Buscar

ECA Comentado. Resolvendo Questões.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

FACULDADE FARIAS BRITO 
Curso de Direito 
Coordenação de Atividades Complementares 
Profa. Larissa Maia Nunes 
 
RESOLVENDO QUESTÕES DA OAB 
Direito da Criança e do Adolescente 
Profa. Renata Neris 
 
 
 
01. (OAB – 2010.2) Dentre os direitos de 
toda criança ou todo adolescente, o ECA 
assegura o de ser criado e educado no seio de 
sua família e, excepcionalmente, a colocação 
em família substituta, assegurando-lhe a 
convivência familiar e comunitária. Fundando-
se em tal preceito, acerca da colocação em 
família substituta, é correto afirmar que: 
 
(A) a colocação em família substituta far-se-á, 
exclusivamente, por meio da tutela ou da 
adoção. A assertiva é falsa. O fundamento pode 
ser facilmente encontrado no art. 28 do 
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A 
exegese da norma determina, literalmente, 
que: “Art. 28. A colocação em família substituta 
far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção, 
independentemente da situação jurídica da 
criança ou adolescente, nos termos desta Lei”. 
 
(B) a guarda somente obriga seu detentor à 
assistência material a criança ou adolescente. A 
assertiva é falsa. O fundamento jurídico é 
encontrado no art. 33 do ECA. Mais uma vez, a 
exegese literal da norma determina que: “Art. 
33. A guarda obriga a prestação de assistência 
material, moral e educacional à criança ou 
adolescente, conferindo a seu detentor o 
direito de opor-se a terceiros, inclusive aos 
pais. 
 
(C) o adotando não deve ter mais que 18 anos à 
data do pedido, salvo se já estiver sob a guarda 
ou tutela dos adotantes. A assertiva é 
verdadeira. Exegese do disposto no art. 40 do 
ECA, in verbis: “Art. 40. O adotando deve 
contar com, no máximo, dezoito anos à data do 
pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou 
tutela dos adotantes”. 
 
(D) desde que comprovem seu estado civil de 
casados, somente os maiores de 21 anos 
podem adotar. A assertiva é falsa. Literalmente, 
o ECA determina, no art. 42, que: “Art. 42. 
Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, 
independentemente do estado civil.” (A 
redação do dispositivo foi dada pela lei 
12.010/09). 
 
02. (OAB – 2010.2) Tendo por substrato 
legal as alterações promovidas pela Lei n.° 
12.010, de 2009 no tocante à adoção, assinale 
a afirmativa correta. 
 
(A) A morte dos adotantes não restabelece o 
poder familiar dos pais naturais. A assertiva é 
verdadeira. Corresponde à literal disposição do 
art. 49 do ECA, que determina: “Art. 49. A 
morte dos adotantes não restabelece o poder 
familiar dos pais naturais”. 
 
(B) Para viabilizar a celeridade no processo de 
adoção, a legislação específica – ECA – admite a 
representação do adotante por procuração. A 
assertiva é falsa. O art. 39 §2º do ECA 
literalmente prevê: “Art. 39. (omissis) § 2º. É 
vedada a adoção por procuração”. 
 
(C) Uma vez falecido o adotante no curso do 
procedimento de adoção e antes de prolatada a 
sentença, não poderá o juiz deferir a adoção, 
mesmo que tenha havido inequívoca 
manifestação de vontade do adotante. A 
assertiva é falsa. O §6º do art. 42 do ECA 
determina que: “Art. 42 (omissis) §6º. A adoção 
poderá ser deferida ao adotante que, após 
inequívoca manifestação de vontade, vier a 
falecer no curso do procedimento, antes de 
prolatada a sentença”. 
 
(D) Os cartórios de registros públicos de 
pessoas naturais deverão fornecer certidão a 
qualquer requisitante, independentemente, de 
justificativa de seu interesse, em que conste o 
vínculo da adoção constituído por sentença 
judicial. A assertiva é falsa. O §4º do art. 47 do 
ECA determina que: “Art. 47. (omissis) §4º. 
Nenhuma observação sobre a origem do ato 
poderá constar nas certidões do registro”. 
 
