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Direito Tributário na CF. O Sistema Tributário Nacional está previsto na Constituição Federal de 1988. Arts. 145 a 162. Estudaremos: Tributos; Competências; Limitações ao Poder de Tributar. Tributos Tributos são gênero de prestações pecuniárias exigidas pelo Estado para arrecadar recursos necessários a sua atividade financeira. É exigido sempre em pecúnia, ou seja, dinheiro em espécie. Pode também ser pago em outras formas, desde que autorizada em lei. É compulsório, cabendo sanção em caso de descumprimento da obrigação de pagá-lo. Não tem origem em ato ilícito, e sim nascem de previsões normativas de atos licitos. Tributos Tributo é (art. 3º, CTN): Prestação pecuniária, Prestação compulsória, diversa de multa; instituída por lei; cobrada por atividade administrativa plenamente vinculada (lançamento). Art. 3º, CTN Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Tributos Tem espécies, de acordo com as várias teorias: ● Bipartida: impostos, taxas (teoria dualista, clássica). ● Tripartida: impostos, taxas e contribuição de melhoria (CF). ● Pentapartite: impostos, taxas, contribuição de melhoria, empréstimo compulsório, contribuições especiais (STF, RE 146733-9 - SP; RE 138284-CE). Tributos em espécie Art. 145, CF: ● Impostos: são tributos que tem seu fato gerador descrito em lei conforme as previsões constitucionais (arts. 153, 155, 156). ● Taxas: são tributos cujo fato gerador é a prestação de um serviço público, específico e divisível, ou o exercício do poder de polícia (art. 145, II, CF; art. 77, CTN). ● Contribuição de Melhoria: são tributos que tem como fato gerador a valorização de imóveis de particulares decorrente da realização de obra pública (art. 145, III, CF; art. 81, CTN). Impostos, art. 16, CTN Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Impostos Municipais Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) Impostos Estaduais Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) III - propriedade de veículos automotores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) Impostos Federais Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Taxas CF, art. 145, II:taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; Taxas, conforme o CTN CTN, Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas. CTN, art. 78: Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. CTN, Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários. Contribuição de Melhoria CF, 145, III: contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. CTN, Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. Tributos em espécie Art. 148: ● Empréstimos Compulsórios: são tributos exigidos pelo Estado sem fato gerador específico, porém com destinação específica: fazer custeio ou fundos para arcar com despesas decorrentes de despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência (I), e de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional (II) (vide art. 15, CTN). Tributos em espécie Art. 149, Contribuições especiais: ● contribuições sociais, ● de intervenção no domínio econômico (CIDE); ● e de interesse das categorias profissionais ou econômicas. Art. 149 - A: ● Contribuições de iluminação pública - CIP Tributos em espécie Art. Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: (…) § 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. Sintese: RE 138.284-8/CE. Classificação sugerida pelo STF: 1. os impostos (CF, arts. 145, I, 153, 154, 155 e 156); 2. as taxas (CF, art. 145, II); 3. as contribuições 3.1. de melhoria (CF, art. 145, III); 3.2. parafiscais (CF, art. 149); 3.2.1. sociais; 3.2.1.1. de seguridade social (CF, art. 195, l, II, III, IV); 3.2.1.2. outras de seguridade social (CF, art. 195, § 4.º); 3.2.1.3. sociais gerais ( o salário-educação, CF art. 212, § 5.º, contribuições para o SESI, SENAI, SENAC, CF, art. 240). 3.3.especiais: 3.3.1. de intervenção no domínio econômico (CF, art. 149); 3.3.2. corporativas (CF, art. 149). 4. os empréstimos compulsórios (CF, art. 148) (STF, RE 138.284/CE, Pleno, j. 01.07.1992). Tributos em espécie Vamos praticar: É um tributo cobrado pelo município devido ao exercício do seu poder de polícia e a utilização efetiva ou potencial de serviço público específico e divisível. Qualquer pessoa que necessita da permissão do município para alguma ação, ou sofre controle dos seus atos e fatos ou utiliza os serviços prestados pelo município deve pagar. São aplicadas na manutenção dos serviços prestados e na fiscalização e controle das atividades permitidas. Estamos falando de: a)Taxas b) Contribuições c)Contribuições de Melhoria d)ISSQN Imperioso recordar que tributo é uma prestação pecuniária, compulsória, prevista em lei, mediante a qual o Estado impõe aos contribuintes o dever de arcar com os gastos públicos. Os tributos recebem classificação específica no que tange à existência de contraprestação estatal, sendo classificados como vinculados e não vinculados. A Contribuição de Melhoria é um tributo vinculado. Sobre essa Contribuição e sua finalidade, marque o item CORRETO: a)A finalidade é a transferência ao Estado da valorização imobiliária decorrente de obra pública. b)A finalidade é a devolução ao Estado de valores gastos em obras públicas que trazem benefícios a particulares, trazendo assim justiça social. c)A finalidade é inibir a especulação imobiliária. d)A finalidade é evitar o enriquecimento ilícito de agentes do Estado. 14) Compete aos municípios instituir impostos sobre: A – Propriedade de veículos automotores; B – Doação; C – Produtos industrializados; D – Serviços de qualquer natureza. 17) As taxas serão instituídas em razão de: A – Obras; B – Serviços; C – Compras; D – Alienações. 36) Os impostos diferem das taxas porque eles: (Março/00) A – São de competência comum; B – São tributos vinculados; C – Têm como fatos geradores prestações de serviços públicos; D – São tributos de competência privativa. Exemplo de legislação municipal https://goo.gl/Q7obbo
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