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ADMINISTRAÇÃO Reitor Arody Cordeiro Herdy Pró-Reitor de Administração Acadêmica Carlos de Oliveira Varella Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação Emilio Antonio Francischetti Pró-Reitora Comunitária e de Extensão Sônia Regina Mendes Pró-Reitor Administrativo José Luiz Rosa Lordello NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Coordenadora Geral Lúcia Inês Kronemberger Andrade Coordenadora Pedagógica Vanessa Olmo Pombo FICHA TÉCNICA Autoria: Vanessa Olmo Pombo Revisão: Rayane de Souza Moreth Projeto Gráfico e Editoração: Erlan de Carvalho Silva Ilustração: Erlan de Carvalho Silva & Equipe NEaD - Unigranrio online COORDENAÇÃO GERAL Núcleo de Educação a Distância – www.unigranrio.com.br Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 - 25 de Agosto - Duque de Caxias - Rio de Janeiro (RJ) Ciências da Educação II 4Educação como práxis política, social e pedagógica U N ID A D E 01 Olá, bem-vindo à unidade 1. Hoje falaremos sobre: A escola como espaço de aprendizagem. E como reconhecer a Educação como práxis política, social e pedagógica Vamos começar? Boa aula! Ciências da Educação II 5Educação como práxis política, social e pedagógica U N ID A D E 01 Caro Aluno, Considerando que a educação é uma ciência, que tem como objetivo contribuir para a constante transformação da sociedade que estamos inseridos, essa unidade permitirá uma reflexão do ato de educar. A práxis deve ser uma ação comprometida com a sociedade e consequentemente fundamentada teoricamente, de modo que possa colaborar com a conquista da qualidade da educação. É preciso que a educação se desenvolva numa dimensão política e consequentemente social através das relações intencionais entre escola e sociedade. Ao estudar esta unidade de aprendizagem, você poderá: ● Apresentar a Escola como espaço de aprendizagem. ● Reconhecer a Educação como práxis política, social e pedagógica. No decorrer deste material você conhecerá diferentes temas. Confira abaixo: ● Educação. ● Práxis política, social e pedagógica. Ciências da Educação II 6Educação como práxis política, social e pedagógica U N ID A D E 01 Para iniciarmos o estudo da nossa primeira unidade, se faz necessário entender o conceito de práxis. Considerando que o processo de ensino e aprendizagem é uma prática social e refletindo a educação no seu sentido mais amplo, podemos dizer que educadores são todos os membros de uma sociedade. Entretanto quando estamos tratando de uma educação sistemática, ou seja, uma educação organizada, planejada com objetivos traçados e estratégias pré estabelecidas, se faz necessário um profissional da Educação com formação adequada. A Educação como práxis política, social e pedagógica, nos remete a uma reflexão do ato de educar, como uma prática social, inserida num contexto político e que através da ação pedagógica é capaz de levar o indivíduo a aprender. É preciso ainda entender que: “... toda prática social é determinada: por um jogo de forças (interesses, motivações, intencionalidades); pelo grau de consciência de seus atores; pela visão de mundo que os orienta; pelo contexto onde esta prática se dá; pelas necessidades e possibilidades próprias a seus atores e próprias à realidade em que se situam.” (Carvalho e Netto, 1994, p. 59).” Práxis é um processo pelo qual o indivíduo exerce uma ação transforma- dora sobre o mundo, buscando uma atividade prática sustentada na teoria e na reflexão. Ciências da Educação II 7Educação como práxis política, social e pedagógica U N ID A D E 01 Logo, não existe uma educação sem sociedade e nem uma sociedade sem educação. Sendo assim para você o que é educar? Como podemos motivar o outro a aprender? Pérez-Gómez (1998:101) afirma que, diferentemente das ciências naturais, o objetivo da investigação educativa “não pode reduzir-se à produção de conhecimento para incrementar o corpo teórico do saber pedagógico” no entanto este conhecimento deverá incorporar-se no pensamento e ação dos envolvidos no processo, já que “a intencionalidade e o sentido de toda investigação educativa é a transformação e aperfeiçoamento da prática. Pimenta (1997) afirma que a ação docente é sempre práxis, uma vez