03. (OAB – 2010.3) Considerando a 
prática de ato infracional por criança ou 
adolescente, é correto afirmar que 
 (A) a prestação de serviços comunitários 
consiste na realização de tarefas gratuitas de 
interesse geral, por período não excedente a 1 
(um) ano, em entidades assistenciais, hospitais, 
escolas e outros estabelecimentos congêneres, 
bem como em programas comunitários ou 
governamentais. A assertiva é falsa. O art. 117 
do ECA estatui que: “Art. 117. A prestação de 
serviços comunitários consiste na realização de 
tarefas gratuitas de interesse geral, por período 
não excedente a seis meses, junto a entidades 
assistenciais, hospitais, escolas e outros 
estabelecimentos congêneres, bem como em 
programas comunitários ou governamentais. 
 
(B) em se tratando de ato infracional com 
reflexos patrimoniais, a autoridade poderá 
determinar, se for o caso, que o adolescente 
restitua a coisa, promova o ressarcimento do 
dano, ou, por outra forma, compense o 
prejuízo da vítima. A assertiva é verdadeira. 
Corresponde à literalidade do previsto no art. 
116 do ECA: “Art. 116. Em se tratando de ato 
infracional com reflexos patrimoniais, a 
autoridade poderá determinar, se for o caso, 
que o adolescente restitua a coisa, promova o 
ressarcimento do dano, ou, por outra forma, 
compense o prejuízo da vítima”. 
 
(C) a internação, por constituir medida privativa 
de liberdade do menor, não poderá exceder o 
período de 5 (cinco) anos. A assertiva é falsa. 
Contraria, frontalmente, o disposto o disposto 
no §3º do art. 121 do ECA: “Art. 121. (omissis) § 
3º Em nenhuma hipótese o período máximo de 
internação excederá a três anos”. 
 
(D) entre as garantias processuais garantidas ao 
adolescente encontra-se o direito de solicitar a 
presença de seus pais ou responsável em 
qualquer fase do procedimento. Contudo, não 
poderá o menor ser ouvido pessoalmente pela 
autoridade competente, devendo em todo o 
caso ser assistido pelos genitores. A assertiva é 
falsa. O art. 111 do ECA estabelece, no inciso 
VI, uma garantia processual, conferida a 
crianças e adolescentes, que consiste no 
“direito de solicitar a presença de seus pais ou 
responsável em qualquer fase do 
procedimento”. Ademais, confere, ainda, a 
crianças e adolescentes, no inciso V, o “direito 
de ser ouvido pessoalmente pela autoridade 
competente”, consistindo, referido direito, 
numa garantia processual que o ECA confere às 
crianças e adolescentes. 
 
04. (OAB – 2010.3) Com relação aos 
procedimentos para a perda e a suspensão do 
poder familiar regulados pelo Estatuto da 
Criança e do Adolescente, é correto afirmar 
que 
 
(A) a autoridade judiciária, ouvido o Ministério 
Público, poderá decretar liminar ou 
incidentalmente a suspensão do poder familiar, 
independentemente da gravidade do motivo. A 
assertiva é falsa. Contraria o disposto no art. 
157 do ECA: “Art. 157. Havendo motivo grave, 
poderá a autoridade judiciária, ouvido o 
Ministério Público, decretar a suspensão do 
poder familiar, liminar ou incidentalmente, até 
o julgamento definitivo da causa, ficando a 
criança ou adolescente confiado a pessoa 
idônea, mediante termo de responsabilidade”. 
 
(B) o procedimento para perda ou suspensão 
do poder familiar dispensa que os pais sejam 
ouvidos, mesmo se estes forem identificados e 
estiverem em local conhecido. A assertiva é 
falsa. Contraria o disposto no art. 161, §4º do 
ECA, que determina: “Art. 161. (omissis) §4º É 
obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses 
forem identificados e estiverem em local 
conhecido.” (incluído pela Lei 12.010/09). 
 
(C) o procedimento para perda ou suspensão 
do poder familiar terá início por provocação do 
Ministério Público ou de quem tenha legítimo 
interesse. A assertiva é verdadeira. 
Corresponde, exatamente, ao disposto no art. 
155 do ECA: “Art. 155. O procedimento para a 
perda ou a suspensão do poder familiar terá 
início por provocação do Ministério Público ou 
de quem tenha legítimo interesse”. 
 
