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Guerras Biológicas e Imunidade

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Guerras Biológicas 
e 
Imunidade
Alunos: Diamilla Fernandes, Moises Siqueira, Rayane Andrade, Thayanara Finote.
Professor: Alexandre Bittencourt
Imunologia- 4ºPeriodo
Ciências Biológicas
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O que seria uma Guerra Biológica ?
		A Guerra biológica consiste no uso de microorganismos ou de toxinas, como arma de guerra para incapacitar ou matar um adversário. A ciência sempre esteve associada á necessidade de promover o bem da humanidade, porém o conhecimento pode ser utilizado com objetivos maliciosos. Um exemplo é a utilização de microrganismos Patogênicos manipulados laboratorialmente com a intenção de desestruturar uma nação
inimiga. 
		
		Uma vez que qualquer microrganismo infeccioso pode ser utilizado como bioarma, os de maior preferências e relacionam-se com gravidade do impacto causado na saúde pública, a taxa de indivíduos infectados e mortalidade, a facilidade da produção em massa e seus custos, a capacidade de induzir o pânico público com consequente a dificuldade de medidas preventivas. Tais como : Anthrax, Botulismo, Varíola. 
		
		
 
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 	Sabemos que na antiguidade e na Idade Média a Guerra Biológica era praticada através do uso das substâncias tóxicas originárias de organismos vivos. Os Exércitos usavam corpos em decomposição para contaminar os abastecimento de água de uma cidade, ou atiravam dentro das muralhas inimigas cadáveres de vítimas de doenças como varíola ou peste bubônica (conhecida na Idade Média como peste negra).
	A criação e armazenamento de armas biológicas foi proibida pela Convenção sobre Armas Biológicas (BWC) de 1972. Até maio de 1997, o acordo foi assinado por 159 países, dos quais 141 já reafirmaram inclusive o Brasil. Este acordo é evitar o devastador impacto de um ataque bem sucedido, que poderia resultar em milhares, possivelmente milhões de mortes. No entanto, a convenção proíbe somente a criação e o armazenamento, mas não o uso destas armas. O consenso entre analistas militares é que, exceto no contexto do bioterrorismo, a guerra biológica tem uma aplicação militar bastante limitada.
	
	No início de outubro de 2001, num ato de bioterrorismo, alguém enviou pelo correio norte-americanos cinco cartas contendo esporos do Bacillus anthracis, o agente não efetivo do antraz ou carbúnculo. Uma doença de animais domésticos, comum em áreas rurais em todo o mundo. É transmitida por esporos de bacilos que se multiplicam nos corpos de animais mortos e penetram no solo onde permanecem viáveis por anos uma doença infecciosa aguda altamente letal.
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	Embora ANTHRAX possa ser achado globalmente, é mais frequente em países com programas de saúde públicos menos unificados e efetivos. Áreas atualmente listadas como Alto risco são América do Sul e América Central, Europa Meridional e Oriental, Ásia, África, Caribe, e o Oriente Médio. 
	Até 20 de novembro de 2008, apenas os seguintes países não tinham ratificado a Convenção: Angola, Bahamas, Coreia do Norte, Egito, Iraque, Israel, Myanmar, República Dominicana, Síria, Somália. 
Infecção pelo ANTHRAX 
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	Os leucócitos têm a função de combater agentes causadores de
doenças, capturando os microorgamismos estranhos ao organismo. 
São eles também que produzem anticorpos contra doenças. No entanto, alguns fatores podem diminuir a quantidade dessas células de defesa no sangue, nos deixando mais desprotegidos. Quando há uma alteração no sistema imune e as células não conseguem responder ao agente agressor, seja ele um vírus, uma bactéria ou um fungo, ele não é eliminado do organismo, provocando a doença. 
	 Assim a Guerra Biológica se torna, na maioria dos casos, letal ao ser vivo. Uma arma invisível, sem cheiro e que provoca sintomas desconhecidos pela maioria dos médicos é de grande preocupação. 	
	
