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PORTUGUES Aula 02 77

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Curso de Português para TST 
Teoria e exercícios comentados 
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Aula 02: Sintaxe da oração. Pontuação. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. O que é sintaxe? 1 
2. 3RQWXDomR�FRP�DGMXQWR�DGYHUELDO�³VROWR´ 9 
3. Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal 28 
4. O comentário do autor: orações intercaladas 35 
5. Palavras denotativas 40 
6. Questões cumulativas de revisão 44 
7. O que devo tomar nota como mais importante? 46 
8. Lista das questões apresentadas 46 
9. Gabarito 58 
 
Olá, pessoal! 
Vamos falar da sintaxe da oração! 
O que é sintaxe? 
A sintaxe trabalha a relação das palavras dentro de uma oração. 
Basicamente uma oração deve ter um verbo e este verbo normalmente se 
flexiona de acordo com o sujeito (de quem se fala) e relaciona-se com o 
predicado (o que se fala), de acordo com a transitividade. 
Veja as frases a seguir para que fique tudo bem claro. Pautemo-nos na 
estrutura SVO (sujeitoĺverboĺcomplemento). 
1. O candidato realizou a prova. 
 2. duvidou do gabarito. 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 4. tem certeza de sua aprovação. 
 5. viajou. 
 6. estava tranquilo. 
 
 
 
Toda vez que fazemos uma análise sintática, devemos nos basear no 
verbo. A partir dele, reconhecemos os outros termos da oração. Não se quer 
aqui que você decore todos os termos da oração, basta entendê-los, pois a 
Fundação Carlos Chagas tem uma forma bem própria de cobrar isso em prova. 
Veja os verbos elencados nos exemplos. Todos eles estão no singular. 
,VVR� RFRUUHX� SRUTXH� HOHV� GL]HP� UHVSHLWR� D� XP� WHUPR�� TXH� p� R� VXMHLWR� ³2�
FDQGLGDWR´��6H�HOH�HVWi�QR�VLQJXODU��p�QDWXUDO�TXH�R�YHUER�WDPEpP�HVWHMD��-i�
sujeito predicado 
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Já que entendemos que a transitividade é uma exigência do verbo, pois 
necessita de um complemento verbal, a gramática dá o nome a este processo 
GH�³5HJrQFLD´��SRLV�HOH�H[LJH��UHJH�R�FRPSOHPHQWR��6H�p�XP�YHUER�TXH�H[LJH��
é natural que a regência seja verbal. Há um capítulo nas gramáticas que 
trabalha só isso: Regência Verbal (reconhecimento da transitividade do verbo), 
a qual veremos nas próximas aulas. Mas agora cabe apenas entender a 
estrutura abaixo. Veja: 
 
 
1. O candidato realizou a prova. 
 VTD + OD 
 2. duvidou do gabarito. 
 VTI + OI 
 3. enviou recursos à banca examinadora. 
 VTDI + OD + OI 
 
 
 
Mas não é só o verbo que pode ser transitivo. Nome também pode ter 
WUDQVLWLYLGDGH�� 1RPHV� FRPR� ³FHUWH]D´�� obediência, dúvida, longe, perto, fiel, 
etc são chamados de transitivos porque necessitam de um complemento para 
terem sentido. Alguém tem certeza de algo, dúvida de algo, obediência a 
alguém ou a algo. Alguém mora perto de outra pessoa ou longe dela. Alguém é 
fiel a algo ou a alguém. 
Estes nomes exigem transitividade, com isso há um complemento, o qual 
é chamado de complemento nominal (CN). 
Logicamente, há contextos em que o complemento não estará explícito 
na frase; por exemplo, se queremos dizer que alguém reside muito distante, 
podemos dizer que ele mora longe��1HVWH�FDVR�R�QRPH�³longe´�GHL[RX�GH�VHU�
transitivo, não exigiu o complemento nominal, pois este ficou implícito. Por 
isso não devemos decorar, mas entender o contexto, a funcionalidade. Se o 
complemento não está explícito, não temos de identificá-lo. Falamos que o 
nome exige complemento, mas tudo depende do contexto. 
Vimos que a regência verbal trata basicamente do complemento do 
verbo. Se há um nome que exige complemento, então temos a Regência 
Nominal. 
 
Veja a frase 4: 
 
 
 4. O candidato tem certeza de sua aprovação. 
 VTD + OD + CN 
 
 
 
Regência Verbal 
sujeito predicado 
sujeito predicado 
Regência Nominal 
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1RWH�TXH�R�YHUER�³WHP´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�³FHUWH]D´�p�R�REMHWR�GLUHWR��$�
H[SUHVVmR�³GH�VXD�DSURYDomR´�QmR�FRPSOHPHQWD�R�YHUER��HOD�FRPSOHPHQWD�R�
QRPH�³FHUWH]D´��certeza de sua aprovação. 
O estudo da Regência Nominal, na realidade, é realizado para 
descobrirmos quais preposições iniciam o complemento nominal. 
Então atente quanto à diferença da oração 3 (VTDI + OD + OI) para a 4 
(VTD + OD + CN). 
$JRUD��YDPRV�j�RUDomR����1RWH�TXH�R�YHUER�³YLDMRX´�QmR�H[LJH�QHQKXP�
complemento verbal. Então não há transitividade. Se quisermos uma estrutura 
posterior, naturalmente inseriremos uma ou mais circunstâncias. A essas 
circunstâncias damos o nome de adjunto adverbial. Poderíamos dizer que o 
candidato viajou a algum lugar, em determinado momento, o modo como 
viajou, a causa da viagem. Tudo isso são circunstâncias, as quais possuem o 
valor de lugar, tempo, modo e causa. Essas são as circunstâncias básicas, mas 
há mais e veremos adiante. Então veja como ficaria: 
 
O candidato viajou para São Paulo ontem confortavelmente a trabalho. 
 
 
 
 
O adjunto adverbial não ocorre só com verbo intransitivo, ele pode 
aparecer junto a qualquer verbo. Por exemplo, nas frases 1 a 3, poderíamos 
LQVHULU�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�WHPSR�³RQWHP´��1D�IUDVH����SRGHUtDPRV�LQVHULU�R�
DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�FDXVD��³GHYLGR D�VHX�HVWXGR´� 
 
Essas 5 frases possuem verbos com transitividade (VTD, VTI, VTDI) e 
sem transitividade (VI). Toda vez que, na oração, ocorrem esses tipos verbais, 
dizemos que eles são os núcleos (palavra mais importante) do predicado, 
assim teremos os Predicados Verbais, com a seguinte estrutura: 
Predicado verbal = VTD + OD 
 VTI + OI 
 VTDI + OD + OI 
 VI 
 
Esse é o esquema básico, e nada impede de haver adjunto adverbial e 
complemento nominal em todos eles. 
 
Falta apenas um tipo de verbo: o de ligação. 
Veja a frase 6: O candidato estava tranquilo. 
2� WHUPR� ³tranquilo´� FDUDFWHUL]D� R� VXMHLWR� ³2� FDQGLGDWR´�� SRU� LVVR� VH�
IOH[LRQD� GH� DFRUGR� FRP� HOH�� 2� YHUER� ³HVWDYD´� VHUYH� SDUD� OLJDU� HVWD�
característica ao sujeito, por isso é chamado de verbo de ligação, e o termo 
que caracteriza o sujeito é chamado de predicativo. 
sujeito VI Adj Adv lugar Adj Adv 
tempo 
Adj Adv 
modo 
Adj Adv 
causa 
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(D) adjunto adverbial. 
(E) adjunto adnominal. 
Comentário: 2� WHUPR� ³colchas, toalhas bordadas e outros aGHUHoRV´ é o 
VXMHLWR�� R� YHUER� ³pendiam´� p� LQWUDQVLWLYR� H� D� H[SUHVVmR� ³das varandas´� p� R�
adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: A 
 
Questão 3: TRT 3ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC) 
A frase em que ambos os elementos sublinhados exercem a função de 
núcleo do sujeito é: 
(A) Os bens dos aristocratas deviam ser considerados patrimônio de quem os 
tomou. 
(B) Os parisienses revoltados arrebentaram as casas dos nobres. 
(C) Os museus, ao contrário do que se imagina, são uma invenção moderna. 
(D) Muitos acham que não é justo apagar os vestígios do passado. 
(E) Dessa escolha da Assembleia Nacional nasceram os museus. 
Comentário: $�DOWHUQDWLYD��$��p�D�FRUUHWD��SRLV�D�ORFXomR�YHUEDO�³deviam ser 
considerados´� UHIHUH-VH� DR� Q~FOHR� GR� VXMHLWR� ³bens´�� 2� pronome indefinido³quem´��,VWR�PHVPR��SURQRPH�LQGHILQLGR��9HUHPRV�LVVR�QD�DXOD�GH�SURQRPHV��
RN"��� p� R� VXMHLWR� GR� YHUER� WUDQVLWLYR� GLUHWR� ³tomou´�� H� R� SURQRPH� ³os´� p� R�
objeto direto (alguém tomou os bens). 
 $�DOWHUQDWLYD��%��HVWi�HUUDGD��SRLV�³parisienses´ é o núcleo do sujeito em 
UHODomR� DR� YHUER� ³arrebentaram´��1RWH� TXH� WDO� YHUER� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR� H� R�
REMHWR� GLUHWR� p� R� WHUPR� ³as casas dos nobres´�� FXMR� Q~FOHR� p� ³casas´� H� RV�
WHUPRV�³as´�H�³dos nobres´�VmR�DSHQDV�DGMXQWRV�DGQRPLQDLV� 
 A alternativa (C) esWi� HUUDGD�� SRLV� ³museus´� p� R� Q~FOHR� GR� VXMHLWR�� H��
³invenção´�p�R�Q~FOHR�GR�SUHGLFDWLYR��1RWH�R�YHUER�GH�OLJDomR�³são´� 
 $�DOWHUQDWLYD��'��HVWi�HUUDGD��SRLV�³justo´�p�XP�DGMHWLYR�TXH�FXPSUH�D�
função sintática de predicativo. Sabe quem é o seu sujeito? Veremos, na aula 
GH� VLQWD[H� GR� SHUtRGR� FRPSRVWR�� TXH� ³apagar os vestígios do passado´� p�
chamado de sujeito oracional, isto é, uma oração subordinada substantiva 
VXEMHWLYD��9HMD�TXH�Ki�R�YHUER�GH�OLJDomR�³é´��$VVLP��FRQILUPDPRV�TXH�³justo´�
é, sim, apenas um preGLFDWLYR�GR�VXMHLWR��-i�³vestígios´�p�R�Q~FOHR�GR�REMHWR�
direto. 
 $� DOWHUQDWLYD� �(�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� ³museus´� p� R� Q~FOHR� GR� VXMHLWR�� R�
YHUER� ³nasceram´�� QHVWH� FRQWH[WR�� p� WUDQVLWLYR� LQGLUHWR� H� ³Dessa escolha da 
Assembleia Nacional´� p� R� REMHWR� LQGLUHWR�� $Vsim, fica fácil perceber que as 
duas palavras grifadas possuem funções diferentes. 
Gabarito: A 
 
