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Procedimentos Penais

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PROCESSO PENAL
PROCEDIMENTOS PENAIS
Procedimento =/= Processo
Procedimento é variável, é a forma como o processo se desenvolve.
CPP divide os procedimentos de acordo com o Art. 394, CPP: 
Art. 394.  O procedimento será comum ou especial. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 1o  O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 2o  Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo disposições em contrário deste Código ou de lei especial. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 3o  Nos processos de competência do Tribunal do Júri, o procedimento observará as disposições estabelecidas nos arts. 406 a 497 deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 4o  As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que não regulados neste Código. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        § 5o  Aplicam-se subsidiariamente aos procedimentos especial, sumário e sumaríssimo as disposições do procedimento ordinário. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Comum:
Ordinário (Art. 394, § 1º, I, CPP)
I - ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Sumário (Art. 394, § 1º, II, CPP)
II - sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Sumaríssimo – Lei 9.099/95 (Art. 394, § 1º, III, CPP) (Há divergências)
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Especiais:
Falimentares
Tóxicos
Lei Maria da Penha
PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO:
Inciso IV – porque alguém só é absolvição caso tenha sido enfrentado o mérito.
CITAÇÃO:
Art. 363, CPP.
Art. 363.  O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
Conceito – é o ato pelo qual o Réu ou Querelado é integrado à relação processual.
Natureza Jurídica – alguns autores sustentam que é pressuposto de validade do processo.
- Espécies de citação:
Real (ou pessoal):
Por mandado – essa é a regra no processo penal. O oficial de justiça vai ao local onde estiver o denunciado, cita e deixa a contra-fé. (Art. 351 e 357, CPP).
Art. 351.  A citação inicial far-se-á por mandado, quando o réu estiver no território sujeito à jurisdição do juiz que a houver ordenado.
Art. 357.  São requisitos da citação por mandado:
        I - leitura do mandado ao citando pelo oficial e entrega da contrafé, na qual se mencionarão dia e hora da citação;
        II - declaração do oficial, na certidão, da entrega da contrafé, e sua aceitação ou recusa.
OBS: Processo civil a regra é via postal. O prazo de 10 dias para responder é contado a partir da juntada do mandado e no processo penal começa a partir do dia que foi citado. TEORICAMENTE NÃO EXISTE CITAÇÃO POR TELEFONE.
Precatória/Rogatória – quando o denunciado reside em endereço fixo fora do distrito da culpa.
Ficta:
Hora certa (V. Arts. 227 e 229, CPC e 362, CPP) – introduzida pela Lei 11.719/08.
Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação, na hora que designar.
Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma, dando-lhe de tudo ciência.
Edital – ultimo recurso, o réu não foi encontrado. “Lugar incerto e não sabido”. (Art. 361 ao 365, CPP)
Art. 361.  Se o réu não for encontrado, será citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) dias.
 - Casos especiais de citação:
Militar (Art. 358, CPP) – Na pessoa de seu superior, segundo o código. Mas na prática o OJ cita o militar direto.
Art. 358.  A citação do militar far-se-á por intermédio do chefe do respectivo serviço.
Funcionário Público (art. 359, CPP) – ao chefe, em garantia do Princípio da Continuidade previsto na Administração Pública. Mas acontece de citar o próprio funcionário.
Art. 359.  O dia designado para funcionário público comparecer em juízo, como acusado, será notificado assim a ele como ao chefe de sua repartição.
Art. 368, CPP
(V. 780, 783 e ss., CPP)
Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Citação do Réu preso – citado no estabelecimento prisional.
REVELIA E SUSPENSÃO DO PROCESSO (ART. 366, CPP):
Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o caso, decretar prisão preventiva, nos termos do disposto no art. 312.  (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996) 
Consequência – não intimação do acusado aos atos subsequentes do processo.
Citado por edital e o acusado não comparece e nem constitui o advogado para oferecer a resposta, suspende-se o processo e a prescrição.