(D) em conformidade com a nova redação dada 
pela Lei 12.010, de 3 de agosto de 2009, o 
prazo máximo para a conclusão do 
procedimento de perda oususpensão do poder 
familiar será de 180 (cento e oitenta) dias. A 
assertiva é falsa. De acordo com o art. 163 do 
ECA, com redação dada pela Lei 12.010/09, “o 
prazo máximo para conclusão do procedimento 
será de 120 (cento e vinte) dias.” 
 
05. (IV EXO Unificado OAB) Washington, 
adolescente com 14 (quatorze) anos, movido 
pelo desejo de ajudar seus genitores no 
sustento do núcleo familiar pobre, pretende 
iniciar atividade laborativa como ensacador de 
compras na pequena mercearia Tudo Tem, 
que funciona 24h, localizada em sua 
comunidade. Recentemente, esta foi 
pacificada pelas Forças de Segurança Nacional. 
Tendo como substrato a tutela do Estatuto da 
Criança e do Adolescente no tocante ao 
Direito à Profissionalização e à Proteção no 
Trabalho, assinale a alternativa correta. 
 
(A) Washington poderá ser contratado como 
ensacador de compras, mesmo não sendo tal 
atividade de aprendizagem, pois, como já 
possui 14 (quatorze) anos, tem discernimento 
suficiente para firmar o contrato de trabalho e, 
assim, prestar auxílio material aos seus pais, 
adotando a louvável atitude de preferir o 
trabalho às ruas. A assertiva é falsa. De acordo 
com o art. 62 do ECA, “considera-se 
aprendizagem a formação técnico-profissional 
ministrada segundo as diretrizes e bases da 
legislação de educação em vigor”. 
 
(B) Como a comunidade onde reside 
Washington foi pacificada pelas forças de paz, 
não há falar em local perigoso ou insalubre 
para o menor; assim, poderá o adolescente 
exercer a carga horária laborativa no período 
das 22h às 24h, sem qualquer restrição legal, 
desde que procure outra atividade laborativa 
que seja de formação técnico-profissional. A 
assertiva é falsa. Contraria o disposto no inciso I 
do art. 67 do ECA que estabelece: Art. 67. Ao 
adolescente empregado, aprendiz, em regime 
familiar de trabalho, aluno de escola técnica, 
assistido em entidade governamental ou não-
governamental, é vedado trabalho: I – 
noturno, realizado entre as vinte e duas horas 
de um dia e as cinco horas do dia seguinte.” 
 
(C) Washington não poderá trabalhar na 
mercearia como ensacador de compras, pois tal 
atividade não é enquadrada como de formação 
técnico-profissional; portanto, não se pode 
afirmar que o menor exercerá atividade 
laborativa na condição de aprendiz. A assertiva 
é verdadeira. Corresponde, exatamente, ao 
disposto no art. 62 do ECA: “Considera-se 
aprendizagem a formação técnico-profissional 
ministrada segundo as diretrizes e bases da 
legislação de educação em vigor.” 
 
(D) Na condição de aprendiz, não é necessário 
que o adolescente goze de horário especial 
compatível com a garantia de acesso e 
frequência obrigatória ao ensino regular. A 
assertiva é falsa. De acordo com o inciso IV do 
art. 67 do ECA: “Art. 67. Ao adolescente 
empregado, aprendiz, em regime familiar de 
trabalho, aluno de escola técnica, assistido em 
entidade governamental ou não-
governamental, é vedado trabalho: (...) IV – 
realizado em horários e locais que não 
permitam a freqüência à escola.” 
 
06. (IV EXO Unificado OAB) No tocante às 
normas contidas no Estatuto da Criança e do 
Adolescente, é correto afirmar que 
 
(A) a medida socioeducativa de internação 
aplicada em razão do descumprimento 
reiterado e injustificável da medida 
anteriormente imposta ao adolescente infrator 
não poderá ser superior a três meses. A 
assertiva é verdadeira. De acordo com o art. 
122, III do ECA: “Art. 122. A medida de 
internação só poderá ser aplicada quando: (...) 
III – por descumprimento reiterado e 
injustificável da medida anteriormente 
imposta.” O §1º do mesmo artigo determina, 
ainda, que: “§1º O prazo de internação na 
hipótese do inciso III deste artigo não poderá 
ser superior a 3 (três) meses, devendo ser 
decretada judicialmente após o devido 
processo legal.” 
 
