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relatorio ciclo menstrual thais

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Centro Universitário de Mineiros
 Curso de Medicina
PROBLEMA II
Tutoria – Unidade II
 SE FALAR QUALQUER COISA, SE METE EM TUDO; SE NÃO FALAR NADA, É OMISSO...
Ana Caroline Dantas
Bianca Virgínia Brunetta
Edvalson Francisco Neves Junior
Flavio da Cunha Medeiros
Geovana Figueiredo
Gustavo Rezende
Juliana Andrade Queiroz
Leonardo Presotto Chumpato
Thaís Borges de Almeida
Mineiros - GO
2018
01) descrever o ciclo menstrual desde a menarca, incluindo o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal: 
Anatomia hipotalâmica:
Tal estrutura é a fonte de muitos neurotransmissores importantes e consiste em vários núcleos que se localizam na base do cérebro, superiormente ao quiasma óptico. Sua função é influenciada principalmente dentro dos núcleos arqueados paraventriculates, ventromediais e dorsomediais. Os neurônios que se localizam dentro do hipotálamo formam concentrações sinápticas com outros neurônios de todo o SNC e se comunica diretamente com a hipófise pela circulação porta-hipofisária. 
Hipófise anterior:
Está intimamente conectada ao hipotálamo e possui cinco tipos celulares produtores de hormônios. São elas: gonadotrofos (secretor de LH e FSH), lactotrofos (PRL), somatotrofos (GH), tireotrofos (TSH), e adenocorticotrofos (ACTH).
	Eixo hipotálamo-hipófise-ovariano:
 No útero, os neurônios do hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) desenvolvem-se nos placoides olfatórios. Esses neurônios migram pelo prosencéfalo até o núcleo arqueado do hipotálamo na 11a semana de gestação, formando axônios que se estendem até a eminência mediana e ao plexo capilar do sistema portal hipofisário.
 O GnRH, um decapeptídeo, é influenciado por centros corticais superiores, e é liberado por esses neurônios, de forma pulsátil, no plexo portal hipofisário. 
Na metade da gestação, o GnRH estimula a secreção do folículo-estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH) da adeno-hipófise.
 Por sua vez, a liberação pulsátil de gonadotrofina estimula a síntese e a liberação de hormônios esteroides gonadais pelos ovários. Simultaneamente, iniciam-se a divisão acelerada das células germinativas e o desenvolvimento folicular, resultando na criação de 6 a 7 milhões de oócitos no quinto mês de gestação. 
No final da gravidez, os esteroides gonadais exercem feedback negativo tanto no FSH e LH quanto na secreção do GnRH pelo hipotálamo, devido a sua alta concentração. Nesse momento, o número de oócitos é reduzido por meio de um processo gênico de apoptose, chegando a 1 a 2 milhões no momento do nascimento.
 No nascimento, há uma queda do estrogênio placentário, levando a súbita elevação dos hormônios FSH e de LH, atingindo máxima concentração nos primeiros três meses de vida. 
Ao decorrer do tempo há a redução gradual de tais hormônios até que os mesmos alcancem os níveis pré-puberais em torno de 1 a 4 anos de vida. De tal forma, os anos de infância são caracterizados por níveis plasmáticos baixos de FSH, LH e estradiol
Durante a infância ocorre crescimento de folículos e atresia de oócitos nos ovários o que resulta em 300.000 a 500.000 oócitos para sofrer maturação durante os períodos menstruais.
Nos adultos, os corpos celulares do GnRH se localizam principalmente entre os núcleos arqueados e é secretado no sistema portal e drenado diretamente para a adeno-hipófise, estimulando a biossíntese e secreção de gonadotrofinas. Ressalta-se que o mesmo é transportado por via axonal ao longo do trato tuberoinfundibular até a eminência mediana.
