestivo forma-se a forma infectante (tripomastigota metacíclica). 
Para infectar, ao se alimentar à noite no hospedeiro ele defeca próximo a picada (Trypanosoma da 
secção stercoraria - transmissão contaminativa). Há calor e inchaço no local da picada e o 
hospedeiro ao se coçar faz com que as fezes contaminadas com tripomastigotas penetrem na 
ferida. No tecido retículo endotelial passa a forma amastigota onde sofre divisão binária e 
vai à circulação, transformando-se em tripomastigota (permanece uns cinco dias na circulação). Um 
grande número de tripomastigotas é destruído na circulação, entretanto os que escapam vão se 
localizar em diferentes órgãos e tecidos (musculaturas do cólon, esôfago, baço, fígado, coração) 
onde se transformam em amastigotas constituindo os focos secundários e generalizados. Nestes 
focos secundários, os amastigotas, após multiplicação, com novas invasões, evoluem para a forma 
flagelada e voltam ao sangue periférico para recomeçar o ciclo. O inseto é infectado ao picar o 
homem para se alimentar. 
 
 
 
IMPORTÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA: 
Promove a hiperfunção de órgãos como esôfago, coração e cólon ocorrendo aumento no tamanho 
dessas estruturas e os sintomas à longo prazo são febre, lesões no sistema cardíaco e digestivo. No 
local onde ocorreu a picada forma-se um edema que é chamado de chagoma ou sinal de Romanã. 
 
PROFILAXIA: 
Deve-se evitar habitações precárias (pois é comum a presença de ninhos do barbeiro) e deve-se 
combater o hemíptera destruindo seus ninhos. 
 
SEÇÂO SALIVARIA- Transmitido via picada 
II - Trypanosoma vivax 
HOSPEDEIROS: Ruminantes, principalmente 
bovinos e bubalinos. 
VETORES: Stomoxys e tabanídeos. 
 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
1. Forma tripomastigota: 
- Forma de foice, mas sem forma de C e bem 
menor que o T. cruzi. 
- Núcleo grande e central (se cora em roxo). 
- Cinetoplasto pequeno e fraco(se cora em 
roxo). 
- Extremidade posterior mais arredondada. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
O vetor pica o hospedeiro contaminado 
ingerindo a forma tripomastigota e na sua 
probóscida se transforma em promastigota, que se multiplica por divisões binárias sucessivas e 
quando o inseto pica novamente outro animal inocula as formas promastigotas (Trypanosoma da 
secção salivaria - transmissão inoculativa) que penetram nas células retículo endoteliais virando 
amastigotas e passam à circulação sangüínea na forma tripomastigota. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Leva a doença de caráter crônico onde, ao longo dos anos, o animal pode ou não estar 
contaminado. Na África ele utiliza como vetor a mosca Tsé tsé que causa a doença do sono. 
Pode causar morte por hemorragia ou isquemia. 
 
PROFILAXIA: Combate aos vetores. 
 
III - Trypanosoma equinum = evansi 
HOSPEDEIROS: Eqüinos. 
VETORES: Stomoxys e tabanídeos. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
1. Forma tripomastigota: 
2. Imagem de tripanossomamastigota 
Núcleo bem visível. 
- Cinetoplasto praticamente invisível. 
- Membrana ondulante bem visível. 
- Grânulos no citoplasma. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
Os vetores picam o hospedeiro contaminado e se alimentam da forma tripomastigota e essa 
forma é diretamente inoculada em outros animais (Trypanosoma da secção salivaria - transmissão 
inoculativa). Não ocorre desenvolvimento do Trypanosoma no inseto, a 
transmissão é mecânica. Como a picada do tabanídeo é dolorosa facilita a transmissão, pois 
o animal sente logo e se coça. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Essa espécie causa o Mal das cadeiras, doença no qual os sintomas são: Paralisia progressiva dos 
membros posteriores, febre, anemia e emaciação. 
 
PROFILAXIA: 
Combate aos vetores. 
 
IV - Trypanosoma equiperdum 
HOSPEDEIROS: Eqüinos e asininos. 
TRANSMISSÃO: Passam de hospedeiro vertebrado para outro hospedeiro vertebrado sem auxílio 
de insetos vetores. Transmissão de tripomastigotas através do coito. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
1. Forma tripomastigota: 
- Núcleo bem visível. 
Cinetoplasto bem pequeno. 
- Membrana ondulante bem visível. 
- Número maior de grânulos no citoplasma. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
É um Trypanosoma da secção Stercoraria e a transmissão é venérea, ou seja, via sexual. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Leva a uma doença venérea chamada durina, na qual os sintomas mais comuns são: secreção 
excessiva na mucosa genital e edema dessas partes. Em casos severos pode ocorrer aborto. 
 
