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Monitoria Carrapatos, Piolhos, Barbeiro, Pulga e Mosquitos

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL PARA MONITORIA DE PARASITOLOGIA VETERINÁRIA 
CARRAPATOS, PIOLHOS, BARBEIRO, PULGA E MOSQUITO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DOSCENTE IAN TANCREDI 
DISCENTE QUELI RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
2018 
 
Carrapatos 
FILO ARTHROPODA 
CLASSE ARACHNIDA 
 
ORDEM ACARI (ACARINA) 
CARACTERÍSTICAS: 
- Ácaros de pequeno porte. 
- Quelíceras modificadas e palpos curtos. 
- Cefalotórax e abdômen fusionados. 
- Corpo coberto por placas dorsais e ventrais. 
- Larvas com três pares de patas. 
- Ninfas e adultos com quatro pares de patas. 
- Respiração cutânea ou traqueal. 
 
 
SUBORDEM METASTIGMATA (carrapatos) 
(meta - atrás; stigmata - espiráculo) 
FAMÍLIA IXODIDAE 
CARACTERÍSTICAS: 
- Possuem um par de estigmas respiratórios ao nível da coxa IV abrindo-se em peritremas curtos. 
- Fêmeas com área porosa na base do capítulo. 
- Hipostômio com dentes recurrentes. 
- Carrapatos com escudo dorsal cobrindo toda a face dorsal no macho e somente 1/3 face 
dorsal da fêmea, ninfa e larva. 
- Podem ser vetores de agentes patogênicos, provocarem reações cutâneas e causarem 
anemia. 
- Dimorfismo sexual nítido. 
- Ciclo: ovo - larva - ninfa – adultos. 
 
CICLO GERAL DOS IXODÍDEOS: 
As fêmeas após se destacarem dos hospedeiros procuram um 
abrigo próximo ao solo, onde põem grande quantidade de ovos. 
O período de ovipostura é de vários dias. Terminada a oviposição 
as fêmeas morrem. 
Os ovos são castanhos, esféricos e pequenos. O desenvolvimento 
do ovo até adulto depende muito das condições de temperatura. 
As baixas temperaturas prolongam os estádios de 
desenvolvimento. 
 
Durante o desenvolvimento os ixodídeos passam pelos estádios 
de larva hexápoda, ninfa octópoda e adulto. 
Larvas eclodidas sobem pelas gramíneas e arbustos e esperam a 
passagem do hospedeiro para os quais se transferem. 
Após sugar o sangue dos hospedeiros durante alguns dias, a larva 
sofre muda da cutícula e se transforma em ninfa. Esta que é 
octópode espera alguns dias para o enrijecimento da cutícula, 
ingurgita-se de sangue e muda novamente de cutícula para se 
transformar em adultos (macho ou fêmea). 
As fêmeas repletas de sangue se desprendem do hospedeiro e 
no solo após um período de descanso, iniciam a ovipostura. 
Os machos permanecem mais tempo no hospedeiro. A cópula 
usualmente ocorre sobre o hospedeiro. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO CICLO DE ACORDO COM O NÚMERO 
DE HOSPEDEIROS: 
 
1- Monoxeno - Carrapato de um só hospedeiro – É quando todos os três estádios (larva, ninfa e 
adulto) se alimentam no mesmo hospedeiro, onde também realizam as mudas. 
 
2- Dioxeno – Carrapato de dois hospedeiros – Os estádios de larva e ninfa são no mesmo 
hospedeiro, onde também é realizada a primeira ecdise. A segunda ecdise se realiza no solo e o 
ixodídeo adulto procura um segundo hospedeiro. 
 
3- Trioxeno – Carrapato de três hospedeiros – Para cada estádio há um hospedeiro, todas as 
mudas são feitas fora do hospedeiro. 
 
Amblyomma (Trioxeno) 
 
GÊNERO: Rhipicephalus 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Palpos e rostro curtos. 
- Base do gnatossoma geralmente hexagonal. 
- Escudo sem ornamentação; olhos e festões presentes, coxa I bífida. 
- Machos com um par de placas adanais desenvolvidas e um par rudimentar. 
- Peritremas em forma de vírgula acentuados no macho e pouco acentuados na fêmea. 
 
 ESPÉCIE: Rhipicephalus sanguineus 
HOSPEDEIROS: - Parasita de cães, mas pode parasitar também gato e carnívoros silvestres. 
 
 
CICLO: É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o ciclo (trioxeno), 
pois todas as mudas são feitas fora dos hospedeiros. As fêmeas põem de 2000 a 3000 ovos em 
toda sua vida. 
 
SOBREVIVÊNCIA 
As larvas não alimentadas podem sobreviver até oito meses e meio. 
As ninfas seis meses. 
Adultos até 19 meses. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA: 
Este carrapato é comum em cães. 
Altas infestações provocam desde leves irritações até anemia por ação espoliadora. 
O carrapato pode atacar qualquer região do corpo, porém é mais freqüente nos membros 
anteriores e nas orelhas. É considerado o principal transmissor da babesiose canina; a 
transmissão pode ser transovariana ou transestadial, pode também transmitir vírus e 
bactérias. Pode atacar o homem causando dermatites. 
 
CONTROLE: 
-Aplicação de banhos carrapaticidas nos cães, repetindo-se o tratamento duas ou três vezes 
com intervalos de 14 dias. 
-Limpeza dos canis. 
-Aplicação de acaricidas nas paredes, teto e piso das instalações. 
-Higiene e isolamento dos cães. 
GÊNERO Boophilus ou Rhipicephalus 
Atualmente, após sequenciamento genético o gênero Boophilus passou a ser subgênero de 
Rhipicephalus, passando então a se chamar Rhipicephalus (Boophilus) 
microplus. 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Rostro e palpos curtos, achatados, rugosos lateral e dorsalmente. 
- Base do gnatossoma hexagonal. 
- Escudo sem ornamentação. 
- Olhos presentes. 
- Festões ausentes. 
- Peritremas arredondados ou ovais. 
- Machos com dois pares de placas adanais desenvolvidas e 
geralmente com prolongamento caudal. 
 
 ESPÉCIE Rhipicephalus (Boophilus) microplus 
HOSPEDEIROS: 
Bovídeos, pode ser encontrado em outros hospedeiros domésticos e 
silvestres. 
 
 
CICLO: 
O R.(B.) microplus é um carrapato de um só hospedeiro (monoxeno). 
As fêmeas ingurgitadas (denominadas teleóginas) e prestes a darem 
início a ovoposição desprendem-se naturalmente do hospedeiro e no 
solo procuram um lugar apropriado para a ovipostura. 
A oviposição pode durar vários dias. As teleóginas realizam a postura 
de 3000 a 4000 ovos que permanecem aglutinados. Terminada a 
ovoposição a fêmea morre. 
A duração do ciclo não parasitário varia muito dependendo das 
condições climáticas, sendo 27 0C e 80% umidade as condições ideais 
para o desenvolvimento do ciclo. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA VETERINÁRIA: 
1- Dano direto causado pela picada do carrapato, com irritação local e perda de sangue 
-A picada do carrapato provoca irritação e predispõe o animal a ataques de moscas – miíases. 
-A pele irritada serve de via de acesso para infecções secundárias. 
-Cada fêmea suga em toda a sua vida 1,5 ml de sangue, o que provoca anemia e perda na 
produtividade de carne e leite. 
-Desvio de energia: Há um enorme esforço do animal para compensar os danos causados pelo 
carrapato o que representa um desvio de energia que seria convertida para produção. 
-Desvalorização dos couros e diminuição na produção das vacas leiteiras. 
2- Inoculação de toxinas 
-Durante a sucção eles injetam substâncias tóxicas prejudiciais a saúde dos bovinos. 
-As picadas podem produzir uma paralisia que se inicia nos membros anteriores e em poucos dias 
atinge todos os órgãos. Não se tem notícia disso no Brasil. 
3- Transmissão de doenças 
-Transmite a Babesia e o Anaplasma agentes causadores da tristeza parasitária bovina. 
-Pode transmitir também viroses e bactérias. 
 