(B) o adolescente apreendido em flagrante de 
ato infracional será imediatamente 
encaminhado ao Juiz de Direito em exercício na 
Vara da Infância e Juventude, que decidirá 
sobre a necessidade ou não de seu 
acautelamento provisório. A assertiva é falsa. 
Determina o art. 172 do ECA que: “Art. 172. O 
adolescente apreendido em flagrante de ato 
infracional será, desde logo, encaminhado à 
autoridade policial competente.” 
 
(C) a concessão da remissão, que prescinde da 
homologação da Autoridade Judiciária, é 
medida que o membro do Ministério Público 
atribuído poderá adotar no processamento de 
ato infracional. A assertiva é falsa. A concessão 
da remissão exige homologação da autoridade 
judiciária, nos seguintes termos previstos no 
§1º do art. 180 do ECA: “§1º Homologado o 
arquivamento ou a remissão, a autoridade 
judiciária determinará, conforme o caso, o 
cumprimento da medida.” 
 
(D) ao ato infracional praticado por crianças 
corresponderão as seguintes medidas 
socioeducativas: advertência, obrigação de 
reparar o dano, prestação de serviços à 
comunidade, liberdade assistida e inserção em 
regime de semiliberdade. A assertiva é falsa. De 
acordo com o art. 105 do ECA: “Art. 105. Ao ato 
infracional praticado por criança 
corresponderão as medidas previstas no art. 
101.” O art. 101 do ECA enumera as chamadas 
medidas protetivas, que consistem em: “Art. 
101. (omissis). I – encaminhamento aos pais ou 
responsável, mediante termo de 
responsabilidade; II – orientação, apoio e 
acompanhamento temporários; III – matrícula e 
frequência obrigatórias em estabelecimento 
oficial de ensino fundamental; IV – inclusão em 
programa comunitário ou oficial de auxílio à 
família, à criança e ao adolescente; V – 
requisição de tratamento médico, psicológico 
ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou 
ambulatorial; VI – inclusão em programa oficial 
ou comunitário de auxílio, orientação e 
tratamento a alcoólatras e toxicômanos; VII – 
acolhimento institucional; VIII – inclusão em 
programa de acolhimento familiar; IX – 
colocação em família substituta”. 
 
07. (V EXO Unificado OAB) Com nítida 
inspiração na doutrina da proteção integral, o 
ECA garantiu à criança e ao adolescente o mais 
amplo acesso à Justiça, como forma de 
viabilizar a efetivação de seus direitos, 
consagrou-lhes o acesso a todos os órgãos do 
Poder Judiciário, assim como lhes assegurou o 
acesso a órgãos que exercem funções 
essenciais à Justiça, como o Ministério Público 
e a Defensoria. Tendo em conta tal ampla 
proteção, assinale a alternativa correta. 
 
(A) As custas e emolumentos nas ações de 
destituição do poder familiar, perda ou 
modificação da tutela deverão ser custeadas 
pela parte sucumbente ao final do processo. A 
assertiva é falsa. De acordo com o §2º do art. 
141 do ECA, “as ações judiciais de competência 
da Justiça da Infância e da Juventude são 
isentas de custas e emolumentos, ressalvada a 
hipótese de litigância de má-fé”. 
(B) Na hipótese de colisão de interesses entre a 
criança ou adolescente e seus pais ou 
responsável, a autoridade judiciária lhes dará 
curador especial, o mesmo ocorrendo nas 
hipóteses de carência de representação ou 
assistência legal, ainda que eventual. A 
assertiva é verdadeira. Corresponde à 
literalidade do previsto no parágrafo único do 
art. 42 do ECA, nos seguintes termos: “Art. 42. 
(omissis) Parágrafo único. A autoridade 
judiciária dará curador especial à criança ou 
adolescente, sempre que os interesses destes 
colidirem com os de seus pais ou responsável, 
ou quando carecer de representação ou 
assistência legal ainda que eventual”. 
 