 
FAMÍLIA TRYPANOSOMATIDAE 
GÊNERO Leishmania 
Protozoário da classe Mastigophora (flagelado) que é transmitido para o vertebrado pela picada 
de um inseto vetor. Há duas espécies de importância: Leishmania donovani (agente da leishmaniose 
visceral) e Leishmania braziliensis.(agente da leishmaniose cutânea). 
 
I - Leishmania donovani 
HOSPEDEIROS: Homem e cães. 
VETORES: Phlebotomum e Lutzomyia. 
 
LOCALIZAÇÃO: 
Os protozoários se multiplicam no interior de macrófagos, que 
acabam sendo destruídos, 
causando a liberação dos parasitos, que invadem macrófagos 
vizinhos. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS (EM CORTE 
HISTOLÓGICO DE FÍGADO OU BAÇO): 
1. Forma amastigota: 
- Estruturas arredondadas pequenas e aglomeradas. 
- Núcleo central. 
- Ausência de flagelo. 
- Encontrada nos vertebrados. 
2. Forma Promastigota: 
- Encontrada no inseto vetor. 
- Corpo alongado. 
- Flagelo livre na extremidade anterior do corpo. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
Na picada o vetor (Lutzomyia) se infecta com a forma amastigota (que está dentro de macrófagos) e 
essas se transformam em promastigotas, que ao se multiplicarem podem até obstruir o canal 
alimentar do inseto. Este, ao inocular saliva no hospedeiro definitivo manda aquele “bolo” de formas 
promastigotas que penetram nos macrófagos e se transformam em amastigotas, onde se 
multiplicam e ganham a corrente sanguínea, indo ao baço ou fígado. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Provoca uma doença chamada leishmaniose visceral ou calazar, onde as formas promastigotas se 
proliferam nos macrófagos e os destroem. Em casos avançados pode atingir o tubo digestivo 
causando diarréia, abdômen distendido e mortalidade que alcança 70 a 90% nos casos não 
tratados. É uma zoonose onde os cães são excelentes reservatórios de Leishmania para o homem. 
Imagem ciclo 
 
PATOGENIA: 
A L. donovani é um parasito exclusivo do Sistema Fagocitário Mononuclear (antigo Sist. Ret. 
Endotelial), principalmente das células localizadas no baço, fígado e medula óssea. No citoplasma 
das células os parasitas multiplicam- se, distendendoas células até sua ruptura. Os parasitas 
liberados são fagocitados por novas células reticulares e este ciclo continua indefinidamente. 
Consequências: Aumento dos órgãos ricos em macrófagos (hepato e esplenomegalia). A medula 
óssea sofre atrofia uma vez que as células reticulares aí situadas, são desviadas pelo parasitismo, 
para a função macrofágica. Quadro hematológico com pancitopenia, mais especialmente leucopenia 
e anemia por hemorragia devido a baixa de plaquetas. 
 
PROFILAXIA: 
Eliminação de cães infectados e combate aos vetores. 
 
II - Leishmania braziliensis 
HOSPEDEIROS: Homem e cães. 
VETORES: Phlebotomum e Lutzomyia. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS (EM CORTE HISTOLÓGICO DE PELE): 
1. Forma amastigota: 
- Estruturas arredondadas pequenas e aglomeradas. 
- Núcleo central. 
- Ausência de flagelo. 
PATOGENIA: 
A infecção estabelece-se pela inoculação de promastigotas através da picada de flebotomíneos. Os 
parasitas ficam incubados (em média de duas semanas a dois meses) nas células histiocitárias da 
pele onde se multiplicam sob a forma de amastigotas, aparecendo então a lesão inicial. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
Na picada o vetor se infecta com a forma 
amastigota e essas se transformam em 
promastigotas no canal alimentar do 
inseto. Ao picar o hospedeiro definitivo 
inocula um “bolo” de formas promastigotas 
que penetram nas células retículo 
endoteliais e se transformam em 
amastigotas, que se multiplicam e ficam na 
pele do hospedeiro. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA 
VETERINÀRIA: 
Leva a séria lesão cutânea, principalmente 
no focinho dos cães e na região nasal dos 
homens, podendo invadir as mucosas 
produzindo erosão nos tecidos 
cartilaginosos. É a chamada leishmaniose 
cutânea ou úlcera de Bauru. Também é 
uma zoonose e os cães são ótimos 
reservatórios da doença para o homem. 
 