	 
Imunidade x Guerra Biológica
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O mal invisivel 
	No mundo todo são realizadas experiências biológicas destinadas à guerra. Pelo menos 12 países possuem comprovadamente armas biológicas, entre eles o Iraque, que sintetizou o Bacillus anthracis (Antrax). Nas guerras empreendidas pela humanidade o recurso de uso de doenças sempre foi empregado e mais desenvolvido cientificamente no último século. O uso de armas químicas e biológicas introduziu máscaras de proteção no equipamento básico dos soldados.
	O uso de armas biológicas, feitas com vírus e bactérias, é impossível de ser detectado por equipamentos de segurança. Armas que podem dizimar populações ao contaminar o ar, a água ou os alimentos e para as quais não há tratamento. Muito fácil assim, entrar em um aeroporto como o dos EUA onde circulam milhares de pessoas por dia, e delicadamente se espalhar pelo ar uma dessas bactérias sem que a pessoa seja apreendida no instante do ato. 
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Aeroporto Internacional de Los Angeles (EUA). É o quinto aeroporto mais movimentado do mundo, cerca de 55 milhões de passageiros e 2 milhões de toneladas de carga.
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Sem fronteiras
	“Se o século passado foi marcado mais pela tecnologia das ciências exatas, o século 21 será marcado pelo desenvolvimento do genoma humano, alterando todo o conhecimento do organismo humano, proporcionando uma bagagem imensurável que vai influenciar toda a saúde no planeta. “ 
	Segundo a infectologista Maria Luiza Moretti em entrevista para o Jornal da Unicamp , com a globalização que elimina as fronteiras para as doenças, o mundo investe na luta contra grandes epidemias, mas algumas podem voltar, porque a evolução dos microorganismos é completamente imprevisível, mais ainda quando manipulada pelo homem. A gripe espanhola, por exemplo, dizimou toda uma população em 1918 e hoje a humanidade ainda é suscetível ao vírus porque não ficaram cicatrizes: não houve sobreviventes que pudessem passar para a geração futura a resistência, que pode ressurgir com o mesmo poder de contaminação e morte. 
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Históricos 
	O uso de armas biológicas é tanto novo, como velho. É algo que vem sendo usado de maneira cruel e nem sempre eficiente durante séculos. Desde épocas mais remotas, tem-se a ameaça de epidemias geradas por agentes biológicos. Atualmente essas bioarmas são fabricadas laboratórios e espalhados pelo Iraque, Irã, Síria, Líbia, Índia, Paquistão, China, Estados Unidos, Rússia, Coréia do Norte e Afeganistão, ao que se sabe. 
1346 O primeiro uso de agentes bacteriológicos num conflito armado, em Kaffa (actual Feodóssia). Nessa batalha os corpos de soldados Tártaros que tinham sucumbido à Peste Negra foram atirados sobre as muralhas da cidade. Já agora a Peste Negra NÃO era a Peste Bubónica nem foi transmitida pelas ratazanas negras.
1710 Durante a Guerra entre a Rússia e a Suécia as tropas Russas aparentemente usaram os cadáveres dos seus soldados mortos pela Peste Negra. As pessoas que sobreviviam ganhando imunidade para tentarem provocar uma epidemia junto das tropas inimigas. 
 1767 A Guerra Franco-Índia foi combatida na América do Norte pela França e pela Inglaterra. Ambos os lados contavam com o apoio maciço de tribos Índias. Os Ingleses atacaram o Forte Carillon (francês) sem sucesso. Um general inglês Jeffery Amherst, forneceu às tribos índias aliadas dos Franceses cobertores infectados o vírus do sarampo. A epidemia matou todos os Índios. Pouco depois o general atacou com sucesso o Forte Carlillon renomeando-o Forte Ticonderoga. Obviamente a epidemia de Sarampo foi indispensável nesta vitória.
 1917 Na 1ªGuerra Mundial agentes alemães inocularam cavalos e gado destinados à França com vírus nos Estados Unidos. Muitos mais relatos há vindos da Unidade de Guerra Biológica japonesa que infectou milhares de camponeses chineses durante a invasão à China anterior à 2ª Guerra Mundial. Marcou a entrada da química nos campos de batalha.
 1937 o Japão iniciou pesquisas com agentes biológicos na Manchúria, os quais foram usados contra a China em 1940, levando a uma epidemia de praga na região. No final da 2ªGuerra, os laboratórios foram destruídos, revelando um arsenal biológico de cerca de 400 Kg de Anthrax prontos para serem utilizados em bombas
de fragmentação. 
 Em 1944, criou o “Soman’’, oito vezes mais letal que o primeiro e duas vezes mais que o segundo. Os gases dos nervos matam em minutos. Atuam inibindo uma enzima chamada acetilcolinesterase, necessária ao controle dos movimentos musculares. Os gases mortíferos dos nazistas não chegaram aos campos de batalha, mas foram empregados em larga escala no assassínio de populações inteiras. 
 Na Universidade da Pensilvânia, em 1965, a desconfiança de um estudante levou à descoberta de dois contratos secretos com o Pentágono para pesquisa em guerra química e biológica. Empresas como a Dow Chemical e a Monsanto foram acusadas de fabricar desfolhantes. Na Alemanha, pelo menos treze empresas fornecem pesticidas aparentemente inocentes a países do Terceiro Mundo.
 A praga continuou até 1969, porem nesse ano produção dessas armas chegou a ser suspensas. A população despertou para o problema um ano antes, quando durante testes com gases neurotóxicos na base militar de Dugway, no Utah, um vazamento do produto matou 6 mil carneiros das redondezas. 
 1972, houve convenção para proibição do desenvolvimento de armas biológicas, que teve a participação de diversos países, incluindo Estados Unidos, Iraque e União Soviética, porem diversos incidentes e acidentes continuam ocorrendo ao redor do globo.
