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10 Ordem Strongylida

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Parasitologia Veterinária – Ordem Strongylida
# Esôfago claviforme e machos com bolsa copuladora.
- Superfamília Strongyloidea: 
- Parasitos de grande importância para mamíferos e aves.
- Cápsula bucal bem desenvolvida, podem ter dentes e coroas lamelares.
- Machos com bolsa copuladora.
- Ovos de casca dupla e fina com várias células em seu interior (ovo morulado).
- Ciclo biológico direto, sem a necessidade de outro animal para completar seu ciclo de vida.
- Infecção por L3.
- O gênero Stephanurus parasita a região perianal. Os gêneros Syngamus, Mammomonogamus e Cyathostoma parasitam a traqueia e brônquios. Os outros gêneros parasitam a mucosa gastrointestinal e se alimentam pela ingestão de tampões da mucosa. Podem ser divididos em estrôngilos e ancilóstomos.
- Os estrôngilos parasitam o intestino grosso e abrangem os gêneros Strongylus, Triodontophoros, Cyathostomum, Chabertia e Oesophagostum.
- Syngamus e Cyathostoma são parasitos do trato respiratório de aves. Mammomonogamus são parasitos do trato respiratório de ruminantes.
- No ciclo de vida livre, os ovos são eliminados nas fezes e se desenvolvem no meio ambiente de acordo com as condições de umidade e temperatura. Nas fezes, os ovos se rompem e liberam L1 em locais muito úmidos, onde crescem, trocam de cutícula e passam para L2. A L2 cresce, retém a cutícula ao mudar para L3 e forma outra, tendo assim duas cutículas e sendo mais rugosa. A L3 contamina pastagens e águas próximas. A L1 apresenta um bulbo posterior e na L3 esse bulbo desaparece.
- Família Strongylidae:
	- Presença de cápsula bucal e esôfago claviforme.
- Subfamília Strongylinae: 
- Cápsula bucal com formato subglobular.
- Adultos hematófagos.
- Gênero Strongylus: grandes estrongilídeos.
- Espécies: 
- Strongylus vulgaris.
- Strongylus equinus.
- Strongylus edentatus.
- Strongylus anseris (Epomidiostomum orispinum).
- Strongylus orispinum (Epomidiostomum orispinum).
- Strongylus tubaeformis (Epomidiostomum tubaeforme).
- Strongylus uncinatus (Epomidiostomum anatinum).
- Espécie Strongylus vulgaris:
- Hospedeiro definitivo: equinos e asininos.
	- Localização: intestino grosso.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes robustos. Fêmeas medem 20-24 mm e machos 14-16 mm. São vermelho-escuro. Encontrados na mucosa intestinal.
	- Adultos hematófagos
	- Cápsula bucal bem desenvolvida e oval, com coroa franjada, possui dois dentes arredondados com formato de orelha na base e um duto dorsal da glândula esofagiana.
	- Esôfago claviforme.
	- Machos possuem bolsa copuladora bem desenvolvida e dois espículos médios.
	- Fêmeas com corpo terminado em afilamento.
	- Os ovos são ovais com casca fina e medem 83-93 mm por 48-52 mm.
	- Ciclo biológico: os parasitos adultos são encontrados no cólon e no ceco. Os ovos são eliminados nas fezes e, em duas semanas, se desenvolvem em L3. O hospedeiro definitivo ingere a L3 nas pastagens ou água contaminadas. No intestino delgado as larvas perdem a bainha de proteção e vão intestino grosso para penetrar na mucosa e realizar a muda para L4 na submucosa, após sete dias da ingestão. As L4 penetram em pequenas artérias e vão pelo endotélio para artéria mesentérica cranial, onde mudam para L5 após meses e retornam a parede do intestino através da luz das artérias. Ao redor das larvas se formam nódulos e lesões, principalmente na parede no cólon e ceco. Há ruptura dos nódulos à medida que as larvas aumentam de tamanho, liberando adultos jovens na luz intestinal, onde há diferenciação sexual. Após a cópula, as fêmeas botam os ovos, que sairão com as fezes e se desenvolverão no ambiente. 
	- Período pré-patente: 6-7 meses.
- Espécie Strongylus equinus:
- Hospedeiro definitivo: equinos e asininos.
	- Localização: intestino grosso.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes robustos. Fêmeas medem 3,8-4,7cm e machos 2,6-3,5cm. São vermelho-escuro. Encontrados na mucosa intestinal.
	- Adultos hematófagos.
	- Cápsula bucal bem desenvolvida e oval, com coroa franjada, três dentes pontiagudos, um é maior e bífido, e um duto dorsal da glândula esofagiana.
	- Esôfago claviforme.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e dois espículos finos e médios.
	- Fêmeas com vulva a 12-14 mm da extremidade posterior.
	- Ovos ovais e medem 75-92µm por 41-54µm.
	- Ciclo biológico: os parasitos adultos são encontrados no cólon e ceco. Os ovos são eliminados nas fezes e, em duas semanas, se desenvolvem em L3. O hospedeiro definitivo ingere a L3 nas pastagens ou água contaminadas. Não se sabe muito sobre a migração das L3. Acredita-se que as larvas perdem a bainha de proteção no intestino delgado e penetram no ceco e cólon ventral ou no intestino delgado, onde formam nódulos nas camadas musculares e subserosas, em cerca de uma semana. No interior dos nódulos, as larvas mudam para L4 e vão ao fígado por meio da cavidade peritoneal, onde migram no parênquima por seis ou mais semanas. L4 e L5 podem ser encontradas no pâncreas e ao redor dele antes de migrarem para o intestino grosso.
	- Período pré-patente: 8-9 meses
- Espécie Strongylus edentatus:
- Hospedeiro definitivo: equinos e asininos.
	- Localização: intestino grosso.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes robustos. Fêmeas medem 3,3-4,4cm e machos 2,3-2,8cm. São vermelho-escuro. Encontrados na mucosa intestinal. 
	- Cabeça alargada.
	- Adultos hematófagos.
	- Cápsula bucal bem desenvolvida, com coroa franjada, um duto da glândula esofagiana e sem dentes.
	- Esôfago claviforme.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida.
