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DPOC - PÚBLICO

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LIGA DE CLÍNICA Médica santa Marcelina
Grupo 3: Evelyn rodrigues, gabrielle luiza, jefferson da silva, kelvin hiromiti, raffaella rossini e ximena lopez
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC)
DEFINIÇÃO
“Síndrome caracterizada por limitação do fluxo aéreo nos alvéolos, em geral progressiva, não totalmente reversível, associada à resposta inflamatória anormal dos pulmões a partículas ou gases”. 
(American Thoracic Society)
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DPOC / ENFISEMA PULMONAR / BRONQUITE CRÔNICA
ESCLARECIMENTO
O enfisema compõe um grupo de doenças, genericamente denominado “doença pulmonar obstrutiva crônica” (DPOC), que inclui o enfisema propriamente dito, a bronquite crônica e o complexo bronquite-enfisema.
As denominações bronquite e enfisema devem ser conservadas, uma vez que nem todos os bronquíticos têm ou necessariamente terão enfisema e que a bronquite não é sua causa, embora aproximadamente metade dos pacientes com bronquite apresente também enfisema.
TIPOS DE DPOC
Enfisema propriamente dito
Bronquite crônica
Complexo bronquite-enfisema
CLASSIFICAÇÃO
Enfisema panlobular (pan-acinar, difuso): Destruição uniforme de todo o lóbulo, acompanhada de fenômenos obstrutivos discretos e aumento volumétrico do pulmão. Esse tipo de enfisema tem preferência pelas bases pulmonares, sendo frequente em homens mais idosos. É o enfisema dos pacientes com deficiência de alfa-1-antitripsina e dos pulmões hiperlucentes.
Enfisema perilobular (periacinar, parasseptal, linear ou superficial): Localiza-se na periferia do lóbulo e insinua-se através dos septos interalveolares comprometendo os sacos alveolares logo abaixo da pleura visceral, de preferência junto à goteira vertebral e ao diafragma. Costuma ser responsável pelas bolhas subpleurais (blebls).
CLASSIFICAÇÃO
Enfisema centrolobular (centro-acinar, acinar proximal, bronquiolestenótico): Lesões localizam-se no centro do lóbulo, na sua extremidade proximal. Os demais componentes do ácino (ductos, sacos alveolares e alvéolos) estão íntegros. Os fenômenos obstrutivos são precoces e as lesões não se distribuem uniformemente, havendo áreas de enfisema intercaladas com zonas de parênquima são. Os bronquíolos terminais estão inflados. As lesões tem preferência pelos ápices pulmonares, atingindo os homens entre 50 e 60 anos. Processos inflamatórios quase sempre estão presentes. É o enfisema dos tabagistas.
Enfisema irregular (paracicatricial): Os ácinos são irregularmente envolvidos, estando associados a lesões pulmonares cicatriciais. 
ETIOLOGIA
Tabagismo
Poluição atmosférica
Predisposição genética por deficiência de alfa-1-antitripsina
ETIOLOGIA
Tabagismo - Principais efeitos no sistema respiratório:
Redução da motilidade ciliar
Aumento do número de células caliciformes
Hipertrofia das células mucosas
Inflamação das paredes brônquicas e alveolares
Broncoespasmos
Redução da atividade macrofágica
Maior vulnerabilidade a infecções respiratórias, bacterianas e viróticas
Baixa produção de surfactante
Inibição da atividade enzimática (antielastase)
Fibrose e ruptura das paredes alveolares 
Agravo do enfisema por deficiência de alfa-1-antitripsina
Redução precoce do calibre das pequenas vias respiratórias
PATOGENIA
Degeneração das paredes alveolares
destaque das substâncias oxidantes endógenas ou exógenas
Denominador comum: aumento do conteúdo aéreo dos espaços alveolares
PATOGENIA
Principal alteração fisiopatológica: redução do fluxo expiratório
Ruptura dos septos alveolares
Resultados: distúrbios respiratórios, circulatórios e do equilíbrio ácido-básico.
SINAIS E SINTOMAS
Dispnéia
Em geral os pacientes são magros
Deformação torácica
Semblante denota sofrimento crônico
PACIENTE Ao sentar-se, inclina-se para frente e apóia os braços
atitude de “expectativa inspiratória” (ponto de ancoragem)
SINAIS E SINTOMAS
TIPO RESPIRATÓRIO TORÁCICO
incoordenação dos movimentos
os arcos costais inferiores ao invés de se expandirem, retraem-SE
Portadores de grau discreto ou médio:
A ausculta pode ser normal
Expiração prolongada e redução ou ausência do murmúrio vesicular
O murmúrio vesicular é quase inaudível
SINAIS E SINTOMAS
Avaliação pela medida do tempo de duração de sua capacidade vital expiratória, representada por uma expiração completa e forçada: maneira prática de avaliar o grau de obstrução em um paciente portador de enfisema. Normalmente, a capacidade expiratória forçada dura menos de 4 segundos. Para determiná-la, coloca-se o estetoscópio sobre a traquéia e marca-se o tempo que dura uma expiração forçada. 
