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AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva ENSINO CLÍNICO EM SAÚDE COLETIVA Aula 13: Programas de Saúde- Hanseníase e Tuberculose AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Objetivos Discutir criticamente a realidade do portador de Tuberculose e Hanseníase 1 Explicar os principais conceitos em Hanseníase e Tuberculose relativos à doença e ao tratamento 2 PRÓXIMOS PASSOS Descrever o processo de Enfermagem ao paciente portador de Tuberculose e Hanseníase 3 Identificar as etapas da consulta de Enfermagem ao portador de Tuberculose e Hanseníase 2 AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Hanseníase e Tuberculose • Ambas as doenças possuem em comum o ESTIGMA; • O estigma pode afetar relações interpessoais em todos os âmbitos da vida do indivíduo acometido (familiar, laboral, social); • Ambas dependem do comprometimento do indivíduo acometido para o seguimento do tratamento até a sua completude como forma de prevenir agravos relacionados à evolução da doença e como forma de evitar novos casos, rompendo, assim, com a cadeia de transmissão da doença. AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Hanseníase e Tuberculose • A tuberculose é transmitida por via aérea em praticamente todos os casos. A infecção ocorre a partir da inalação de gotículas contendo bacilos de Koch expelidos pela tosse, fala ou espirro do doente com tuberculose ativa de vias respiratórias (pulmonar ou laríngea); • A transmissibilidade varia de acordo com a contagiosidade do caso índice, do tipo de ambiente onde a exposição ocorreu e do tempo de exposição. AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Tuberculose Reações adversas do tratamento: • Náusea, vômito, dor abdominal; • Dor articular; • Prurido ou exantema leve; • Suor/urina de cor avermelhada; • Cefaleia, ansiedade, euforia, insônia. Reações adversas menores (não é necessário interromper o tratamento) • Exantema ou hipersensibilidade moderada a grave; • Psicose, crise convulsiva, encefalopatia tóxica; • Hepatotoxidade; • Neurite óptica, anemia hemolítica, vasculite; • Rabdomiólise, trombocitopenia. Reações adversas maiores (determinam alteração do esquema terapêutico) AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Tuberculose Ações preconizadas para o controle da Tuberculose: • Destaque para o TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO (TDO ou DOTS); • Tratar a coinfecção TB/HIV; • Prevenir e controlar a TB-MDR (multi droga resistente); • Tratar as pessoas privadas de liberdade, refugiados, pessoas vivendo em situação de rua e outras populações mais vulneráveis; • Estimular a mobilização social e a participação comunitária na atenção à TB; • Realização de busca ativa de sintomáticos respiratórios. AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Tuberculose TRATAMENTO DIRETAMENTE OBSERVADO (TDO ou DOTS) “Em 1993, a OMS declarou a TB uma emergência mundial e passou a recomendar a estratégia DOTS como resposta global para o controle da doença. Esta estratégia pode ser entendida como um conjunto de boas práticas para o controle da TB e fundamenta-se em cinco componentes: 1. Compromisso político com fortalecimento de recursos humanos e garantia de recursos financeiros, elaboração de planos de ação (com definição de atividades, metas, prazos e responsabilidades) e mobilização social; 2. Diagnóstico de casos por meio de exames bacteriológicos de qualidade; 3. Tratamento padronizado com a supervisão da tomada da medicação e apoio ao paciente; 4. Fornecimento e gestão eficaz de medicamentos; 5. Sistema de monitoramento e avaliação ágil que possibilite o monitoramento dos casos, desde a notificação até o encerramento do caso.” AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Tuberculose BUSCA ATIVA DE SINTOMÁTICOS RESPIRATÓRIOS “É a atividade de saúde pública (conceito programático) orientada a identificar precocemente pessoas com tosse por tempo igual ou superior a três semanas (Sintomático Respiratório), consideradas com suspeita de tuberculose pulmonar, visando a descoberta dos casos bacilíferos. A busca ativa do SR deve ser realizada permanentemente por todos os serviços de saúde (níveis primário, secundário e terciário) e tem sido uma estratégia recomendada internacionalmente”. (BRASIL, 2011) AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Hanseníase “Considera-se caso de hanseníase a pessoa que apresenta um ou mais dos seguintes sinais cardinais, a qual necessita de tratamento com poliquimioterapia (PQT): a) Lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração da sensibilidade térmica e/ ou dolorosa e/ou tátil; ou b) Espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas; ou c) Presença de bacilos M. leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biopsia de pele.” (BRASIL, 2016) AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Hanseníase - Efeitos colaterais do tratamento “Os efeitos colaterais mais frequentes são os relacionados à dapsona, como