CONTROLE: 
*NAS PASTAGENS: 
a)Limpeza das pastagens: Mudança de vegetação através de drenagem, calagem e gradagem 
do solo diminui consideravelmente a quantidade de larvas na pastagem. 
A limpeza, com corte de pastos, de arbustos (abrigos naturais das larvas) contribui para 
diminuição da infestação dos rebanhos. 
b)Rotação das pastagens: Consiste na mudança dos rebanhos para novas pastagens em épocas 
estratégicas, de acordo com a biologia do carrapato. 
A pastagem deve permanecer em descanso por determinado tempo até que as larvas morram 
por falta de alimentação. 
c)Queima das pastagens: É um método bastante utilizado no Brasil, porém pouco eficaz, pois 
algumas larvas não morrem porque penetram no solo ou nas partes mais profundas da vegetação. 
d)Tratamento das pastagens comcarrapaticida: Não compensa, é uma operação difícil e onerosa. 
 
*CONTROLE NO HOSPEDEIRO 
a)Banho de Imersão 
É o método preferido há vários anos. 
Utilizado para propriedades com grande número de animais, pois o custo das instalações e gasto 
com produtos químicos é alto. 
b)Aspersão ou spray 
É econômico e prático, utilizado em pequenas propriedades. 
Os resultados dependem muito da habilidade e do cuidado do operador. 
O jato de deve molhar o animal no sentido oposto a implantação do pelos. 
É mais seguro que o de imersão para animais novos e vacas gestantes. 
Deve-se seguir a risca as instruções dos fabricantes dos carrapaticidas. 
 
GÊNERO Amblyomma 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Palpos e hipostômio longos. 
- Geralmente ornamentado. 
- Olhos e festões presentes. 
- Base do gnatossoma de formas variadas. 
- Placas adanais ausentes no macho. 
- Peritremas em forma de vírgula ou triangular. 
 ESPÉCIE Amblyomma cajennense 
HOSPEDEIROS: 
- Parasita a maioria dos animais domésticos e alguns silvestres. 
- Pode parasitar o homem 
CICLO: 
É um carrapato que exige três hospedeiros para completar o 
ciclo (trioxeno), pois todas as mudas são feitas fora dos 
hospedeiros. 
A fêmea põe de 6000 a 8000 ovos em toda sua vida. 
 
 
 
IMPORTÂNCIA: 
Pode transmitir vários agentes patogênicos, como Borrelia, agente da doença de Lyme e Rickettsia 
rickettsi causadora da febre maculosa. 
A sua picada pode originar ferimentos na pele de cura demorada. 
 
CONTROLE: 
Mesmo do Rhipicephalus. 
GÊNERO Anocentor 
. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Rostro e palpos relativamente curtos. 
- Peritremas circulares (parece um dial de telefone). 
- Escudo sem ornamentação. 
- Com sete festões. 
- Coxas IV muito maiores que as demais. 
- Sem placas adanais. 
 ESPÉCIE Anocentor nitens 
HOSPEDEIROS: Eqüídeos. 
LOCALIZAÇÃO: Principalmente no pavilhão auricular. 
 
CICLO: 
Monoxeno. 
As fêmeas põem em média 3000 ovos no solo. As larvas podem 
resistir até 71 dias sem se 
alimentar quando as condições são favoráveis. 
 
IMPORTÂNCIA: 
Pode transmitir vários agentes patogênicos como Babesia. 
A sua picada pode originar ferimentos na pele com até perda da orelha. 
Favorece miíases. 
GÊNERO Argas 
CARACTERÍSTICAS MORFOLOGICAS: 
- Face dorsal separada da ventral por um bordo lateral nítido. 
- Achatado dorso-ventralmente. 
- Aparelho bucal na face ventral. 
HOSPEDEIROS: 
Galinha, peru, pombo e outras aves. Carrapato comum em 
galinheiros. 
 
CICLO: 
− Durante o dia os adultos permanecem escondidos em 
buracos e frestas, sob cascas de árvores, lugares protegidos 
da luz. 
− À noite saem dos esconderijos e sobem nas aves para 
sucção que dura em média 30 minutos. 
− Após a alimentação as ninfas e adultos voltam para os 
esconderijos e as fêmeas se preparam para postura. 
− Cada sucção corresponde a uma postura de 120 a 180 
ovos. 
− A fêmea põe ao todo uns 600 ovos. 
− O período de incubação dos ovos é de três semanas 
dependendo da temperatura e umidade. 
− A larva hexápoda ataca as aves, fixando-se geralmente na 
pele do peito e sob as asas onde suga durante 5 a 10 dias, 
depois disso ela retorna ao esconderijo. 
− Depois de ingurgitada ela volta ao esconderijo onde muda 
a cutícula transformando-se na N1 (ninfa 1 ou protoninfa). 
− Esta procura o hospedeiro e alimenta-se por 30 a 60 min. 
− Regressa ao abrigo e muda para N2. 
− Esta também procura o hospedeiro se 
alimenta e muda. 
− Após a muda aparecem os adultos. 
− Ciclo biológico em condições favoráveis de 
temperatura e umidade se completa em 2 
meses. 
 
Os adultos copulam fora do hospedeiro, nos 
esconderijos, e as fêmeas só realizam postura 
após o repasto sangüíneo. 
 
IMPORTÂNCIA EM MEDICINA 
VETERINÁRIA E SAÚDE PÚBLICA: 
-Tem importância pela sua ação espoliadora 
levando à anemia e mortalidade de aves, 
principalmente as jovens. 
- Há lesões hemorrágicas na pele. 
-Os carrapatos irritam as aves, estas bicam a 
pele e conseqüentemente há diminuição da 
postura. 
-Há desenvolvimento retardado das aves 
novas. 
-Serve como transmissor de microorganismos 
(Borreliose). 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
Procurar os ácaros à noite, larvas a qualquer hora do dia principalmente embaixo das asas. 
 
 
Piolhos 
CLASSE INSECTA 
ORDEM PHTHIRAPTERA 
Parasita de aves e mamíferos. Os piolhos mastigadores 
possuem a cabeça mais larga do que o tórax. Os piolhos 
sugadores possuem a cabeça mais estreita que o tórax. 
 
Três Subordens: 
-Amblycera (antena escondida)- Piolhos mastigadores. 
-Ischnocera (antena livre).- Piolhos mastigadores. 
-Anoplura – Piolhos sugadores. 
CARACTERÍSTICAS DOS PIOLHOS MASTIGADORES 
(MALÓFAGOS): 
- Cerdas pelo corpo. 
- Ausência de asas. 
- Passam toda a vida no hospedeiro, agarrados aos pêlos ou penas. 
- Metamorfose incompleta (hemimetábolos). 
- Certa especificidade para cada espécie,mas o mesmo animal pode ser parasitado por várias 
espécies. 
- Maior quantidade de piolhos no inverno (por causa da temperatura) pela aglomeração de 
indivíduos. 
- A fêmea produz uma substância cimentante nas suas glândulas coletéricas que permite que os 
ovos fiquem colados ao pelo ou penas. 
 