OBS: Citado por mandado e o acusado não compareceu, será considerado revel.
O processo e a prescrição ficarão suspensos pelo máximo da pena cominada em abstrato de acordo com o art. 109, CP.
Ex.: Crime de furto – pena máxima em abstrato é de 4 anos. Pelo art. 109, CP o crime prescreve em 8 anos, portanto, o máximo que o processo e a prescrição ficarão suspensos serão por 8 anos.
INTIMAÇÃO
Conceito - dar conhecimento da prática dos demais atos do processo.
Pessoal (Art. 370, CPP);
Art. 370. Nas intimações dos acusados, das testemunhas e demais pessoas que devam tomar conhecimento de qualquer ato, será observado, no que for aplicável, o disposto no Capítulo anterior. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
Real (Art. , CPP) – intimação ao advogado por meio da imprensa (Diário Oficial).
OBS¹ - Advogado Dativo a Intimação é feita pessoalmente, não tendo que acompanhar pelo D.O.
OBS²: Os prazos do Defensor Público são sempre em dobro (Art. 44, inciso I, LC 80/94).
STF – não vale para o NPJ ou escritório-modelo.
OBS: Intimação do Promotor também é pessoal.
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
Embora a lei não fale, é melhor incluir no Art. 397 as excludentes supralegais.
Art. 397.  Após o cumprimento do disposto no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o juiz deverá absolver sumariamente o acusado quando verificar: (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
        I - a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        II - a existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        III - que o fato narrado evidentemente não constitui crime; ou (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
        IV - extinta a punibilidade do agente. (Incluído pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 397, II, CPP – manifesta exclusão da culpabilidade.
Art. 397, III, CPP – quandoo fato for atípico.
OBS: Alguns autores incluem os crimes insignificantes (Princípios da Bagatela).
Art. 397, IV, CPP – Impropriedade técnica. Ex.: prescrição.
V. art. 107, CP
V. art. 121, § 5º, CP
V. art. 129, § 8º, CP
V. art. 180, § 3º, CP
OBS: O Art. 397, CPP é semelhante ao julgamento antecipado da lide.
Art. 400, CPP – AIJ
Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
O acusado pode ser ouvido por precatório.
A ordem presente no artigo é taxativo, ou seja, deve ser seguido, sob pena de arguição de nulidade.
PROCEDIMENTO SUMÁRIO (Art. 394, § 1º, II, CPP)
Diferenças para o Procedimento Ordinário:
A AIJ deve ser designada no prazo de 30 dias, e não de 60;
O numero de testemunhas é de 5, e não de 8 (o número de testemunhas se dá por fato imputado ao acusado);
Havendo qualquer omissão, aplica-se as normas do procedimento comum ordinário.
JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL (Art. 394, § 1º, III, CPP)
Rito presente na Lei 9.099/95 e na Lei 10.259/01 (Juizado Especial Federal).
Tornou os crimes de lesão corporal leve em crimes culposos, deixando de ser doloso (Art. 88, Lei 9.099/95).
Instituiu a composição civil dos danos.
Instituiu a Suspensão Condicional do Processo (Art. 89, Lei 9.099/95).
Instituiu a transação penal.
A ideia é promover a conciliação entre a vítima e o autor do fato por meio de composição.
OBS: O professor é contra pelo fato do processo penal não ser lugar no qual a vítima deva de alguma forma figurar e acabar se submetendo a algum tipo de constrangimento.
- Competência:
Para infrações de menor potencial ofensivo, contravenções penais, ou seja, cuja pena mínima não ultrapasse dois anos (Art. 61). Trabalha-se com quantidade de pena dos crimes.
OBS: Os benefícios (Institutos despenalizadores) se aplicam mesmo quando não se está diante dos crimes do JECrim, quando por exemplo, deslocado por conexão ou continência.