(C) Em obediência ao princípio da publicidade, 
é permitida a divulgação de atos judiciais e 
administrativos que digam respeito à autoria de 
ato infracional praticado por adolescente, 
podendo ser expedida certidão ou extraída 
cópia dos autos, independentemente da 
demonstração do interesse e justificativa 
acerca da finalidade. Tais fatos, no entanto, se 
noticiadospela imprensa escrita ou falada, 
devem conter apenas as iniciais do nome e 
sobrenome do menor, sendo vedadas as 
demais formas expositivas, como fotografia, 
referência ao nome, apelido, etc. A assertiva é 
falsa. Contraria o disposto no art. 143 do ECA: 
“Art. 143. É vedada a divulgação de atos 
judiciais, policiais e administrativos que digam 
respeito a crianças e adolescentes a que se 
atribua autoria de ato infracional”. Ademais, o 
parágrafo único do mesmo artigo determina 
que: “Parágrafo único. Qualquer notícia do fato 
não poderá identificar a criança ou o 
adolescente, vedando-se fotografia, referência 
a nome, apelido, filiação, parentesco, 
residência e, inclusive, iniciais do nome e 
sobrenome” (redação dada pela Lei 10.764/03). 
 
(D) A assistência judiciária gratuita será 
prestada aos que dela necessitarem por 
defensor público, sendo admitida a nomeação 
pelo juiz de advogado se o adolescente não 
tiver defensor, não podendo, posteriormente, o 
adolescente constituir outro de sua preferência. 
A assertiva é falsa. De fato, em consonância 
com o §1º do art. 141 do ECA, “a assistência 
judiciária gratuita será prestada aos que dela 
necessitarem, através de defensor público ou 
advogado nomeado”. 
 
08. (V EXO Unificado OAB) Fernando e 
Eulália decidiram adotar uma menina. 
Iniciaram o processo de adoção em maio de 
2010. Com o estágio de convivência em curso, 
o casal se divorciou. Diante do fim do 
casamento dos pretendentes à adoção, é 
correto afirmar que 
 
(A) a adoção deverá ser suspensa, e outro casal 
adotará a menor, segundo o princípio do 
melhor interesse do menor, pois a adoção é 
medida geradora do vínculo familiar. A 
assertiva é falsa. A regra contida no §2º do art. 
42 do ECA dispõe que: “Art. 42. (omissis) §2º 
Para adoção conjunta, é indispensável que os 
adotantes sejam casados civilmente ou 
mantenham união estável, comprovada a 
estabilidade da família”. Todavia o Estatuto 
prevê exceção a esta regra. A assertiva da 
questão contraria, na verdade, a exceção 
prevista no disposto no §4º do art. 42 do ECA 
que determina: “Art. 42. (omissis) §4º Os 
divorciados, os judicialmente separados e os 
ex-companheiros podem adotar 
conjuntamente, contanto que acordem sobre a 
guarda e o regime de visitas e desde que o 
estágio de convivência tenha sido iniciado na 
constância do período de convivência e que 
seja comprovada a existência de vínculos de 
afinidade e afetividade com aquele não 
detentor da guarda, que justifiquem a 
excepcionalidade da concessão” (redação dada 
pela Lei 12.010/09). 
 
(B) a adoção poderá prosseguir, contanto que o 
casal opte pela guarda compartilhada no 
acordo de divórcio, mesmo que o estágio de 
convivência não tenha sido iniciado na 
constância do período de convivência. A 
assertiva é falsa. No caso em comento, a norma 
estatutária não exige a guarda compartilhada. 
A assertiva contraria o disposto no §4º do art. 
42 do ECA, nos termos comentados acima: “Art. 
42. (omissis) §4º Os divorciados, os 
judicialmente separados e os ex-companheiros 
podem adotar conjuntamente, contanto que 
acordem sobre a guarda e o regime de visitas e 
desde que o estágio de convivência tenha sido 
iniciado na constância do período de 
convivência e que seja comprovada a 
existência de vínculos de afinidade e 
afetividade com aquele não detentor da 
guarda, que justifiquem a excepcionalidade da 
concessão” (redação dada pela Lei 12.010/09). 
(C) a adoção será deferida, contanto que o 
casal acorde sobre a guarda, regime de visitas e 
desde que o estágio de convivência tenha sido 
iniciado na constância do período de 
convivência e que seja comprovada a existência 
de vínculo de afinidade e afetividade com 
aquele que não seja o detentor da guarda que 
justifique a excepcionalidade da concessão. A 
assertiva é verdadeira. Corresponde, 
literalmente, à previsão contida no art. 42 §4º 
do ECA, acima citado. 
 
