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Trabalho de GEO 201

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA
GEO 201 – HISTÓRIA DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO II
PROFESSOR WAGNER BARBOSA BATELLA
ANÁLISES
Junimar J. A. Oliveira – 66408
Philipe de Freitas Sek – 75463
Pedro Henrique Machado – 75464
Eliete de Souza - 75474
Patrick dos Santos Silva – 75688
Marco Oliveira – 75490
Walison Teixeira do Carmo – 75491
Leidiane Roseni de Brito - 83125 
Pâmela Xavier Bastos - 83130
Viçosa – MG
Setembro de 2013
A Geografia Quantitativa jamais chegou a ser um paradigma
A noção de paradigma guia para a elaboração de conceitos, teorias e modelos. Fala-se, frequentemente, de um paradigma como expressando uma concepção teórica. 
No desenvolvimento das ciências, cada fase é caracterizada pelo predomínio de um paradigma que expressa a concepção teórica para explicar e ordenar os fatos da ciência, orientando a formulação de problemas e pesquisas. A nova teoria substitui a antiga, reformulando a ordenação e a explicação dos fatos, assim como a escala de valor.
A chamada Geografia quantitativa jamais chegou a ser um verdadeiro paradigma. Ela não buscava interpretar os fatos tais como eles eram, mas, ao contrário, seu objetivo era o de contribuir à geração de fatos segundo uma certa ideologia. Uma ideologia não é propriamente uma teoria mas o seu oposto.
Milton Santos tece seus comentários e reflexões a respeito da revolução quantitativa advinda das grandes transformações que a ciência passou após a Segunda Guerra Mundial, na qual emergem novos desafios, novos paradigmas, novas formas de pesquisa, novos objetos e novas necessidades.
Entretanto, a contribuição quantitativa será pouco útil, e mesmo nociva, prossegue o autor, sem o conhecimento sistemático dos mecanismos. É evidente que a melhoria do método sem a melhoria paralela da teoria não leva ao progresso científico.
Analisemos a seguinte situação: um cientista social se dispõe a estudar a criminalidade do centro de uma grande cidade correlacionando estas informações ao horário ocorrido. Após a coleta dos dados eles são codificados e transportados a um modelo matemático que gerará um mapa (representação espacial de fundamental importância ao geógrafo). O estudo do mapa demonstra a evidente relação entre a criminalidade e o horário, ou seja, quanto mais tarde mais propenso ficamos a esta situação. O geógrafo imbuído das ideias quantitativas constata este fato, analisa superficialmente o porquê da situação, mas não cabe às suas competências gerar soluções ao problema estudado.
Milton Santos adverte ainda que a “Nova Geografia” excluiu o movimento social do processo de realização da ciência e eliminou de suas preocupações o espaço das sociedades em movimento permanente, de modo que a Geografia tornou-se viúva do espaço. Assim, o espaço geográfico é estudado como se não fosse resultado de um processo onde o homem, a produção e o tempo exercem o papel essencial, ou seja, ignora a dinâmica do espaço.
	
A formação sócio-espacial é o conceito mais adequado à análise do espaço
Segundo o pensamento geográfico, o espaço é uma preeminência social, assim como a instância econômica, cultural, política, dentre outras. Para a Geografia essa instância (o espaço) é sumamente importante, pois se constitui no seu objeto de estudo, lastreado por um método, que dá o caráter cientifico à Geografia.
O espaço geográfico corresponde ao espaço construído e alterado pela sociedade, que pode ser definido como um cenário das realizações humanas, nas quais estas realizações se estabelecem entre o homem com a natureza. Simultaneamente as atividades desempenhadas pelas sociedades continuamente promove a modificação do espaço geográfico. O homem organiza o espaço, pois é a sua morada e o reorganiza, pois ele é o lugar de sua reprodução, o lugar de sua vida.
Segundo Milton Santos, espaço é acumulação desigual de tempos. Ele se refere a espaço–tempo como categorias indissociáveis, o que nos permite dizer que espaço é herança e nele há coexistência de tempos. Esse espaço ocupado já está socializado e culturalizado por determinados povos, pois tudo o que se encontra no entorno destes é dotado de algum significado, tendo uma forte relação com o meio natural. Desta forma há diversas materializações no espaço geográfico carregadas de heranças e significâncias.
Temos como exemplos as comunidades indígenas e as ribeirinhas (geralmente vistos como empecilhos para o desenvolvimento), que utilizam os recursos naturais como: as atividades de pesca, coleta de iscas, lenha e etc. para sobrevivência, portanto esse espaço está carregado por uma dimensão simbólica ou cultural. Todas essas modificações ocorridas na natureza são realizadas a partir do trabalho humano, criando assim relações de interdependência social com a natureza. Isso pode se concluir que o espaço carrega sempre, de forma indissociável uma dimensão simbólica ou cultural. 
Portanto espaço é o resultado da vivencia no dia-a-dia do ser humano, onde todas as atividades realizadas por eles comandam as praticas sociais. Então, o espaço é formado através dos interesses dos diversos grupos, que os organizam.

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