Questão 4: ManausPrev 2015 Analista (banca FCC) 
Considere: 
Análises abrangentes mostram numerosas oportunidades para a 
harmonização... 
O segmento sublinhado que exerce, no contexto, a mesma função sintática 
que a do sublinhado acima está em: 
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(A) Podemos também revelar muitos outros segredos ainda bem guardados... 
(B) ... porque cada organismo seu, entre trilhões, é uma maravilha de 
miniaturização e automação. 
(C) ... podemos agregar inteligência à ocupação... 
(D) Dentro das folhas ainda existem condições semelhantes 
(E) ... determinando e regulando fluxos de substâncias e energias. 
Comentário: 2� YHUER� ³PRVWUDP´� HQFRQWUD-se flexionado no plural, para 
FRQFRUGDU� FRP� R� VXMHLWR� ³Análises abrangentes´�� 9HMD� TXH� ³numerosas 
oportunidades´ é o objeto direto. 
 Sabemos que o sujeito é o termo a quem o verbo se refere. Tal termo 
tem base num substantivo ou palavra de valor substantivo, não pode ser 
preposicionado e não pode ficar separado por vírgula. Assim, já excluímos as 
DOWHUQDWLYDV��$��H��%���SRLV��QD�DOWHUQDWLYD��$���³JXDUGDGRV´�p�XP�DGMHWLYR�QD�
IXQomR� GH� DGMXQWR� DGQRPLQDO�� R� TXDO� FDUDFWHUL]D� R� Q~FOHR� ³VHJUHGRV´�� 1D�
DOWHUQDWLYD� �%��� ³HQWUH� WULOK}HV´� p� Xm adjunto adverbial intercalado por 
vírgulas. 
 $�DOWHUQDWLYD��&��HVWi�HUUDGD��SRLV�R�VXMHLWR�GD�ORFXomR�YHUEDO�³SRGHPRV�
DJUHJDU´�p�RFXOWR�H�VXEHQWHQGH�R�SURQRPH�³QyV´��2�WHUPR�³LQWHOLJrQFLD´�p�R�
objeto direto. 
 A alternativa (D) é a correta, pois o verbo ³existem´� p� LQWUDQVLWLYR� H�
³condições semelhantes´�Vy�SRGH�VHU�VXMHLWR� 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���RV�YHUERV�³determinando´�H�³regulando´�p�WUDQVLWLYR�
GLUHWR�H�R�WHUPR�³fluxos de substâncias e energias´�p�R�REMHWR�GLUHWR� 
Gabarito: D 
 
Cabe agora aprofundarmos um pouco mais na relação dos termos para 
entendermos melhor a pontuação. Para isso, vamos ver a aplicação do verbo 
intransitivo. 
Intransitivo: Verbo que não exige complemento verbal. Veja: 
 Adoeci. 
 Fui à praia. 
verbo intransitivo adjunto adverbial de lugar 
predicado verbal 
 
Na realidade, há dois tipos de verbos intransitivos. 
O primeiro diz respeito àquele que não exige nenhum termo que 
FRPSOHPHQWH� VHX�VHQWLGR�� FRPR� ³$GRHFL�´�� ³-XYHQDO�PRUUHX�´�� ³8P�YHQGDYDO�
RFRUUHX�´��(VVHV�YHUERV�QmR�QHFHVVLWDP�GH�WHUPR�TXH�RV�FRPSOHWH��(VVH� WLSR�
de intransitividade mostra que o verbo por si só já transmite o sentido 
necessário; podendo o autor acrescentar termos acessórios para transmitir 
PDLV�FODUH]D�RX�VHU�PDLV�SRQWXDO�QR�VHQWLGR��SRU�H[HPSOR��³$GRHFL�por causa 
do mau tempo�´�� ³-XYHQDO� PRUUHX� anteontem�´� H� ³8P� YHQGDYDO� RFRUUHX�
aqui�´�� 
Por outro lado, existe a intransitividade que necessita de um termo que 
produza sentido. Se alguém diz que vai, tem que dizer que vai a algum 
lugar. Se alguém diz que voltou, tem que continuar a fala mostrando de 
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onde voltou. Por isso muita gente confunde esse tipo de intransitividade com a 
transitividade indireta; mas há uma diferença muito grande, pois o termo que 
completa o sentido deste tipo de intransitividade transmite normalmente 
circunstâncias de lugar ou modo. Veja: 
Vou a São Paulo. Vim de Manaus. Estou bem. 
O objeto indireto apenas completa o sentido do verbo, ele não transmite 
valores circunstanciais de lugar ou de modo, sentidos que são demonstrados 
QRV�YRFiEXORV�³D�6mR�3DXOR´��³GH�0DQDXV´�H�³EHP´. Quando se quer saber se 
há circunstância de lugar ou modo, faz-VH� D� SHUJXQWD� ³2QGH"´�� ³&RPR"´��
respectivamente. Assim, é importante notarmos os valores dos adjuntos 
adverbiais, que são demonstrados em sua maioria no uso das preposições, as 
quais serão enfatizadas a seguir. Didaticamente, podemos dividir o adjunto 
adverbial em dois tipos: 
Adjunto adverbial solto: não há exigência do verbo, apenas foi inserido 
para ampliar o sentido. Veja: 
O problema ocorreu, naquela tarde de sábado. 
Adjunto adverbial preso: o verbo intransitivo o exige. Veja: 
 Eu estou bem. 
 Eu estou em São Paulo. 
 Eu vim de São Paulo. 
Caro aluno, esta divisão dos adjuntos adverbiais é apenas didática, não é 
cobrada em prova dessa forma, mas entendermos isso é importante para a 
pontuação. Veja que não é comum vermos vírgula separando adjuntos 
adverbiais presos, como as três últimas frases. Já com o adjunto adverbial 
solto, é natural podermos inserir a vírgula. 
3RQWXDomR�FRP�DGMXQWR�DGYHUELDO�³VROWR´ 
É marcante nos adjuntos adverbiais a sua mobilidade posicional, pois 
este termo pode movimentar-se para o início, para o meio ou para o fim da 
oração. Essa mobilidade é percebida nos termos soltos, os quais não são 
exigidos pelo verbo, mas apenas ampliam o contexto com a circunstância. Isso 
é notado principalmente nos advérbios de lugar, tempo e modo; nos advérbios 
que modificam toda a oração (e não somente um termo); e nas locuções 
adverbiais: 
O custo de vida é bem alto em Brasília. 
Em Brasília, o custo de vida é bem alto. 
O custo de vida, em Brasília, é bem alto. 
O custo de vida é bem alto, em Brasília. 
 
 
Prefeitos de várias cidades foram a Brasília. 
A Brasília prefeitos de várias cidades foram. 
Prefeitos de várias cidades a Brasília foram. 
 
Naturalmente, você já percebeu o problema. 
Sim, eu sei. 
Esta locução adverbial de 
lugar não é exigida pelo 
verbo, por isso se considera 
um termo solto, o qual pode 
receber vírgula. Compare 
com a seguinte. 
Esta locução adverbial de 
lugar é exigida pelo verbo, 
por isso não se considera 
termo solto, ela pode se 
mover na oração, mas não 
recebe vírgula. 
Esses advérbios referem-
se a toda a oração. 
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 b) Pode ocorrer elipse da preposição antes de adjuntos adverbiais de 
tempo e modo: 
Aquela noite, ela não veio. (Naquela noite) 
Domingo ela estará aqui. (No domingo) 
Ouvidos atentos, aproximei-meda porta. (De ouvidos atentos) 
Principais valores das locuções adverbiais, a depender da preposição e 
das locuções prepositivas nocionais: 
 
1. assunto: 
sobre: conversar sobre política; falar sobre futebol. 
quanto a: Não nos expressamos quanto à fatalidade do acidente. 
2. causa: 
a: morrer à fome; acordar aos gritos das crianças; voltar a pedido 
dos amigos. 
ante: Ante os protestos, recuou da decisão. (Perceba que não há preposição 
³D´�DSyV�³DQWH´��'L]-se ante a, ante o, e não *ante à, *ante ao.) 
com: assustar-se com o trovão; ficar pobre com a inflação. 
de: morrer de fome; tremer de medo; chorar de saudade. 
devido a: Encontrou seu futuro, devido a muito esforço. 
diante de: Diante de tais ofertas, não pude deixar de comprar. 
em consequência de: Em consequência de seu estudo eficaz, passou 
em primeiro lugar. 
em virtude de: Em virtude de muitas vaias, o show foi interrompido. 
em face de: O que o salvou, em face do perigo, foi sua habitual calma. 
(em virtude de) 
graças a: Graças ao estudo, passou no concurso. 
por: encontrar alguém por uma coincidência; foi preso por vadiagem 
Esta preposição também pode ser entendida como em favor de: morrer pela 
pátria; lutar pela liberdade; falar pelo réu. Assim, não deixa de possuir 
valor causal. 
3. companhia: 
com: ir ao cinema com alguém; regressar com amigos. 
4. concessão (contraste, oposição) 
apesar de: Foi à praia apesar do temporal. 
Obs.: Ocorre quando há uma oposição em relação ao verbo. Não se vai, 
normalmente, à praia em dia de temporal. 
com: Com mais de 80 anos, ainda tem planos para o futuro. 
malgrado: Malgrado a chuva, fomos ao passeio. 
5. condição: 
Sem: Sem o empréstimo, não construiremos a casa. 
6. conformidade: 
a: puxar ao pai; escrever ao modo clássico; sair à mãe. 
conforme: Agiu conforme a situação. 
por: tocar pela partitura; copiar pelo original. 
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7. lugar: 
a: (destino - em correlação com a preposição de): de Santos a 
Guarujá; daqui a Salvador. 
Obs.: Usa-se indiferentemente à/na página. Ex.: A notícia está à/na 
página 28 do jornal. Usa-se ainda a páginas, mas não as páginas ou às 
páginas. Ex.: A notícia está a páginas 28 do jornal. 
ante: A verdade está ante nossos olhos; 
até: indica o limite, o término de movimento, e, acompanhando 
substantivo com artigo (definido ou indefinido), pode vir ou não seguida da 
preposição a: 
Caminharam até a entrada do estacionamento. ou 
Caminharam até à entrada do estacionamento. 
de: (relação de origem): vir de Madri. 
desde: dormir desde lá até cá. 
em: (estático): ficar em casa; o jantar está na mesa. 
Observação: 
2� XVR� GD� SUHSRVLomR� ³em´� FRP� YHUERV� RX� H[SUHVV}HV� GH�
movimento caracteriza coloquialidade (o que deve ser evitado na norma 
culta): chegar em casa, ir no supermercado, voltar na escola, levar as 
crianças na praia, dar um pulo na farmácia, etc. O correto é: chegar a 
casa; ir ao supermercado; voltar à escola; levar as crianças à praia; ir à 
farmácia. 
defronte: Ela mora defronte à igreja. 
em frente a: Em frente à escola estava ele. 
entre: os Pireneus estão entre a França e a Espanha; ficar entre os 
aprovados. 
para: ir para Madri; apontar o dedo para o céu. 
perante: (posição em frente); perante o juiz, negou o crime. [Não use 
preposição ³D´� DSyV� ³perante´: ³perante a Deus´, ³perante à juízD´�� O correto é ³SHUDQWH�
'HXV´��³SHUDQWH�D�MXt]D´��³SHUDQWH�D�PHQLQD´�D DUWLJR�] 
por: ir por Bauru, morar por aqui. 
sob: (posição inferior): ficar sob o viaduto. 
sobre: (posição superior): o avião caiu sobre uma lavoura de arroz; 
flutuar sobre as ondas; (direção): ir sobre o adversário. 
trás: no português atual, a preposição trás não é usada isoladamente; 
DWXD��VHPSUH��FRPR�SDUWH�GH�RXWUDV�H[SUHVV}HV��QDV�ORFXo}HV�DGYHUELDLV�³para 
trás´� H� ³por trás´� �ficar para trás, chegar por trás) e na locução prepositiva 
³SRU�WUiV�GH´ (ficar por trás do muro). 
8. modo: 
a: bife à milanesa; jogar à Telê Santana. 
com: andar com cuidado; tratar com carinho. 
de: olhar alguém de frente, ficar de pé. 
em: ir em turma, em bando, em pessoa; escrever em francês. 
por: proceder à chamada de alunos por ordem alfabética; saber por 
alto o que aconteceu. 
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sem: indica a relação de ausência ou desacompanhamento: estar sem 
dinheiro; 
sob: sair sob pretexto não convincente. 
9. tempo: 
com: (simultaneidade): o povo canta, com os soldados, o Hino 
Nacional; com o tempo os frutos amadurecem. 
de: dormir de dia, estudar de tarde, perambular de noite; de 
pequenino é que se torce o pepino. 
desde: desde ontem estou assim. 
em: fazer a viagem em quatro horas; o fogo destruiu o edifício em 
minutos, no ano 2000. 
entre: ela virá entre dez e onze horas. 
para: ter água para dois dias apenas; para o ano irei a Salvador; lá 
para o final de dezembro viajaremos. 
por: estarei lá pelo Natal; viver por muitos anos; brincar só pela 
manhã. 
sob: houve muito progresso no Brasil sob D. Pedro II. 
 