(D) a lei não prevê tal hipótese, pois está em 
desacordo com os ditames constitucionais da 
paternidade responsável. A assertiva é falsa. Já 
foi demonstrado que o ECA regula a hipótese 
ventilada na questão objeto de discussão 
prevendo a possibilidade, no caso, de 
deferimento da adoção. 
 
09. (VI EXO Unificado OAB) Considerando 
os princípios norteadores do Estatuto da 
Criança e do Adolescente, a prática de atos 
infracionais fica sujeita a medidas que têm 
objetivos socioeducativos. Nesse sentido, é 
correto afirmar que 
 
(A) se Aroldo, que tem 11 anos, subtrair para si 
coisa alheia pertencente a uma creche, deverá 
cumprir medida socioeducativa de prestação de 
serviços comunitários, por período não superior 
a um ano. A assertiva é falsa. De acordo com o 
art. 105 do ECA, “ao ato infracional praticado 
por criança corresponderão as medidas 
previstas no art. 101”. Trata-se do rol das 
medidas protetivas. Às crianças que praticam 
ato infracional não se aplicam, portanto, 
medidas sócioeducativas. Aplicam-se no caso, 
somente, as medidas protetivas. 
 
(B) a obrigação de reparar o dano causado pelo 
ato infracional não é considerada medida 
socioeducativa, tendo em vista que o 
adolescente não pode ser responsabilizado 
civilmente. A assertiva é falsa. O art. 112 do 
ECA traz o rol das medidas sócio-educativas 
dentre as quais pode ser identificada a 
obrigação de reparar o dano. Vejamos: “Art. 
112. Verificada a prática de ato infracional, a 
autoridade competente poderá aplicar ao 
adolescente as seguintes medidas: (...) II – 
obrigação de reparar o dano”. 
 
(C) o acolhimento institucional e a colocação 
em família substituta podem ser aplicados 
como medidas protetivas ou socioeducativas, a 
depender das características dos atos 
infracionais praticados. A assertiva é falsa. O 
acolhimento institucional e a colocação em 
família substituta são medidas protetivas 
previstas no rol do art. 101 do ECA: “Art. 101. 
Verificada qualquer das hipóteses previstas no 
art. 98, a autoridade competente poderá 
determinar, dentre outras, as seguintes 
medidas: (...) VII – acolhimento institucional; 
(...) IX – colocação em família substituta.” 
(D) a internação, como uma das medidas 
socioeducativas previstas pelo ECA, não poderá 
exceder o período máximo de três anos, e a 
liberação será compulsória aos 21 anos de 
idade. A assertiva é verdadeira. Corresponde à 
literalidade do previsto nos §§ 3º e 5º do art. 
121 do ECA, nos termos seguintes: “ Art. 121. 
(omissis) §3º Em nenhuma hipótese o período 
máximo de internação excederá a três anos. 
(...) §5º A liberação será compulsória aos vinte 
e um anos de idade”. 
 
10. (VI EXO Unificado OAB) Um famoso 
casal de artistas residente e domiciliado nos 
Estados Unidos, em viagem ao Brasil para o 
lançamento do seu mais novo filme, se 
encantou por Caio, de 4 anos, a quem 
pretende adotar. Caio teve sua filiação 
reconhecida exclusivamente pela mãe Isabel, 
que, após uma longa conversa com o casal, 
concluiu que o melhor para o filho era ser 
adotado, tendo em vista que o famoso casal 
possuía condições infinitamente melhores de 
bem criar e educar Caio. Além disso, Isabel 
ficou convencida do amor espontâneo e 
sincero que o casal de imediato nutriu pelo 
menino. Ante a situação hipotética, é correto 
afirmar que 
 
(A) a adoção só é concedida quando for 
impossível manter a criança ou o adolescente 
em sua família, razão pela qual o 
consentimento de Isabel é irrelevante para a 
apreciação do pedido do famoso casal, que será 
deferido caso represente o melhor interesse de 
Caio. A assertiva é falsa. Vê-se que a primeira 
parte da alternativa corresponde ao disposto 
no §1º do art. 39 do ECA: “§1º A adoção é 
medida excepcional e irrevogável, à qual se 
deve recorrer apenas quando esgotados os 
recursos de manutenção da criança ou 
adolescente na família natural ou extensa, na 
forma do parágrafoúnico do art. 25 desta Lei”. 
Todavia, a segunda parte da alternativa está 
incorreta, de acordo com o art. 45 do ECA que 
exige o consentimento dos pais: “Art. 45. A 
adoção depende do consentimento dos pais 
ou do representante legal do adotando”. O 
consentimento será dipensado na hipótese do 
§1º do art. 45 do ECA: “O consentimento será 
dispensado em relação à criança ou 
adolescente cujos pais sejam desconhecidos ou 
tenham sido destituídos do poder familiar”. 
 