 A origem olfativa dos neurônios de GnRH e das células epiteliais nasais sugerem uma ligação entre reprodução e sinais olfativos. Os compostos liberados por um indivíduo que afetam outros membros da mesma espécie são conhecidos como feromônios. Os feromônios obtidos de secreções axilares de mulheres no final da fase folicular aceleram o pico de LH e encurtam o intervalo entre ciclos menstruais de mulheres expostas a essas substâncias químicas. As secreções de mulheres na fase lútea produzem efeito oposto. Portanto, os feromônios podem ser um dos mecanismos por meio dos quais mulheres vivendo juntas com frequência apresentam ciclos menstruais sincronizados.
 Um subgrupo de neurônios de GnRH envia projeções para outras áreas do SNC, incluindo o sistema límbico. Embora não sejam necessárias para a secreção de gonadotrofinas, essas projeções são importantes para a modulação do comportamento reprodutivo, o que pode justificar as alterações hormonais femininas durante o período menstrual.
Como já referido anteriormente, o GnRH é liberado de maneira pulsátil, o que é necessário para a obtenção de secreções gonadotróficas sustentadas. Infusões contínuas de GnRH reduzem rapidamente a secreção de LH e de FSH, efeito que pode ser facilmente revertido com o retorno da estimulação pulsátil. 
Sabe-se que inserido no eixo há diversos mecanismos de feedbacks positivos e negativos. Assim, uma forma de feedback negativo para a produção de GnRH é o tônus opioide, que suprime a liberação hipotalâmica de GnRH.
Tal afirmação é explicada pelo fato do estrogênio promover a secreção de endorfina, o que é aumentado com a adição de progesterona. Assim, os níveis de endorfina aumentam durante a fase folicular, atingem o máximo na fase lútea (devido ao aparecimento da progesterona) e diminuem acentuadamente durante o período menstrual. Esse padrão indica que o tônus opioide age juntamente com a progesterona para reduzir a frequência dos pulsos de GnRH na fase lútea em relação à fase folicular.
A estimulação da hipófise pelo GnRH leva a liberação de FSH e LH, que, por sua vez, estimulam os ovários. Esses, detêm duas funções inter-relacionadas: geração de oócitos maduros e produção de hormônios esteroides e peptídeos que criam um ambiente no qual é possível haver fertilização e subsequente implantação no endométrio. As funções endócrinas do ovário estão intimamente correlacionadas com o surgimento e o desaparecimento morfológico dos folículos e do corpo lúteo.
Os produtos secretórios mais importantes da biossíntese de esteroides pelos ovários são a progesterona e o estradiol, denominados hormônios esteroides sexuais, que desempenham papel importante no ciclo menstrual preparando o útero para implantação do óvulo fertilizado. Se a implantação não ocorrer, a esteroidogênese ovariana declina, o endométrio degenera e ocorre a menstruação.
Ciclo Menstrual:
Define-se ciclo menstrual normal como aquele com 28 dias (margem de erro de mais ou menos 7 dias), fluxo durando 4 dias (margem de erro de mais ou menos 2 dias), e perda média de 20 a 60 mL de sangue. O primeiro dia de sangramento vaginal é considerado o primeiro dia do ciclo menstrual. Os intervalos entre ciclos menstruais variam entre as mulheres e, com frequência, em uma mesma mulher em épocas diferentes de sua vida reprodutiva.
Estudos apontam que os intervalos entre os ciclos menstruais foram mais irregulares nos dois primeiros anos após a menarca e nos três anos antes da menopausa. O ciclo varia menos entre 20 e 40 anos de idade.
 Quando observado sob a perspectiva da função ovariana, o ciclo menstrual pode ser definido em fase folicular (pré-ovulatória, marcada pela maturação folicular) e fase lútea (pós-ovulatória, carcterizada pela formação do corpo lúteo e alta concentração de progesterona). As fases correspondentes no endométrio denominam-se fase proliferativa e fase secretora. Para a maioria das mulheres, a fase lútea do ciclo menstrual é estável, durando entre 13 e14 dias. Consequentemente, variações no período do ciclo normal geralmente resultam de variações na duração da fase folicular.
Os ovários sintetizam e secretam um grupo de fatores peptídicos – inibina, ativina e folistatina. Os níveis séricos de inibina variam amplamente ao longo do ciclo menstrual.