	- Ciclo biológico: os parasitos adultos são encontrados no cólon e ceco. Os ovos são eliminados nas fezes e, em cerca de duas semanas, se desenvolvem em L3 em condições favoráveis em regiões de clima temperado. O hospedeiro definitivo ingere a L3 nas pastagens ou água contaminadas. Após penetrarem na mucosa intestinal, as L3 atingem o fígado em poucos dias por meio da circulação porta. Em duas semanas há muda para L4 e migração para o parênquima hepático. 6-8 semanas após a infecção, as larvas podem se encontrar sob o peritônio que circunda o ligamento hepatorrenal, onde seguem para vários lugares, preferencialmente flancos e ligamentos hepáticos. Após quatro meses, há muda para L5 que vai migrar para a parede do intestino grosso, onde produzirá um grande nódulo purulento que libera o parasito adulto jovem na luz após seu rompimento.
	- Período pré-patente: 10-12 meses
- Gênero Triontophorus: grandes estrongilídeos.
- Espécies: 
- Triontophorus serratus.
- Triontophorus tenuicollis.
- Triontophorus brevicauda.
- Triontophorus minor.
- Triontophorus nipponicus.
- Espécie Triondotophorus spp:
- Hospedeiro definitivo: equinos e asininos.
	- Localização: intestino grosso.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes de tamanho médio, 9-25mm. Avermelhados. Encontrados na mucosa do cólon.
	- Adultos hematófagos.
	- Cápsula bucal média, com coroa franjada, duto da glândula esofagiana e lâminas serrilhadas no fundo da cápsula.
	- Ciclo biológico: não migratório. Não há muitas informações a respeito do ciclo, mas acredita-se que seja semelhante ao ciclo de Cyathostomum.
	
- Subfamília Cyathostominae: 
- Gênero Cyathostomum: pequenos estrongilídeos.
- Espécies: 
- Cyathostomum alveatum.
- Cyathostomum catinatum.
- Cyathostomum coronatum.
- Cyathostomum labiatum.
- Cyathostomum labratum.
- Cyathostomum montogomeryi.
- Cyathostomum panteratum.
- Cyathostomum saginatum.
- Cyathostomum tetracanthrum.
- Espécie Cyathostomum spp. (Trichonema spp.):
- Hospedeiro definitivo: equinos e asininos.
	- Localização: intestino grosso.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes pequenos, 5-12mm de comprimento. Coloração varia de esbranquiçado a vermelho-escuro. A maioria é visível ao exame detalhado da mucosa e do conteúdo intestinal.
	- Não são hematófagos.
	- Cápsula bucal grande e profunda, sem dentes e de canal dorsal. Papilas cervicais pouco proeminentes. Apresenta parede espessa, coroa franjadadupla, duto da glândula esofagiana e lâminas no fundo da cápsula.
	- Esôfago claviforme.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e espículos filiformes de mesmo tamanho e com extremidades afiladas.
	- Fêmeas com vulva próxima ao ânus.
	- Cauda reta ou curvada dorsalmente com uma saliência ventral anterior à vulva.
	- Ciclo biológico: em duas semanas há eclosão dos ovos com liberação e desenvolvimento de L3 em regiões temperadas. As larvas encontradas nas fezes migram para pastagem adjacente e, após sua ingestão, as L3 infectantes desencapsulam e penetram nas glândulas do íleo e intestino grosso, onde há formação de um foco de células inflamatórias ao redor das larvas. As larvas mudam para L4 dentro dos nódulos inflamatórios na segunda semana da infecção e emergem para a luz 1-2 meses depois para amadurecerem para L5. Em animais reinfectados, a L4 permanece nos nódulos por meses, conhecido como hipobiose larval estimulada pela imunidade do animal. Os ovos aparecem nas fezes 6-14 semanas na primoinfecção e 12-18 semanas na reinfecção. 
	- Período pré-patente: 2-3 meses. Pode se estender devido à hipobiose.
- Família Syngamidae:
	- Vivem em permanente cópula.
	- Têm formato de taça
- Subfamília Syngaminae: 
- Gênero Syngamus: pequenos estrongilídeos.
- Espécies: 
- Syngamus trachea (S. parvis, S. gracilis).
- Syngamus bronchialis.
- Syngamus laryngeus.
- Syngamus nasicola.
- Espécie Syngamus trachea (Syngamus parvis. S. gracilis):
- Hospedeiro definitivo: aves domésticas, de caça e selvagens.
- Hospedeiro paratênico: minhocas, moluscos, moscas e artrópodes.
- Localização: traqueia ou pulmões.
	- Características morfológicas: 
	- Fêmeas avermelhadas e grandes, com 0,5-3 cm. Machos pequenos e esbranquiçados, com 0,2-0,5 cm.
	- Cápsula bucal grande, com formato de taça e coroa franjada de 6-10 dentículos na base.
	- Esôfago claviforme e musculoso.
	- Aparecem em cópula permanente, com formato de Y. São os únicos encontrados na traqueia de aves domésticas.
	- Macho apresenta bolsa copuladora forte e queratinizada com dois espículos de 53-82µm. O corpo da fêmea termina em afilamento.
	- Abertura vulvar localizada no meio do corpo.
	- Ovos epsoidais de 70-100µm por 43-46µm, com opérculos no centro de ambas as extremidades.
	- Ciclo biológico: pode ser direto ou indireto. Após a ingestão dos ovos ou larvas, os adultos copulam na traqueia ou brônquios após sete dias da infecção e a fêmea faz a postura dos ovos. Os ovos são carreados dorsalmente pela traqueia junto ao muco em excesso que é produzido em resposta à infecção e podem ser expectorados para o meio ambiente ou podem ser deglutidos e eliminados nas fezes. No interior do ovo, há desenvolvimento de L1 a L3 e há liberação de L3 para o meio ambiente. O hospedeiro definitivo pode se infectar por ingestão do ovo com L3, ingestão de L3 livre no ambiente ou ingestão de um hospedeiro paratênico infectado com L3. As L3 ingeridas libertam-se das cutículas, atravessam a parede intestinal e, por meio da circulação, atingem o coração, pulmão e fígado, 4-6 horas pós-infecção. Nos pulmões, perfuram os capilares dos alvéolos e vão para os brônquios, bronquíolos e traqueia, onde realizam duas mudas em cerca de cinco dias com 1-2 mm de comprimento.
	- Período pré-patente: 3 semanas. Longevidade de 9 meses.
- Subfamília Stephanurinae: 
- Gênero Stephanurus: pequenos estrongilídeos.
- Espécie Stephanurus dentatus: 
- Hospedeiro definitivo: suínos e raramente bovinos.