PROFILAXIA: 
Eliminar cães infectados e combater os vetores. Se prevenir contra insetos principalmente nos 
bosques úmidos. 
 
b) CLASSE Sarcodina – Locomoção por pseudópodes. São as amebas, e não possui muita 
importância em Medicina veterinária. 
 
GÊNERO Eimeria 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
Eimeriidae cujos oocistos esporulados possuem quatro esporocistos e cada oocisto recém saído 
nas fezes e que não está esporulado, possui um núcleo. 
 
HOSPEDEIROS: 
Mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes. 
 
PATOGENIA 
A patogenia depende da espécie de Eimeria, do número de oocistos ingeridos, da idade da ave 
(quanto mais jovem mais susceptível), presença e severidade de outras doenças, eficácia do 
coccidiostático, estado nutricional das aves e nível de medicação na ração. 
 
CICLO: 
Os oocistos eliminados com as fezes do hospedeiro são imaturos (não esporulados). No meio 
ambiente ocorre a esporulação dos oocistos, para isso precisa de O2, temperatura de 25 a 30 graus 
e umidade de 70 a 80%. O tempo de esporulação nessas condições é de dois a três dias. Os 
oocistos esporulados são infectantes e podem permanecer viáveis por dois a três meses. O 
hospedeiro se contamina ao ingerir esse 
oocisto. Na moela ou estômago o 
oocisto é destruído, liberando os 
esporocistos. Depois pela ação da 
tripsina e da bile ocorre a liberação dos 
esporozoítos no intestino delgado. 
Esses esporozoítos penetram nas 
células da mucosa intestinal, 
arredondam-se e originam os 
trofozoítos que passam a esquizontes 
iniciando assim a reprodução 
assexuada denominada de 
esquizogonia ou merogonia. Cada 
esquizonte (ou meronte) tem em seu 
interior um número variável de 
merozoítas (depende da espécie). 
Esses merozoítas rompem a célula hospedeira atingem a luz do intestino e invadem novas células 
epiteliais, arredondando-se e formando uma nova geração de esquizontes. Alguns merozoítos da 
segunda geração penetram em novas células e dão início a terceira geração de esquizontes, outros 
penetram em novas células e dão início a fase sexuada do ciclo, conhecida como gametogonia. A 
maioria desses merozoítos se transforma em gametócitos 
femininos ou macrogametócitos que vão formar os macrogametas. Outros se transformam em 
microgametas ou gametócitos masculinos que vão dar origem aos microgametócitos. Os 
microgametas rompem a célula e vão até o macrogameta para a fertilização. Dessa fertilização 
resulta o zigoto que desenvolve uma parede dupla em torno de si, dando origem ao oocisto. 
Os oocistos rompem a célula e passam à luz intestinal saindo para o exterior com as fezes na 
forma não infectante, pois não estão esporulados. No ambiente em um a cinco dias esporulam e 
tornam-se infectantes. 
 
 
 
IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: 
Essa parasitose destrói as células do intestino causando diarréia sanguinolenta, acarreta uma baixa 
conversão alimentar, diminuição da resistência orgânica, redução do peristaltismo intestinal, perda 
de peso e predispõem a infecção bacteriana secundária. 
 
GÊNERO Isospora 
O gênero Isospora pertence à família Eimeriidae e o gênero Cystoisopora pertence à família 
Sarcocystidae. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS 
• Oocistos possuem dois esporocistos contendo quatro esporozoítos 
cada quando esporulados. 
 