Durante o início da fase folicular, o FSH estimula a secreção de inibina B pelas células da granulosa. Entretanto, níveis crescentes de inibina circulante inibem a secreção de FSH na fase folicular tardia. Durante a faselútea, a regulação da produção de inibina fica sob controle do LH, havendo troca da inibina B para a Inibina A. O papel da inibina é o de feedback negativo para a secreção de FSH. 
Os níveis séricos de ativina, por sua vez, embora detectáveis, são baixos e se mantêm estáveis ao longo do ciclo menstrual. Os níveis de folistatina também se mantêm inalterados ao longo do ciclo reprodutivo.
Fases do ciclo menstrual:
- Desenvolvimento folicular: inicia-se com a redução dos níveis de estrogênio, progesterona e inibina levando ao aumento correspondente nos níveis circulantes de FSH.
O desenvolvimento inicia-se a partir dos folículos primordiais gerados durante a vida fetal que estão suspensos na primeira divisão meiótica, circundados por uma camada única de células granulosas achatadas. 
A elevação do FSH leva a evolução do folículo primordial para folículo primário, com consequentes evoluções da célula da granulosa e aumento de nutrientes disponíveis. O folículo secundário, por sua vez inclui crescimento final do oócito e aumento adicional no número de células da granulosa. O estroma diferencia-se na teca interna e na teca externa, que é limitada pelo estroma circundante.
O líquido folicular produzido ao decorrer da evolução começa a se acumular entre as células da granulosa, produzindo, um espaço cheio de líquido conhecido como antro. O folículo passa então a ser denominado folículo terciário ou antral. O acúmulo complementar de líquido antral resulta em aumento rápido das dimensões foliculares e desenvolvimento do folículo pré-ovulatório, ou de Graaf. 
No meio da fase folicular, os folículos aumentam a produção de estrogênio e inibina, resultando em declínio nos níveis de FSH por meio de feedback negativo. Essa queda nos níveis de FSH contribui para a seleção do folículo que irá ovular, denominado folículo dominante. Com base nessa teoria, os folículos remanescentes expressam quantidades reduzidas de receptores de FSH e, portanto, são incapazes de responder adequadamente aos níveis declinantes de FSH ao se comparar com o folículo dominante. Ressalta-se, ainda, que ao final de tal fase aumenta-se a quantidade de receptores de LH, o que é de extrema importância para a fase subsequente. 
- Fase ovulatória: No final da fase folicular, os níveis de estradiol aumentam dramaticamente deixando de ser um agente inibidor e exercendo feedback positivo, tanto no hipotálamo como na adeno-hipófise, para gerar o pico de LH.
O pico de LH dá início à reentrada do oócito na meiose, síntese de prostaglandinas e luteinização de células da granulosa. A duração média do pico de LH é de 48 horas, com a ovulação ocorrendo no período de aproximadamente 36 a 40 horas após seu pico.
- Fase Lútea: Logo após a ovulação, as células foliculares remanescentes diferenciam-se em corpo lúteo, literalmente, corpo amarelo. Esse processo, que exige estimulação de LH, inclui mudanças morfológicas e funcionais conhecidas como luteinização. As células da granulosa e da teca sofrem hipertrofia para formar, respectivamente, células da granulosa luteínicas e células tecais luteínicas menores.
 Durante a formação do corpo lúteo, a membrana basal que separa as células da granulosa das células tecais degenera o que permite a vascularização das células da granulosa previamente avasculares. Esse aumento na perfusão permite o acesso dessas células lúteas à lipoproteína de baixa densidade (LDL) em circulação, que é usada para o fornecimento decolesterol, precursor para a biossíntese de esteroides, levando a um aumento considerável na produção de estrogênios, principalmente progesterona.
 Como o próprio nome indica, a esteroidogênese do corpo lúteo é controlada principalmente pelo LH proveniente da adeno-hipófise. Com base nos produtos esteroidogênicos, a fase lútea é considerada predominantemente progesterônica, ao contrário da fase folicular, predominantemente estrogênica.