1979 e 1985 a nação africana de Zimbabwe apresentou uma grave epidemia de doença pelo Anthrax, registrando mais de 10 mil infecções cutâneas. A versão respiratória da doença é raramente encontrada em sua forma natural, não tendo sido registrado nenhum caso no Brasil e apenas 18 casos nos EUA entre 1900 e 1978. Nessa mesma época ouve o surto da variola, a qual a foi interrompida no início da década de 80, ainda que em alguns países da América do Norte e da Europa Ocidental isso tenha ocorrido alguns anos antes.
 Anos 90 um acontecimento ocorrido, que comprova a razoável facilidade em produzir armas químicas pelos países em desenvolvimento. Logo que na segunda metade da década de 80, o Iraque construiu uma planta de refino de petróleo em Musayyib, ao sul de Bagdá. 
 No início de outubro de 2001, num ato de bioterrorismo, alguém enviou pelo correio cinco cartas contendo esporos do Bacillus anthracis, o agente não efetivo do antraz ou carbúnculo para os correios dos norte-americanos. Nesse mesmo ano ouve o ataque as Torres Gêmeas, porem não considerada um ataque bioterrorista já que é a liberação deliberada de vírus, bactérias ou de outros germes. 
As mais temidas armas biológicas
Anthrax (GRUPO A)
		Historiadores acreditam que uma das pragas descritas no Velho Testamento por ter atingido o Antigo Egito. Isto só é possível porque a bactéria é muito resistente ao ambiente, podendo permanecer no solo por muito tempo mesmo sob condições desfavoráveis como o calor e a seca. O nome da doença vem do grego que significa carvão e refere-se às manchas negras deixadas na pele quando a infecção é cutânea. 	
		Quando a infecção se dá pela inalação dos esporos, a forma respiratória se manifesta após 1 a 6 dias. Os sintomas são febre, fadiga, tosse e desconforto no tórax. Dispnéia, diaforese e cianose surgem abruptamente. A morte ocorre em quase 100% dos casos, após 24 a 36 horas do surgimento dos sintomas. 
Distribuição Geográfica 
	A bactéria distribui-se pelas zonas temperadas, Américas Central e do
Sul, sul e leste europeu, Ásia, África e Caribe. 
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Casos recentes - Ano de 2014 
	Washington - Setenta e cinco cientistas podem ter sido expostos acidentalmente ao antraz em uma unidade de saúde do governo americano em Atlanta, Geórgia, afirmaram autoridades. O diretor da agência federal de Saúde Pública admitiu nesta quarta-feira (16/7) a existência de uma sequência de erros de segurança, depois de perigosas falhas na gestão de amostras de gripe e antraz. "Embora tenhamos cientistas que estão entre os melhores do mundo em sua especialidade, nem sempre aplicaram o mesmo rigor que empregam em seus experimentos científicos, para melhorar a segurança", disse Frieden.
 Botulismo (Clostridium botulinum)
		O Botulismo é uma toxi-infecção habitualmente adquirida por ingestão de alimentos contaminados, com exteriorização neurológicas seletiva, de ocorrência súbita em surtos imprevistos, evolução dramática e elevada letalidade. A toxina não respeita órgão algum do organismo, uma vez deflagrada sua ação é acrescida pela hipoxia progressivamente crescente das lesões cardiopulmonares.
Modo de transmissão
		Ingestão de bactérias (toxinas) presentes nos alimentos contaminados (conservas em geral); Carne mal cozida; Embutidos (salsichas, presunto), Queijo frescal, etc.
Distribuição Geográfica 
	Em 1793, na Alemanha. Depois na Europa, se estudou a abolição de sudorese em voluntários sem Hiper-hidrose, e por fim em pacientes com Hiper-hidrose axilar. Logo depois nos EUA, se aplicou a toxina em Hiper-hidrose das mãos.
Casos recentes - Ano de 2013
		Luciana Aparecida Frontarolli, 38 anos, está internada desde 7 de dezembro na unidade de tratamento intensivo (UTI) do Hospital São Paulo. O diagnóstico, constatado no mesmo dia, foi preciso: botulismo. de acordo com sua mãe, Maria Aparecida Albino, Luciana já apresenta melhoras e está consciente, mas ainda não fala. “Ela começou sentindo náuseas e diarreia. A princípio, os médicos desconfiaram que era uma virose, mas piorou. Aos poucos, seu corpo foi ficando paralisado”, conta.
Varíola
		Os registros mais antigos da varíola foram encontrados em egípcios mumificados há cerca de 3 mil anos. Do Vale do Nilo, espalhou-se para a Índia, chegando à China no século I d.C. As primeiras descrições da doença são do médico chinês Ko Hung (340 d.C), de Ahrun de Alexandria (622) e do persa Abui-Bekr Al-Razi (Rhazes), em seu livro De Pestilentia, no século X. É possível que a moléstia tenha sido a causa de epidemias como a Praga de Atenas (430 a.C.), a Praga Antonina (165) e pela devastação do exército etíope na Guerra dos Elefantes em Meca (568). A primeira referência à doença na Europa foi feita por Gregório de Tours, cronista do reino franco, em 582, relatando a morte de dois jovens príncipes por uma moléstia que chamou de corales.
Distribuição Geográfica 
		A varíola chegou às Américas junto com os espanhóis e, em contato com populações sem nenhuma imunidade, dizimando quase metade dos exércitos astecas, inclusive o rei Cuitlahuac, que substituíra Montezuma no comando. Espalhou-se para o sul e norte, devastando o império inca e matando o imperador Huayna Chupauc, seu herdeiro e vários generais.
Casos recentes - Ano de 2014
		Médicos veterinários do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea/MT) confirmaram clinicamente a doença varíola bovina em um animal em São José dos Quatro Marcos, município da região Sudoeste do Estado. Também foi confirmado que um produtor foi contaminado pelo vírus.
	