 0XLWDV� YH]HV�� QXPD� ORFXomR�� D� SUHSRVLomR� ³a´� SRGH� VHU� WURFDGD� SRU�
outra, sem que isso acarrete prejuízo de construção ou de significado. Eis 
alguns exemplos: à/com exceção de, a/ em meu ver, a/com muito custo, em 
frente a/de, rente a/com, à/na falta de, a/em favor de, em torno a/de, junto 
a/com/de. 
Questão 5: TRT 14ª 2016 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E) 
O termo sublinhado pode estar entre vírgulas sem prejuízo para a correção 
gramatical do trecho: Rondon contribuiu também para o reconhecimento e 
mapeamento de grandes áreas ainda inóspitas no interior do país. 
Comentário: 2� YRFiEXOR� ³WDPEpP´� p� XP� DGYpUELR�� R� TXDO� VH� encontra 
intercalado. Assim, pode ficar entre duas vírgulas, como afirma a questão. 
Gabarito: C 
 
Questão 6: TRT 14ª 2016 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Um segmento que expressa ideia de causa, com relação ao trecho que o 
antecede imediatamente, está sublinhado em: 
(A) No chão é ente insuficiente o quati. 
(B) Agora, se alcança árvore, quati arma banzé. 
(C) Fora do mato, no limpo, tamanduá nega encrenca. 
(D) Monta episódio. E até xinga cachorro. 
(E) O rabo desequilibra de tanto rente na terra. 
Comentário: 1RWH�TXH�SRGHPRV�VXEVWLWXLU�D�IRUPD�³GH�WDQWR´�SRU�³GHYLGR�D�
HVWDU´��³WHQGR�HP�YLVWD�HVWDU´��$VVLP��D�H[SUHVVmR�³GH�WDQWR�UHQWH�QD�WHUUD´�p�
o adjunto adverbial de causa e a alternativa (E) é a correta. 
Gabarito: E 
 
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Questão 7: TJ RJ 2012 Analista Judiciário (banca FCC) 
A despeito do sucesso, o ganha-pão do escritor seria obtido a partir da 
atividade como jornalista, articulista e cronista. 
O elemento grifado acima pode ser corretamente substituído, sem alteração 
do sentido original, por 
(A) Em razão do (B) Conquanto o (C) Em que pese o 
(D) Em vista do (E) A partir do 
Comentário: $� ORFXomR� SUHSRVLWLYD� ³A despeito do´� WHP� YDORU� DGYHUELDO�
FRQFHVVLYR��p�R�PHVPR�TXH�³apesar de´��$VVLP��D�H[SUHVVmR�³A despeito do 
sucesso´�p�R�DGMXQWR�adverbial de concessão. 
 2V�FRQHFWLYRV�³Em razão do´�H�³Em vista do´�WrP�YDORU�DGYHUELDO�FDXVDO��
³Conquanto´� p�XPD� FRQMXQomR� VXERUGLQDWLYD� DGYHUELDO� FRQFHVVLYD�H� Vy� SRGH�
iniciar uma oração, e não apenas um adjunto adverbial. 
 $� ORFXomR� SUHSRVLWLYD� ³A partirdo´� QRUPDOPHQWH� WHP� YDORU� DGYHUELDO�
temporal, mas neste contexto tem valor adverbial causal, marcando a origem. 
 $VVLP�� UHVWD� FRPR�FRUUHWD�D�DOWHUQDWLYD� �&���SRLV�R� FRQHFWLYR� ³Em que 
pese o´�WHP�YDORU�DGYHUELDO�FRQFHVVLYR�H�LQLFLD�R�DGMXQWR�DGYHUELDl. 
Gabarito: C 
 
Aprofundamos um pouco no verbo intransitivo e percebemos os valores 
dos adjuntos adverbiais. Agora, vamos aprofundar um pouquinho mais nos 
complementos verbais (OD e OI), mais precisamente, em algumas formas 
como aparecem na oração. 
Objeto direto 
1) Objeto direto pleonástico: Normalmente, por uma questão de ênfase, 
antecipamos o objeto, colocando-o no início da frase, e depois o repetimos 
através de um pronome oblíquo átono. A esse objeto repetido damos o nome 
de objeto pleonástico ou enfático. É muito comum essa construção no diálogo, 
como um meio de o interlocutor retomar a fala do outro, emendando a sua 
postura diante do fato: 
- O que você acha desta roupa? 
- Essa roupa, ninguém a quer. 
 
Esses ³UDELVFRV´, foi o genial pintor que os pintou e vale muito. 
Note a vírgula separando esses objetos diretos. Apesar de ser 
obrigatória, alguns autores renomados usam esta estrutura sem vírgula. 
2) Objeto direto preposicionado: Aquele cuja preposição não é exigência do 
verbo, que é transitivo direto, mas ocorre por ênfase, por necessidade do 
próprio complemento e para se evitar ambiguidade. 
 
Amo a Deus. (ênfase) 
Cumpri com a minha palavra. (ênfase) 
Ele puxou da espada. (ênfase) 
Aos mais desfavorecidos atingem essas medidas. (para evitar ambiguidade) 
Ninguém entende a mim. (é R�SURQRPH�³mim´ TXH�H[LJH�D�SUHSRVLomR�³D´) 
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 Perceba que os verbos amar, caçar, puxar e entender não exigem 
preposição: são transitivos diretos. 
 3HUFHED�� WDPEpP�� TXH�� VH� D� H[SUHVVmR� ³Aos mais desfavorecidos´� QmR�
tivesse a preposição, não haveria erro gramatical, mas ficaríamos na dúvida 
sobre quem seria o sujeito, pois as expressões estão no plural e o verbo 
também. Assim, o leitor ficaria na dúvida: foram as medidas que atingiram os 
desfavorecidos ou foram os desfavorecidos que atingiram as medidas? O 
objeto direto preposicionado retira esta dúvida. 
 
3) Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são ³me, 
WH��VH��R��D��QRV��YRV��RV��DV´: 
Quando encontrar seu material, traga-o até mim. 
Respeite-me, garoto. Levar-te-ei a São Paulo amanhã. 
Atente muito às questões a seguir, pois são típicas da FCC e certas de 
caírem na sua prova!!!! 
 
Questão 8: SEGEP MA 2016 Analista Ambiental (banca FCC) 
Em 2009, pesquisadores publicaram um estudo na revista Lancet... 
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase 
acima está empregado em: 
a) ... a expectativa de vida das pessoas não passaria de 85 anos 
b) ... para que a independência econômica acompanhe a independência física 
na aposentadoria 
c) ... a expectativa de vida nos países desenvolvidos sobe linearmente desde 
1840... 
d) A Dinamarca era em 1950 um dos países com a mais longa expectativa de 
vida. 
e) ... será a mudança de hábitos. 
Comentário: 2�YHUER�³SXEOLFDUDP´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�R�WHUPR�³um estudo´�
é o objeto direto. 
 1D�DOWHUQDWLYD��$���R�YHUER�³SDVVDULD´�p�WUDQVLWLYR�LQGLUHWR�H�R�WHUPR�³GH�
���DQRV´�p�R�REMHWR�LQGLUHWR� 
 A alternativa (B) é a correta, pois ³DFRPSDQKH´�p�YHUER�WUDQVLWLYR�GLUHWR�
H�³a independência física´�p�R�REMHWR�GLUHWR�� 
 1D�DOWHUQDWLYD��&���R�YHUER�³VREH´�p�LQWUDQVLWLYR��R�WHUPR�³OLQHDUPHQWH´�
p� R� DGMXQWR� DGYHUELDO� GH� PRGR� H� ³GHVGH� ����´� p� R� DGMXQWR� DGYHUELDO� GH�
tempo. 
 Nas alternativas (D��H��(���RV�YHUERV�³HUD´�H�³VHUi´�VmR�GH�OLJDomR�� 
Gabarito: B 
 
Questão 9: TRF 3ª Região 2016 Analista Judiciário (banca FCC) 
... tanto o metódico Paul McCartney como o irrequieto John Lennon 
expressavam à perfeição a dualidade... 
O verbo que possui, no contexto, o mesmo tipo de complemento que o da 
frase acima está empregado em: 
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a) Os Beatles eram um mecanismo de criação. 
b) Fizeram coisas boas. 
c) ... a mais nobre forma de arte que jamais existiu. 
d) ... criavam obcecados com a presença (ou ausência)... 
e) ... que a dialética de Lennon e McCartney brilhou pela última vez. 
Comentário: 2� YHUER� ³expressavam´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR� H� R� WHUPR� ³a 
dualidade´� p� R� REMHWR� GLUHWR�� $� H[SUHVVmR� ³j� SHUIHLomR´� p� DSHQDV� R� DGMXQWR�
adverbial de modo e não é complemento verbal. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �$��� R� YHUER� ³HUDP´� p� GH� OLJDomR� H� ³um mecanismo de 
criação´�p�R�SUHGLFDWLYR� 
 $�DOWHUQDWLYD��%��p�D�FRUUHWD��SRLV�³Fizeram´�p�YHUER�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�
³coisas boas´�p�R�REMHWR�GLUHWR� 
 Na alteUQDWLYD��&���R�YHUER�³H[LVWLX´�p�LQWUDQVLWLYR� 
 1D�DOWHUQDWLYD� �'���R�YHUER� ³FULDYDP´�QRUPDOPHQWH�p� WUDQVLWLYR�GLUHWR��
PDV� QHVWH� FRQWH[WR� p� LQWUDQVLWLYR�� SRLV� ³FRP� D� SUHVHQoD� �RX� DXVrQFLD�´� p�
DGMXQWR� DGYHUELDO� H� ³REFHFDGRV´� p� R� SUHGLFDWLYR� GR� VXMHLWR�� GHQWro de um 
predicado verbo-nominal. 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���R�YHUER�³EULOKRX´�p�LQWUDQVLWLYR�H�³SHOD�~OWLPD�YH]´�p�
adjunto adverbial. 
Gabarito: B 
 
Questão 10: TRT 23ª R 2016 Analista Judiciário (banca FCC) 
E a própria espera do barulho (...) despedaça o narrador. 
O verbo que possui, no contexto, o mesmo tipo de complemento do grifado 
acima está em: 
(A) Por isso, a cidade é o lugar da educação... 
(B) ... nas quais a opressão viceja. 
(C) ... anseia desesperadamente pelo silêncio. 
(D) ... há uma evidente arbitrariedade... 
(E) ... fracassam todas as soluções possíveis. 
Comentário: 2�YHUER�³GHVSHGDoD´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�R�WHUPR�³R�QDUUDGRU´�
é o objeto direto. 
 Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, o mesmo tipo de 
complemento. 
 Na alternativa �$���R�YHUER�³p´�p�GH�OLJDomR�H�³R�OXJDU�GH�HGXFDomR´�p�R�
predicativo. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �%��� R� YHUER� ³YLFHMD´�� QHVWH� FRQWH[WR�� p� LQWUDQVLWLYR�� D�
H[SUHVVmR� ³D� RSUHVVmR´� p� R� VXMHLWR� H� ³QDV� TXDLV´� p� R� DGMXQWR� DGYHUELDO� GH�
lugar. 
 1D�DOWHUQDWLYD��&���R�YHUER�³DQVHLD´�p�WUDQVLWLYR� LQGLUHWR�H�D�H[SUHVVmR�
³SHOR�VLOrQFLR´�p�R�REMHWR�LQGLUHWR� 
 A alternativa (D) é a correta, pois veremos na aula de concordância que 
R�YHUER�³KDYHU´��QR�VHQWLGR�GH�H[LVWLU��p� WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�QmR� WHP�VXMHLWR��
$VVLP��R�WHUPR�³XPD�HYLGHQWH�DUELWUDULHGDGH´�p�R�REMHWR�GLUHWR� 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���R�YHUER�³IUDFDVVDP´�p� LQWUDQVLWLYR�H�R�WHUPR�³WRGDV�
DV�VROXo}HV�SRVVtYHLV´�p�R�VXMHLWR� 
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Gabarito: D 
 