 Níveis máximos de produção de progesterona são observados no meio da fase lútea. Embora a progesterona seja o esteroide ovariano mais abundante durante a fase lútea, o estradiol também é produzido em larga escala. 
- Luteólise: Se a gravidez não se concretizar, o corpo lúteo regride por meio do processo denominado luteólise e a menstruação acontece. O mecanismo da luteólise é pouco conhecido, porém acredita-se que a regressão lútea seja regulada rigorosamente, com variações mínimas no tempo do ciclo lúteo. Logo após a luteólise, o suprimento de sangue do corpo lúteo diminui, secreção de progesterona e estrogênio reduz-se bastante, e as células lúteas sofrem apoptose e se tornam fibróticas. Assim é formado o corpo albicans (corpo branco). 
Se ocorrer gravidez, a hCG produzida no início da gestação “salva” o corpo lúteo da atresia ligando-se e ativando o receptor de LH nas células lúteas. A esteroidogênese do corpo lúteo, estimulada pela hCG, mantém a estabilidade endometrial até que a produção de esteroides placentários seja suficiente para assumir essa função no final do primeiro trimestre.
Ciclo Menstrual ao longo da vida:
Puberdade: Um dos primeiros sinais da puberdade é o aumento na secreção de LH associado ao sono. Ao longo do tempo, observa-se aumento da secreção de gonadotrofinas durante o dia. 
O aumento na razão FSH:LH é característico em jovens na pré-menarca e em mulheres pós-menopáusicas. Durante os anos reprodutivos, essa razão é invertida com os níveis de LH excedendo os de FSH.
Níveis aumentados de gonadotrofinas estimulam a produção ovariana de estradiol. A elevação nos níveis de estrogênio resulta em estirão de crescimento, maturação dos órgãos genitais femininos internos e externos e desenvolvimento de características femininas, incluindo aumento das mamas (telarca). 
A ativação do eixo hipófise-suprarrenal resulta em aumento na produção suprarrenal de androgênio suprarrenal e no desenvolvimento associado de pelos axilares e pubianos (adrenarca ou pubarca). 
Níveis aumentados de gonadotrofinas resultam em ovulação e subsequente menstruação, sendo que a primeira menstruação define a menarca. Esse processo evolutivo leva aproximadamente 3 a 4 anos.
Menopausa: Após a menopausa, o ovário contém apenas alguns folículos. Como resultado, os níveis plasmáticos de estrogênio e de inibina diminuem acentuadamente após a cessação dos ciclos ovulatórios. Como consequência da perda desse feedback negativo, os níveis de LH e FSH aumentam muito em mulheres pós-menopáusicas. 
Níveis elevados de LH podem estimular a produção de esteroides C19 (principalmente androstenediona) por células do estroma ovariano. A androstenediona de origem ovariana, assim como os androgênios suprarrenais, pode ser convertida em tecidos periféricos à estrona, o estrogênio mais importante no plasma de mulheres pós-menopáusicas.
02) caracterizar o climatério e suas alterações hormonais:
O termo menopausa se refere a um ponto no tempo um ano após a cessação da menstruação. A pós-menopausa descreve os anos que se seguem a esse ponto. A média de idade das mulheres vivenciando seu último período menstrual é 51,5 anos, mas a cessação das menstruações causada por insuficiência ovariana pode ocorrer em qualquer idade.
 Insuficiência ovariana prematura refere-se à cessação da menstruação antes de 40 anos de idade e está associada a níveis elevados do hormônio folículo-estimulante (FSH).
Os termos antigos perimenopausa ou climatério geralmente se referem ao período de tempo relativo ao final do período reprodutivo, em geral no final dos 40 e início dos 50 anos de idade. Caracteristicamente esse período se inicia com irregularidade no ciclo menstrual e se estende até um ano após a cessação permanente da menstruação. A terminologia mais correta para esse período é transição menopáusica. Normalmente, essa transição ocorre ao longo de um período que varia entre 4 e 7 anos, sendo que a média de idade para o início do processo é 47 anos.