IMP. MED.VET DOS PIOLHOS: 
O animal se coça, não se alimenta bem, fica irritado, com má aparência e podem aparecer infecções 
secundárias, o que gera perda de peso e queda na produtividade. 
As espécies que infestam aves são mais daninhas que aquelas ectoparasitas de mamíferos. 
Quando a infestação é muito grande, o animal torna-se irritadiço, espoja-se na terra, coça-se 
muito, não descansa, adquire péssima aparência e pouco se reproduz. De tanto se coçarem 
acabam arrancando as penas ou os pêlos, escarificando a pele, o que resulta em ferimentos 
agravados por invasão bacteriana. 
A espécie Trichodectes canis pode servir como hospedeiro intermediário do Dipylidium caninum 
um cestódeo parasito do cão e ocasionalmente do homem (através da ingestão do piolho contendo 
a larva do cestódeo). 
As espécies que vivem rentes à pele das aves podem causar sérios prejuízos. Menacanthus 
stramineus (piolho de aves) irrita a pele provocando descamação epitelial e afloramento 
de sangue do qual se alimentam. 
 
PERÍODO EMBRIONÁRIO - Dura cerca de uma semana. 
 
CICLO BIOLÓGICO GERAL DOS MALÓFAGOS (PIOLHOS MASTIGADORES): 
Ovo – ninfa 1 – ninfa 2 – ninfa 3 – adulto 
Ninfas são parecidas com os adultos, exceto pela ausência de edeago no macho e 
gonopódios nas fêmeas. 
 
DURAÇÃO DO CICLO: 
Mais ou menos 20 dias. 
 
ALIMENTAÇÃO: 
Os piolhos mastigadores se alimentam de bárbulas de penas e de células de descamação 
da pele. Algumas espécies ingerem sangue que aflora à superfície da pele. 
 
DISSEMINAÇÃO: 
Através de contato direto, fora do hospedeiro morrem em três a sete dias. 
 
LONGEVIDADE SOBRE O ANIMAL: 20 a 40 dias 
 
ESPECIFICIDADE: 
Possuem alta especificidade. (Um mesmo hospedeiro pode ser parasitado por várias espécies de 
malófagos, mas dificilmente 1 sp. de malófago adapta-se a outro hospedeiro que não o seu). São 
mais ou menos adaptados a determinadas regiões do corpo. 
 
CONTROLE: 
- Tratar e manter os animais isolados e em boas condições de higiene. 
- A ocorrência de malófagos é bastante comum, principalmente, nos meses mais frios. 
- Deve-se tratar com inseticidas duas vezes por semana durante três a quatro semanas. 
- Os malófagos passam toda a sua vida entre as penas e os pêlos de seus hospedeiros, 
onde põem os seus ovos, em grandes massas, sempre colados ao substrato. 
- Tratar com inseticidas repetindo após 10 a 14 dias. 
 
SUBORDEM AMBLYCERA 
CARACTERÍSTICAS: 
- Palpos maxilares presentes 
- Antenas com quatro segmentos. 
- Fossetas antenais (depressão para guardar as antenas). 
- Piolhos mastigadores.AMÍLIA MENOPONIDAE 
GÊNERO: Menopon 
 
 ESPÉCIE Menopon gallinae 
HOSPEDEIROS: Aves. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS:- Possui a cabeça mais larga que o tórax. 
- Apresenta dois tufos de cerdas no quinto segmento abdominal. 
- Menores que um centímetro. 
- Ápteros. 
- Abdômen com uma fileira de cerdas dorsal em cada segmento. 
- Espinhos gástricos visíveis. 
- Tarso com duas garras. 
 
GÊNERO: Menacanthus 
 
 ESPÉCIE Menacanthus stramineus 
HOSPEDEIROS: Aves. Parasita de galinhas, perus, faisões e 
excepcionalmente pombos. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Duas fileiras de cerdas longas e curtas nos segmentos 
abdominais. 
- Fronte provida de processo espinhoso recurvo para trás e para 
baixo. 
- Antenas com quatro segmentos. 
- Possuem palpos. 
 
 
FAMÍLIA BOOPIDAE 
GÊNERO Heterodoxus 
 
 ESPÉCIE Heterodoxus spiniger 
HOSPEDEIROS: Cão 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Dois espinhos na região dorsal da cabeça 
- Cabeça subtriangular 
- Têmporas estreitas, não salientes. 
- Parte inferior da cabeça com 2 ganchos voltados para trás e 
implantados junto à base dos palpos maxilares 
- Palpos maxilares com 4 artículos 
- Protórax livre 
- Uma fileira de cerdas longas no abdômen com tergitos e pleuritos 
bem quitinizados 
- Duas garras nos tarsos 
- Parasito de cães 
SUBORDEM ISCHNOCERA 
CARACTERÍSTICAS 
Palpos maxilares ausentes. 
Antenas filiformes (três a cinco segmentos). 
Sem fossetas antenais (antenas livres). 
Piolhos mastigadores. 
 
FAMÍLIA TRICHODECTIDAE 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Três segmentos antenais. 
- Uma garra ligada ao hospedeiro. 
 
GENERO Trichodectes 
 ESPÉCIE Trichodectes canis 
HOSPEDEIROS: Cão 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Cabeça hexagonal. 
- Uma só garra. 
- Antenas com três segmentos. 
- Têmporas sem lobos posteriores. 
- Fronte arredondada. 
- Todos segmentos abdominais com placas pleurais (pleuritos). 
- Estigmas respiratórios do segundo ao sétimo segmento (seis 
pares). 
- Cerdas abdominais longas. 
- Edeago grande. 
- Não tem palpos. 
- Vetor de Dipylidium caninum para cães. 
 
GÊNERO Bovicola 
 ESPÉCIE Bovicola sp. 
HOSPEDEIROS: Ruminantes 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Cabeça arredondada com a “bochecha” repartida. 
- Cerdas abdominais curtas, iguais e em filas transversais. 
- Manchas nos tergitos. 
- Cabeça tão larga quanto longa 
GÊNERO Felicola 
 ESPÉCIE Felicola subrostrata 
HOSPEDEIROS: Felinos 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Cabeça com aspecto pentagonal, olhos atrás das antenas. 
- Três pares de estigmas respiratórios abdominais. 
- Cerdas abdominais muito curtas. 
- Abdômen do macho com pequena saliência posterior formada pelo último segmento. 
- Antenas sem dimorfismo sexual. 
 
FAMÍLIA PHILOPTERIDAE 
Cinco segmentos antenais com 2 garras ligadas ao hospedeiros. 
 
GÊNERO Goniodes 
 ESPÉCIE Goniodes sp 
HOSPEDEIROS: Aves 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Cabeça em forma de chapéu e com 2 cerdas longas nas extremidades laterais. 
- Tarsos com duas garras. 
- Antenas com cinco segmentos imbricados nos dois sexos, o último segmento não clavado. 
- Tem apêndices recurvos em gancho na Frente 
Imagem 
SUBORDEM ANOPLURA 
CARACTERÍSTICAS 
- Piolhos picadores-sugadores (hematófagos). 
- Ausência de asas. 
- Garras grandes. 
- Passam toda a vida agarrados aos pêlos do hospedeiro. 
- Metamorfose incompleta (Hemimetábolos). 
- Transmissores de Rickettsia prowasekii causador da febre das trincheiras em situações de guerra, 
microorganismo que fica no piolho e através das fezes deste, penetra nas feridas. 
 
FAMÍLIA PEDICULIDAE 
GÊNERO Pediculus 
 ESPÉCIE Pediculus humanus 
HOSPEDEIROS: Humanos 
LOCAL: Cabeça 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
 
- Olhos grandes. 
- Corpo alongado, cabeça ovóide. 
- Tórax sem segmentos aparentes. 
- Cinco segmentos nas antenas. 
- Olhos simples. 
- Abdômen com sete segmentos. 
- Presença de um rostelo ou dentes préestomais para 
cortar a pele. 
- Placas pleurais bem quitinizadas. 
- Presença de gonopódios nas fêmeas (duas saliências 
côncavas internamente e situadas uma de cada lado do 
orifício genital) com que se prende aos pêlos durante a 
ovipostura para o alinhamento dos ovos. 
 