Questão 11: TRE RR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC) 
O jogador busca o sucesso pessoal ... 
A mesma relação sintática entre verbo e complemento, sublinhados acima, 
está em: 
(A) É indiscutível que no mundo contemporâneo... 
(B) ... o futebol tem implicações e significações psicológicas coletivas ... 
(C) ... e funciona como escape para as pressões do cotidiano. 
(D) A solução para muitos é a reconversão em técnico ... 
(E) ... que depende das qualidades pessoais de seus membros. 
Comentário: 2�YHUER� ³EXVFD´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR� H� ³R� VXFHVVR� SHVVRDO´� p� R�
objeto direto. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �$��� R� YHUER� ³e´� p� GH� OLJDomR� H� ³LQGLVFXWtYHO´� p� R�
predicativo do sujeito. 
 $�DOWHUQDWLYD� �%��p�D�FRUUHWD��SRLV�R�YHUER�³WHP´�p� WUDQVLWLYR�GLUHWR��2�
VXMHLWR�p�R� WHUPR�³R� IXWHERO´�H�R�REMHWR�GLUHWR�p�³implicaçõese significações 
psicológicas coletivas´. 
 1D�DOWHUQDWLYD��&���R�YHUER�³IXQFLRQD´�p�LQWUDQVLWLYR�H�³como escape para 
as pressões do cotidiano´ é um adjunto adverbial de modo. 
 1D�DOWHUQDWLYD� �'���R�YHUER� ³p´�p�GH� OLJDomR�H�R� WHUPR� ³a reconversão 
em técnico´ é o predicativo. 
 Na DOWHUQDWLYD� �(��� R� YHUER� ³GHSHQGH´� p� WUDQVLWLYR� LQGLUHWR� H� ³das 
qualidades pessoais de seus membros´ é o objeto indireto. 
Gabarito: B 
 
Questão 12: ManausPrev 2015 Técnico (banca FCC) 
Encontra-se o mesmo tipo de complemento que o sublinhado no segmento 
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da 
Amazônia... em: 
(A) Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em 
preto e vermelho. 
(B) ... que dispunha de diversas peças... 
(C) ... ainda existem regiões ocultas situadas no interior da Amazônia... 
(D) João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. 
(E) ���D�FXOWXUD�PLUDFDQJXHUD�FRQWLQXD�RILFLDOPHQWH�³LQH[LVWHQWH´��� 
Comentário: 2�YHUER�³YDVFXOKDUDP´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR��VHX�VXMHLWR�p�R�WHUPR�
³Arqueólogos americanos´ H� UHVWD� DR� WHUPR� ³áreas arqueológicas da 
$PD]{QLD´ a função de objeto direto. 
 $� DOWHUQDWLYD� �$�� p� D� FRUUHWD�� SRLV� R� YHUER� ³apresentava´� p� WUDQVLWLYR�
GLUHWR� H� R� WHUPR� ³curiosas decorações e pinturas em preto e vermelho´ é o 
objeto direto. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �%��� R� YHUER� ³dispunha´� p� WUDQVLWLYR� LQGLUHWR� H� ³de 
diversas peças´ é o objeto indireto. 
 1D�DOWHUQDWLYD��&���R�YHUER�³existem´�p�LQWUDQVLWLYR�H�³regiões ocultas´�p�
o sujeito. 
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 1D� DOWHUQDWLYD� �'��� R� YHUER� ³faleceu´� p� LQWUDQVLWLYR� H� ³HP� ����´� p� R�
adjunto adverbial de tempo. 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���R�YHUER�³FRQWLQXD´�OLJD�R�SUHGLFDWLYR�³LQH[LVWHQWH´ ao 
VXMHLWR�³a cultura miracanguera´. Assim, tal verbo é de ligação. 
Gabarito: A 
 
Questão 13: TRT 4ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC) 
E havia uma gramática... 
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima 
está empregado em: 
(A) As pessoas atrapalham. 
(B) João só será definitivo... 
(C) Estão em toda parte. 
(D) E não exigem nada. 
(E) Eu sonho com um poema ... 
Comentário: Veremos na aula de concordância que o verbo haver, no sentido 
de existir�� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR� H� QmR� SRVVXL� VXMHLWR�� $VVLP�� R� WHUPR� ³uma 
gramática´� p� R� REMHWR� GLUHWR�� $JRUD�� GHYHPRV� HQFRQWUDU�� GHQWUH� DV�
alternativas, qual possui objeto direto e seu verbo transitivo direto. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �$��� R� YHUER� ³atrapalham´� p� LQWUDQVLWLYR�� 9HMD� TXH� R�
WHUPR�³As pessoas´�p�R�VXMHLWR� 
 1D� DOWHUQDWLYD� �%��� Ki� R� VXMHLWR� ³João´�� R� YHUER� GH� OLJDomR� ³será´� H� R�
predicativo ³definitivo´� 
 1D� DOWHUQDWLYD� �&��� R� VXMHLWR� QmR� HVWi� H[SOtFLWR�� R� YHUER� ³estão´� p�
LQWUDQVLWLYR�H�³em toda parte´�p�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�OXJDU� 
 $�DOWHUQDWLYD��'��p�D�FRUUHWD��SRLV�R�YHUER�³exigem´�ID]�UHIHUrQFLD�D�XP�
sujeito que não está explícito. Tal YHUER�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�R�WHUPR�³nada´�p�
o objeto direto. 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���Ki�R�VXMHLWR�³Eu´��R�YHUER�WUDQVLWLYR�LQGLUHWR�³sonho´�
H�R�REMHWR�LQGLUHWR�³com um poema´� 
Gabarito: D 
 
Questão 14: SEFAZ PE 2014 Auditor Fiscal (banca FCC) 
Aqui é que começa a genialidade de Chaplin. 
O elemento que desempenha a mesma função sintática desempenhada pelo 
segmento grifado na frase acima está grifado em: 
(A) Chaplin certa vez lembrou-se de arremedar a marcha desgovernada de 
um tabético. 
(B) Chaplin eliminou imediatamente a variante. 
(C) ... uma criação em que o artista procedeu por uma sucessão de 
tentativas erradas. 
(D) ... o tipo de Carlito é uma dessas criações que, salvo idiossincrasias muito 
raras, interessam e agradam a toda a gente. 
(E) Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. 
Comentário: 2� YHUER� ³começa´�� QHVWH� FRQWH[WR�� p� LQWUDQVLWLYR� H� R� WHUPR�
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sublinhado é o sujeito. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, 
aquele termo sublinhado na função de sujeito. 
 A DOWHUQDWLYD��$��HVWi�HUUDGD��SRLV�³certa vez´�p�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�
tempo. 
 $� DOWHUQDWLYD� �%�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� ³Chaplin´� p� R� VXMHLWR�� ³eliminou´� p�
YHUER�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�³a variante´�p�R�REMHWR�GLUHWR� 
 $� DOWHUQDWLYD� �&�� p� D� FRUUHWD�� SRLV� R� YHUER� ³procedeu´� p� WUDQVLWLYR�
LQGLUHWR�H�VH�UHIHUH�DR�VXMHLWR�³o artista´��e�UHOHYDQWH�QRWDU�TXH�QRUPDOPHQWH�
R� YHUER� ³procedeu´� UHJH� D� SUHSRVLomR� ³a´�� PDV� QHVWH� FRQWH[WR� R� REMHWR�
LQGLUHWR�HVWi�SUHFHGLGR�GD�SUHSRVLomR�³por´� 
 A alternativa (D) está errada, pois o YHUER� ³agradam´� p� WUDQVLWLYR�
LQGLUHWR�H�R�WHUPR�³a toda gente´�p�R�REMHWR�LQGLUHWR� 
 $�DOWHUQDWLYD��(��HVWi�HUUDGD��SRLV�³Carlito´�p�R�VXMHLWR��R�YHUER�³é´�p�GH�
OLJDomR�H�³popular´�p�R�SUHGLFDWLYR� 
Gabarito: C 
 
Questão 15: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC) 
Fragmento do texto: Há estudos que enfatizam o caráter alienante das 
consciências imposto pela lógica capitalista no âmbito da cultura, a difundir 
padrões culturais hegemônicos. 
... que enfatizam o caráter alienante das consciências... 
O verbo que, no contexto, possui o mesmo tipo de complemento do 
sublinhado acima está empregado em: 
(A) ... haveria tipos diferentes de produtos de massa... 
(B) Surgiria uma cultura de massas... 
(C) Poucos hoje discordariam de que... 
(D) Não que a cultura de massa fosse necessariamente igual... 
(E) ... o mundo todo passa pelo "filtro da indústria cultural"... 
Comentário: 2� YHUER� ³enfatizam´� HVWi� IOH[LRQDGR� QR� SOXUDO� SRU� ID]HU�
UHIHUrQFLD� DR� WHUPR� ³estudos´�� 7DO� YHUER� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR� H� R� WHUPR ³o 
caráter alienante das consciências´ é o objeto direto, isto é, o seu 
complemento verbal. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, um 
verbo com a mesma transitividade e seu objeto direto. 
 A alternativa (A) é a correta. Veremos na aula de concordância que o 
verbo haver, no sentido de existir, é transitivo direto e não tem sujeito. O 
WHUPR�³tipos diferentes de produtos de massa´ é o objeto direto. 
 $�DOWHUQDWLYD� �%��HVWi�HUUDGD��SRLV�R�YHUER�³surgiria´�p� LQWUDQVLWLYR�H�R�
WHUPR�³uma cultura de massas´ é o sujeito. 
 $� DOWHUQDWLYD� �&�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� R� YHUER� ³discordariam´� p� WUDQVLWLYR�
indireto e o termo seguinte inicia o objeto indireto. 
 $�DOWHUQDWLYD��'��HVWi�HUUDGD��SRLV�R�YHUER�³fosse´�p�GH�OLJDomR�H�³igual´�
é o predicativo do sujeito. 
 A aOWHUQDWLYD� �(�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� R� YHUER� ³passa´�� QHVWH� FRQWH[WR�� p�
intransitivo e o termo seguinte é o adjunto adverbial de lugar. 
Gabarito: A 
 
