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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Campus SANTA CRUZ - RJ Física Experimental 1 “ENCONTRO DE DOIS MOVEIS EM SENTIDO OPOSTOS(MRU)” Turma:3122 Jorge Thiago Oliveira dos Santos Professor: Nelson Relatório: Encontro de Dois Móveis em Movimento Retilíneo e Uniforme - MRU 1. Introdução O Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) é descrito como um movimento de um móvel em relação a um referencial, movimento este ao longo de uma reta de forma uniforme, ou seja, com velocidade constante. Diz-se que o móvel percorreu distâncias iguais em intervalos de tempo iguais. No MRU a velocidade média assim como sua velocidade instantânea são iguais. Observe no exemplo acima que o rapaz percorre espaços iguais em tempos iguais. Ele leva 2 s para percorrer cada 10 m, ou seja, quando está a 10 m se passaram 2 s, quando está em 20 m se passaram 4 s e assim sucessivamente, de tal forma que se calcularmos sua velocidade em cada uma das posições descritas (comparadas com a posição inicial), teremos: Portanto quando falamos de MRU não tem mais sentido utilizarmos o conceito de velocidade média, já que a velocidade não se altera no decorrer do movimento, logo passaremos a utilizar: V = VM Função Horária do MRU A função horária de um movimento representa o endereço de um móvel no tempo, ou seja, ela fornece a posição desse móvel num instante qualquer. Com ela seremos capazes de prever tanto posições futuras do movimento, como conhecer posições em que o móvel já passou. A seguir deduziremos a função s = f (t) para o MRU e como ponto de partida utilizaremos a definição de velocidade. Observe o esquema abaixo: • O móvel parte de uma posição inicial S0 no instante t = 0; • Num instante t qualquer ele estará na posição s. Demonstração Partindo da definição da velocidade: Aplicando as observações descritas acima, temos: Simplificando a expressão, temos que: Isolando o espaço S, fica: Portanto a Função Horária do MRU é dada por: Vamos a um exemplo: Um tiro é disparado contra um alvo preso a uma grande parede capaz de refletir o som. O eco do disparo é ouvido 2,5 segundos depois do momento do golpe. Considerando a velocidade do som 340m/s, qual deve ser a distância entre o atirador e a parede? Aplicando a equação horária do espaço, teremos: Mas o eco só será ouvido quando o som "ir e voltar" da parede. Então: 2. Objetivos Neste experimento, iremos obter dados numéricos para tempo e deslocamento afim de que, com esses dados possamos, através das principais equações de MRU, calcular a velocidade do móvel, dentre outras coisas, especificadas abaixo: a) Comparar o tempo e a posição medidos (experimento) com o tempo e a posição esperados (cálculos) b) Verificar se o movimento é um MRU 3. Material utilizado Neste experimento, foram utilizados os seguintes equipamentos: a) 01 Cronômetro comum (obtido com um dos experimentadores) b) Plano inclinado Kersting (no plano, dentro de um tubo, havia uma bolha de ar e uma esfera, que foram os dois móveis usados no experimento) c) Um ímã Plano Inclinado Kersting 4. Embasamento teórico Antes de começarmos o experimento, fomos orientados pelo professor a regular a inclinação do plano inclinado Kersting a um ângulo de 15°. Esta inclinação permitiria que tanto a bolha de ar quanto a esfera entrassem em movimento, um em direção ao outro. Para iniciarmos o experimento, levantamos o lado do plano onde está o “transferidor” que usamos para medir o ângulo de inclinação. Dessa forma, o lado do “transferidor” ficava mais alto do que o outro lado do tubo por onde os móveis iriam percorrer, de modo que, quando soltamos o plano (recolocando-o na bancada) as posições se inverteram e o lado do “transferidor” ficou mais baixo (devido aos 15° de inclinação). Isso permitiu que a bolha de ar que estava do Lado do “transferidor” entrasse em movimento em direção ao lado oposto, bem como a esfera que percorreu o sentido contrário. Medimos o tempo em que a bolha de ar e a esfera levavam para percorrer os 400 milímetros do percurso, a com esses dados, o espaço percorrido e o tempo, obtivemos a velocidade de cada móvel. Repetimos essa medição por cinco vezes e tiramos uma média para os cálculos. Esses dados serão usados para compararmos a posição do encontro e o tempo medidos e a posição e o tempo esperados. Com um cronômetro comum marcamos o tempo em que os dois móveis levaram para se cruzarem no percurso. 