BIOLOGIA: 
A fêmea põe ovos operculados nas bases dos pêlos ou nos fios das vestimentas (conforme 
subespécie). A fixação no pêlo ou fio se dá por uma substância secretada por glândulas 
especiais (glândulas coletéricas). 
Cada fêmea põe cerca de 7 a 10 ovos diariamente (Lêndeas). 
Período de incubação dos ovos - 8 a 9 dias em condições ideais de temperatura e umidade (33 
a 40o C e 90% U. R.). 
Hemimetabólicos- ovo- ninfa (três mudas) – adulto. 
Desenvolvimento pós-embrionário: 8 a 9 dias. 
Longevidade dos adultos – 9 a 10 dias. 
 
CICLO TOTAL – Em média 18 dias (em condições favoráveis de temperatura e umidade). 
Picam o homem intermitentemente (picada dura 3 a 10 minutos ou mais). São mais ativos à noite 
ou durante o descanso do paciente. 
 
IMPORTÂNCIA MÉDICA: 
São encontrados em indivíduos de baixo escalão social, principalmente que não tem muita higiene. 
As picadas provocam prurido e erupções na pele, agravadas pela invasão de agentes secundários. 
Há correlação entre o grau de infestação e o comprimento dos cabelos (Mulheres são mais 
parasitadas que homens). 
 
DOENÇAS QUE TRANSMITEM: 
1-Tifo exantemático - Causado pela Rickettsia prowaseki - os piolhos se infectam ao sugarem 
sangue de um indivíduo doente. A transmissão não se dá pela picada do inseto, nem pela via 
transovariana. A transmissão da infecção se dá pela contaminação de feridas da pele com as 
fezes dos piolhos ou pelo esmagamento do conteúdo intestinal em áreas em abrasão. Os piolhos 
morrem da infecção em poucos dias. (invade os tecidos dos piolhos destruindo as células.) O ato de 
esmagar o piolho com os polegares possivelmente ocasiona a infecção. A rickettsia pode 
permanecer viva e virulenta nas fezes do piolho durante 66 dias. 
 
2-Febre das trincheiras- Transmitida pela Rickettsia quintana- O nome surgiu porque a doença 
apareceu entre os soldados que combatiam nas trincheiras durante a primeira guerra mundial (mais 
de 1 milhão de casos). O doente apresenta febre com dores generalizadas somente durante cinco 
dias, por isso é denominada quintana. O sangue, porém é infectante por quase dois meses. Não é 
injuriosa aos piolhos (se multiplica no lúmem intestinal). 
Fonte de infecção é a picada ou fezes. Fezes secas conservam poder infectante durante muito 
tempo, de modo que a infecção pode ser transmitida também por inalações. 
 
3-Febre recorrente-Transmitida pela Borrelia recurrentis (É uma espiroqueta que se desenvolve na 
hemocele do inseto). O homem só se infecta pelo esmagamento do inseto e libertação do conteúdo 
da hemocele em qualquer ferimento da pele. 
 
GÊNERO Pthirus 
 ESPÉCIE Pthirus pubis 
HOSPEDEIROS: Humanos. 
LOCALIZAÇÃO: Púbis, axilas, sobrancelhas, cílios (regiões de bastante 
cabelo). 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Garras enormes. 
- Tórax mais largo que o abdômen. 
- Pernas robustas. 
- Primeiro par de patas é menos desenvolvido. 
- Unhas do segundo e terceiro par de patas fortemente recurvadas. 
- Abdômen com os cinco primeiros segmentos fusionados. 
- Abdômen apresenta lateralmente quatro tubérculos salientes com cerdas nas extremidades. 
- Os espiráculos 3, 4 e 5 estão na mesma linha transversal. 
 
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS: 
- É chamado de “chato” porque é achatado. 
- Precisam da temperatura corporal para sobreviver. Só suportam dois dias fora do hospedeiro. 
- Ciclo de ± 16 dias (de ovo a ovo ± 30 dias), com 30 dias de vida adulta. 
 
BIOLOGIA: 
Não é de muita atividade, permanecendo preso a dois pêlos durante vários dias, quase sempre 
com as peças bucais presas na pele do hospedeiro. 
Além da região pubiana pode ser encontrado em regiões densamente pilosas (cabeça, 
sobrancelhas, axilas, etc.). Após a cópula que se realiza no hospedeiro, a fêmea põe ovos nos pêlos 
da região pubianaou de outras. 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 7 a 8 dias. 
DESENVOLVIMENTO: 13 a 16 dias. 
CICLO TOTAL: 30 dias. 
SOBREVIVÊNCIA FORA DO HOSPEDEIRO: Adultos e ninfas vivem dois a três dias. 
LONGEVIDADE NO HOSPEDEIRO: 30 dias. 
DISSEMINAÇÃO: Principalmente por via sexual. Também através de toalhas, roupas, assentos de 
privadas, etc.. 
 
OBS: Não se conhece transmissão de doenças, mas sua presença causa prurido mais ou menos 
intenso, que incomoda o indivíduo. As picadas produzem manchas azuladas na pele devido a 
saliva das glândulas reniformes. 
 
FAMÍLIA HAEMATOPINIDAE 
GÊNERO Haematopinus 
HOSPEDEIROS: Ruminantes, suínos, bubalinos e eqüinos. 
 
-Haematopinus eurysternus (bovino) 
-Ocorre mais freqüentemente em animais adultos. 
-Clima temperado - No inverno os animais ficam confinados no interior 
de estábulos ocorrendo 
aumento considerável da população de piolhos. 
-Regiões corporais - Pescoço, base da cauda e chifres, nas 
infestações altas a parasitose se 
generaliza por todo o corpo. 
-Verão - os piolhos são raros, limitando-se à orelha e locais onde os 
pêlos são mais longos. 
-Brasil - Não constitui problema de grande significação, provavelmente devido ao fato 
de não resistirem aos raios solares diretos e a temperatura elevada do corpo do animal. 
 
-Haematopinus quadripertusus- (bovino) 
-Ocorre no Brasil (espécie mais prevalecente nos trópicos). 
-Fêmeas põem ovos quase que exclusivamente nos pêlos da cauda do animal. 
-Ninfas sobem para regiões da cabeça, do pescoço e outras onde se tornam adultas. 
 
-Haematopinus suis-(suínos) 
-Piolho dos animais domésticos. 
-Muito comum no Brasil. 
-Regiões mais freqüentes - Dobras do pescoço, base das orelhas e entre as pernas. 
 
-H. asini- (equídeos) 
-Base da crina e base da cauda. 
 
-H. tuberculatus- (búfalos) 
-Podem parasitar bovinos. 
 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Cabeça estreita e alongada. 
- Sem olhos. 
- Antenas com 5 segmentos. 
- Tórax largo. 
- Coxim tibial entre a base da tíbia e tarso. 
- Abdômen alargado. 
- Todas as patas iguais. 
- Placas pleurais e parapleurais. 
- Tubérculos pós-antenais. 
- Machos possuem um pênis ou edeago. 
BIOLOGIA: 
- Ectoparasitos de animais domésticos com ciclo biológico parecido ao descrito dos piolhos 
humanos. 
- Fêmeas põem ovos nos pêlos dos hospedeiros fixando-os com uma substância 
cimentante. 
- Fêmea põe em média 3 a 6 ovos/dia. 
- Ciclo de 9 a 19 dias. Adultos vivem 30 dias. 
- Concentra-se em pêlos longos. 
- Três estádios ninfais, cada estádio: três a quatro dias. 
- Hemimetabólicos. 
 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO 
É de 9 a 19 dias dependendo da espécie, das condições de temperatura e umidade e do meio 
em que são mantidos os animais (ovos não se desenvolvem em temperatura inferior a 25o). 
 