Ex.: Um juiz que comete crime de menor potencial ofensivo, logo, de competência do Jecrim, mas por conta do foro por prorrogativa de função, é afastada a competência, mas ainda assim são oferecidos os benefícios, como a transação penal ou o SUSPRO.
Exceção:
Art. 41 da Lei Maria de Penha não permite a utilização dos benefícios do juizado.
Art. 90-A - Não se aplicam os institutos despenalizadores na justiça militar.
Rito:
Cometido um crime de menor potencial ofensivo, é lavrado um Termo Circunstanciado (Art. 69).
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
A lavratura do termo impede a lavratura do auto de prisão em flagrante (mas não o extinguiu) se o acusado se comprometer a comparecer ao juizado para responder os atos judiciais para os quais for intimado (Art. 69, p. ú.).
Parágrafo único. Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer, não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança. Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida de cautela, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a vítima. (Redação dada pela Lei nº 10.455, de 13.5.2002))
(O TC é um mini inquérito)
O TC é o início da persecução penal.
Na ação penal privada e na pública condicionada a representação a composição gera a extinção da punibilidade. Esta composição civil possui efeito de Título Executivo Judicial, podendo ser executado na esfera cível.
Por outro lado, a composição civil dos danos na ação pública incondicionada não extingue a punibilidade.
Não havendo composição, é oferecido ao autor do fato a chamada transação penal.
OBS: a transação penal só vai existir se não for caso de arquivamento, ou seja, se tiver realmente ocorrido crime ou que haja provas contra o acusado.
A Teoria Majoritária, sendo seguida pela Professora Ada Pellegrini e pelo STF, entende que a natureza jurídica da transação penal é pré-processual, que o seu descumprimento gera oferecimento da denúncia.
OBS: Não implica assunção de culpa.
E a minoritária (Pacceli), a natureza jurídica é um direito subjetivo público do acusado.
Outros sustentam que é uma condição específica da ação penal.
E, ainda, há que sustente que seja uma discricionariedade do Ministério Público.
O professor, assim como o Professor Afrânio, sustenta que seja uma forma de exercício da ação penal.
A transação penal fere o princípio de que não existe pena sem processo (NULA PETITA), então não pode ser considerado pré-processual, pois a transação penal pode ser considerada pena.
A sentença que homologa a transação penal tem natureza condenatória.
PROCEDIMENTO NA LEI DE TOXICOS (Lei 11.343/06)
Não houve descriminização do uso de drogas.
Há uma rigidez para o traficante, enquanto que um alívio para o usuário.
Rito: 
Se o sujeito for preso em flagrante, o auto é imediatamente remetido para o juiz, que abrirá vista em 24h para o Ministério Público (Art. 50, § ú).
Quando o Réu estiver preso, o inquérito tem o prazo de 30 dias para ser concluído. Estando o Réu solto, tem prazo de 90 dias.
Pode haver ação controlada, incorrendo em flagrante postergado.
Vista ao MP com prazo de 10 dias para:
Requerer o arquivamento;
Requisitar novas diligências;
Oferecer denúncia arrolando no máximo 5 testemunhas e requerer mais provas se achar necessário.
Oferecida a denúncia, o acusado irá oferecer sua defesa prévia no prazo de 10 dias contados a partir da intimação, podendo arrolar até 5 testemunhas.
Todas as exceções são processadas em autos apartados.
Caso não haja defesa prévia, terá de ser nomeado defensor para oferecê-la. Não pode não haver defesa prévia.
Se entender imprescindível, o juiz, no prazo máximo de 10 dias, determinará a apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícia (Art. 55, § 5º - Na prática não é feito).
Recebida a denúncia, é marcada AIJ (Art. 56). Na qual primeiro interroga-se o acusado, depois as testemunhas, debates orais (se for por alegações finais [memoriais] o juiz terá o prazo de 10 dias para proferir a sentença).
Após a sentença o juiz mandará destruir a droga.
Se o tráfico for para o exterior será de competência da justiça federal.

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