(B) independentemente da manifestação de 
vontade de Isabel, o famoso casal terá 
prioridade na adoção de Caio, depois de 
esgotadas todas as possibilidades de colocação 
de Caio em uma família brasileira. A assertiva é 
falsa pelo mesmo fundamento jurídico 
comentado acima, ou seja, a dispensa da 
manifestação dos pais só ocorrer em virtude de 
serem desconhecidos ou de terem sido 
destituídos do poder familiar (art. 45 §1º do 
ECA). 
(C) tendo em vista o consentimento da mãe de 
Caio, o famoso casal terá prioridade em sua 
adoção em face de outros casais já 
previamente inscritos nos cadastros de 
interessados na adoção, mantidos pela Justiça 
da Infância e da Juventude. A assertiva é falsa. 
O famoso casal não terá a referida prioridade, 
tendo em vista que adoção internacional é 
medida excepcional regulada pelo ECA no art. 
51 e seguintes. 
(D) a adoção internacional é medida 
excepcional; entretanto, em virtude do 
consentimento de Isabel para a adoção de seu 
filho pelo famoso casal, este só não terá 
prioridade se houver casal de brasileiro, 
residente no Brasil, habilitado para a adoção. A 
assertiva é verdadeira. De acordo com §10º do 
art. 50 do ECA: “Art. 50. (omissis) §10º A 
adoção internacional somente será deferida se, 
após consulta ao cadastro de pessoas ou casais 
habilitados à adoção, mantido pela Justiça da 
Infância e da Juventude na comarca, bem como 
aos cadastros estadual e nacional referidos no 
§5º deste artigo, não for encontrado 
interessado com residência permanente no 
Brasil”. 
 
11. (VII EXO Unificado OAB) Joana tem 16 
anos e está internada no Educandário Celeste, 
na cidade de Pitió, por ato infracional 
equiparado ao crime de tráfico de 
entorpecentes. O Estatuto da Criança e do 
Adolescente regula situações dessa natureza, 
consignando direitos do adolescente privado 
de liberdade. Diante das disposições aplicáveis 
ao caso de Joana, é correto afirmar que 
 
(A) Joana tem direito à visitação, que deve 
ser respeitado na frequência mínima semanal, 
e não poderá ser suspenso sob pena de 
violação das garantias fundamentais do 
adolescente internado. A assertiva é falsa. É 
certo que a visita é direito da adolescente 
privada de sua liberdade, nos termos do art. 
124, VII, do ECA, nos seguintes termos: “Art. 
124. São direitos do adolescente privado de 
liberdade, entre outros, os seguintes: (...) VII – 
receber visitas, ao menos, semanalmente; (...)” 
O §2º do art. 124 do ECA, porém, prevendo 
situação excepcional, determina que: “§2º A 
autoridade judiciária poderá suspender 
temporariamente a visita, inclusive de pais ou 
responsável, se existirem motivos sérios e 
fundados de sua prejudicialidade aos interesses 
do adolescente”. 
 
 
(B) é expressamente garantido o direito 
de Joana se corresponder com seus familiares e 
amigos, mas é vedada a possibilidade de 
avistar-se reservadamente com seu defensor. A 
assertiva é falsa. Mais uma vez, o art. 124 do 
ECA determina, literalmente que: “Art. 124. São 
direitos do adolescente privado de liberdade, 
entre outros, os seguintes: (...) III – avistar-se 
reservadamente com seu defensor; (...) VIII – 
corresponder-se com seus familiares e amigos; 
(...)”. Portanto, não procede a vedação 
apontada na questão. 
 