PERÍODO DE PRÉ-OVIPOSIÇÃO: 
É em média de três dias, a fêmea inicia postura que dura vários dias. 
Número de ovos varia com a espécie (um a quatro por dia). H. suis (mais ou menos 90 ovos, 
cerca de 3 a 6 por dia). 
 
CICLO TOTAL-20 a 40 dias dependendo da espécie e fatores ambientais. 
 
IMP.MED.VET: 
-Leva a perda de produtividade dos animais. 
-A picada do piolho, com inoculação de saliva irritante, provoca prurido, obrigando o animal a 
se coçar e morder o local da picada para se livrar do inseto. O ato de coçar pode provocar 
ferida que se agrava pela invasão de germes, com evidente prejuízo para saúde dos animais. 
A pele pode se tornar seca com aspecto de sarna. Os animais parasitados, injuriados 
permanentemente pelos piolhos, não se alimentam direito nem descansam, o que origina 
queda de produção e prejuízo para os fazendeiros. 
 
Hemípteras (Barbeiro) 
ORDEM HEMÍPTERA 
CONCEITOS BÁSICOS: 
• Dois pares de asas. 
• Corpo grande e achatado dorso ventralmente. 
• Alimentação: podem ser hematófagos (rostro curto e reto com 
três segmentos), predadores ou entomófagos (rostro curvo em 
forma de arco) e fitófagos (rostro (hipostômio + quelíceras) 
longo e com quatro segmentos). 
• Olhos bem grandes. 
• Geralmente apresentam dois pares de asas um par anterior 
do tipo hemiélitro, ou seja, asa com parte apical membranosa e 
parte basal coriácea (dura), que serve para proteção das 
asas posteriores (membranosas, destinadas ao vôo) quando em repouso. 
• Hemimetabólicos (metamorfose incompleta): ovo - ninfa (cinco fases) – adulto. 
 
SUBORDEM CRYPTOCERATA – aquáticos. 
SUBORDEM GIMNOCERATA 
FAMÍLIA REDUVIIDAE - barbeiros 
SUBFAMÍLIA TRIATOMINAE 
 
NUTRIÇÃO: 
São hematófagos em todos os estágios de evolução (ninfas, fêmeas e adultas). Após a 
alimentação defecam. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
Depois da última muda para adultos, a fêmea e o macho copulam. Não precisa alimentação prévia. 
A fêmea copula apenas uma vez e faz postura parcelada (1 a 40 ovos em cada postura) num total 
de quase duzentos ovos em toda a sua vida. O macho copula várias vezes. Após a postura os ovos 
são brancos e operculados. Depois escurecem e quando o embrião está formado ficam rosados. 
Período de incubação: 15 a 30 dias. 
Os ovos do gênero Triatoma e Panstrongylus são isolados, os do gênero Rhodnius são aderidos. 
A duração do ciclo depende da temperatura, alimentação, umidade relativa e espécie de barbeiro. 
Em média de 180 a 300 dias. 
 
IMPORTÂNCIA: 
Os gêneros dessa família servem de hospedeiro intermediário para o agente causador da doença 
de chagas (Trypanosoma cruzi que é transmitido pelas fezes do barbeiro). 
 
HABITAT: 
Habitam locais escondidos (toca de tatu, copa de árvores, frestas na casa) e possuem hábito 
noturno. 
 
GÊNEROS: 
Temos três gêneros de importância nessa família: Rhodnius, Triatoma e Panstrongylus. 
Eles são diferenciados principalmente pela inserção do tubérculo antenífero. 
O Triatoma possui o tubérculo na porção medial da cabeça. 
O Panstrongylus possui o tubérculo inserido bem próximo aos olhos compostos (omatídeos) . 
O Rhodnius possui o tubérculo inserido próximo ao rostro (aparelho bucal). 
 
 
GÊNERO Panstrongylus 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
• Tamanho grande. 
• Cabeça curta e grossa. 
• Tubérculo antenal bem próximo ao olho. 
 
 
 
 
GÊNERO Triatoma 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
• Conexivo (parte dorsal onde a asa não cobre) amarelado. 
• Tubérculo da antena entre o olho e a extremidade da cabeça. 
 
GÊNERO Rhodnius 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
• Tubérculo antenal bem perto do ápice. 
• Cabeça muito longa e delgada, mais longa que o tórax. 
• Conexivo de cor amarelada com manchas oblongas negras. 
• Antenas com quatro segmentos. 
 
OBS: Barbeiro peridomiciliar - chega perto, mas não consegue 
ovopositar. 
Barbeiro domiciliar - capacidade de colonizar a habitação humana 
(principalmente casas mal 
construídas). 
**Um bom transmissor é aquele que tem capacidade de 
domicialização, susceptibilidade ao T. cruzi, tamanho da colônia, grau 
de antropofilia e outros. 
 
 
CONTROLE: 
Uso de inseticidas, condições decentes de moradia humana e animal, telas nas janelas, destruir 
ninhos dos barbeiros próximos as casas. 
 
 
 
Pulgas 
 
ORDEM SIPHONAPTERA 
Siphon- sifão, a- ausência, pteros – asas 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- Nome vulgar: Pulgas. 
- Não apresentam asas. 
- Achatadas lateralmente, o que facilita o andar pelos animais. 
-Corpo revestido de espessa quitina escorregadia e cerdas voltadas para trás que auxiliam a pulga a 
deslizar entre as penas e pêlos dos hospedeiros não permitindo que voltem (dêem ré). 
- Pernas longas, principalmente as posteriores, adaptadas para o salto. 
- Antena com três segmentos (escapo, pedicelo e clava) e sulco antenal que divide a cabeça em 
fronte (parte anterior) e occipício (atrás do sulco antenal). 
- Aparelho bucal picador-sugador: hematófago. 
-Abdômen formado por 10 segmentos (urômeros) imbricados. Os segmentos dois a sete possuem 
de cada lado um estigma. O nono metâmero apresenta em ambos os sexos uma placa sensorialchamada de sensila. 
- Três segmentos torácicos e 10 abdominais. 
-Podem apresentar ctenídeos (dentes quitinosos) que são cerdas espiniformes, dispostas como 
dentes de um pente, cuja localização, número, tamanho, forma e disposição são importantes na 
sistemática. 
-Algumas pulgas apresentam mesonoto rachado. 
- Holometábolos (metamorfose completa): ovo – larva – pupa – imago ou adulto. 
- Ectoparasitos obrigatórios periódicos, somente os adultos permanecem transitoriamente no corpo 
do hospedeiro para a sucção do sangue, deixando-o após o repasto. 
 
BIOLOGIA: 
As pulgas desenvolvem-se por metamorfose completa. As fêmeas fecundadas, depois de um 
ou vários repastos sangüíneos, desovam numero variável de ovos (entre três e 18) em cada 
postura. O número total de ovos pode chegar a muitas centenas, dependendo da espécie. Os ovos 
das pulgas são brancos, grandes (0,5 mm) e visíveis a olho nu sobre fundo escuro. A postura ocorre 
quase sempre nos lugares onde habitam os hospedeiros, quando os ovos são postos nos pêlos ou 
penas do hospedeiro estes não se fixam e caem ao solo. O desenvolvimento depende das 
condições de temperatura e umidade, mas no verão o ciclo se completa em 21 dias. 
A larva sai do ovo por uma abertura na cápsula cefálica. As larvas são vermiformes, 
esbranquiçadas, ápodas e possuem aparelho mastigador. O alimento das larvas é sangue 
digerido, seco, eliminado com as dejeções das pulgas adultas. Em condições favoráveis a larva 
passa para pupa em 9 a 15 dias, mas no inverno ou na falta de alimento pode prolongar-se por 
até 200 dias. A primeira muda ocorre entre o terceiro ao sétimo dia e, após três a quatro dias 
realiza-se a segunda muda. Depois das mudas a larva tece um casulo pegajoso que se fixa em 
algum substrato e fica camuflado pela poeira. 
Realiza-se então a terceira e última muda, dando origem a pupa. A fase de pupa dura de 7 a 10 dias 
mas pode chegar a mais de um ano se a temperatura não for favorável. As pulgas adultas 
permanecem no casulo até sentirem a presença do hospedeiro através da liberação de gás 
carbônico e vibrações. 
 
