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Interdisciplinaridade entre Geografia Cartográfica e Física Astronômica Ana Paula de Souza Figueiredo Licenciatura em Geografia – Polo Natividade-RJ Cartografia Básica 1º Atividade à distância INTRODUÇÃO ➔ Orientando-se pelo Mapa Celeste Muito se é discutido sobre a descoberta das cartas celestes, onde esta é um mapa detalhado do nosso céu noturno, com informações sobre nossas estrelas, constelações e planetas de alcance visível, sendo o meio mais ancestral utilizado de localização dos pontos cardeais. A complexidade de estudar os astros faz com que a geração moderna crie barreiras criativas de localizar-se, apegando-se aos meios tecnológicos e deixando de lado o método mais natural e antigo de todas as gerações, apesar de saber que este só seria de possível utilização de acordo com o tempo atmosférico do local de onde se encontra. Observando o céu por um período considerável de tempo em uma noite sem nuvens, é perceptível que as constelações se movem durante a noite. Alguns astros tendem a “nascer” a leste e “se pôr” a oeste, como o Sol ou a constelação de Orion por exemplo, o que dificultaria orientar-se somente por eles, pelo constante movimento. Porém, há uma estrela no céu noturno que parece não se mover, a chamada Polaris ou Estrela do Norte, que é a estrela mais brilhante da constelação Ursa Menor. A mesma fica diretamente posicionada sobre o Polo Norte, direção a qual indica o verdadeiro Norte, de onde quer que esteja. Figura 1: Constelação Ursa Maior e Ursa Menor enfatizando Polaris, visto pelo Telescópio Hubble. http://hubblesite.org/image/1842/news_release/2006-02 ATIVIDADE 1- Com base nas informações já dadas e nas instruções a seguir, localize sua identidade pelo mapa celeste e desenhe esboços (como os chamados croquis cartográficos) das constelações guias. O primeiro passo a ser dado é encontrar a estrela Polaris. Para isso, localize a constelação da Ursa Menor. Ela te indicará seu Norte por estar direcionada a um grau do Polo Norte, por isso parece não se mover. (Figura 2) Figura 2: Mapa da constelação da Ursa Menor. http://www.ccvalg.pt/astronomia/constelacoes/ursa_menor/ursa_menor.pdf 1.2- Caso estiver com dificuldades de encontrá-la, existem outros meios de orientação. A constelação da Ursa Maior é uma das mais antigas e conhecidas, é mais facilmente observável entre janeiro e outubro e, apesar de girar em sentido anti-horário e aparecer ao lado ou de cabeça para baixo, sua interação com Polaris não muda e continuará apontando o caminho ao Norte. (Figuras 3 e 4) Figura 3: Mapa da constelação da Ursa Maior. http://www.explicatorium.com/images/constelacoes/ursa- maior.jpg Figura 4: Relação Ursa Maior e Ursa Menor. http://www.explicatorium.com/images/constelacoes/ursa-maior- ursa-menor-imagem.jpg 2- Depois de achar o Norte, vamos atrás do hemisfério Sul. Para isso, usaremos a constelação Crux ou Cruzeiro do Sul, apesar de haver uma estrela muito mais próximo do Polo (Sigma Octantis) o Cruzeiro do Sul é a via mais fácil para chegar ao que se procura, pois, Crux é muito mais popularmente conhecido que a estrela Sigma Octantis, além desta última possuir uma luz muito fraca, dificultando sua localização. Crux é tão notável e importante, que é usada até mesmo na bandeira do nosso país, e de outros países (como Nova Zelândia e Austrália). Seu formato assemelha-se muito ao de uma cruz, possuindo um braço maior, que é o responsável por indicar o hemisfério. (Figura 5) Figura 5: Mapa da constelação de Crux/Cruzeiro do Sul. http://www.explicatorium.com/images/constelacoes/ cruzeiro-do-sul.jpg 3- Através da constelação de Orion ou Orionte, seremos capazes de encontrar os hemisférios Leste e Oeste. Visto que, esta constelação "nasce" a Leste e "se põe" a Oeste. Começamos identificando a estrela Delta Orion (ou Mintaka), pertencente à uma das três únicas estrelas alinhadas e paralelas do nosso céu noturno, localizada no cinturão de Orion (popularmente conhecido como "As três Marias" - Mintaka, Alnilam, Alnitak). Esta estrela fica na ponta do cinturão, e nasce e põe em um grau verdadeiro de Leste ou Oeste. (Figuras 6 e 7) Figura 6: Mapa da constelação Orionte ou Orion. http://www.explicatorium.com/images/constelacoes/orionte.jpg Figura 7: Foto das estrelhas Mintaka, Alnitak e Alnilam, sendo Mintaka a estrela da ponta direita. https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Orion_Belt_2009-01-29.jpg CONCLUSÃO Feito todos os passos, pode-se concluir que, a necessidade de se localizar despertou conhecimentos inimagináveis, criando assim materiais de estudo de extrema importância nos dias de hoje, como a Cartografia – que está presente até mesmo no trajeto feito em um dia normal –, e a Astronomia. Com esta atividade pode-se aprimorar a pesquisa por assuntos não muito discutidos, apesar de um caráter milenar, além de reforçar a prática da leitura e representação cartográfica. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://hubblesite.org/image/1842/news_release/2006-02 http://www.explicatorium.com/cfq-7/orientacao-pelas-estrelas.html http://spacetoday.com.br/a-estrela-polaris-a-companheira-dos-navegadores/ http://www.ccvalg.pt/astronomia/constelacoes/ursa_menor/ursa_menor.pdf http://www.explicatorium.com/constelacao/ursa-maior.html http://www.explicatorium.com/images/constelacoes/ursa-maior-ursa-menor-imagem.jpg http://www.explicatorium.com/images/constelacoes/cruzeiro-do-sul.jpg http://www.explicatorium.com/images/constelacoes/orionte.jpg https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/10/Orion_Belt_2009-01-29.jpg https://cienciaetecnologias.com/cinturao-de-orion-tres-marias/ Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7
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