Influências ambientais, genéticas e cirúrgicas podem acelerar o envelhecimento ovariano. Por exemplo, o tabagismo antecipa a idade da menopausaem aproximadamente dois anos. Além disso, quimioterapia, radioterapia pélvica, cirurgias ovarianas e histerectomia também podem resultar em antecipação da menopausa. 
As principais manifestações clínicas estão expressas na tabela a seguir:
Alterações fisiológicas:
alterações no eixo: A transição passando de ciclos ovulatórios até a menopausa normalmente se inicia no final da quinta década de vida. Os níveis de FSH se elevam discretamente e levam a aumento da resposta folicular ovariana. Esse aumento, por sua vez, produz elevação global nos níveis de estrogênios.
 O aumento do FSH é atribuído à redução da secreção ovariana de inibina, e não à redução na produção de estradiol. Conforme descrito, a inibina regula o FSH por meio de feedback negativo, e a redução na sua concentração leva a aumento do FSH.
No final da transição menopáusica, a mulher apresenta redução da foliculogênese e maior incidência de ciclos anovulatórios em comparação com mulheres no meio da idade reprodutiva. Além disso, nesse período, os folículos ovarianos sofrem uma taxa acelerada de perda até que, finalmente, ocorre exaustão no suprimento de folículos. Essas alterações, incluindo o aumento nos níveis de FSH, refletem a redução na qualidade e na capacidade de secreção de inibina pelos folículos em fase de envelhecimento.
Com a insuficiência ovariana na menopausa, a liberação de hormônio esteroide ovariano cessa, abrindo a alça de feedback negativo. Subsequentemente, o GnRH é liberado com frequência e amplitude máximas. Como resultado, os níveis circulantes de FSH e LH aumentam e se tornam quatro vezes maiores que nos anos reprodutivos.
O diagnóstico de transição menopáusica se baseia principalmente em informações coletadas na anamnese. Na pós-menopausa, entretanto, em razão do aumento acentuado nos níveis de FSH que foi descrito, esta gonadotrofina se torna um marcador mais confiável.
Alterações ovarianas: Durante a fase inicial da transição menopáusica, o endométrio reflete ciclos ovulatórios que prevalecem nesse período. Durante o estágio final da transição menopáusica, a anovulação é muito comum.
 Alterações proliferativas ou alterações proliferativas desordenadas são achados frequentes. Com a menopausa, o endométrio se torna atrófico em razão da ausência de estimulação estrogênica.
Alterações na termorregulação central: Estudos longitudinais demonstraram que os fogachos estão associados a baixo nível de atividade física, tabagismo, elevação do FSH e redução do estradiol, maior massa corporal, etnia, estado socioeconômico e antecedentes de transtorno disfórico pré- menstrual (TDPM) ou depressão.
Essa alteração é particularmente acentuada nos dedos das mãos e dos pés, onde a temperatura da pele aumenta entre 10 e 15o C. A maior parte das mulheres sente uma onda de calor repentina que se estende por todo o corpo, em particular na parte 
superior e na face. A sudorese inicia-se principalmente na parte superior do corpo e corresponde ao período de aumento na condutância da pele.
Os fogachos se caracterizam por aumento na pressão arterial sistólica tanto na vigília quanto durante o sono. Além disso, a frequência cardíaca aumenta entre 7 e 17 batimentos por minuto, aproximadamente no mesmo período em que ocorrem vasodilatação periférica e sudorese.
Alterações no metabolismo ósseo e alterações estruturais: O osso normal é um tecido vivo e dinâmico que passa por um processo constante de destruição e reconstrução. Esse remodelamento ósseo, também conhecido como renovação óssea, permitindo que haja adaptação às alterações mecânicas para exercícios com carga de peso e outras atividades físicas. Com as alterações hormonais há uma queda de estrogênio e consequente perda de remodelação óssea, que está diretamente ligada a captação de cálcio e outros nutrientes. De tal forma, a osteoporose é muito comum em mulheres acometidas pela menopausa.