(C) a autoridade judiciária poderá 
suspender temporariamente a visita, exceto de 
pais e responsável, se existirem motivos sérios 
e fundados de sua prejudicialidade aos 
interesses do adolescente. A assertiva é falsa. O 
fundamento jurídico já foi apontado para 
julgar a alternativa A, qual seja, o §2º do art. 
124 do ECA, nos seguintes termos: “Art. 124. 
(omissis) §2º A autoridade judiciária poderá 
suspender temporariamente a visita, inclusive 
de pais ou responsável, se existirem motivos 
sérios e fundados de sua prejudicialidade aos 
interesses do adolescente”. 
 
(D) as visitas dos pais de Joana poderão ser 
suspensas temporariamente, mas em tal 
situação permanece o seu direito de continuar 
internada na mesma localidade ou naquela 
mais próxima ao domicílio de seus pais. A 
assertiva é verdadeira. A exceção prevista no 
§2º do art. 124 do ECA não atinge o direito 
previsto no inciso VI do artigo referido: “Art. 
124. São direitos do adolescente privado de 
liberdade, entre outros, os seguintes: (...) VI – 
permanecer internado na mesma localidade ou 
naquela mais próxima ao domicílio de seus pais 
ou responsável; (...)” 
 
12. (VII EXO Unificado OAB) Com forte 
inspiração constitucional, a Lei nº. 8.069, de 13 
de julho de 1990, consagra a doutrina da 
proteção integral da criança e do adolescente, 
assegurando-lhes direitos fundamentais, entre 
os quais o direito à educação. Igualmente, 
é-lhes franqueado o acesso à cultura, ao 
esporte e ao lazer, preparando-os para o 
exercício da cidadania e qualificação para o 
trabalho, fornecendo-lhes elementos para seu 
pleno desenvolvimento e realização como 
pessoa humana. De acordo com as disposições 
expressas no Estatuto da Criança e do 
Adolescente, é correto afirmar que 
 
(A) toda criança e todo adolescente têm 
direito a serem respeitados por seus 
educadores, mas não poderão contestar os 
critérios avaliativos, uma vez que estes são 
estabelecidos pelas instâncias educacionais 
superiores, norteados por diretrizes fiscalizadas 
pelo MEC. A assertiva é falsa. De acordo com o 
art. 53, II e III do ECA: “Art. 53. A criança e o 
adolescente têm direito à educação, visando ao 
pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo 
para o exercício da cidadania e qualificação 
para o trabalho, assegurando-se-lhes: (...) II – 
direito de ser respeitado por seus educadores; 
III – direito de contestar critérios avaliativos, 
podendo recorrer às instâncias escolares 
superiores; (...)”. 
 
(B) é dever do Estado assegurar à criança 
e ao adolescente o ensino fundamental, 
obrigatório e gratuito, mas sem a progressiva 
extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao 
ensino médio. A assertiva é falsa. De acordo o 
art. 54, I e II do ECA: “Art. 54. É dever do Estado 
assegurar à criança e ao adolescente: I – ensino 
fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive 
para os que a ele não tiveram acesso na idade 
própria; II – progressiva extensão da 
obrigatoriedade e gratuidade ao ensino 
médio; (...)”. 
 
(C) não existe obrigatoriedade de 
matrícula na rede regular de ensino àqueles 
genitores ou responsáveis pela criança ou 
adolescente que, por convicções ideológicas, 
políticas ou religiosas, discordem dos métodos 
de educação escolástica tradicional para seus 
filhos ou pupilos. A assertiva é falsa. De acordo 
com o art. 55 do ECA: “Art. 55. Os pais ou 
responsável têm a obrigação de matricular seus 
filhos ou pupilos na rede regular de ensino.” 
 
(D) os dirigentes de estabelecimentos de 
ensino fundamental comunicarão ao Conselho 
Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo 
seus alunos, a reiteração de faltas injustificadas 
e a evasão escolar, esgotados os recursos 
escolares, assim como os elevados níveis de 
repetência. A assertiva é verdadeira. 
Corresponde à literalidade do disposto no art. 
56 do ECA: “Art. 56. Os dirigentes de 
estabelecimentos de ensino fundamental 
comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I 
– maus-tratos envolvendo seus alunos; II – 
reiteração de faltas injustificadas e de evasão 
escolar, esgotados os recursos escolares; III – 
elevados níveis derepetência.” 
 
 
 
GABARITO: 
 
01 – C 
02 – A 
03 – B 
04 – C 
05 – C 
06 – A 
07 – B 
08 – C 
09 – D 
10 – D 
11 – D 
12 – D