que esta ação envolve necessariamente: uma intencionalidade que dirige e dá sentido à ação; o conhecimento do objeto que se quer transformar, na direção de sua intencionalidade, que já é determinada em função desse conhecimento; intervenção planejada e científica sobre o objeto com vistas à transformação da realidade social. Freire (1997: 32)[4] afirma que: “ faz parte da na- tureza da prática docente a indagação, a busca, a pesquisa. O de que se precisa é que, em sua forma- ção permanente, o professor se perceba e se assu- ma, porque professor, porque pesquisador”. No atual contexto educacional, é preciso entender uma nova concepção de mundo e consequentemente, um novo sentido de homem, levando entender a práxis educativa como ação de transformação e de criação. O Educador diante desse contexto tem uma ação que vai muito mais além do que o simples fato de cumprir com os diferentes itens de um programa, sua meta é preparar o indivíduo para uma sociedade democrática e justa. É preciso entender que o objeto de estudo da Pedagogia, é a educação e que diante da sua enorme complexidade, se faz necessário se apropriar do conhecimento da prática educativa como uma prática social intencionada, onde as expectativas sociais e as intencionalidades determinam a práxis educativa. Ciências da Educação II 8Educação como práxis política, social e pedagógica U N ID A D E 01 A ação intencional e reflexiva, caracteriza a práxis educativa, o que diferencia de outras práticas sociais, que por um determinado momento, pode até ser considerado como práticas educativas, mas no entanto por não ser uma prática organizada e intencional, a Pedagogia não faz dessas práticas, seu objeto de estudo. Logo, a prática educativa acontece prioritaria- mente em lócus formais, como por exemplo nas instituições de ensino, mas não exclusiva- mente, tendo em vista que ocorre também no trabalho, na família, nos processos de comu- nicações sociais, toda vez que houver uma intencionalidade de ensinar. Toda vez que se fizer necessário uma ação teórico-prática, ou seja, uma práxis educativa, estamos diante de uma práxis pedagógica. Para finalizar essa unidade, leia atentamente o pensamento a seguir de Rubens Alves : “Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes”. Rubens Alves Sendo assim concluímos que a práxis pedagógica precisa ir além da sala de aula, buscando incessantemente o significado do ato de educar. O segredo de uma educação efetiva esta no ato de encantar o indivíduo durante o seu processo ensino aprendizagem. E como Rubens Alves ressaltou no pensamento, após o encantamento o próprio indivíduo sentirá a necessidade de aprender. Ciências da Educação II 9Educação como práxis política, social e pedagógica U N ID A D E 01 Após a leitura dessa unidade e a reflexão a respeito daEducação como práxis política, social e pedagógica, você deve ter percebido que o ato de educar exige uma prática intencional pautada nas necessidades reais do indivíduo, sem se esquecer do contexto social que está inserido. Logo, educar não é apenas instruir, ensinar a ler, escrever, calcular. E sim ensinar a pensar, a refletir, a construir e a questionar em busca da construção do seu próprio conhecimento. Básica: ● http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/2943369. A Educação como práxis social transformadora. ● http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2007/anaisEvento/arquivos/CI-458-04.pdf. Por uma verdadeira práxis educativa: aproximações das teorias de Paulo Freire e Antonio Gramsci Complementar: ● CARVALHO, Maria do Carmo; NETTO, José Paulo. Cotidiano: conhecimento e crítica. São Paulo: Cortez, 1994. ● PÉREZ GÓMEZ, A. I. As funções sociais da escola: da reprodução à reconstrução crítica do conhecimento e da experiência. In: GIMENO SACRISTÁN, J.; PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender e transformar o ensino. 4. ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998. p. 101. ● PIMENTA, S. G. Formação de Professores – Saberes da Docência e Identidade do Professor. Nuances, vol III, Presidente Prudente, 1997. ● FREIRE, Paulo (1997). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.
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