	- Localização: rins e gordura perirrenal.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes grandes e robustos. Fêmeas com 3-4,5 cm e machos com 2-3 cm. Rosados. O tamanho e localização dos vermes são diagnósticos.
	- Cápsula bucal proeminente, em forma de taça, com duas projeções cuticulares anteriores transparentes, coroa franjada e dentículos na base.
	- Esôfago claviforme e musculoso.
	- Machos apresentam bolsa copuladora pequena com dois espículos que podem ser iguais de tamanho.
	- O corpo da fêmea termina em afilamento e a abertura vulvar é no meio do corpo.
	- Ovos medem 100µm por 60µm.
	- Ciclo biológico: os ovos saem na urina e, dentro de 24-48 horas, eclodem no solo. A L3 se desenvolve no interior do ovo em cerca de cinco dias e o hospedeiro definitivo pode se contaminar de três formas:
	- Oral: o suíno ingere a L3 livre no ambiente ou a minhoca que contém L3, que serve como transportadora de L3. A larva muda pra L4 na parede do estômago e, em três dias, vai ao fígado pela circulação sanguínea, ao intestino pelo sistema porta ou ao pulmão pelo sistema circulatório. No fígado, a L4 realiza sua muda final e os adultos jovens migram no parênquima por três meses ou mais. Os adultos jovens perfuram a cápsula de Glisson e migram na cavidade peritoneal até a região perirrenal, onde permanecem em cistos no tecido gorduroso em comunicação direta com os ureteres ou por canalículos e completam seu desenvolvimento. Os ovos são excretados junto com a urina.
	- Percutânea: as L3 penetram na pele escarificada e migram para os pulmões, onde se tornam L4, vão para aorta e atingem o fígado dentro de 40 dias. Migram 3-9 meses após esse período e amadurecem para L5. Os adultos jovens perfuram a cápsula de Glisson e migram na cavidade peritoneal para a região perirrenal, onde ficam em cistos no tecido gorduroso ou em comunicação dos cistos com os ureteres por canalículos e completam seu desenvolvimento. Os ovos são excretados junto com a urina.
	- Pré-natal: ocorre quando as L5 caem na cavidade peritoneal.
	- Período pré-patente: 6-19 meses. Longevidade varia dentre 2-3 anos.
- Família Chabertidae: 
- Subfamília Oesophagostominae: 
- Cápsula bucal retangular e pequena.
- Dilatações cuticulares.
- Presença de vesícula cefálica.
- Fêmeas põe até 10.000 ovos por dia.
- Gênero Oesophagostomum: 
- Espécies: 
- Oesophagostomum radiatum.
- Oesophagostomum columbianum.
- Oesophagostomum asperum.
- Oesophagostomum brevicaudum.
- Oesophagostomum dentatum.
- Oesophagostomum georgianum.
- Oesophagostomum granatensis.
- Oesophagostomum longicaudatum.
- Oesophagostomum multifoliatum.
- Oesophagostomum quadrispinulatum.
- Oesophagostomum venulosum.
- Espécie Oesophagostomum radiatum: 
	- Hospedeiro definitivo: bovinos e bubalinos.
- Localização: intestino grosso.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes brancos e delgados. Fêmeas medem 16-22 mm e machos 12-17 mm.
	- Cápsula bucal pequena, sem coroa externa e coroa interna com 40 dentículos triangulares.
	- Vesícula cefálica grande e asa cervical pouco desenvolvida. Apresentam papilas cervicais posteriores ao canal cervical.
	- Esôfago claviforme.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida com dois espículos médios.
	- Fêmeas terminadas em afilamento.
	- Ovos médios com 86µm por 49µm, têm formato de barril e 16-32 blastômeros quando passam pelas fezes.
	- A cauda das L3 apresenta longos filamentos.
	- Possuem 32 células intestinais e cabeça arredondada.
	- Ciclo biológico: a fase pré-parasitária é típica dos estrongilídeos. O primeiro hospedeiro definitivo ingere as L3, que penetram na mucosa do intestino delgado ou grosso, formando nódulos, onde há muda para L4. As L4 emergem para a superfície da mucosa e migram para o cólon e se desenvolvem até adultos. Em reinfecções, as L4 podem manter-se nos nódulos por até um ano.
	- Período pré-patente: 40 dias.
- Espécie Oesophagostomum columbianum: 
	- Hospedeiro definitivo: ovinos e caprinos.
- Localização: intestino grosso.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes adultos delgados e pequenos. Fêmeas com 15-22 mm e machos 12-17 mm.
	- Cápsula bucal pequena, com coroa dupla franjada e vesícula cefálica pouco desenvolvida.
	- Esôfago claviforme.
	- Com asa cervical bem desenvolvida e papilas cervicais.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e com dois espículos de tamanhos iguais.
	- Fêmeas terminadas em afilamento.
	- Ovos de tamanho médio, 73-89µm por 34-45µm, com formato de barril e 8-16 blastômeros quando passampelas fezes.
	- L3 possuem longos filamentos caudais, com 32 células intestinais e uma cabeça arredondada.
	- Ciclo biológico: a fase pré-parasitaria é típica dos estrongilídeos. O hospedeiro definitivo ingere as L3, que penetram na mucosa intestinal e ficam envoltas por nódulos, onde mudam para L4. As L4 emergem para a superfície da mucosa e migram para o cólon, onde se desenvolvem até a fase adulta. Em reinfecções, as L4 podem manter-se inativadas nos nódulos por até um ano. 
	- Período pré-patente: 45 dias.
- Espécie Oesophagostomum dentatum: 
	- Hospedeiro definitivo: suínos.
- Localização: intestino grosso.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes brancos e pequenos. Fêmeas medem 11-14 mm e machos 8-10 mm.
	- Cápsula bucal pequena e com coroa franjada dupla.
	- Vesícula cefálica proeminente, asa cervical praticamente ausente e com papilas cervicais.
	- Esôfago claviforme.
	- Machos com bolsa copuladora e dois espículos médios.
	- Fêmeas com cauda curta e terminadas em afilamento.
	- L3 menores que 600µm e com cauda menor que 60µm.
	- Ciclo biológico: a fase pré-parasitaria é típica dos estrongilídeos. O hospedeiro definitivo ingere a L3 ou pode haver penetração pela pele. As L3 penetram na mucosa intestinal e mudam para L4. As L4 emergem para a superfície da mucosa e migram para o cólon, onde se desenvolvem até a fase adulta. Na reinfecção, as larvas podem ficar inibidas como L4 no interior dos nódulos por até um ano, mas são poucos visíveis em suínos.