anemia hemolítica, hepatite medicamentosa, meta-hemoglobinemia, gastrite, agranulocitose, síndrome da dapsona, eritrodermia, dermatite esfoliativa e distúrbios renais. Em relação à rifampicina, destacam-se a alteração da cor da urina, distúrbios gastrointestinais, diminuição da eficácia dos anticoncepcionais orais, hepatotoxicidade (rara quando tomada de forma isolada), síndrome pseudogripal e plaquetopenia. Em relação à clofazimina, esta pode desencadear pigmentação cutânea, ictiose e distúrbios gastrointestinais. Os efeitos mais graves estão relacionados à dapsona e, em geral, ocorrem nas primeiras seis semanas de tratamento.” (BRASIL, 2016) AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Hanseníase Ações preconizadas para redução dos casos de Hanseníase no Brasil: • Educação em saúde; • Investigação epidemiológica para o diagnóstico oportuno de casos; • Tratamento até a cura; • Prevenção e tratamento de incapacidades; • Vigilância epidemiológica; • Exame de contatos, orientações e aplicação de BCG. (BRASIL, 2016) AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Hanseníase e Tuberculose- Histórico de Enfermagem • Identificação de rede familiar e social de apoio; • Compreensão dos modos do indivíduo enxergar e lidar com a doença; • Avaliação das respostas do indivíduo ao processo de adoecimento vivenciado; • Reconhecer os valores de vida e as histórias sociais do indivíduo que permeiam seu processo saúde-doença e como esses aspectos podem interferir em seu acompanhamento de saúde; • Levantamento da possibilidade da coexistência de outras infecções (destaque para coinfecção HIV-TB). AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Hanseníase e Tuberculose- Diagnósticos de Enfermagem • Os diagnósticos de Enfermagem devem estar baseados nas respostas individuais do cliente acometido por Tuberculose ou Hanseníase, ao processo saúde-doença vivenciado, utilizando-se por base os dados colhidos no histórico de enfermagem e, no geral, normalmente estão associados aosseguintes pontos: ESTIGMA AUTOCUIDADO RISCO DE ABANDONO DO TRATAMENTO REDE DE APOIO FRAGILIZADA AUTOIMAGEM PREJUDICADA SINTOMAS RELACIONADOS AOS EFEITOS ADVERSOS DO TRATAMENTO AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Hanseníase e Tuberculose- Planejamento de cuidado de Enfermagem • Promover a plena adesão ao tratamento; • Garantir que haja suficiente desenvolvimento do autocuidado de modo a promover um tratamento efetivo; • Notificar os casos novos; • Capacitar a equipe para sensibilização à realização de busca ativa dos sintomáticos respiratórios (nos casos de TB) e dos casos de abandono do tratamento de ambas as patologias. • Realizar propriamente a busca ativa dos casos supracitados; • Solicitar baciloscopias diagnósticas e de controle dos casos de Tuberculose em tratamento, bem como a avaliar os resultados. AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Hanseníase e Tuberculose- Planejamento de cuidado de Enfermagem • Segundo o Ministério da Saúde, o Enfermeiro, tanto quanto o médico da equipe, são igualmente responsáveis pelos seguimentos dos casos, tanto do ponto de vista clínico como terapêutico; • As consultas de acompanhamento visam identificar os efeitos adversos relativos aos medicamentos utilizados no tratamento, encaminhando quando necessário ao atendimento de referência; • Prevenir agravos relacionados à complicações; • Promover um cuidado Integral através de ações resolutivas. AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Referências BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Diretrizes para vigilância, atenção e eliminação da Hanseníase como problema de saúde pública: manual técnico-operacional. Brasília, 2016. _____. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de recomendações para o controle da tuberculose no Brasil. Brasília, 2011. AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva Saiba mais • Sites http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o- ministerio/principal/secretarias/svs/tuberculose https://agencia.fiocruz.br/tuberculose http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o- ministerio/principal/secretarias/svs/hanseniase • Artigos SILVA, Liniker Scolfild; RODRIGUES, Silva Tânia Mara; ROCHA, Jarede Teles et al. A assistência de Enfermagem aos portadores de Hanseníase assistidos pelo Programa de Saúde da Família. Rev enferm. UFPE on line. Recife, V. 10, n.11, nov. 2016 Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/vi ew/8606/pdf_11360. Acesso em: 27 jul. 2017. AULA 13: PROGRAMAS DE SAÚDE- HANSENÍASE E TUBERCULOSE Ensino clínico em saúde coletiva VAMOS AOS PRÓXIMOS PASSOS? Revisão de onceitos importantes acerca da HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) e DM (Diabetes Melitus); Principais aspectos relativos aos cuidados de Enfermagem ao Portador de HAS/DM na Atenção Básica; Importância do enfermeiro na estratificação e avaliação da HAS e da DM . AVANCE PARA FINALIZAR A APRESENTAÇÃO.
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