 
SUBORDEM INTEGRICIPTA 
- Não apresenta fratura no occipício. 
FAMÍLIA HECTOPSYLLIDAE 
 
GÊNERO Tunga - bicho de pé 
HOSPEDEIROS: Suínos, cães e homem (rural) 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Quase não tem tórax (achatadas): Os três segmentos torácicos juntos, são menores que 1 
segmento abdominal. 
- Duas mandíbulas (lacínias) retilíneas, serrilhadas e longas. 
- Palpos labiais com dois segmentos pouco quitinizados. 
- Menores pulgas que existem (1 mm). 
- Não possuem ctenídeos. 
 
BIOLOGIA: 
As fêmeas depois de fecundadas introduzem-se na pele 
(pode ser em qualquer lugar, mas a 
preferência são os dedos do pé, junto ao canto das 
unhas) do hospedeiro, deixando livre, em 
comunicação com o meio exterior apenas o ápice do 
abdômen, no qual se encontra a abertura do ovipositor. 
Instalada no hospedeiro começa a sugar sangue e inicia-
se o desenvolvimento dos ovos (até 100), que não são 
eliminados de imediato permanecendo no abdômen até a 
pulga ficar do tamanho de uma ervilha. Após o período de 
incubação os ovos são expelidos e o resto do ciclo é 
como o da maioria das pulgas. Depois de todos os ovos serem postos a pulga murcha e cai ao solo 
ou é expelida pela ulceração que se forma no local da penetração. 
Machos e fêmeas não fertilizadas sugam intermitentemente seu hospedeiro. Somente quando a 
fêmea é copulada ela penetra na pele. 
O macho morre. Os ovos levam 3-4 dias para eclodirem as larvas e 2 a 3 semanas após tornam-se 
adultos. Ciclo completo: Em torno de 30 dias. 
 
TRATAMENTO: 
A retirada do inseto deve ser realizada por meios mecânicos. Usa-se uma agulha esterilizada 
procurando alargar a abertura da cavidade onde está o inseto a fim de que ele saia inteiro, a 
destruição no interior da pele pode causar infecção. 
 
SINTOMAS: 
No início da penetração ocorre um leve prurido, mas com o intumescimento do abdômen do 
inseto surge a sensação dolorosa. 
 
FAMÍLIA PULICIDAE 
GÊNERO Ctenocephalides 
HOSPEDEIROS: cão e gato. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Apresentam olhos. 
- Apresentam ctenídeos pronotal e genal. 
CICLO BIOLÓGICO: 
-A oviposição é feita tanto no hospedeiro como no ambiente e nesse eclodem as larvas que 
permanecem no ambiente se alimentando de detritos e fezes das pulgas adultas (as larvas 
não são hematófagas). As larvas produzem uma substância gosmenta que formará o pupário e 
essa pupa é o processo de transição de larva para 
adulto. A pupa não se alimenta. Dela emergem os 
adultos machos e fêmeas que são hematófagos. 
Quanto mais quente, mais acelerado é o ciclo (pode 
ser de 21 a 150 dias). 
As pulgas têm uma grande resistência à inanição, 
durando cerca de 30 a 50 dias sem se alimentar e têm 
preferências, mas não especificidade. É hospedeiro 
intermediário de Dipylidium caninum. 
 
CONTROLE: 
Deve-se tratar não só o animal, mas também o 
ambiente. 
 
GÊNERO Pulex 
HOSPEDEIROS: Homem. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Não apresentam ctenídeos genal e pronotal. 
- Mesopleura sem espessamento interno. 
- Possuem uma cerda anterior ao olho e umacerda occipital. 
 
CICLO BIOLÓGICO: 
A fêmea fertilizada vai procurar o hospedeiro e suga o seu sangue, distendendo o seu abdômen 
(fica parecendo uma ervilha) e depois libera os ovos no ambiente. Estes passam a larvas, pupas e 
adultos (fêmeas e machos). Só fica no hospedeiro para se alimentar. Utiliza estábulos para 
colonização, principalmente em condições deficientes de higiene. 
 
 
 
Mosquitos 
 
ORDEM DIPTERA 
SUBORDEM NEMATOCERA 
 
FAMÍLIA CULICIDAE 
CARACTERÍSTICAS: 
- Sem ocelos. 
- Antenas com 15-16 segmentos. 
- Pernas longas. 
- Conhecido como mosquito. 
- Fêmeas hematófagas sugam sangue à noite. 
- Machos alimentam-se de sucos vegetais. 
- Fêmeas colocam seus ovos em locais úmidos (plantas flutuantes) ou água. 
 
SUBFAMÍLIA ANOPHELINAE 
CARACTERÍSTICAS: 
- Adultos com escamas abundantes. 
- Probóscida bem desenvolvida. 
- Palpos retos. 
- Olhos grandes. 
- Antenas nos machos plumosas. 
 
TRIBO ANOPHELINI 
GÊNERO Anopheles 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Primeiro tergito abdominal sem escamas. 
- Coxa posterior mais curta que a largura do mesoepímero. 
- Palpos da Fêmea de comprimento igual ao da probóscida. 
- Escuama com franja completa. 
- Ovos providos de flutuadores e postos isoladamente. 
- Larvas sem sifão respiratório. 
- Larvas horizontais na superfície d’água 
- Pupas com trompa respiratória de forma cônica curta e de 
abertura larga. 
- Fêmeas com palpos delgados e do mesmo comprimento da 
probóscida. 
- Machos com últimos segmentos do palpo dilatados e pilosos, 
dando aspecto de clava. 
Imagem 
 
BIOLOGIA DE ANOPHELES 
- Criadouros são lagoas, rios e represas. 
- Veiculador da malária (esporozoítas do Plasmodium vivax na 
glândula salivar) 
- Hábito crepuscular e noturno. 
- Quando em repouso esses mosquitos formam um ângulo 
quase reto ao substrato. 
 
SUBFAMÍLIA CULICINAE 
TRIBO CULICINI 
GÊNEROS: Aedes, Culex. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Lobo pronotal menor que o meron. 
- Escuamas com franjas, via de regra, completa com ou sem espiraculares . 
- Ovos desprovidos de flutuadores e postos em jangada. 
- Larvas com sifão respiratório. 
- Dispõem-se perpendicularmente ou obliquamente na superfície líquida permanecendo com o corpo 
mergulhado. 
- Pupa com trompa respiratória de forma tubulosa, mais ou menos cilíndrica alongada e de abertura 
estreita. 
- Fêmeas com palpos curtos de comprimento menor que a tromba 
- Machos com palpos longos, mas os últimos segmentos não são dilatados, e são maiores 
que a tromba. 
- Quando em repouso esses mosquitos ficam com o corpo paralelo a superfície.ÊNERO Aedes: 
 
 Espécie Aedes aegipty 
CARACTERÍSTICAS: 
- Postura preferencialmente (vizinhança da água ou na suasuperfície) em águas limpas existentes 
em barris, potes de barro, vasos, cacos de garrafa. 
- Depositam os ovos separadamente em vários lotes, postos em intervalos de um ou mais dias. 
- Ovos resistem a dessecação por vários meses. 
- Hábito diurno gostam de temperatura elevada e picam raramente quando a temperatura fica 
abaixo de 23 graus. 
- O ciclo dura 11 a 18 dias em temperatura de 26 graus 
centígrados. 
- Longevidade: Em laboratório uma fêmea viveu até 154 
dias. 
- A fêmea após ter feito a postura de seus ovos morre 
rapidamente. Em condições normais uma 
fêmea pode fazer 12 ou mais repastos sangüíneos em um 
mês o que é de grande importância na transmissão da febre 
amarela. 
- A cópula se processa 12 a 24 horas após o nascimento do 
imago e estimula o desejo de sugar sangue. As fêmeas 
virgens dificilmente sugam sangue. As fêmeas após 
sugarem sangue fazem a postura dos ovos em poucos dias; 
se forem alimentadas com líquidos açucarados, não há 
postura. 
- Cada fêmea pode pôr de 70 a 150 ovos. 
- Esse mosquito é doméstico e nas horas de repouso (noite) 
se esconde atrás ou debaixo de 
móveis. 
- As larvas se alimentam de bactérias contidas na água e possuem sifão respiratório com um 
tufo de cerdas. 
- Transmite a febre amarela e a dengue. 
 