	- Período pré-patente: 45 dias.
- Superfamília Ancylostomatoidea: 
- Parasitam o intestino delgado.
- Família Ancylostomidae: 
- Presença de cápsula bucal na extremidade anterior.
- Forma característica de gancho das extremidades anteriores.
- Hematófagos.
- Subfamília Ancylostominae: 
- Cápsula bucal subglobular e com dentes.
- Esôfago claviorme e musculoso
- Gênero Ancylostoma: 
- Espécies:
- Ancylostoma caninum.
- Ancylostoma braziliense.
- Ancylostoma caylanicum.
- Ancylostoma tubaeforme.
- Espécie Ancylostoma caninum: 
- Hospedeiro definitivo: cães, raposas e ocasionalmente homem.
	- Localização: intestino delgado.
	- Características morfológicas: 
	- Fêmeas medem 15-20 mm e machos 12 mm. Coloração cinza-avermelhada. 
	- São curvados dorsalmente, postura característica em gancho.
	- Cápsula bucal subglobular grande com três pares de dentes marginais, um par de dentes ventrolateral e um canal dorsal.
	- Esôfago claviforme e musculoso.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida.
	- Ovos com formato de barril, com 56-75µm por 34-47µm e 2-8 blastômeros.
	- Ciclo biológico: direto. As larvas podem eclodir e desenvolver a L3 em cinco dias em condições ambientais favoráveis. A infecção ocorre por penetração cutânea ou ingestão dos vermes. Hospedeiros paratênicos podem ser importantes. Na infecção percutânea as larvas migram para os pulmões por meio da via sanguínea, onde se desenvolvem até a forma adulta. Se a infecção ocorrer por ingestão, as larvas podem penetrar a mucosa bucal, migrar para os pulmões ou ir diretamente ao intestino e tornarem-se patentes. Como os vermes são ovipositores prolíferos, um cão infectado pode chegar a eliminar milhões de ovos por dia durante várias semanas. Em cadelas suscetíveis, parte das L3 que migram até os pulmões vão para os músculos esqueléticos, onde ficam latentes. Quando a cadela emprenha, as L3 se reativam e são eliminadas no leite durante três semanas após o parto, infectando a ninhada. Normalmente há anemia grave em filhotes até a terceira semana de vida. Não há transmissão transplacentária.
	- Período pré-patente: 14-21 dias.
- Espécie Ancylostoma braziliense:
- Hospedeiro definitivo: cães e gatos.
	- Localização: intestino delgado.
	- Características morfológicas: 
	- Fêmeas medem 9-10 mm e machos 7,5 mm. Curvados dorsalmente.
	- Cápsula bucal subglobular profunda com dois pares de dentes, um grande e outro pequeno.
	- Esôfago claviforme e musculoso.
	- Machos com bolsa copuladora e dois espículos médios.
	- Ovos semelhantes aos de A. caninum. Medem 75-95µm por 41-45µm.
	- Ciclo biológico: semelhante ao ciclo de A. caninum. Com infecção oral e percutânea. Sem transmissão transmamária. Roedores podem atuar como hospedeiros paratênicos. 
- Período pré-patente: 14 dias.
- Subfamília Bunostominae: 
- Cápsula bucal mais retangular e pouco subglobular.
- Presença de estruturas cortantes chamadas lancetas.
- Gênero Bunostomum: 
- Espécies:
- Bunostomum phlebotomum
- Bunostomum trigonocephalum.
- Espécie Bunostomum phlebotomum (Monodontus phlebotomum):
- Hospedeiro definitivo: bovinos.
	- Localização: intestino delgado, jejuno anterior e/ou duodeno.
	- Características morfológicas: 
	- Mede 1-3 cm, robusto e de coloração cinza esbranquiçada.
	- São curvados dorsoventralmente.
	- Hematófagos.
	- Cápsula bucal semirretangular grande com uma abertura anterodorsal, com um par de lâminas cortantes na base e um grande cone dorsal interno. Ausência de dentes dorsais. Dois pares de lancetas pequenas na base.
	- Possui forma de gancho na extremidade anterior.
	- Esôfago claviforme e musculoso.
	- Machos com bolsa copuladora desenvolvida, com uma bifurcação dorsal e dois espículos longos e delgados.
	- Fêmeas apresentam abertura vulvar anterior á metade do corpo.
	- Ovos medem 97µm por 50µm, com 4-8 blastômeros.
	- Ciclo biológico: a infecção por L3 pode ocorrer por via percutânea ou oral. Após a penetração na pele, as L3 migram para os pulmões, onde se transformam em L4, e atingem o trato gastrointestinal em 11 dias. As larvas ingeridas não fazem migração pulmonar. As larvas continuam seu desenvolvimento no intestino.
	- Período pré-patente: 6 semanas após penetração e 10 semanas após ingestão.
- Espécie Bunostomum trigonocephalum (Monodontus trigonocephalum):
- Hospedeiro definitivo: ovinos e caprinos.
	- Localização: intestino delgado.
	- Características morfológicas: 
	- Semelhante às características de B. phlebotomum. Os ovos medem 90µm por 51µm com 4-8 blastômeros.
	- Ciclo biológico: semelhante ao ciclo de B. phlebotomum.
	- Período pré-patente: 4-8 semanas.
- Superfamília Trichostrongyloidea: 
- Vermes delgados e pequenos, geralmente capiliformes, parasitam o trato digestivo de mamíferos e aves, exceto Dictyocaulus.
- Cápsula bucal vestigial, com poucos apêndices cuticulares.
- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e dois espículos curtos e grossos, usado para diferenciar as espécies.
- Ciclo biológico direto (monoxeno), não migratório.
- Infecção por L3 encapsulada.
- Responsáveis por causar mortalidade considerável e morbidade frequente, principalmente em ruminantes. 
- Família Trichostrongylidae: 
- Ciclo bilógico geral: 
- Os ovos saem nas fezes e vão para o meio ambiente. Em condições favoráveis de temperatura e umidade, as L1 se desenvolvem. As L1 liberadas nas fezes se alimentam de organismos em decomposição e passam para L2 e L3 após sete dias da postura. As chuvas dispersam as L3 (forma infectante). Os hospedeiros definitivos se contaminam por ingestão da forma infectante. No rúmen, as larvas perdem sua bainha e vão ao abomaso ou intestino delgado, onde passam para L4, L5 e se tornam adultas. Os vermes adultos se fixam no local, copulam e a fêmea faz a postura. Período pré-patente de três semanas.