 
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Questão 16: TRT 19ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC) 
As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam 
por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então 
percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e 
além. 
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase 
acima está em: 
(A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... 
(B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. 
(C) ... viajavam por cordilheiras... 
(D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás. 
(E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. 
Comentário: 2�YHUER�³acompanham´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR��alguém acompanha 
o quê?). (QWmR��R�WHUPR�³asfronteiras ocidentais chinesas´�p�R�REMHWR�GLUHWR� 
Agora, basta achar, numa das alternativas, o mesmo tipo de complemento. 
 $�DOWHUQDWLYD��$��HVWi�HUUDGD��SRLV�R�YHUER�³foi´�p�GH�OLJDomR�H�³uma rota 
única´�p�R�SUHGLFDWLYR�GR�VXMHLWR� 
 $� DOWHUQDWLYD� �%�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� ³floresceram´� p� YHUER� LQWUDQVLWLYR�
(algo floresce���2�WHUPR�³durante os primórdios da Idade Média´ é apenas o 
adjunto adverbial de tempo. 
 $�DOWHUQDWLYD��&��HVWi�HUUDGD��SRLV�R�YHUER�³viajavam´�p�LQWUDQVLWLYR�H�R�
WHUPR�³por cordilheiras´�p�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�OXJDU��YLDMDYDP�por onde?). 
 $� DOWHUQDWLYD� �'�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� ³cair´� p� YHUER� WUDQVLWLYR� LQGLUHWR� H�
³em desuso´�p�R�REMHWR�LQGLUHWR��FDLU�em quê?). 
 A alternativa (E) é a correta, pois o YHUER�³empurra´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�
(alguém empurra o quê?). (QWmR�� R� WHUPR� ³a manopla do acelerador´� p� R�
objeto direto. 
Gabarito: E 
 
Questão 17: TRT 19ªR 2014 Técnico Judiciário (banca FCC) 
A Amazônia tem também a maior bacia fluvial do mundo... 
Nas frases transcritas abaixo, o verbo que exige o mesmo tipo de 
complemento do grifado acima está em: 
(A) ... a perda de ambientes naturais é maior numa região... 
(B) ... a maior parte está no Brasil... 
(C) ... as florestas de várzea sofrem mais com a ocupação humana. 
(D) ... que levam direta ou indiretamente à perda de hábitats... 
(E) ... que detém 69% da área coberta pela floresta. 
Comentário: 2�YHUER�³tem´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR��alguém tem o quê?). Então, 
R� WHUPR� ³a maior bacia fluvial do mundo´� p� R� REMHWR� GLUHWR� Agora, basta 
achar, numa das alternativas, o mesmo tipo de complemento. 
 A alternativa �$��HVWi�HUUDGD��SRLV�R�YHUER�³é´�p�GH�OLJDomR�H�³maior´�p�R�
predicativo do sujeito. 
 $�DOWHUQDWLYD��%��HVWi�HUUDGD��SRLV�³está´�p�YHUER�LQWUDQVLWLYR��algo está 
onde?���2�WHUPR�³no Brasil´ é apenas o adjunto adverbial de lugar. 
 A alternativa (C) está HUUDGD��SRLV�³sofrem´�p�YHUER�WUDQVLWLYR�LQGLUHWR�H�
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³com a ocupação humana´�p�R�REMHWR�LQGLUHWR��VRIUHP�com quê?). 
 $�DOWHUQDWLYD��'��HVWi�HUUDGD��SRLV�³levam´�p�YHUER�WUDQVLWLYR�LQGLUHWR�H�
³à perda de hábitats´�p�R�REMHWR�LQGLUHWR��OHYDP�a quê?). 
 A alternativa (E) é a correta, pois o YHUER� ³detém´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR�
(alguém detém o quê?). (QWmR��R�WHUPR�³69% da área coberta pela floresta´�
é o objeto direto. 
Gabarito: E 
 
Objeto indireto 
 O objeto indireto pode também ser pleonástico: repetição, por meio de 
um pronome oblíquo, do objeto indireto. 
 Ao amigo, não lhe peça tal coisa. 
 Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são 
³PH��WH��OKH��QRV��YRV��OKHV´: 
Eu obedeci ao meu pai. Eu lhe obedeci. 
Questão 18: TCE GO 2014 Analista de Controle Externo (banca FCC) 
Já o sequestro do carbono contribui para diminuir a emissão... 
O elemento que, no contexto, exerce a mesma função sintática que o grifado 
acima está também grifado em: 
(A) Ao viajar pelo estado... 
(B) O cerrado, vegetação seca que cobre o estado de Goiás... 
(C) ... quando se vê em um pasto imenso, lá no meio, a coloração viva do ipê. 
(D) ... essa vegetação vem sofrendo com o avanço das monoculturas. 
(E) Para o professor, a monocultura é a maior vilã da terra. 
Comentário: 2� YHUER� ³contribui´� UHIHUH-VH� DR� VXMHLWR� ³o sequestro do 
FDUERQR´. Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, o sujeito. Como 
sabemos que o sujeito é um termo não precedido de preposição, já podemos 
eliminar as alternativas com termo sublinhado preposicionado, como (A), (D) 
e (E). 
 $� DOWHUQDWLYD� �%�� SRVVXL� R� YHUER� WUDQVLWLYR� GLUHWR� ³FREUH´� H� R� REMHWR�
GLUHWR�³R�HVWDGR�GH�*RLiV´� 
 Veremos na aula de concordância que, quando o verbo transitivo direto 
p� VHJXLGR� RX� SUHFHGLGR� GR� SURQRPH� ³VH´�� HVWH� SRGH� VHr um pronome 
apassivador, fazendo com que o termo sem preposição seja o seu sujeito 
paciente. Por enquanto só guarde que esta é a alternativa correta, pois, na 
aula de concordância, falaremos muito sobre o pronome apassivador, ok! 
 Para não ficarmos com dúYLGD�� R� WHUPR� ³pelo estado´�� QD� DOWHUQDWLYD�
�$���p�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�OXJDU��1D�DOWHUQDWLYD��'���D�ORFXomR�YHUEDO�³vem 
sofrendo´ p�WUDQVLWLYD�LQGLUHWD�H�R�WHUPR�³com o avanço das monoculturas´�p�R�
REMHWR�LQGLUHWR��1D�DOWHUQDWLYD��(���R�WHUPR�³Para o SURIHVVRU´ é chamado de 
dativo de opinião, isto é, na opinião do professor. Tal expressão de opinião 
será vista na aula de pronomes. 
Gabarito: C 
 
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Questão 19: SEFAZ PE 2014 Auditor Fiscal (banca FCC) 
... toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para a realização da 
personagem de Carlito... 
O verbo empregado com o mesmo tipo de complemento do verbo grifado 
acima está em: 
(A) Carlito é popular no sentido mais alto da palavra. 
(B) ... mas ao contrário ganhou maior força de emoção e de poesia. 
(C) ... ela destruía a unidade física do tipo. 
(D) ... artistas medíocres que condescendem com o fácil gosto do público. 
(E) A sua originalidade extremou-se. 
Comentário: 2� YHUER� ³colaborou´�� QHVWH� contexto, é transitivo indireto 
�FRODERUDU� SDUD� DOJXPD� FRLVD�� H� R� WHUPR� ³para a realização´ é o objeto 
indireto, isto é, o seu complemento verbal. Assim, devemos encontrar, dentre 
as alternativas, um verbo com a mesma transitividade e seu objeto indireto. 
 $�DOWHUQDWLYD��$��HVWi�HUUDGD��SRLV�³é´�p�YHUER�GH�OLJDomR�H�³popular´�p�R�
predicativo. 
 $�DOWHUQDWLYD��%��HVWi�HUUDGD��SRLV�³ganhou´�UHIHUH-se a um sujeito que 
QmR�DSDUHFH�QD�RUDomR��7DO�YHUER�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�³maior força de emoção 
e de poesia´ é o objeto direto. 
 $�DOWHUQDWLYD��&��HVWi�HUUDGD��SRLV�³destruía´�p�YHUER�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�
VH�UHIHUH�DR�VXMHLWR�³ela´��2�WHUPR�³a unidade física do tipo´ é o objeto direto. 
 $� DOWHUQDWLYD� �'�� p� D� FRUUHWD�� SRLV� ³condescendem´ é verbo transitivo 
LQGLUHWR�H�³com o fácil gosto do público´ é o objeto indireto. 
 $� DOWHUQDWLYD� �(�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� R� YHUER� ³extremou´� p� WUDQVLWLYR�
GLUHWR��9HUHPRV�QD�DXOD�GH�FRQFRUGkQFLD�TXH�R�SURQRPH�³se´�p�DSDVVLYDGRU�H�
R�WHUPR�³a sua originalidade´ é o sujeito paciente. 
Gabarito: D 
 
Questão 20: TCE AP 2012 Técnico de Controle Externo (banca FCC) 
Preços mais altos proporcionam aos agricultores incentivos... 
A regência verbal assinalada acima está reproduzida em: 
(A) ... mudanças relativamente pequenas nos mercados de alimentos 
desencadearam fortes altas nos preços. 
(B) ... esses gigantes não importam muitos alimentos. 
(C) ... o que torna mais fácil a tarefa ... 
(D) Mas eles também impõem custos aos consumidores ... 
(E) ... quase dobrar os preços mundiais dos alimentos duas vezes em quatro 
anos ... 
Comentário�� 2� YHUER� ³proporcionam´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR� e indireto 
(proporcionam a alguém alguma coisa���(QWmR��D��H[SUHVVmR�³aos agricultores´ 
é o objeto indireto H�³LQFHQWLYRV´ é o objeto direto. 
 Assim, há regência verbal direta e indireta, sendo que o objeto indireto 
p� LQLFLDGR� SHOD� SUHSRVLomR� ³a´�� O mesmo tipo de regência é encontrado na 
DOWHUQDWLYD��'���SRLV�R�YHUER�³LPS}HP´�p�WUDQVLWLYR�direto e indireto (impõem 
alguma coisa a alguém), e exige o objeto GLUHWR�³custos´ e o objeto indireto 
³aRV�FRQVXPLGRUHV´��LQLFLDGR�SHOD�SUHSRVLomR�³a´� 
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 1D�DOWHUQDWLYD��$���R�YHUER�³desencadearam´�p�também transitivo direto 
e indireto, sendo o WHUPR�³fortesaltas´ o REMHWR�GLUHWR�H�³nos preços´�R�REMHWR�
indireto. 3RUpP��YHMD�TXH�R�YHUER�GR�SHGLGR�GD�TXHVWmR�H[LJH�SUHSRVLomR�³D´��
H�HVWH�H[LJH�SUHSRVLomR�³em´��,VVR�FRQILUPD�D�DOWHUQDWLYD��'��FRPR�FRUUHWD�� 
 8PD�RXWUD�REVHUYDomR��R� WHUPR�³QRV�SUHoRV´�QmR�SRGH�VHU�FRQIXQGLGR�
como adjunto adveUELDO�GH�OXJDU��SRLV�³SUHoR´�QmR�p�OXJDU��FRQFRUGD" 
 1D�DOWHUQDWLYD��%���R�YHUER�³importam´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR��importam o 
quê"���$VVLP��R�WHUPR�³muitos alimentos´�p�R�REMHWR�GLUHWR� 
 1D� DOWHUQDWLYD� �&��� R� YHUER� ³WRUQDU´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR�� R� WHUPR� ³a 
tarefa´�p�R�REMHWR�GLUHWR H�³PDLV�IiFLO´�p�R�SUHGLFDWLYR�GR�REMHWR�GLUHWR. Temos 
aí um predicado verbo-nominal (que será visto a seguir). 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���R�YHUER�³dobrar´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR��dobrar o quê?). 
$VVLP�� ³os preços mundiais dos alimentos´� p o objeto direto. Note que a 
H[SUHVVmR�³GXDV�YH]HV�HP�TXDWUR�DQRV´�p�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�WHPSR� 
Gabarito: D 
 
Adjunto adnominal 
Vimos no início da aula que o termo sintático da oração necessita de um 
núcleo, constituído de um substantivo ou palavra de valor substantivo. Esse 
núcleo pode ser caracterizado, determinado, modificado, especificado por um 
termo, chamado de adjunto adnominal. Esse termo pode ser representado por: 
1) um artigo: O carro parou. 
2) um pronome adjetivo: Encontrei meu relógio. 
3) um numeral adjetivo: Recebi a segunda parcela. 
4) um adjetivo: Tive ali grandes amigos. 
5) uma locução adjetiva: Tenho uma mesa de pedra. 
 