Alterações dermatológicas: As alterações na pele que podem surgir durante a transição menopáusica e incluem hiperpigmentação (manchas do envelhecimento), rugas e prurido.
Ganho de peso e distribuição de gordura: Ganho de peso é uma queixa comum entre mulheres na transição menopáusica. Com o envelhecimento, o metabolismo feminino fica mais lento, o que reduz as necessidades calóricas. Se não houver alteração nos hábitos alimentares e na prática de exercícios, o ganho de peso é inevitável.
Alterações mamárias: Durante a menopausa, a supressão hormonal é a principal causa de alterações nas mamas. Em mulheres pré-menopáusicas, o estrogênio e a progesterona exercem efeitos proliferativos respectivamente sobre as estruturas ductais e glandulares. Na menopausa, a supressão de estrogênio e de progesterona leva a redução relativa na proliferação mamária. A mamografia revela redução significativa no volume e no percentual de tecido denso, tendo em vista a substituição por tecido adiposo.
Alterações no trato reprodutivo inferior: Sintomas de atrofia urogenital, incluindo secura vaginal e dispareunia, são comuns na transição menopáusica e podem implicar problemas significativos na qualidade de vida entre mulheres sexualmente ativas e consequente perda da libido.
DIAGNÓSTICO:
 De maneira geral, o diagnóstico de transição menopáusica pode ser feito com a comprovação de sintomas próprios da idade e exame físico completo. Entretanto, muitos sintomas característicos da menopausa também podem refletir condições patológicas e, em muitos casos, há indicação de exames para excluir essa possibilidade
Características analisadas para diagnostico estão referidos na seguinte tabela:
TRATAMENTO: 
A partir do início dos anos 60, tornou-se cada vez mais popular a terapia hormonal (TRH) para mulheres pós-menopausadas, com reposição de hormônios esteroidais ovarianos, visto que inúmeros estudos observacionais relatavam que a reposição melhorava os sintomas da menopausa, incluindo déficits mentais e cognitivos. 
No entanto, alguns estudos mostraram que a terapia hormonal não protege de forma significativa a cognição e doenças mentais e pode até causar danos quando administrado a mulheres com idade superior a 65 anos, tais como redução no volume do cérebro, do tamanho neuronal e do número de dendritos. De tal forma, foram criadas algumas restrições a esse tipo de terapia, como será visto a seguir:
	Restrições ao TRH:
Pacientes nas quais a terapia hormonal é contra-indicada;
 Pacientes que não respondem à terapia esteróide;
 Pacientes que não querem terapia hormonal, mas pedem alívio sintomático;
Pacientes que não toleram esteróides sexuais devido aos efeitos colaterais, tais como náuseas ou retenção hídrica.
 Pacientes com câncer de mama, lúpus, miomas, endometriose, HAS, Diabetes melito, crises convulsivas, câncer de endométrio.
Terapias alternativas:
Atividades físicas
IOGA
Acupuntura
Fitoestrogênios
Antidepressivos
03) Apontar as causas das alterações hormonais que precedem o inicio do ciclo menstrual (TPM):
A TPM possui uma etiologia complexa, e várias teorias já foram propostas na tentativa de explicá-la: excesso de estrogênio, deficiência de progesterona, deficiência de vitamina B6, hiperprolactinemia, alteração das prostaglandinas, hipoglicemia. Nenhuma dessas teorias explica completamente a síndrome da tensão pré-mesntrual. Os fatores culturais, contribuem em muito para o desenvolvimento da TPM. 
Os sintomas pré-menstruais podem ocorrer de uma resposta aprendida no ambiente familiar ou ser uma vulnerabilidade biológica ou uma reação psicológica engatilhada por reações neuroendócrinas e hormonais.
Estudos apontam que as pacientes que apresentam TPM possuem uma maior susceptibilidade para o desenvolvimento de outros sintomas de depressão futuramente, inclusive no pós-parto.