- As larvas migram verticalmente para a ponta do capim quando há umidade suficiente, mas os raios UV e a falta de umidade podem danificar as larvas e, nas horas mais quentes do dia, elas descem para se proteger. Durante a seca, algumas larvas sobrevivem penetrando o solo úmido.
- Haemoncus e Ostertagia possuem uma fase histiotrófica, onde as larvas L3 penetram no abomaso e passam para L4. As L4 retornam para a luz intestinal e fazem sua ultima muda para L5 e se tornam adultas.
- Gênero Trichostrongylus:
- Espécies: 
- Trichostrongylus axei.
- Trichostrongylus affinus.
- Trichostrongylus drepanoformis.
- Trichostrongylus colubriformis.
- Trichostrongylus capricola.
- Trichostrongylusextenuatus.
- Trichostrongylus falculatus.
- Trichostrongylus instabilis.
- Trichostrongylus longispicularis.
- Trichostrongylus probolurus.
- Trichostrongylus retortaeformis.
- Trichostrongylus rugatus.
- Trichostrongylus tenuis.
- Trichostrongylus vitrinus.
- Espécie Trichostrongylus axei (Trichostrongylus extenuatus):
- Hospedeiro definitivo: equinos, bovinos, ovinos, caprinos, suínos e ocasionalmente homem.
- Localização: estômago, abomaso.
	- Características morfológicas: 
	- Fêmeas medem 4-8 mm e machos 3-6 mm. São delgados e de coloração vermelho-acastanhada clara. Difíceis de serem vistos a olho nu.
	- Extremidade anterior afilada sem cápsula bucal.
	- Sem papilas cervicais.
	- Poro excretor situado em uma fenda visível na extremidade anterior.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e dois espículos, um grosso e outro fino. 
	- Presença de gubernáculo.
	- Raio dorsal no meio da bolsa.
	- Ciclo biológico: direto. A fase pré-parasitaria é típica do gênero. Fêmeas colocam 200 ovos por dia. Os ovos se desenvolvem em L3 dentro de 7-10 dias em condições favoráveis. Depois de ingeridas, as larvas penetram na mucosa do intestino delgado, onde realizam duas mudas e a L5 é encontrada no epitélio intestinal 2 semanas após o início da infecção. 
	- Período pré-patente: 3 semanas em ruminantes e 4 em equinos.
- Espécie Trichostrongylus colubriformis (Trichostrongylus instabilis): 
- Hospedeiro definitivo: bovinos, ovinos, caprinos, camelos e ocasionalmente suínos e homem.
	- Localização: duodeno e porção anterior do intestino delgado.
	- Características morfológicas: 
	- Fêmeas medem 5,5-7,5 mm e machos 4-5,5 mm.
	- Extremidade anterior afilada sem cápsula bucal.
	- Poro excretor situado em uma fenda visível na extremidade anterior.
	- Sem papilas cervicais.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida e dois espículos espessos pardos de forma e de tamanhos iguais.
	- Presença de gubernáculo.
	- Raio dorsal no meio da bolsa.
	- Ciclo biológico: direto. A fase pré-parasitaria é típica do gênero, mas o desencapsulamento da L3 ocorre no abomaso. Os ovos se desenvolvem em L3 em 1-2 semanas em condições favoráveis. Depois de ingeridas, as larvas penetram na mucosa do intestino delgado, onde realizam duas mudas e a L5 é encontrada no epitélio intestinal 10-12 dias após o início da infecção.
	- Período pré-patente: 2-3 semanas.
- Gênero Haemoncus: 
- Espécies: 
- Haemoncus contortus.
- Haemoncus similis.
- Haemoncus longistipes.
- Espécies Haemoncus contortus, H. placei:
- Hospedeiro definitivo: ovinos, caprinos e bovinos.
	- Localização: abomaso.
	- Características morfológicas: 
	- Os adultos são fáceis de identificar devido à localização especifica na porção glandular do abomaso e seu tamanho de 2-3 cm.
	- Extremidade anterior afilada, cápsula bucal pequena com uma lanceta minúscula no interior.
	- Presença de duas papilas cervicais proeminentes e espiniformes em machos e fêmeas.
	- Machos com bolsa copuladora com raio dorsal em posição assimétrica e forma de Y. Espículos com ganchos e presença de gubernáculo.
	- Fêmeas com apêndice linguiforme, grande e proeminente, na região vulvar, podendo ser também pequeno em forma de botão.
	- Tamanho dos ovos é de 74µm por 44µm, em formato de barril e vários blastômeros.
	- Larvas infectantes com 16 células intestinais, cabeça estreita e arredondada.
	- Ciclo biológico: direto. As fêmeas põem 15.000 ovos por dia. Os ovos passam para L1 no pasto e, em 5 dias, se desenvolvem em L3, podendo levar até semanas ou meses para seu desenvolvimento quando estão em temperaturas e ambientes mais frios. Após a ingestão e o desencapsulamento no rúmen, as larvas realizam duas mudas no interior das glândulas gástricas. Até desenvolverem a última muda, penetram na mucosa e se alimentam de sangue. Os adultos migram livremente na superfície da mucosa. 
	- Período pré-patente: 2-3 semanas em ovinos e 4 semanas em bovinos .
- Espécies Haemoncus similis:
- Hospedeiro definitivo: bovinos.
	- Localização: abomaso.
	- Características morfológicas: 
	- Adultos medem 2-3 cm e tem coloração avermelhada.
	- Presença de duas papilas cervicais.
	- Machos possuem bolsa copuladora com raio dorsal em posição assimétrica e em forma de taça.
	- Espículos de ponta fina e presença de gubernáculo.
	- Fêmeas possuem um apêndice vulvar característico, que pode ser linguiforme ou em forma de botão.
	- Ciclo biológico: semelhante ao ciclo de tricostrongilídeos.
	
- Gênero Cooperia: 
- Espécies: 
- Cooperia oncophora.
- Cooperia pectinata.
- Cooperia punctata.
- Cooperia curticei.
- Cooperia surnabada.
- Espécies Cooperia oncophora: 
- Hospedeiro definitivo: bovinos, ovinos e caprinos.
- Localização: intestino delgado.