5. Resultados (medições, cálculos e tabelas). Após realizarmos os experimentos conforme foi relatado anteriormente, coletamos os dados no cronômetro. Segue abaixo as medições, tabelas, gráficos e os cálculos realizados neste experimento, para posteriores conclusões. Tabela 1: Dados obtidos do movimento da bolha de ar ∆S (mm) ∆t (s) Vb 1 400 5,1 78,43137255 2 400 5,0 80,0 3 400 5,2 76,92307692 4 400 5,0 80,0 5 400 4,9 81,63265306 Média da Velocidade da Bolha de Ar → 79,39742051 m/s Tabela 2: Dados obtidos do movimento da esfera ∆S (mm) ∆t (s) Vesf 1 400 6,4 62,5 2 400 6,5 61,53846154 3 400 6,3 63,49206349 4 400 6,5 61,53846154 5 400 6,4 62,5 Média da Velocidade da Esfera → 62,31379731 m/s Após realizarmos o experimento, observamos que os móveis se encontraram no tempo de 2,8 segundos e a posição do encontro foi no ponto 175 dos 400mm do percurso. De posse destes dados, usamo-los para comparar com o tempo e o ponto de encontro esperado, que foi obtido através dos cálculos com base nas equações do MRU. Tomamos para cálculo das posições a equação: S = S0 + V.t Assim, teremos: a) Para a Bolha de Ar: Sb = S0b + Vb . t Sb = - 400 + Vb . t b) Para a Esfera: Sef = S0ef + Vef . t Sef = 0 - Vef . t O ponto de encontro dos móveis, então, será quando os móveis estiverem na mesma posição S. Sendo assim, Sb = Sef. Logo, podemos obter desta forma o tempo esperado para o encontro: S0b + Vb . t = S0ef + Vef . t - 400 + Vb . t = 0 - Vef . t Vef . t + Vb . t = 0 + 400 t . (Vef + Vb) = 400 t = te = te = 2,822641751 segundos (Tempo Esperado) (Substituir em qualquer das equações lá em acima) Para encontrarmos a posição do encontro, substituímos o tempo esperado para o encontro em qualquer das equações da posição dos móveis. Assim, teremos: a) Para a equação da bolha Sb = - 400 + Vb . t Sb = - 400 + 79,39742051 . (2,822641751) Sb = - 175,8895259 mm (O valor negativo se deve ao sentido do movimento da bolha, porém, não difere do local da posição, na posição 175,8895259) b) Para a equação da esfera Sef = 0 - Vef . t Sef = 0 – 62,31379731 . (2,822641751) Sef = 175,889526 mm De posse de todos esses dados, foi possível comparar os resultados esperados com os resultados obtidos através do experimento. Foi possível também calcular a variação dos resultados. Comparando os resultados: Tempo de encontro medido → 2,8 (s) Tempo de encontro esperado → 2,822641751 (s) Posição do encontro medido → 175 (mm) Posição do encontro esperado → 175,889526 (mm) Calculando a variação, teremos: a) Variação do Tempo ∆ = . 100% ∆ = . 100% ∆ = 0,802147527% b) Variação da Posição ∆ = ∆ = . 100% ∆ = 0,505729943% Como podemos observar, os resultados do experimento, na prática, não foram tão diferentes dos resultados esperados. Isso ficou claro quando calculamos as variações de tempo e posição e verificamos que estes valores variaram muito pouco, a uma porcentagem de 0.8 e 0.5 aproximadamente. 6. Conclusão Ao final do experimento chegamos a conclusões importantes a respeito do assunto estudado. Em primeiro lugar, concluímos que os dois móveisestudados se movimentam em Movimento Retilíneo e Uniforme. Com os dados obtidos através do conjunto montado, e organizados em tabelas, foi possível calcular a velocidade dos dois móveis através da equação da posição (MRU). Com os resultados obtidos no experimento (tempo e posição medidos) e os resultados obtidos através de cálculos (tempo e posição esperados), confrontamos os resultados a fim de comprovar se o experimento se trata de um MRU ou não. Como podemos constatar, os resultados foram bem semelhantes, o que nos levou a conclusão de que realmente se tratava de um Movimento Retilíneo e Uniforme. 7. Bibliografia a) http://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-uniforme/ b) http://www.coladaweb.com/fisica/mecanica/movimento-retilineo-uniforme-mru c) http://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_retil%C3%ADneo_uniforme d) Halliday, David; Resnick, Robert; Walker, Jearl. Fundamentos de Física – Vol. 1; 8ª Edição/2009. Editora LTC
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