As nossas primeiras experiências científicas fracassaram. 
artigo pronome numeral substantivo adjetivo verbo intransitivo 
adjuntos adnominais núcleo adj adnominal 
sujeito predicado 
 
Predicativo 
Também vimos no início da aula o termo predicativo. Esse termo se liga 
ao sujeito ou ao objeto, atribuindo-lhes uma qualidade ou estado. É 
representado por diferentes classes gramaticais, como adjetivo, substantivo, 
numeral e pronome. 
A seguir, perceba os pares com predicação nominal e predicação verbal, 
respectivamente. Nestes exemplos, note que o grupo à esquerda é 
constituído de verbos de ligação mais os predicativos. É fácil perceber o 
predicativo, pois basta o sujeito flexionar-se no plural, para que o predicativo 
também se flexione, pois este caracteriza aquele. Já no grupo da direita, há 
predicação verbal. Os vocábulos que vêm após os verbos não se flexionam 
por causa do sujeito, pois são complementos verbais ou adjuntos adverbiais: 
 
 
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Sabendo-se que o adjunto adnominal é o termo adjetivo de valor 
restritivo que está junto ao núcleo, note que a vírgula foi necessária nos dois 
primeiros exemplos para não se confundir predicativo com adjunto adnominal, 
SRLV�R�DGMHWLYR�³WHPHURVD´�HVWi�SUy[LPR�DR�Q~FOHR�GR�VXMHLWR�³HOD´��1R�~OWLPR�
exemplo, a vírgula não foi usada justamente porque não se confunde o 
predicativo do sujeito com o adjunto adnominal, haja vista que o adjetivo 
³WHPHURVD´ está distante do núcleo do sujeito. 
 
II - Predicativo do objeto direto (só pode ocorrer no predicado verbo-
nominal) 
Carlos deixou Ana zangada. 
sujeito VTD OD predicativo do OD 
 predicado verbo-nominal 
'D�PHVPD�IRUPD��D�FDUDFWHUtVWLFD�³]DQJDGD´�RFRUUH�DSyV�R�DWR�GH�deixar. 
Por isso é transitória. 
 
III - Predicativo do objeto indireto (só pode ocorrer no predicado verbo-
nominal) 
Gosto de meu filho sempre limpo 
VTI OI adjunto 
adverbial 
de tempo 
predicativo 
do OI 
 predicado verbo-nominal 
Note que o predicativo pode ser introduzido por preposição: 
Chamei-o de louco. 
Questão 21: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC) 
Este conceito é relativo, pois em arte não há originalidade absoluta. 
... a sua contribuição maior foi a liberdade de criação e expressão. 
Ambos os elementos acima grifados exercem nas respectivas frases a função 
de 
(A) adjunto adverbial. 
(B) objeto direto. 
(C) complemento nominal. 
(D) predicativo. 
(E) objeto indireto. 
Comentário: 2V�WHUPRV�³Este conceito´�H�³a sua contribuição maior´�VmR�RV�
VXMHLWRV�� ³p´� H� ³IRL´� VmR� YHUERV� GH� OLJDomR�� H� RV� WHUPRV� ³relativo´� H� ³a 
OLEHUGDGH�GH�FULDomR�H�H[SUHVVmR´ são os predicativos. 
Gabarito: D 
 
Questão 22: TRT 4ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC) 
Em nenhum momento da história a sociedade, como um todo, conseguiu 
sustentar facilmente os custos exorbitantes da ópera. 
Na frase acima, a locução verbal está empregada com regência idêntica à 
presente em: 
(A) O crítico elegeu o jovem cantor o maior artista da temporada. 
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(B) Apresentou-nos currículo repleto de menções honrosas. 
(C) Sem falsa modéstia, recebeu a ovação com elegância e alegria. 
(D) Tentou cantar de modo condizente com as recomendações do maestro. 
(E) Jamais se afastou daquele velho conselho do pai. 
Comentário: $�ORFXomR�YHUEDO�³FRQVHJXLX�VXVWHQWDU´�p�WUDQVLWLYD�GLUHWD��6HX�
VXMHLWR�p�R�WHUPR�³a sociedade´�H�³os custos exorbitantes da ópera´ é o objeto 
direto. Assim, devemos encontrar uma regência igual, isto é, um verbo 
transitivo direto e seu objeto direto. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �$��� R� YHUER� ³HOHJHX´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR�� H� R� WHUPR� ³R�
MRYHP� FDQWRU´� p� R� REMHWR� GLUHWR�� 1RWH� TXH� R� WHUPR� ³o maior artista da 
temporada´� p� R� SUHGLFDWLYR� GR� REMHWR� GLUHWR�� SRLV� HVWH� WHUPR� TXDOLILFD� o 
³FDQWRU´��$VVLP��WHPRV�XP�SUHGLFDGR�YHUER-nominal. Em princípio, esta seria 
a alternativa correta, tendo em vista que há verbo transitivo direto, assim 
como na frase do pedido da questão. Mas devemos observar as demais 
alternativas. 
 Na alternativa (B), R�YHUER�³$SUHVHQWRX´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�LQGLUHWR��R�
SURQRPH�³QRV´�p�R�REMHWR�LQGLUHWR�H�³FXUUtFXOR´�p�R�Q~FOHR�GR�REMHWR�GLUHWR� 
 Na alternativa (C), o verbo também é transitivo direto. Ele tem como 
REMHWR�GLUHWR�R�WHUPR�³D�RYDomR´��(�DJRUD"�4XDO�p�D�DOWHUQDWLYD�FRUUHWD"��$��
ou (C)? 
 Veja que a questão pediu a mesma regência. A regência se refere tão 
somente à transitividade do verbo, mas devemos observar que, na alternativa 
(A), se o predicativo do objeto não fosse apresentado, certamente o verbo 
³HOHJHX´�SHUGHULD�R�VHQWLGR��e�QHFHVViULD�D�FDUDFWHUtVWLFD�HOHLWD�SDUD�D�RUDomR�
ficar coerente. Assim, devemos considerar que esse verbo transitivo direto 
não tem literalmente a mesma regência que o desta alternativa. Para reforçar, 
YHMD� TXH�� QR� SHGLGR� GD� TXHVWmR�� R� YHUER� ³VXVWHQWDU´� p� WUDQVLWLYR� GLUHWR��
³IDFLOPHQWH´�p�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�PRGR�H�³os custos exorbitantes da ópera´ 
p�R�REMHWR�GLUHWR��1HVWD�DOWHUQDWLYD��RFRUUHP�RV�PHVPRV�WHUPRV��³UHFHEHX´�p�
YHUER�WUDQVLWLYR�GLUHWR��³D�RYDomR´�p�REMHWR�GLUHWR�H�³com elegância e alegria´�
é adjunto adverbial de modo. 
 Assim, a alternativa (C) é a correta. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �'��� R� YHUER� ³FDQWDU´� p� LQWUDQVLWLYR� H� ³GH� PRGR�
FRQGL]HQWH´�p�R�DGMXQWR�DGYHUELDO�GH�PRGR� 
 1D� DOWHUQDWLYD� �(��� R� YHUER� ³DIDVWRX´� p� WUDQVLWLYR� LQGLUHWR�� R� SURQRPH�
³VH´�p�R�tQGLFH�GH�LQGHWHUPLQDomR�GR�VXMHLWR�H�³daquele velho conselho do pai´�
é o objeto indireto. 
Gabarito: C 
 
Complemento nominal 
A transitividade não é privilégio dos verbos: há também nomes 
(substantivos, adjetivos e advérbios) transitivos. Isso significa que 
determinados substantivos, adjetivos e advérbios se fazem acompanhar de 
complementos. Esses complementos são chamados complementos nominais e 
são sempre introduzidos por preposição: 
 
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1) complemento nominal de um substantivo: 
Você fez uma boa leitura do texto. 
sujeito VTD objeto direto complemento nominal 
 Predicado verbal 
 Note que o substantivo ³leitura´� p� R� QRPH� GD� DomR� GH� ³ler´�� &RPR� p�
natural o verbo ser transitivo, o substantivo também fica transitivo. 
Observe: 
Você leu o texto. 
sujeito VTD objeto 
direto 
 Predicado verbal 
Compare: Júlia aproveitou o momento. (objeto direto) 
Júlia tirou proveito do momento. (complemento nominal) 
2) complemento nominal de um adjetivo: 
 
Você precisa ser fiel aos seus ideais. 
sujeito locução verbal 
de ligação 
adjetivo na 
função de 
predicativo 
complemento nominal 
 Predicado nominal 
 
Quem é ILHO�p�ILHO�D�DOJXPD�FRLVD��$VVLP��R�DGMHWLYR�³ILHO´�p�WUDQVLWLYR��RX�VHMD��
necessita de complemento. 
 
3) Complemento nominal de advérbio: 
Você mora perto de Maria. 
sujeito verbo intransitivo advérbio na função de 
adjunto adverbial de lugar 
complemento 
nominal 
 Predicado verbal 
 
1RWH� TXH� R� DGYpUELR� ³perto´� QHFHVVLWD� GH� XP� FRPSOHPHQWR�� perto de 
algo ou de alguém. Podemos dizer que o complemento nominal é mais uma 
função substantiva da oração: nos casos citados anteriormente, o núcleo dos 
complementos é um substantivo (texto, ideais, Maria). Pronomes e numerais 
substantivos, assim como qualquer palavra substantivada, podem 
GHVHPSHQKDU� HVVD� IXQomR�� 2EVHUYH� R� SURQRPH� ³lhe´� DWXDQGR� FRPR�
complemento nominal na oração seguinte: 
Não posso ser-lhe fiel: já empenhei minha palavra com outra pessoa. 
 (fiel a alguém) 
 
Observe que o complemento nominal não se relaciona diretamente com 
o verbo da oração, e sim com um nome que pode desempenhar as mais 
diversas funções. 
A realização do projeto é necessária à população carente. 
Adj. 
Adn 
núcleo complemento 
nominal 
VL predicativo do 
sujeito 
complemento nominal 
sujeito predicado nominal 
 
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Como distinguir o adjunto adnominal do complemento nominal 
O adjunto adnominal formado por uma locução adjetiva pode ser 
confundido com o complemento nominal. Normalmente não haverá dúvida, 
pois, segundo o que foi visto, o adjunto adnominal é constituído de vocábulo 
de valor restritivo que caracteriza o núcleo do termo de que faz parte. Já o 
complemento nominal é termo que completa o sentido de um nome. Há dúvida 
quando os dois termos são preposicionados. Por exemplo: 
A leitura do livro é instigante. 
A leitura do aluno foi boa. 
 Para percebermos a diferença, é importante passarmos por três critérios: 
1º critério: 
Adjunto adnominal: Complemento nominal: 
O termo preposicionado caracteriza o 
substantivo. 
 O termo preposicionado complementa 
um substantivo, adjetivo ou advérbio. 
$VVLP��HP�RUDo}HV�FRPR�³Estava cheio de problemas�´, ³0RUR�SHUWR�de 
você�´��ORJR�QR�SULPHLUR�FULWpULR�Mi�VDEHUtDPRV�TXH�³GH�SUREOHPDV´�H�³GH�YRFr´�
VmR� FRPSOHPHQWRV�QRPLQDLV��SRLV� FRPSOHWDP�R�VHQWLGR�GR�DGMHWLYR� ³FKHLR´�H�
GR�DGYpUELR�³SHUWR´��UHVSHFWLYDPHQWH� 
 
2º critério: 
O substantivo caracterizado pode ser 
concreto ou abstrato. 
 O substantivo complementado deve ser 
abstrato. 
 