		Em cinco hectares, o produtor Ordalei Geraldi Benato possui 20 cabeças de vacas leiteiras, metade delas foram contaminadas pelo vírus da varíola bovina. Benato está se recuperando dos sintomas da doença. Ele conta que teve febre alta e precisou ser medicado.
Ebola 
		Considerada a epidemia mais mortífera da história a doença foi “descoberta” no Zaire (atual república democrática do Congo), há cerca de 40 anos. Um jovem cientista belga viajou para uma parte remota da floresta do Congo com a tarefa de descobrir por que tantas pessoas estavam morrendo de uma doença misteriosa e aterrorizante. 
 
			Em setembro de 1976, um pacote com uma garrafa térmica azul havia chegado ao Instituto de Medicina Tropical em Antuérpia, na Bélgica. Peter Piot tinha 27 anos e, com formação em medicina, atuava como microbiologista clínico. "Era um frasco normal, como os que usamos para manter o café quente", lembra Piot, hoje diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
 
Várias epidemias de febre hemorrágica produzida pelo Ebola são conhecidas: em 1976, duas epidemias, no Zaire e no Oeste
do Sudão, provocaram cerca de 340 mortes. Houve uma terceira epidemia em 1979, no Sudão, e uma quarta, em 1996, no Zaire; ambas com menor quantidade de mortos. A última epidemia matou 224 pessoas em Uganda, entre outubro de 2000 e março de 2001.
	Existem, atualmente, 4 variações do gênero filovírus descritas, sendo 3 do vírus Ebola (Ebola Zaires, Ebola Sudão e Ebola Reston), no entanto, algumas vacinas têm sido desenvolvidas a fim de que o problema seja minimizado.
Distribuição Geográfica 
	Já afeta seis países na África - Libéria, Serra Leoa, Guiné, Senegal e República Democrática do Congo.
Casos recentes - Ano de 2014 
Mortos por ebola chegam a quase 4.000 e doença segue fora de controle em três países da África, diz OMS (8/10/2014 às 15h34 (Atualizado em 8/10/2014 às 16h16.)
O pior surto de ebola já registrado matou 3.879 pessoas em um total de 8.033 casos até 5 de outubro, e não há nenhuma evidência de que a epidemia está sendo mantida sob controle na África Ocidental, informou a OMS (Organização Mundial da Saúde) nesta quarta-feira (8).
Revista Eletrônica de Ciências - www.cdcc.sc.usp.br/ciencia/artigos
Jornal UNICAMP - http://www.unicamp.br/unicamp 
http://www.naturale.med.br
http://www.cve.saude.sp.gov.br/
http://www.digimed.ufc.br
http://www.tuasaude.com
http://www.acm.org.br/
http://www.araraquara.com/
http://pecuaria.ruralbr.com.br/
Referências 
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