	- Características morfológicas: 
	- Fêmeas medem 6-8 mm e machos 5,5-9 mm. De coloração rosa.
	- Vesícula cefálica pequena e com estrias transversais na região do esôfago.
	- Extremidade anterior afilada.
	- Dilatações cuticulares cefálicas.
	- Fêmeas com cauda longa terminada em afilamento.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida. Espículos com dentes na asa caudal.
	- Ausência de gubernáculo.
	- Aspecto de vírgula.
	- Hematófagos.
	- Ovos ovais e delgados.
	- Ciclo biológico: direto. As fêmeas põem até 3.000 ovos por dia. Após a ingestão de L3, há migração para as criptas intestinais, onde realizam duas mudas e os adultos se desenvolvem na mucosa e superfície epitelial do intestino delgado. Para o estágio de vida livre, necessitam de umidade.
	- Período pré-patente: 3 semanas.
- Espécies Cooperia pectinata: 
- Hospedeiro definitivo: bovinos.
	- Localização: intestino delgado.
	- Características morfológicas: semelhantes às características de C. oncophora. Os machos medem 7-8 mm e as fêmeas 7,5-10 mm.
	- Ciclo biológico: semelhante ao ciclo de C. oncophora.
- Espécies Cooperia punctata: 
- Hospedeiro definitivo: bovinos.
	- Localização: intestino delgado.
	- Características morfológicas: semelhante às características de C. oncophora. Os machos medem 4,5-6 mm e fêmeas 6-8 mm.
	- Ciclo biológico: semelhante ao ciclo de C. oncophora.
	- Período pré-patente: 2-3 semanas.
- Gênero Ostertagia: 
- Espécies: 
- Ostertagia ostertagi.
- Ostertagia circumcincta.
- Ostertagia lepstospicularis.
- Ostertagia marshalli.
- Ostertagia spiculoptera.
- Ostertagia tricuspis.
- Ostertagia trifurcata.
- Gênero Teladorsagia: 
- Espécies: 
- Teladorsagia circumcincta.
- Teladorsagia davtian.
- Espécies Ostertagia ostertagi (Ostertagia lyrata, Skrjabinagia lyrata): 
- Hospedeiro definitivo: bovinos, ovinos e ocasionalmente caprinos.
	- Localização: abomaso.
	- Características morfológicas: 
	- Adultos delgados. Fêmeas medem 8-9 mm e machos 6-8 mm. De coloração marrom-avermelhada.
	- Extremidade anterior afilada, com estrias transversais.
	- Pequena cavidade bucal. Presença de papilas cervicais.
	- Presença de gubernáculo.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida com espículos levemente curvados e trifurcados.
	- Fêmeas com vulva situada a 1,5 mm da extremidade posterior, recoberta por uma expansão cuticular chamada de processo vulvar.
	- A L4 invade a mucosa do abomaso e pode levar a hipobiose.
	- Têm espículos terminados em três processos em forma de gancho. O. trifurcata tem terminação em ponta forte.
	- Ciclo biológico: direto. Fêmeas colocam 200 ovos por dia. Os ovos saem com as fezes, onde se desenvolvem na forma infectante L3 em condições ambientais favoráveis dentro de duas semanas. Quando há umidade, L3 migram das fezes para a vegetação. Após sua ingestão, as L3 se desencapsulam no rúmen e realizam duas mudas na luz das glândulas gástricas. As L5 emergem para a superfície da mucosa das glândulas 18 dias após o início da infecção, onde há diferenciação. O ciclo se completa em cerca de três semanas, mas em algumas circunstâncias as L4 podem permanecer em hipobiose e têm o desenvolvimento inibido por um período de até 6 meses dependendo doclima.
- Espécies Ostertagia circumcincta (Teladorsagia circumcincta): 
- Hospedeiro definitivo: ovinos e caprinos.
	- Localização: abomaso.
	- Características morfológicas: 
	- Fêmeas medem 8-10 mm e machos 6-8 mm. Coloração marrom-avermelhada.
	- Cauda terminando em afilamento, com extremidade arredondada com 4-5 estrias transversais.
	- Pequena cavidade bucal com presença de papilas cervicais.
	- Presença de gubernáculo em forma de raquete.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida, com espículos de comprimento variável, geralmente longos e delgados. Extremidade posterior bifurcada, com ramificações de tamanhos iguais. Terceira ramificação mais curta e de difícil identificação que se origina em frente à bifurcação.
	- Fêmeas com vulva recoberta por uma expansão cuticular chamada de processo vulvar.
	- Ciclo biológico: as fases de vida livre e parasitária são semelhantes às de O. ostertagi.
	
- Gênero Hyostrongylus: 
- Espécie Hyostrongylus rubidus: 
	- Hospedeiro definitivo: suínos.
- Localização: estômago.
	- Características morfológicas: 
	- Vermes avermelhados e delgados. Fêmeas medem 6-10 mm e machos 5-7 mm.
	- Corpo com estrias verticais e longitudinais.
	- Vesícula cefálica pequena e espículos semelhantes aos de O. ostertagi, contendo apenas dois ramos distais.
	- Extremidade anterior afilada.
	- Esôfago alongado.
	- Papilas cervicais.
	- Machos com bolsa copuladora bem desenvolvida com espículos iguais, curtos e gubernáculos em formato de agulha.
	- Papilas pré-bursais.
	- Vulva com abertura no terço posterior do corpo.
	- Ovos medem 71-78µm por 35-42µm, difíceis de serem diferenciados dos ovos de Oesophagostomum.
	- Ciclo biológico: os estágios de vida livre e parasitária são semelhantes aos de Ostertagia. A infecção se dá pela ingestão de L3. Na porca, a L4 em hipobiose pode se desenvolver durante a gestação, havendo queda de imunidade, e/ou durante a lactação, ocorrendo o aumento de ovos nas fezes. 
	- Período pré-patente: 3 semanas.
- Família Dictyocaulidae: 
- Subfamília Dictyocaulinae: 
- Características morfológicas: 
- Raios bursais bem desenvolvidos com raios fusionados.
- Espículos curtos e reticulados, grossos e iguais.
- Ciclo direto, com ausência de hospedeiro intermediário.
- Extremidade anterior com papilas cefálicas.
- Medem 5-10 cm.