Sabendo-se que um substantivo abstrato normalmente é o nome de 
uma ação (corrida, pesca) ou de uma característica (tristeza, igualdade) e que 
o substantivo concreto é o nome de um ser independente, que conseguimos 
visualizar, pegar (casa, copo). NDV� RUDo}HV� ³Trouxe copos de vidro�´ e ³Vi a 
casa de pedra�´��RV�WHUPRV�³GH�YLGUR´�H�³GH�SHGUD´��VmR�DGMXQWRV�DGQRPLQDLV��
SRLV� FDUDFWHUL]DP� RV� VXEVWDQWLYRV� FRQFUHWRV� ³FRSRV´� H� ³FDVD´��
respectivamente. 
 
3º critério: 
O termo preposicionado é agente. O termo preposicionado é paciente. 
 
Este último normalmente é o cobrado em prova. Se os termos abaixo 
sublinhados são agentes, automaticamente serão os adjuntos adnominais. Se 
pacientes, serão complementos nominais. Veja: 
Adjuntos adnominais: 
O amor de mãe é especial. (agente: a mãe ama) 
A invenção do cientista mudou o mundo. (agente: o cientista inventou) 
A leitura do aluno foi boa. (agente: o aluno leu) 
Complementos nominais: 
O amor à mãe também é especial. (paciente: a mãe é amada) 
A invenção do rádio mudou o mundo. (paciente: o rádio foi inventado) 
A leitura do livro é instigante. (paciente: o livro é lido) 
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Questão 23: TRT 4ªR 2015 Técnico Judiciário (banca FCC) 
... ou seja, como fornecedora de alimentos para o mercado interno. 
A relação estabelecida entre os termos constantes do segmento sublinhado 
acima está reproduzida no segmento, também sublinhado, em: 
(A) Os altos preços do café no mercado externo ... 
(B) Nas cidades do Sul ... 
(C) ... e a exposição de um certo verniz social ... 
(D) ... implicavam em moldar as mulheres de uma determinada classe. 
(E) Nas imagens dos jornais das cidades do Sul ... 
Comentário: A relação estabelecida entre os termos sublinhados no pedido 
da questão é de regência nominal, haja vista que o substantivo abstrato 
³fornecedora´�UHJH�D�SUHSRVLomR�³de´�H�VHX�UHVSHFWLYR�FRPSOHPHQWR�QRPLQDO�
³de alimentos´��9HMD�TXH��LQFOXVLYH��FRQVHJXLPRV�perceber o valor paciente do 
termo preposicionado, conforme vimos no critério 3, sobre a diferença entre 
adjunto adnominal e complemento nominal. 
 O mesmo ocorre na alternativa (C), em que o substantivo abstrato 
³H[SRVLomR´�UHJH�D�SUHSRVLomR�³GH´�H�VHX�UHVSHFWLYR�FRPSOHPHQWR�QRPLQDO�³GH�
XP� FHUWR� YHUQL]� VRFLDO´�� 9HMD� TXH� WDPEpP� FRQVHJXLPRV� SHUFHEHU� R� YDORU�
paciente do termo preposicionado, conforme vimos no critério 3, sobre a 
diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal. 
 1D� DOWHUQDWLYD� �$��� ³SUHoRV´� p� R� Q~FOHR� H� ³GR� FDIp´� p� R� DGMXQWR�
adnominal. Note que esse termo preposicionado não possui valor paciente, ele 
DSHQDV�FDUDFWHUL]D�R�VXEVWDQWLYR�³FDIp´� 
 1D� DOWHUQDWLYD� �%��� ³cidades´� p� R� Q~FOHR� H� ³GR� 6XO´� p� R� DGMXQWR�
adnominal. Note que esse termo preposicionado não possui valor paciente, ele 
DSHQDV�FDUDFWHUL]D�R�VXEVWDQWLYR�³FLGDGHV´� 
 1D� DOWHUQDWLYD� �'��� ³mulheres´� p� R� Q~FOHR� H� ³de uma determinada 
classe´� p� R� DGMXQWR� DGQRPLQDO�� 1RWH� TXH� HVVH� WHUPR� SUHSRVLFLRQDGR� QmR�
possui valor paciente, ele apenDV�FDUDFWHUL]D�R�VXEVWDQWLYR�³mulheres´� 
 1D� DOWHUQDWLYD� �(��� ³imagens´� p� R� Q~FOHR� H� ³dos jornais´� p� R� DGMXQWR�
adnominal. Note que esse termo preposicionado não possui valor paciente, ele 
DSHQDV�FDUDFWHUL]D�R�VXEVWDQWLYR�³imagens´� 
Gabarito: C 
 
Questão 24: TRT 23ª 2016 Analista Judiciário (banca FCC) 
E a própria espera do barulho (...) despedaça o narrador. 
O verbo que possui, no contexto, o mesmo tipo de complemento do grifado 
acima está em: 
(A) Por isso, a cidade é o lugar da educação... 
(B) ... nas quais a opressão viceja. 
(C) ... anseia desesperadamente pelo silêncio. 
(D) ... há uma evidente arbitrariedade... 
(E) ... fracassam todas as soluções possíveis. 
Comentário: 2�YHUER�³GHVSHGDoD´�p�WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�R�WHUPR�³R�QDUUDGRU´�
é o objeto direto. 
 Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, o mesmo tipo de 
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complemento. 
 1D�DOWHUQDWLYD��$���R�YHUER�³p´�p�GH�OLJDomR�H�³R�OXJDU�GH�HGXFDomR´�p�R�
predicativo.1D� DOWHUQDWLYD� �%��� R� YHUER� ³YLFHMD´�� QHVWH� FRQWH[WR�� p� LQWUDQVLWLYR�� D�
H[SUHVVmR� ³D� RSUHVVmR´� p� R� VXMHLWR� H� ³QDV� TXDLV´� p� R� DGMXQWR� DGYHUELDO� GH�
lugar. 
 1D�DOWHUQDWLYD��&���R�YHUER�³DQVHLD´�p�WUDQVLWLYR� LQGLUHWR�H�D�H[SUHVVmR�
³SHOR�VLOrQFLR´�p�R�REMHWR�LQGLUHWR� 
 A alternativa (D) é a correta, pois veremos na aula de concordância que 
R�YHUER�³KDYHU´��QR�VHQWLGR�GH�H[LVWLU��p� WUDQVLWLYR�GLUHWR�H�QmR� WHP�VXMHLWR��
$VVLP��R�WHUPR�³XPD�HYLGHQWH�DUELWUDULHGDGH´�p�R�REMHWR�GLUHWR� 
 1D�DOWHUQDWLYD��(���R�YHUER�³IUDFDVVDP´�p� LQWUDQVLWLYR�H�R�WHUPR�³WRGDV�
DV�VROXo}HV�SRVVtYHLV´�p�R�VXMHLWR� 
Gabarito: D 
 
Questão 25: TRE ± RN 2011 ± Técnico Judiciário (banca FCC) 
O clima pouco favorável ao cultivo da cana levou a atividade econômica para a 
pecuária. 
O mesmo tipo de regência nominal que se observa acima ocorre no segmento 
também grifado em: 
(A) O litoral oriental compõe o Polo Costa das Dunas í� com belas praias, 
falésias, dunas e o maior cajueiro do mundo... 
(B) Os 410 quilômetros de praias garantem um lugar especial para o turismo 
na economia estadual. 
(C) A ocupação portuguesa só se efetivou no final do século, com a fundação 
do Forte dos Reis Magos e da Vila de Natal. 
(D) Em Caicó há vários açudes e formações rochosas naturais que desafiam a 
imaginação do homem. 
(E) Em Santa Cruz, a subida ao Monte Carmelo desvenda toda a beleza do 
sertão potiguar ... 
Comentário: Primeiro, é bom lembrar o que é a regência nominal: é o 
substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio que exigem um complemento 
nominal. 
 Podemos normalmente fazer uma associação com a regência verbal, em 
que um verbo exige o complemento verbal. Vou inventar um exemplo!!! 
 $�H[SUHVVmR�³OHLWXUD�do livro´�SRVVXL�R��WHUPR�SDFLHQWH�³GR�OLYUR´�SRU�VHU��
complemento nominal do VXEVWDQWLYR�DEVWUDWR�³OHLWXUD´��9HMD� 
 ler o livro leitura do livro 
 VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente) 
 (regência verbal) (regência nominal) 
 $JRUD��FRPSDUH�FRP�D�HVWUXWXUD�³OHLWXUD�GR�DOXQR´� 
 2� WHUPR� ³GR� DOXQR´� é apenas o adjunto adnominal, pois é um termo 
agente. Veja: 
 O aluno lê leitura do aluno 
 sujeito + VTD nome + adjunto adnominal 
 (termo agente) (termo agente) 
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 Vale lembrar que, quando há adjetivo ou advérbio, não há necessidade 
de verificação se o termo preposicionado é agente ou paciente, pois não pode 
haver adjunto adnominal dessas palavras. 
 Agora, vamos à questão: 
 1R� VHJPHQWR� ³IDYRUiYHO� DR� FXOWLYR� GD� FDQD´�� Ki� GRLV� FRPSOHPHQWRV�
QRPLQDLV��R�DGMHWLYR�³IDYRUiYHO´�H[LJLX�R�FRPSOHPHQWR�QRPLQDO�³DR�FXOWLYR´��H�
R�VXEVWDQWLYR�DEVWUDWR�³FXOWLYR´�H[LJLX�R�FRPSOHPHQWR�QRPLQDO�³GD�FDQD´��9HMD�
TXH� R� VXEVWDQWLYR� DEVWUDWR� p� JHUDGR� GR� YHUER� ³FXOWLYDU´� �FXOWLYDU� D� FDQD���
&RPR�³D�FDQD´�p�R�FRPSOHPHQWR�YHUEDO�GH�³FXOWLYDU´��QD�WUDQsformação desse 
verbo em substantivo abstrato, esse complemento passa a ser nominal: 
cultivo da cana. 
Veja: 
 cultivar a cana cultivo da cana 
 VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente) 
 (regência verbal) (regência nominal) 
 A alternativa (C) é a correta, pois a H[SUHVVmR�³IXQGDomR�do Forte dos 
Reis Magos e da Vila de Natal´�SRVVXL�R� � WHUPR�SDFLHQWH� ³do Forte dos Reis 
Magos e da Vila de Natal´� SRU� VHU� � FRPSOHPHQWR� QRPLQDO� GR� VXEVWDQWLYR�
DEVWUDWR�³IXQGDomR´��9HMD� 
 fundar Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência verbal) 
 VTD + objeto direto (termo paciente) 
 
fundação Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência nominal) 
 nome + complemento nominal (termo paciente) 
 
 1D� DOWHUQDWLYD� �$��� R� VXEVWDQWLYR� ³3ROR´� HVWi� VHQGR� GHWHUPLQDGR� SHOR�
DSRVWR� HVSHFLILFDWLYR� ³Costa das Dunas´�� (VWH� DSRVWR� p� XWLOL]DGR� SDUD� GDU�
nome às coisas. Assim, não há regência nominal. 
 Na alternativD� �%��� R� WHUPR� ³GH� SUDLDV´� p� R� DGMXQWR� DGQRPLQDO� GR�
VXEVWDQWLYR� ³TXLO{PHWURV´��SRLV�R� UHVWULQJH��$VVLP�� WDPEpP�QmR�Ki� UHJrQFLD�
nominal. 
1D� DOWHUQDWLYD� �'��� R� WHUPR� ³GR� KRPHP´� p� R� DGMXQWR� DGQRPLQDO� GR�
VXEVWDQWLYR� ³LPDJHP´�� SRLV� R� UHVWULQJH�� $VVLP�� WDPEpP� Qmo há regência 
nominal. 
1D�DOWHUQDWLYD��(���R�WHUPR�³do sertão potiguar´�p�R�DGMXQWR�DGQRPLQDO�
GR� VXEVWDQWLYR� ³EHOH]D´�� SRLV� R� UHVWULQJH�� $VVLP�� WDPEpP� QmR� Ki� UHJrQFLD�
nominal. 
Gabarito: C 
 