HOSPEDEIROS: Aves e carnívoros. Quando encontrado em aves o 
gênero é Isospora e quando encontrado em carnívoros é chamado 
de Cystoisospora. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
A contaminação se dá através de alimentos como ração, capim e 
água contaminados com o oocisto esporulado. No tubo digestivo do 
animal os esporozoítos saem do oocisto e penetram na célula 
epitelial do intestino onde se arredondam, passando a serem 
chamados de trofozoítas. Começa a reprodução assexuada. 
Sucessivas mitoses vão formando vários núcleos e citoplasmas para 
formar os esquizontes (ou merontes) que contém os merozoítas. A 
célula não suporta a pressão e se rompe, liberando os merozoítas 
que seguem dois caminhos: 
- Penetram novamente nas células intestinais fazendo outra fase de 
reprodução assexuada que formará uma 2ª geração. 
- Continuam para a fase sexuada, onde os merozoítas dão origem a 
macro e microgametócitos. Os microgametas que estão nos 
microgametócitos saem da célula parasitada e fecundam os macrogametas (e com isso perdem 
seus flagelos – ex-flagelação) formando o gameta ou oocisto imaturo. Esse sai nas fezes para fazer 
a esporogonia. 
 
Na esporogonia, sob condições ideais de temperatura alta, oxigenação e umidade, o oocisto sofre 
divisão, formando dois esporocistos, contendo quatro esporozoítos em cada um. 
 
 GÊNERO Toxoplasma Toxoplasma 
 ESPÉCIE Toxoplasma gondii 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Felídeos, principalmente o gato. 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Diversos mamíferos e répteis. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS (EM CORTE HISTOLÓGICO DE FÍGADO OU 
CÉREBRO): 
- Pseudocisto - estrutura alongada, sem parede definida onde se encontram os taquizoítas. 
- Cisto - estrutura arredondada com parede bem 
definida onde se encontram os bradizoítas. 
- Zoíta - estrutura em forma de foice com um 
núcleo. Não aparece em corte histológico. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
O hospedeiro intermediário ingere o oocisto ao 
pastorear ou ao ingerir alimentos mal lavados. 
No trato digestivo há liberação de esporozoítos 
que pela via sanguínea vai ao fígado, cérebro e 
outros órgãos passando a se chamar trofozoítos. 
Nestes ocorre a reprodução assexuada 
(esquizogonia). Esta fase é tão rápida que os 
trofozoítas são chamados de taquizoítas e é a 
fase aguda da doença. O organismo do animal reage e cria anticorpos e os taquizoítas então 
diminuem sua velocidade de reprodução passando a se chamar bradizoítas, que formam uma 
parede cística 
como proteção aos anticorpos. O hospedeiro definitivo se infecta ao ingerir restos de animais 
contaminados com os esquizontes (cistos), na mucosa intestinal ocorre a gametogonia e o 
oocisto formado vai ao meio ambiente com as fezes. Ocorre a esporulação formando um 
conjunto de dois esporocistos contendoquatro esporozoítas e esses esporozoítas são as 
formas infectantes para o hospedeiro intermediário. 
 
OBS: Pode haver transmissão pré-natal. O hospedeiro intermediário pode contaminar-se 
através da ingestão de carne mal cozida contendo cistos do parasito. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: No hospedeiro intermediário pode ocorrer má 
formação fetal, hidrocefalia fetal, morte cerebral, aborto em ovinos, bovinos e equinos, podem 
ocorrer distúrbios pulmonares, fortes dores musculares, cegueira e queda na produção. 
 
PROFILAXIA: 
Deve ser feita a limpeza diária de gatis, remoção adequada de fezes, precauções higiênicas como 
lavar as mãos antes das refeições e uso de luvas na jardinagem, não dar carne crua aos gatos, 
cobrir as rações. 
 
OBS: Hammondia e Frenkelia também são parasitas de cães e gatos e têm importância no 
diagnóstico diferencial de oocistos. 
 
SUBCLASSE GREGARINASINA 
FAMÍLIA HEPATOZOIIDAE 
GÊNERO Hepatozoon 
 
 ESPÉCIE Hepatozoon canis 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Carrapato Rhipicephalus 
sanguineus. 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Cães. 
LOCAL: Interior de leucócitos. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Isogametas que são estruturas alongadas no interior 
dos neutrófilos. 
OBS: O cão se infecta ao ingerir o carrapato. 
 
CICLO: 
O cão infecta-se ao ingerir o carrapato que contém 
esporocistos na sua cavidade corporal. Ocorre 
destruição dos esporocistos e liberação dos 
esporozoítas que penetram na parede intestinal e 
através da corrente sanguínea passam ao baço, 
linfonodos, pulmões, músculos, fígado e medula onde 
fazem a esquizogonia. Nesses locais ocorrem várias 
gerações de esquizontes, após os merozoítos penetram 
nos leucócitos circulantes e passam a gametócitos. O ciclo se completa quando o carrapato ingere 
sangue contaminado com os gametócitos. Os gametócitos livres se unem em pares e formam os 
zigotos que ficam no interior do carrapato (hemocele) e passam a oocisto 
contendo 30 a 50 esporocistos com 16 esporozoítos em cada. 
 
IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: É uma parasitose assintomática, encontrada geralmente 
com outras parasitoses como Babesia e Ehrlichia. 
 
CLASSE PIROPLASMASIDA 
ORDEM PIROPLASMORIDA 
FAMÍLIA BABESIDAE 
GÊNERO Babesia 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS E HOSPEDEIROS: 
1. Babesia canis - Cães 
-Grande Babesia. 
-Aparece um a dois trofozoítas dentro da hemácia. 
 
2. Babesia gibsoni- Cães 
-Pequena Babesia. 
 
3. Babesia bovis (transmissão por larvas do carrapato) – 
Bovinos. 
-Pequena Babesia. 
-Parasitemia muito baixa. 
-Aparece de um a dois trofozoítas dentro de cada hemácia. 
Pode aparecer nos capilares do cérebro, provocando trombos 
nos vasos. 
 
4. B. bigemina (transmissão por ninfas e adultos do 
carrapato)- Bovinos. 
-Grande Babesia. 
-Aparece um a dois trofozoítas dentro de cada Hemácia 
 
5. B. equi ou Nutallia equi ou mais recentemente Theileria 
equi - Equinos 
-Pequena Babesia. 
-Parasitemia muito alta. 
-Aparecem um, dois, três ou quatro trofozoítas, sendo que 
quando aparecem quatro, são em 
forma de cruz de malta. 
-Animal permanece portador por toda a sua vida. 
 
6. B. caballi - Equinos 
-Grande Babesia. 
-Aparece um a dois trofozoítas dentro da hemácia. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
O carrapato ao se alimentar do sangue do 
hospedeiro definitivo ingere os merozoítos que se 
diferenciam e fazem a reprodução sexuada ou 
gametogonia que vai dar origem a um zigoto 
chamado oocineto. Este penetra nas células do 
tubo digestivo do carrapato e nelas se multiplica 
por divisão binária ou múltipla até as células se 
romperem e liberarem os vermículos (organismos 
claviformes, móveis e alongados). 
Esses vermículos migram para os tecidos da fêmea 
do carrapato, através da hemolinfa, podendo 
chegar aos ovários (transmissão transovariana) ou 
as glândulas salivares (transmissão transestadial) 
na forma de trofozoítas. O carrapato ao sugar o 
hospedeiro inocula as formas trofozoítas que 
penetram nas hemácias do animal e se dividem 
assexuadamente por divisão binária formando merozoítas. A célula se rompe e os merozoítas são 
liberados penetrando em novas hemácias. 
 
 
TIPOS DE TRANSMISSÃO: 
Transovariana - Ocorre nas babesioses transmitidas por carrapatos monoxenos, como Boophilus 
microplus e Anocentor nitens. Por só terem um hospedeiro na vida, a transmissão é da fêmea para 
seus ovos. As larvas ou ninfas originadas desses irão contaminar outros animais. 
Transestadial - ocorre nas babesioses transmitidas por carrapatos heteroxenos, como 
Rhipicephalus sanguineus. Por a muda ocorrer no solo, a larva infectada passa para ninfa com 
as formas infectantes e essa então transmite o parasita a outro animal. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÀRIA: 
Além da destruição das hemácias gerando anemia, observam-se lesões em outros órgãos 
irrigados pelo sangue contaminado. O baço filtra hemácias parasitadas (e incha causando 
esplenomegalia) e acaba por não identificá-las mais fagocitando também as hemácias sadias e 
com isso intensifica a anemia (anemia auto imune). No rim as hemácias se rompem e no fígado 
ocorre hemoglobinúria por não ocorrer metabolização da hemoglobina. Ainda, a Babesia ativa a 
calicreína e leva ao aumento de permeabilidade dos vasos e vasodilatação, provocando uma estase 
circulatória. No quadro de babesiose cerebral bovina ocorre destruição dos capilares cerebrais e se 
observa aumento da coagulação intravascular, hiper excitabilidade e incoordenação. 
 
PROFILAXIA: 
Deve ser feito o controle dos vetores. Em regiões endêmicas os animais já têm imunidade adquirida 
através do colostro que deve ser reforçada gradativamente com o desenvolvimento do animal.

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