- Ciclo biológico: direto. A postura dos ovos larvados pelas fêmeas ovovivíparas ocorre nos brônquios e bronquíolos e podem se expandir para o ambiente pela cavidade nasal ou oral. Os ovos são deglutidos e no tubo digestivo eclodem a L1, que sai nas fezes e se alimenta de bactérias. Passa para L2 e L3 e não perde a cutícula da L2. O hospedeiro definitivo se infecta por ingestão de L3 nas pastagens. A L3 é liberada no intestino, penetra na mucosa e migra até o pulmão através da via linfática e vasos pulmonares. Nos gânglios linfáticos ocorre a muda para L4, que vai ao coração e ao pulmão, onde penetra no parênquima pulmonar e passa para L5. A L5 vai aos brônquios e bronquíolos para sofrer maturação sexual e postura.
- Gênero Dictyocaulus:
- Dictyocaulus viviparus.
- Dictyocaulus filaria.
- Dictyocaulus arnfield.
- Dictyocaulus eckerti.
- Espécie Dictyocaulus viviparus:
- Hospedeiro definitivo: bovinos.
- Localização: brônquios e traqueia.
- Características morfológicas:
- Vermes finos filiformes. Fêmeas medem 6-8 cm e machos 4-5,5 cm.
- Boca trilabiada.
- Esôfago filiforme.
- Raio bursal da bolsa copuladora em forma de V.
- L1 medem 300-360µm, células intestinais contendo vários grânulos de cromatina.
- Ciclo biológico: as fêmeas são ovovivíparas, produzem ovos com larvas totalmente desenvolvidas em seu interior. As L1 migram para a traqueia, são deglutidas e saem com as fezes. As larvas nas fezes frescas são diferenciadas, lentas e células intestinais são preenchidas com grânulos marrom-escuras. A alimentação nos estágios pré-parasitários não é necessária. Em condições favoráveis, a L3 se desenvolve em cinco dias, normalmente leva mais tempo. As L3 alcançam a forragem pela motilidade própria ou por intervenção do fungo Pilobolus. Após a ingestão, as L3 penetram na mucosa intestinal e passam aos linfonodos mesentéricos, onde realizam a muda para L4. As L4 alcançam os pulmões e alvéolos por meio da linfa e do sangue uma semana após o início da infecção. A muda final ocorre nos bronquíolos alguns dias depois e a maturação ocorre nos brônquios. 
- Período pré-patente: 3-4 semanas.
- Espécie Dictyocaulus filaria:
- Hospedeiro definitivo: ovinos e caprinos.
- Localização: pulmões.
- Características morfológicas:
- Vermes brancos. Fêmeas medem 6-10 cm e machos 4-8 cm. Possuem uma banda escura visível no intestino.
- Boca trilabiada.
- Esôfago filiforme.
- Raio bursal da bolsa copuladora em forma de V.
- As L1 são semelhantes ás de D. viviparus.
- Ciclo biológico: semelhante ao ciclo de D. viviparus. Os ovos liberados pelas fêmeas contêm L1 e a longevidade varia de 6-9 meses no ambiente.
- Período pré-patente: 4-5 semanas.
- Espécie Dictyocaulus arnfield:
- Hospedeiro definitivo: asininos, equídeos e ocasionalmente equinos.
- Localização: pulmões.
- Características morfológicas:
- Os adultos são afilados e esbranquiçados. Fêmeas medem 6,5 cm e machos 3,5 cm.
- Boca trilabiada.
- Esôfago filiforme.
- Raio bursal da bolsa copuladora se bifurca no ápice em forma de Y.
- Machos têm bolsa copuladora pequena, com espículos iguais, curtos e levemente curvados.
- Os ovos embrionados medem 80-100µm por 50-60µm.
- As L1 medem 290-480µm, com uma protuberância posterior.
- Ciclo biológico: ainda não há detalhes sobre o ciclo, mas é semelhante ao de D. viviparus em alguns aspectos. Os vermes adultos são encontrados nos bronquíolos e os ovos com L1 são expelidos e deglutidos, sendo eliminados nas fezes. As infecções patentes ocorrem comumente em asininos. Em equinos, são acometidos potros e animais de um ano. Em equinos adultos dificilmente os vermes atingem a maturidade sexual.
- Período pré-patente: 2-3 meses.
- Subfamília Nematorinae:
- Gênero Nematodirus: 
- Espécies:
- Nematodirus abnormalis.
- Nematodirus battus.
- Nematodirus filicollis.
- Nematodirus helvetianus.
- Nematodirus lamae.
- Nematodirus mauritanicus.
- Nematodirus spathiger.
- Hospedeiro definitivo: ruminantes.
- Localização: intestino delgado.
- Características morfológicas:
- Vermes delgados, medem 2 cm. O entrelaçamento da um aspecto de algodão em rama.
- Vesícula cefálica pequena e diferenciada.
- Espículos longos e finos, de extremidades fundidas.
- Machos têm dois conjuntos de raios paralelos em cada lobo bursal, exceto N. battus.
- Fêmeas possuem cauda truncada com pequeno espinho. 
- Ovos grandes, ovoides e incolores.
- Ciclo biológico: a fase pré-parasitária é única nos tricostrongilídeos devido ao desenvolvimento em L3 no interior do ovo e leva no mínimo dois meses.
- Superfamília Metastrongyloidea: 
- Em sua maioria, habitam os pulmões ou vasos adjacentes a eles.
- O ciclo evolutivo típico é indireto e o hospedeiro intermediário geralmente é um molusco.
- Gênero Metastrongylus: 
- Espécies:
- Metastrongylus apri (elongatus)
- Metastrongylus salmi
- Metastrongylus pudencotectus 
- Hospedeiro definitivo: suínos.
- Hospedeiro intermediário: minhocas.
- Localização: pequenos brônquios e bronquíolos, especialmente os dos lobos posteriores dos pulmões.
- Características morfológicas: 
- Vermes brancos, delgados, medem até 6 cm.
- Os ovos têm casca espessa, irregulares e são larvados quando postos.
- Ciclo biológico: os ovos são resistentes a temperaturas frias e podem sobreviver por mais de um ano no solo. Sua eclosão é quase imediata quando o hospedeiro intermediário ingere a L1. Na minhoca o desenvolvimento até L3 demora cerca de 10 dias em temperaturas de 22-26ºC. A longevidade da L3 na minhoca é semelhante à do hospedeiro, pode ser de até 7 anos. Os suínos se infectam por ingestão de minhocas e as L3, quando digeridas, são liberadas, seguem para os linfonodosmesentéricos, mudam para L4 e atingem os pulmões através da via linfático-vascular. A muda final ocorre após a chegada às vias aéreas
- Período pré-patente: 4 semanas.