Questão 26: TRT 4ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC) 
A frase em que o segmento destacado expressa uma circunstância restritiva 
é: 
(A) Nesse sentido, é muito óbvio que ela não seja realística. [...] 
(B) Além disso, é quase sempre bastante cara de se encenar e de se assistir. 
(C) Em nenhum momento da história a sociedade, como um todo, conseguiu 
sustentar facilmente os custos exorbitantes da ópera. 
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(D) Essas perguntas são mais sobre a ópera tal como ela é hoje em dia [...] 
(E) Nosso objetivo é lidar com uma forma de arte cujas obras mais populares 
e duradouras foram quase sempre escritas num distante passado 
europeu. 
Comentário: A circunstância é típica de um adjunto adverbial. Há, dentre os 
vários tipos de adjuntos adverbiais, o chamado adjunto adverbial de 
enquadramento semântico. 
 É lógico que você não precisaria saber disso para resolver a questão, 
mas foi nisso que a banca se embasou para cobrar o conteúdo da questão. 
 O enquadramento semântico transmite a ideia de uma situação 
específica, restringindo-a em relação a outras. Normalmente, usamos o 
enquadrDPHQWR� FRP� DV� H[SUHVV}HV� ³Em relação a´�� ³Quanto a´�� WHQGR� HP�
vista que elas restringem o assunto a um campo específico. Isso se nota 
WDPEpP�QHVWD�TXHVWmR��SRU�PHLR�GD�H[SUHVVmR�³nesse sentido´��LVWR�p��KRXYH�
uma restrição a um sentido, a um campo, a uma situação particular. Assim, a 
alternativa (A) é a correta. 
 Note que houve a restrição explicada acima por meio de um adjunto 
adverbial (³Nesse sentido´), o qual está separado por vírgula. Isso explica por 
que a questão pediu que marcássemos a circunstância (adjunto adverbial) que 
transmite restrição (enquadramento semântico). 
 A alternativa (B) está errada, pois R� WHUPR� ³$OpP� GLVVR´ é entendido 
como uma expressão denotativa de adição. 
 $� DOWHUQDWLYD� �&�� HVWi� HUUDGD�� SRLV� R� DGMXQWR� DGYHUELDO� ³Em nenhum 
PRPHQWR�GD�KLVWyULD´ transmite a circunstância de tempo. 
 $V�DOWHUQDWLYDV��'��H��(��HVWmR�HUUDGDV��SRLV�³Essas perguntas´�H�³1RVVR�
REMHWLYR´�QmR�WUDQVPLWHP�FLUFXQVWkQFLD��SRU�VHUHP�VXMHLWRV�GH�VXDV�RUDo}HV��$�
circunstância é transmitida por um adjunto adverbial. 
Gabarito: A 
Agente da passiva: Este termo será explorado na aula de concordância. 
Cabe aqui apenas entender que ele é quem pratica a ação verbal quando o 
verbo está na voz passiva analítica; é introduzido pelas preposições por (e 
suas contrações) ou, mais raramente, de: 
 
A grama foi aparada pelo jardineiro. (voz passiva) 
O jardineiro aparou a grama. (voz ativa) 
Vocativo: O nome vocativo nos faz pensar em várias palavras ligadas à 
ideLD� GH� ³FKDPDU´�� ³DWUDLU� D� DWHQomR´�� evocar, convocar, evocação, vocação. 
Vocativo é justamente o nome do termo sintático que serve para nomear um 
interlocutor a que se dirige a palavra. É um termo independente: não faz parte 
do sujeito nem do predicado, de valor exclamativo, muitas vezes confundido 
com o aposto, pois exige vírgulas. Pode aparecer em posições variadas na 
frase. 
Márcia, pegue o seu exemplar.Veja, menina, aquela árvore. 
Estamos aqui, papai. 
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 Nessas orações, os termos destacados são vocativos: indicam e nomeiam 
o interlocutor a que se está dirigindo a palavra. 
 Aposto: Funciona na oração como uma ampliação, explicação, 
desenvolvimento ou resumo da ideia do termo anterior: 
Este país, o Brasil, tem procurado desenvolver políticas econômicas 
aliando produção e sustentabilidade. 
Nessa RUDomR��³Este país´�p�R�VXMHLWR��H�³o Brasil´�p�DSRVWR�GHVVH�VXMHLWR��
pois explica o conteúdo do termo a que se refere. 
O aposto pode ser classificado em: 
I ± explicativo: muito cobrado nas provas da FCC quanto à pontuação, 
pois pode ser separado por vírgulas, dois-pontos, travessões e até por 
parênteses. Ele também pode vir antecipado de palavras denotativas de 
explicação do tipo: a saber, isto é, quer dizer etc. 
Raquel, contadora da empresa, está viajando. 
Só queria algo: apoio. 
Um trabalho ± tua monografia ± foi premiado. 
A ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) foi criada em 1999. 
II - enumerativo ou distributivo: é uma sequência de elementos, a qual 
chamamos de enumeração, usada para desenvolver uma ideia anterior. É 
separado por dois-pontos, e cada um dos elementos enumerados é separado 
por vírgula. Se houver apenas dois elementos enumerados, eles podem ser 
VHSDUDGRV�WDPEpP�SHOD�FRQMXQomR�³H´��9HMD� 
Ganhei dois presentes: um tênis e uma camisa. 
As reivindicações dos funcionários incluíam muitas coisas: melhor 
salário, melhores condições de trabalho, assistência médica 
extensiva a familiares. 
III - resumitivo ou recapitulativo: é usado para condensar a ideia de 
termos anteriores, geralmente, por meio de um pronome indefinido. 
³*UDQa, poder, sucesso, nada sobrevive à marcha inexorável do tempo.´ 
2� VXMHLWR� FRPSRVWR� ³Grana, poder, sucesso´� p� UHVXPLGR� SHOR� SURQRPH�
indefinido nada, por isso o verbo concorda com o aposto e se flexiona no 
singular. Note que este tipo de aposto é separado por vírgula do termo 
anterior. 
IV - especificativo ou apelativo: indica o nome de alguém ou de algo dito 
anteriormente. Note que não é separado por sinais de pontuação. 
O compositor Chico Buarque é também um excelente escritor. 
O estado é cortado pelo rio São Francisco. 
Observação: O aposto também pode se referir a uma oração: 
Esforcei-me bastante, o que causou muita alegria em todos. 
Palavras como o, coisa, fato etc. podem referir-se a toda uma oração. Nestes 
casos, obrigatoriamente haverá separação por vírgula. 
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Questão 27: TRT 16ªR 2009 Técnico (banca FCC) 
... eles acabam falando de um dos mais atuais e globalizados temas: a 
devastação das matas. 
O emprego dos dois-pontos assinala, no contexto, 
(A) reforço no sentido da afirmativa anterior. 
(B) introdução de comentário repetitivo. 
(C) especificação da expressão anterior a eles. 
(D) transcrição exata da fala dos especialistas. 
(E) segmento que apresenta sequência de fatos. 
Comentário: Esta é uma questão típica desta banca. Os dois-pontos estão 
VLQDOL]DQGR�TXH�QD�VHTXrQFLD�YLUi�XP�HOHPHQWR�H[SOLFDWLYR��³a devastação das 
matas´��� FKDPDGR� DSRVWR� H[SOLFDWLYR�� 3HUFHED� TXH� D� EDQFD� QmR� LQVHULX� QDV�
DOWHUQDWLYDV�D�SDODYUD� ³H[SOLFDomR�RX�H[SOLFDWLYR´��0DV�EDVWD�HQWHQGHU�TXH�R�
elemento explicativo reforça, ratifica, corrobora, especifica um dado expresso 
DQWHULRUPHQWH� �³um dos mais atuais e globalizados temas´��� SRU� LVVR� D�
alternativa C é a correta. 
Gabarito: C 
 
Questão 28: TRT 3ªR 2009 Analista (banca FCC) 
Fragmento do texto: A consciência de pertencer a determinada comunidade 
camponesa, ou família tradicional e poderosa, ou confraria, ou cidade, ficou 
esmagada pelo conceito de cidadania que homogeneíza todos os indivíduos. 
Novos recortes surgiram ±partido político, condição econômica, seita religiosa 
etc. ± mas tão maleáveis e mutáveis que não substituíram todas as funções 
sociais e psicológicas do velho sentimento grupal. 
 í�partido político, condição econômica, seita religiosa etc. í� 
O segmento isolado pelos travessões denota, no texto, 
(A) ressalva importante, de sentido explicativo, ao desenvolvimento anterior. 
(B) transcrição exata de informações obtidas em outros autores. 
(C) redundância intencional, para valorizar a descaracterização grupal. 
(D) enumeração esclarecedora de uma expressão anterior. 
(E) realce de uma ideia central, com a pausa maior inserida no contexto. 
Comentário: Como vimos, o aposto explicativo pode ser separado por 
travessões, vírgulas e parênteses. Neste caso, ele possui mais de um núcleo, 
assim pode ser considerado também um aposto enumerativo, que tem a 
IXQomR� GH� H[SOLFDU� �HVFODUHFHU�� WHUPR� DQWHULRU� �³UHFRUWHV´��� 3RU� LVVR�� D�
alternativa (D) é a correta. 
 $� DOWHUQDWLYD� �$�� HVWi� HUUDGD� SRUTXH� ³UHVVDOYD´� VLJQLILFD� FRQWUDVWH��
oposição. 
 A alternativa (B) está errada, pois não há transcrição exata de 
informações. 
 A alternativa (C) está errada, pois não há redundância (repetição viciosa 
de ideias). 
 A alternativa (E) está errada, porque não há intenção de realçar, mas de 
explicar. 
Gabarito: D 
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O termo explicativo não é expresso apenas pelo aposto explicativo. Veja 
outras possibilidades!!! 
O comentário do autor: orações intercaladas: 
 Também são estruturas explicativas as orações intercaladas. São 
inserções feitas pelo autor, com desprendimento sintático, por isso podem ser 
separadas por vírgula, travessão ou parênteses. Essa estrutura é também 
chamada de expressão parentética ou comentário do autor e transmite, além 
do valor explicativo, outros valores semânticos: 
a) abertura de citação: a expressão abre a palavra para os dizeres de 
alguém: 
Dê-me água, pediu-me o rapaz. 
Quem é ele? ± interrompeu a jovem. 
As estruturas acima são apenas variações do discurso direto padrão. 
Veja: 
O rapaz me pediu: 
± Dê-me água. 
 A pontuação pode ainda sofrer mais alterações: 
Dê-me, o rapaz me pediu, água. 
Dê-me ± o rapaz me pediu ± água. 
b) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário: 
Em 1945 ± isto aconteceu no dia do meu aniversário ± conheci um 
dos meus melhores amigos. 
c) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar: 
D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a 
brincadeira da garotada. 
³&RPtDPRV�� é verdade, mas era um comer virgulado de palavrinhas 
GRFHV�´�(Machado de Assis) 
d) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom 
ou mau: 
José ± Deus o conserve assim! ± conquistou o primeiro lugar da classe. 
 ³e�EHP�IHLR]LQKR��benza-o Deus��R�WDO�WHX�DPLJR�´�(Aluísio Azevedo) 
e) escusa: o falante se desculpa: 
³3RXFR�GHSRLV� UHWLURX-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por 
que fenômenos de ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa 
frase bárbara��PXUPXUHL�FRPLJR���´ (Machado de Assis) 
f) permissão: o falante solicita algo: 
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu 
HVStULWR�HUD�QDTXHOD�RFDVLmR�XPD�HVSpFLH�GH�SHWHFD�´ (Machado de Assis) 
g) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um 
enunciado: 
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