GÊNERO Culex 
CARACTERÍSTICAS: 
- Doméstico de hábito noturno. 
- Fêmeas depositam seus ovos em água estagnada pura ou impura nas imediações dos 
domicílios. 
- Os ovos, postos verticalmente são aglutinados formando uma jangada. 
- As fêmeas são antropófilas. 
- É encontrado principalmente nos dormitórios, 
sobre o teto, móveis e roupas. 
- Após a desova a fêmea morre ou sobrevive poucos 
dias. 
- -Larvas possuem sifão respiratório com vários tufo de 
cerdas. 
- Ciclo dura em média 10 a 11 dias. 
- Transmite Wuchereria bancrofti (filária 
Elefantíase). 
 
BIOLOGIA DA FAMÍLIA CULICIDAE ALIMENTAÇÃO: 
Quando adultos as fêmeas alimentam-se em geral de 
sangue pois tem necessidade para que se processe a 
maturação dos ovos mas não para sua subsistência pois 
em laboratório sobrevivem apenas com água e açúcar., 
os machos alimentam-se de sucos de frutas e néctar de flores. 
 
CÓPULA: 
Nos mosquitos de hábitos crepusculares (anofelinos) a cópula se dá momentos antes de se 
dirigirem para as casa. Há mesmo a chamada “dança nupcial” em que os mosquitos ficam voando 
em largos círculos, aí se efetuando a cópula. Os machos e fêmeas saem dos criadouros e em geral 
copulam no ar e essa cópula ocorre de duas maneiras: No Aedes aegypti, o macho fica sob a fêmea 
fixando-a por meio de duas pinças laterais, o ato dura 4 a 5 segundos; no Anopheles, macho e 
fêmea se prendem pela extremidade posterior, ficando em linha. 
Um macho pode copular várias fêmeas e uma fêmea pode ser copulada por vários machos. 
 
POSTURA E OVOS: 
Uma vez alimentada, a fêmea quando está com seus ovos amadurecidos precisa fazer a 
postura, e o lugar da postura varia de espécie para espécie. 
 
 
Anopheles: 
Gostam de fazer a postura em grandes coleções de água parada, água com leve correnteza ou 
em água coletada de bromélias. Os ovos de Anopheles não resistem a dessecação, não aguentam 
três dias em lugar seco. Os ovos de anofelinos são postos isoladamente na superfície da água, 
sendo que possuem flutuadores laterais. 
 
Aedes: 
Colocam seus ovos à beira das águas de pequenas coleções de vasos, latas, etc. 
Evaporando-se a água os ovos aderem as paredes do vaso e resistem ali por vários meses, quando 
cai a chuva há a eclosão das larvas. Isso explica a disseminação desses mosquitos para todos os 
lugares. Os ovos de Aedes são postos isoladamente, mas não possuem flutuadores.. 
 
Culex: 
Os ovos de Culex são colocados sempre em posição vertical formando jangadas capazes de flutuar. 
 
LARVAS: 
As larvas são encontradas na água, ainda que possam sobreviver algum tempo em ambiente úmido. 
O período larvário representa a fase de crescimento do inseto, durante a qual a larva expulsa quatro 
vezes a pele; são as mudas ou ecdises. As larvas se alimentam de microorganismos. 
As larvas são vermiformes e desprovidas de patas e asas. O corpo da larva é constituído de cabeça, 
tórax e abdômen. A respiração é feita por um sifão respiratório na extremidade final do abdômen. 
Anopheles não possui sifão respiratório. 
 
 
 
PUPAS: 
Após a quarta muda larvária emerge a pupa, com a forma de uma vírgula. É móvel, porém não se 
alimenta O corpo das pupas de mosquitos é constituído de duas partes: cefalotórax e abdômen. 
As pupas da família culicidae também se localizam na água. Após a saída do mosquito 
adulto ele fica em cima da pele da pupa que acabou de deixar para que ocorra a quitinização 
(quitina em contato com o ar endurece). 
 
FAMÍLIA CERATOPOGONIDAE 
Sinonímia: Mosquito pólvora, maruins. 
 
GÊNERO Culicoides. 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Bem pequeno, até 4 mm. 
- Peças bucais curtas, pungitivas e sugadoras nas fêmeas. 
- Asas hialinas com manchas claras e escuras recobertas de curta pilosidade. 
-Antenas longas com 14 segmentos com formato de contas de rosário, plumosas nos machos. Os 
primeiros segmentos antenais parecem bolas. 
 
BIOLOGIA 
Ovos: Os ovos são alongados e levemente encurvados; o período de incubação é de 2 a 7 
dias dependendo das condições do ambiente. 
 
Larvas: As larvas apresentam 12 segmentos abdominais; desenvolvem-se em meio aquático 
ou semi-aquático, isto é em terrenos lodosos ou de muita umidade, tanto pode ser de água doce 
como salgada; habitat ideal é o mangue. As larvas nadam com agilidade em busca de 
microorganismos para se nutrirem. 
 
Adultos: São encontrados em mangues, zonas de marés, voam pouco, não se afastam muito do 
lugar onde habitam. Machos e fêmeas reúnemse em grandes enxames onde ficam voando em 
turbilhão para a cópula. As fêmeas fixam-se ao corpo de outros insetos e sugam-lhes a hemolinfa. 
Se o macho após a cópula não fugir, a fêmea nutre-se dele. As fêmeas são hematófagas e atacam 
vorazmente o homem. Podem matar se atacarem em bandos. Tem hábito crepuscular, mas podem 
sugar à noite ou até de dia. 
 
CARACTERÍSTICAS DO CULICOIDES: 
- Vive nos mangues e terrenos pantanosos, pois se desenvolvem em certo grau de salinidade. 
- Ovos postos em água doce ou salgada. 
- As fêmeas fazem a postura em pedras, pedaços de pau. 
- Seis estágios larvais, só fêmeas são hematófagas. 
 
IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: 
A picada é semelhante a um fósforo aceso no braço, a picada faz formações bolhosas na pele que 
não raro se complicam com infecção secundária pelo ato de coçar. Causa dermatite em eqüinos, 
com perda de pele. 
A picada produz lesões eczematosas urticarianas. 
Transmite filarias e vírus da língua azul para bovinos e ovinos. 
 
 
FAMÍLIA PSYCHODIDAE 
SUBFAMÍLIA PSYCODINAE: Psychoda - mosca dos banheiros. Sem importância em 
medicina veterinária. 
 
SUBFAMÍLIA PHLEBOTOMINAE: 
PRINCIPAIS GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: 
- Gênero Phlebotomus (Encontrado na Europa) 
- Gênero Lutzomyia (Encontrado nas Américas) – mosquito palha. 
 
GÊNERO Lutzomyia 
 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- Olhos compostos ocupando grande parte da cabeça. 
- Ocelos ausentes. 
 