- Gênero Muellerius: 
- Hospedeiro definitivo: ovinos e caprinos.
- Hospedeiro intermediário: caramujos e lesmas.
- Localização: pulmões, encontrado nos alvéolos.
- Características morfológicas: 
- Vermes capilares castanhos e medem 1-3 cm.
- Difíceis de serem discernidos a olho nu porque ficam enterrados no tecido pulmonar.
- Ciclo biológico: os vermes são ovovivíparos. As L1 são eliminadas nas fezes, penetram na região podálica do hospedeiro intermediário e se desenvolvem em L3 dentro de 2-3 semanas. Os ovinos se infectam por meio da ingestão do molusco infectado. As L3 são liberadas por digestão e seguem para os pulmões através das via linfático-vascular. As mudas ocorrem nos linfonodos mesentéricos e nos pulmões. 
- Período pré-patente: 10 semanas.
- Gênero Protostrongylus: 
- Hospedeiro definitivo: ovinos e caprinos.
- Hospedeiro intermediário: caramujos.
- Localização: pulmões, encontrado em pequenos bronquíolos.
- Características morfológicas: 
- Vermes capilares castanhos e medem 1-3 cm.
- Difíceis de serem discernidos a olho nu porque ficam enterrados no tecido pulmonar.
- Ciclo biológico: os vermes são ovovivíparos. As L1 são eliminadas nas fezes, penetram na região podálica do hospedeiro intermediário e se desenvolvem em L3 dentro de 2-3 semanas. Os ovinos se infectam por meio da ingestão do molusco infectado. As L3 são liberadas por digestão e seguem para os pulmões através da via linfático-vascular. As mudas ocorrem nos linfonodos mesentéricos e nos pulmões.
- Período pré-patente: 5-6 semanas.
- Gênero Oslerus (Filaroides): 
- Espécie Oslerus osleri:
- Hospedeiro definitivo: cães domésticos e silvestres.
- Localização: parênquima pulmonar, inclusos em nódulos fibrosos na traqueia, na região da bifurcação e nos brônquios adjacentes.
- Características morfológicas: 
- Vermes pequenos, delgados e pálidos. Medem até 1,5 cm.
- Ciclo biológico: ciclo direto. As fêmeas são ovovivíparas. A maioria dos ovos eclode na traqueia. Muitas larvas são tossidas, deglutidas e eliminadas nas fezes. A infecção pode ocorrer por meio da ingestão. Comumente ocorre transmissão quando uma cadela infectada lambe o filhote e transmite as L1 recém-eclodidas que estão na saliva. Após a ingestão, a primeira muda ocorre no intestino delgado e as L2 seguem para os pulmões através da via linfático-vascular. O desenvolvimento até L5 ocorre nos alvéolos e brônquios e os adultos migram para traqueia. 
- Período pré-patente: 10-18 semanas.
- Gênero Filaroides: 
- Espécies:
- Filaroides milksi.
- Filaroides hithi.
- Hospedeiro definitivo: cães domésticos e carnívoros silvestres.
- Localização: parênquima pulmonar.
- Características morfológicas: 
- Vermes pequenos, finos, capilares e acinzentados.
- Não é difícil vê-los a olho nu no parênquima pulmonar.
- Ciclo biológico: são ovovivíparos. As L1 eclodidas são eliminadas nas fezes ou expelidas na saliva. A infecção pode ser adquirida por ingestão de larvas fecais. Acredita-se que a via de transmissão importante seja por transferência de L1 na saliva da cadela ao lambe o filhote. 
- Período pré-patente: 5 semanas.
- Gênero Aelurostrongylus: 
- Espécie Aelurostrongylus abstrusus:
- Hospedeiro definitivo: gatos.
- Hospedeiro intermediário: moluscos.
- Localização: parênquima pulmonar e pequenos bronquíolos.
- Características morfológicas: 
- Vermes, ovos e larvas ficam aglomeradas por todo tecido pulmonar.
- Medem cerca de 1 cm. São finos e delicados.
- Ciclo biológico: os vermes são ovovivíparos. As L1 são eliminadas nas fezes, penetram na região podálica do hospedeiro intermediário e se desenvolvem em L3 infectantes. Nesse estágio, o molusco pode ser ingerido por hospedeiros paratênicos, como aves e roedores. O gato se infecta por ingestão de hospedeiros infectados com L3, que são liberadas no trato digestivo e seguem para os pulmões através da via linfática ou sanguínea. 
- Período pré-patente: 4-6 semanas.
- Gênero Angiostrongylus: 
- Espécie Angiostrongylus vasorum:
- Hospedeiro definitivo: cães.
- Hospedeiro intermediário: caramujos terrestres e lesmas.
- Localização: ventrículo direito e artéria pulmonar.
- Características morfológicas: 
- Vermes delgados. Medem até 2,5 cm.
- Na fêmea os ovos brancos enrolam-se em volta do intestino vermelho.
- Ciclo biológico: vivíparos. Os vermes adultos nos vasos pulmonares fazem a postura dos ovos que são transportados aos capilares, onde eclodem. As L1 entram nos alvéolos, migram para traqueia e trato digestivo, sendo eliminadas nas fezes. Ocorre desenvolvimento após a entrada no hospedeiro intermediário e o estágio infectante é atingido em 17 dias. Após a ingestão do molusco, as L3 são liberadas por digestão, seguem para os linfonodos adjacentes ao trato digestivo, onde fazem as mudas, e vão para o lugar de predileção. As L3 podem ser encontradas no fígado.
- Período pré-patente: 7 semanas.
- Gênero Crenosoma: 
- Espécie Crenosoma vulpis:
- Hospedeiro definitivo: cães e raposas de propriedades rurais.
- Hospedeiro intermediário: caramujos terrestres.
- Localização: traqueia, brônquios e bronquíolos.
- Características morfológicas: 
- Vermes brancos e delgados. Medem até 1,5 cm.
- Presença de pregas anulares da cutícula e em suas bordas apresenta pequenos espinhos voltados para trás.
- Ciclo biológico: ovovivíparos. As L1 são eliminadas nas fezes. Após a ingestão do hospedeiro intermediário pelo hospedeiro definitivo, as L3 são liberadas por meio da digestão e seguem para os pulmões, onde realizam as mudas. 
- Período pré-patente: 19 dias.

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