SINAIS E SINTOMAS
murmúrio vesicular, roncos e sibilos podem estar ausentes nas formas graves de DPOC
Estertores finos são audíveis durante toda a inspiração
nos portadores de enfisema pulmonar grave, as veias do pescoço distendem-se durante a expiração e se acompanham de pulso paradoxal 
SINAIS E SINTOMAS
baqueteamento digital muitas vezes presente
Nos enfisematosos, as bulhas cardíacas são hipofonéticas ou inaudíveis por causa do parênquima pulmonar insuflado que se interpõe entre o esterno e o mediastino
SINAIS E SINTOMAS
radiografia de um paciente com DPOC tipo PP em sua forma avançada:
caracteriza-se por hipertransparência dos campos pulmonares
Comparando as radiografias feitas em inspiração e expiração forçadas, vê-se que a posição do diafragma mantém-se inalterada
As artérias pulmonares, principalmente a direita, tornam-se mais visíveis
A silhueta cardíaca apresenta-se menor e verticalizada, principalmente nos longilíneos
O coração parece comprimido entre os dois pulmões
SINAIS E SINTOMAS
as alterações geradas pelo enfisema conferem ao tórax um aspecto globoso, com predomínio do diâmetro ântero-posterior
SINAIS E SINTOMAS
A cintilografia, embora não seja um exame de rotina, pode ser útil no diagnóstico do enfisema e da bronquite crônica, principalmente quando as radiografias do tórax são normais. Esse método permite avaliar o grau e a extensão da doença, bem como suas repercussões funcionais, particularmente quando associadas às provas de função ventilatória. No enfisema, em geral, os distúrbios ventilatórios predominam sobre os perfusionais, embora possa ocorrer o oposto. Às vezes, tais distúrbios predominam nas partes superiores dos pulmões (enfisema centrolobular), outras vezes nas inferiores (panlobular).
SINAIS E SINTOMAS
Frequência respiratória (F) não se altera
Volume corrente (VC) normal ou discretamente aumentado
Volume minuto (VE) normal
Capacidade vital (CV) normal nos casos leves
SINAIS E SINTOMAS
Capacidade residual funcional (CRF) habitualmente normal na bronquite crônica
Capacidade residual funcional (CRF) elevada no enfisema
Volume residual (VR) moderamente ELEVADO na bronquite crônica
Volume residual (VR) muito elevado no enfisema
SINAIS E SINTOMAS
Volume expiratório forçado no 1º segundo (VEF1) reduzido
Ventilação voluntária máxima (VVM) diminui progressivamente com o agravamento da doença, sendo sua redução mais pronunciada no enfisema do que na bronquite
Complacência pulmonar (C) normal ou diminuída
Resistência nas veias respiratórias (RVR) levemente aumentada no enfisema e elevada na bronquite
SINAIS E SINTOMAS
Pressão da retração elástica normal ou elevada na bronquite e baixa no eNfisema
Relação ventilação/perfusão V/Q se altera no complexo bronquite-enfisema, sendo muito mais pronunciada na bronquite
Difusão pulmonar (D) normal ou baixa na bronquite e baixa no enfisema
A hipoxemia se instala na DPOC, particularmente pela alteração da relação ventilação/perfusão, atingindo os níveis mais críticos na bronquite crônica
A hipercapnia arterial tem tendência a ser crônica na bronquite, ao passo que no enfisema costuma ser transitória, ocorrendo nos surtos de infecção aguda
Convém analisar os achados funcionais considerando os dois tipos de extremos de DPOC
DOENTES MAGROS
Pink puffer (soprador rosado):
Magro, idoso, longilíneo (D. Quixote)
Fácies angustiada
Dispnéia intensiva
Utilização do ponto de ancoragem
Pouca expectoração e infecção
Raramente edema e insuficiência cardíaca
Gasometria quase normal
Hematócrito não tão alto
Obstrução grave
Aumento da capacidade pulmonar total
Aspecto radiológico de enfisema
DOENTES GORDOS
Blue bloater (azul pletórico):
Gordo, brevilíneo (Sancho Pança)
Fácies de “dorminhoco”
Dispnéia discreta
Não utiliza o “ponto de ancoragem”
Expectoração com infecção
Edema e insuficiência cardíaca congestiva
Hipercapnia, hipoxemia
+ Bicarbonato, policitemia
Hematócrito muito alto
Discretos sinais de obstrução
Capacidade pulmonar total normal
Sem evidência radiológica de enfisema
BRONQUITE
ENFISEMA
IDADE (ANOS)
40-45
50-75
DISPNEIA
LEVE; TARDIA
SEVERA;PRECOCE
TOSSE
PRECOCE; ESCARRO COPIOSO
TARDIA; ESCARRO ESCASSO
INFECÇÕES
COMUNS
OCASIONAIS
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA
REPETIDA
TERMINAL
COR PULMONALE
COMUM
RARO;TERMINAL
RESISTÊNCIA DAS VIAS AÉREAS
AUMENTADA
NORMALOU LIGEIRAMENTE AUMENTADA
RECUO ELÁSTICO
NORMAL
BAIXO
RADIOGRAFIA DO TÓRAX
VASOSPROEMINENTES; CORAÇÃO GRANDE
HIPERINFLAÇÃO; CORAÇÃO PEQUENO
COMPLEXO BRONQUITE-ENFISEMA
Referências
SEMIOLOGIA MÉDICA, Porto C. Celmo; 6ª edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009

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