- Antenas tão longas quanto o comprimento da 
cabeça e tórax com densa pilosidade. 
- Dípteros muito pequenos, 4mm no máximo. 
- Palpos maiores que a probóscida com 3 a 5 artículos. 
- Asa com formato lanceolar e com nervuras longitudinais e paralelas. 
- Cerdas longas pelo corpo. 
- Abdômen com 10 segmentos; do oitavo em diante os segmentos se modificam e formam as 
peças do aparelho genital. 
 
BIOLOGIA 
Ovos: Os ovos dos psicodídeos são alongados, pardo-escuros, depositados em ambientes 
aquáticos ou semi-aquáticos, isoladamente ou em 
grupos. 
 
Larvas: Quatro estádios larvais. As larvas são 
vermiformes, ápodas, com a cabeça não retrátil e 
com duas manchas escuras no lugar dos olhos. Odesenvolvimento larval ocorre na água, em matéria 
vegetal em decomposição, nos buracos de árvores 
cheios de folhas apodrecidas e em excrementos. O 
desenvolvimento larval se dá em 30 dias e depois de 
quatro mudas de pele passam a pupa. 
As larvas nunca se criam em ambiente inteiramente 
aquático, mas em lugares de muita umidade, onde a 
luz raramente incide, com abundante matéria 
orgânica que lhes sirva de nutrição; nas florestas as 
larvas se criam embaixo da camada de folhas mortas 
que reveste o solo, nas frestas das rochas, nas tocas que servem de abrigo a animais silvestres. 
Pupas: As pupas mostram cabeça distinta, pernas e asas unidas ao corpo. 
A fase de pupa transcorre entre 10 e 15 dias. 
 
Adultos: Os adultos na conformação geral do corpo parecem um pequeno mosquito. O aparelho 
bucal das fêmeas é adaptado para sugar sangue, elemento essencial para maturação dos ovos. Os 
machos nutrem-se de sucos vegetais. 
A grande maioria dos psicodídeos habitam as florestas, em lugares sombrios próximos à pequenas 
porções de água. 
Algumas espécies aparecem, eventualmente no interior de habitações humanas ou dos abrigos 
dos animais domésticos, escondendo-se em cantos escuros durante o dia e saindo à noite em 
busca de alimento. Algumas espécies podem sugar sangue de dia. Habitações próximas a matas 
estão sujeitas a receber a visita desses mosquitos. São atraídos pela luz das lâmpadas. 
 
*Os mosquitos flebotomíneos têm pouca capacidade de vôo. Não procuram alimento a mais de 200 
metros de distância. 
Longevidade dos adultos: 27 dias. 
 
ASTENOBIOSE OU DIAPAUSA: 
Normalmente a duração do período larval depende da temperatura e umidade; em baixa 
temperatura esse período pode prolongar-se em virtude de uma fase de hibernação que a larva 
sofre depois da terceira muda. 
Em certas espécies, porém, independente destas condições, sem que se verifique diminuição da 
temperatura e alteração do teor de umidade, a larva hiberna e sua evolução se interrompe. Assim 
em uma postura podemos ter ovos que evoluem até fase adulta e outros que ficam em hipobiose por 
meses. 
 
IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: 
Os flebotomíneos são hospedeiros de agentes causadores de doenças que afetam o homem e 
animais domésticos. São transmissores da Leishmania, causadora da Leishmaniose Visceral e/ou 
cutânea. 
Transmitem também muitos vírus entre os quais o responsável pela febre dos três dias (febre 
papatasi) muito conhecida na Europa. Podem veicular ainda o vírus da estomatite vesicular, 
doença séria em bovinos, cavalos e suínos. 
 
FAMÍLIA SIMULIDAE 
Mosquitos conhecidos como borrachudo ou pium 
 
GÊNERO Simulium 
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS: 
- O adulto apresenta asa com nervuras em apenas uma parte dela, a antena parece um chifre e 
possui os segmentos do flagelo achatados. 
- Dípteros pequenos (1,5 a 4 mm. De comprimento), robustos, lembram uma pequena mosca. 
- Seu corpo é revestido de fina e curta pilosidade aveludada, escura nas fêmeas e colorida nos 
macho. 
- Olhos compostos, separados nas fêmeas e juntos nos machos. 
- Tórax giboso. 
- Pernas curtas e fortes. 
- Antenas com 11 segmentos, sem cerdas e curtas 
(parece um chifre). 
 
BIOLOGIA 
Os machos vivem sugando flores, ao contrário das 
fêmeas que são sugadoras de sangue de vertebrados, 
tendo para isso uma probóscida pungitiva. 
A desova dos simulídeos se dá na água de rios e 
riachos com bastante correnteza, depositada sobre a 
vegetação marginal ou sobre rochas pouco submersas; 
geralmente a postura efetuasse quando a fêmea voa 
rente a superfície da água ou pousa sobre ela. Cada 
fêmea pode depositar até 500 ovos, junto aos quais é 
eliminada uma substância gelatinosa que mantém os 
ovos aglomerados. Depois de 5 a 7 dias de incubação 
surgem as larvas. 
Larvas e pupas ficam abaixo do nível das águas e as 
larvas apresentam ventosa posterior (para 
fixação), escova oral (para captar nutrientes rapidamente), pseudópodes (por isso é chamada de 
semifixa) e glândulas salivares que produzem um fio pegajoso do qual são tecidas as pupas. As 
pupas são em forma de cone com filamentos traqueais (para absorção de O2). 
Ciclo se completa em quatro a oito semanas em condições ideais de temperatura e umidade. 
Longevidade dos adultos: 2 a 3 semanas. 
 
Larvas: Possuem o corpo liso, cabeça bem diferenciada, parte posterior do corpo é dilatada 
e tem uma estrutura que serve para sua fixação. A larva fica vertical ao solo fixada ao substrato. 
Ela nutre-se de microorganismos encontrados na água. A apreensão dos microorganismos é 
feita por penachos situados um em cada lado da cabeça. Após seis mudas elas tecem um casulo 
cônico (com a secreção das glândulas salivares) fixo na base e aberto em cima e passam a pupa. 
 
Pupas: Apresentam em cada lado do tórax brânquias respiratórias constituídas de expansões 
filamentosas. Depois de completo o desenvolvimento da pupa, o pupário enche-se de ar, formando 
uma bolha, à medida que a bolha aumenta, o borrachudo adulto vai insinuando-se para o seu 
interior, a bolha se desprende do pupário e sobe a tona d’água, se desfaz, e põem em liberdade o 
borrachudo. 
 
Adultos: Os machos costumam reunir-se em grandes enxames, geralmente ao entardecer para 
aguardar que alguma fêmea entre na dança; quando isso acontece, logo um casal se afasta para a 
cópula. 
Habitam áreas de cachoeiras e rios, pois só se desenvolvem em águas correntes. 
Hábitos diurnos (crepuscular), atacam em bandos. 
 
IMPORTÂNCIA MÉDICA VETERINÁRIA: 
A picada, no início é imperceptível, quando sentimos, a fêmea já está no final do repasto sangüíneo. 
No local da picada surge um pequeno ponto hemorrágico e uma leve sensação de dor que se 
transforma em prurido. 
Transmitem doenças de filarídeos (elefantíase onchocercose). Transmite também o Leucocytozoon 
para aves. 
A mais importante parasitose transmitida por esse mosquito é a Onchocerca volvulus que pode 
ocasionar cegueira. Os adultos dessa filária formam nódulos subcutâneos em várias partes do corpo 
humano; nesses nódulos a filária se reproduz originando as microfilárias que migram para a periferia 
do corpo onde o mosquito as ingere ao sugar sangue. Quando o mosquito vai sugar outra pessoa 
inocula as microfilárias que migram pelo corpo e muitas vezes se instalam no globo ocular causando 
cegueira. 
 
CONTROLE: 
Povoar lagos com peixes que se alimentam deles e controle biológico por Bacillus thuringiensis. 
Evitar a poluição dos rios que termina como os peixes.

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