O desenvolvimento da Tpm esta diretamente relacionado aos hormônios esteróides ovarianos, já que ela só ocorre durante a menacme. Mas, não existem alterações no eixo hipotálamo-hipófise-ovário, tampouco na concentração desses hormônios. 
O que ocorre é que a progesterona possuiação que influencia a síntese, liberação, captação e inativação enzimática dos neurotransmissores neuroendócrinos (principalmente a serotonina) e também a sensibilidade dos seus receptores, promovendo uma maior disponibilidade desses neurotransmissores. Assim, na fase lútea do ciclo menstrual, quando ocorre o aumento da progesterona, a consequente redução dos níveis cerebrais de endorfina pode determinar o aparecimento de sintomas de depressão.
Por isso, esses sintomas só aparecem em ciclos ovulatórios.
Além da alteração dos neurotransmissores centrais, ocorre também uma altreração do controle do sistema nervoso autônomo, que desencadeia os sintomas físicos, como edema, mastalgia, cefaléia, distenção abdominal, pouca coordenação, apetite seletivo e astenia.
04) Entender o diagnóstico e tratamento da TPM:
Não existe nenhum sintoma ptognomônico, teste laboratorial, achado em exame físico que nos permita p diagnostico preciso da TPM, portanto, este se baseia no relato subjetivo da paciente, sendo o diagnóstico essencialmente clínico. 
Os sintomas devem ser cíclicos, com intensidade crescente no período pré-menstrual , desaparecendo com o início da menstruação. Os sintomas apresentados variam entre as pacientes e podem não ser os mesmos a cada ciclo, mas é necessário seu relato prospectivo por pelo menos 3 ciclos.
As queixas das pacientes são inespecíficas, envolvendo sintomas físicos e emocionais.
Entre os emocionais,, encontra-se: hipersensibilidade e labilidade emocional, melancolia, irritabilidade, ansiedade, falta de concentração, insônia ou sonolência e agressividade.
Já as queixas físicas mais frequentes são: edema, mastalgia, cefaléia, distenção abdominal, pouca coordenação, apetite seletivo e astenia.
Critérios para Diagnóstico da TPM pela Amerincan Psychiatric Association:
melancolia
ansiedade
labilidade emocional
irritabilidade
diminuição do interesse em atividades habituais
dificuldade de concentração
perda de energia ou fadiga fácil
alteração do apetite e desejos alimentares pouco comuns 
insônia ou sonolência
baixa auto-estima
sintomas físicos
os sintomas interferem com as atividades habituais e com o relacionamento interpessoal
os sintomas não são uma exacerbação de outro distúrbio psiquiátrico
Tratamento:
Os sintomas relacionados à queda das endorfinas cerebrais são revertidos com a administração de medicamentos que aumentam a concentração destas.
Os melhores resultados são conseguidos com o uso de antidepressivos e, entre eles, os mais eficazes são os que inibem o metabolismo da serotonina, aumentando assim, a concentração cerebral desta. 
Medidas gerais podem ser úteis para aliviar os sintomas mais leves, como a atividade física e a prática de esportes e de atividades relaxantes. 	Dever ser visado o repouso suficiente, alimentação leve e variada, menor ingestão de sódio e água, visando reduzir a retenção hidrossalina. 
Medicamentos utilizados para o controle da síndrome:
Antidepressivos:
Inibidores seletivos de recaptação da serotonina
Clomipramina e Alprazolam
Anticoncepcionais orais
Antagonistas do GnRh
Progesterona
Estrogênio
Terapias alternativas
	05) Descrever o índice de Kupperman para a avaliação da mulher no climatério:
É uma classificação sintomática, sendo atribuídas diferentes pontuações segundo a intensidade e prevalência. As pontuações finais são classificadas em:
leves (valores até 19)
moderadas (entre 20 e 35) ou 
intensos (maior que 35). 
•Quanto maior o escore, mais intensa é a sintomatologia. 
•É uma classificação utilizada para determinar as necessidades das mulheres e para redimensionar as formas de atendimento

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