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1 CLOSTRIDIOSESCLOSTRIDIOSES DE IMPORTÂNCIA EM UNIVERSIDADE DE FRANCAUNIVERSIDADE DE FRANCA Curso de Medicina VeterináriaCurso de Medicina Veterinária RABELO, R. N. MEDICINA VETERINÁRIA ProfªProfª Juliana de Andrade CintraJuliana de Andrade Cintra • Grupo de infecções e intoxicações: – Bactérias anaeróbias do gênero Clostridium. CLOSTRIDIOSESCLOSTRIDIOSES • Importância econômica: – Altamente letais. RABELO, R. N. CLOSTRIDIOSESCLOSTRIDIOSES • Persistência ambiental alta: – Forma de resistência. • Esporos. • Potencialmente infectantes no solo por longos períodos. • Risco significativo: – População animal e humana. • Normalmente: – Presentes no trato intestinal. RABELO, R. N. CLOSTRIDIOSESCLOSTRIDIOSES • Existem: • ± 100 espécies de Clostridium sp. – Distribuídas em áreas geográficas distintas. • Morte: – ± 4.500 milhões de animais. • 1980 a 2000 no Brasil. • Infecções por anaeróbios: – Mais negligenciadas das doenças bacterianas. RABELO, R. N. CLOSTRIDIOSESCLOSTRIDIOSES • Gênero Clostridium. – Bactérias Gram-positivas. – Anaeróbias estritas. – Esporulada: • resistentes ao calor e desinfetantes. » (ROOD & COLE, 1991) RABELO, R. N. CLOSTRIDIOSESCLOSTRIDIOSES • Doenças divididas em: – Desordens neurotrópicas. • Botulismo e Tétano. – Enterotoxemias. • Quadros entéricos e sistêmico. • Morte súbita. – Mionecroses. • Infecções que afetam musculatura e tecido subcutâneo. – Conseqüente bacteremia e toxemia. RABELO, R. N. 2 CLOSTRIDIOSES X AGENTE ETIOLÓGICO DOENÇA MICRORGANISMOS Botulismo • C. botulinum tipos C e D Edema maligno (Mortes súbitas) • C. sordellii Enterotoxemia • C. perfringens tipos B, C e D RABELO, R. N. Carbúnculo sintomático • C. chauvoei Gangrena gasosa (Edema maligno) • C. septicum • C. perfringens tipo A • C. sordellii • C. novyi tipo A1 Hemoglobinúria bacilar •C. haemolyticum Hepatite necrótica • C. novyi tipo B Tétano • C. tetani CLOSTRIDIOSESCLOSTRIDIOSES • Instituto Biológico. – 1995. • Índice de bactérias presentes nos quadros de clostridioses no Brasil: – C. perfringens: • Freqüência maior que 66,1%. – C. chauvoei associado com C. septicum: • Freqüência maior do que 14,3%. – C. chauvoei isoladamente: • Freqüência menor do que 1,8%. RABELO, R. N. CARBÚNCULO SINTOMÁTICOCARBÚNCULO SINTOMÁTICO • Sinonímia: – Manqueira, mal-de-ano, quarto inchado. • Agente etiológico: – C chauvoeiC. chauvoei. • Mortalidade: – Quase 100%. • Doença: – conomicamente importante e de difícil tratamento. RABELO, R. N. CARBÚNCULO SINTOMÁTICOCARBÚNCULO SINTOMÁTICO • H. Susceptíveis: – Bovinos, ovinos e caprinos. – Bovinos jovens. • 4 meses a 3 anos de idade. – Alto patamar nutricionalAlto patamar nutricional. • Doença: – Enzoótica em áreas específicas. • Cosmopolita: – Taxas que diferem de região para região. • Sugere uma fonte de infecção no solo ou fatores climáticos e sazonais. RABELO, R. N. CARBÚNCULO SINTOMÁTICOCARBÚNCULO SINTOMÁTICO RABELO, R. N. TÉTANO • Síndrome neurológica infecciosa. • Ação da toxina tetânica.ç • Clostridium tetani. – Age no sistema nervoso central,. – Caracterizada por quadro de paralisia espástica RABELO, R. N. 3 TÉTANO • Sob a forma de esporos: – Encontrada. • Fezes de animais e humanos, terra, plantas e objetos • Pode infectar pessoas: – Lesões na pele. • Feridas, arranhaduras, cortes, mordidas de animais. RABELO, R. N. TÉTANO • C. tetani: – Bastonete muito fino. • Não possui cápsula. • Gram +: – Culturas joven. • Gram – : – Após 24h de incubação. RABELO, R. N. TÉTANO • Lembra um palito de fósforo. • São móveis: Fl l it i i– Flagelos peritriquios. • Estritamente anaeróbias. • Produção de toxinas. RABELO, R. N. TÉTANO • Toxina: –– NeurotóxicaNeurotóxica == ExotóxicaExotóxica – Tetanospasmina: • Neurotoxina bloqueia a liberação de• Neurotoxina bloqueia a liberação de neurotransmissores para sinapses inibitórias. – Tetanolisina: • Sorologicamente relacionada a outras hemolisinas de clostrídios e à estreptolísina. – Permite: • Sobreviver em ambientes desfavoráveis. RABELO, R. N. TÉTANO • Hospedeiros susceptíveis: – TODOS OS MAMÍFEROS. – Alta susceptibilidade: • Equinos, humanos, ovinos, suínos e caprinos – Baixa susceptibilidade: • Bovinos e carnívoros. RABELO, R. N. RABELO, R. N. 4 RABELO, R. N. RABELO, R. N. ENTERITE NECRÓTICA DAS AVES • Enterotoxemia aguda: – Não contagiosa. – Encontrada principalmente em animais jovens. Rá id l i li ã d Cl idi f i• Rápida multiplicação do Clostridium perfringens. • Doença: – Produzida pelas toxina α. • Aves. • Tipos A e C. RABELO, R. N. ENTERITE NECRÓTICA DAS AVES • Bastonete. • Gram +: C lt j– Culturas jovens. – 2 a 6 µm de comprimento. – 0,8 a 1,5 µm de largura; – Cultura em meio líquido: • 37°C a 47°C (43°C); RABELO, R. N. EDEMA MALIGNO OU GANGRENA GASOSA • Etiologia: – Clostridium septicum, C. sordellii e C. novyi • Espécies afetadas:p – Bovinos, ovinos e caprinos. • Transmissão: – Contaminação de feridas por esporos. • Após aplicação de vacinas e injeções sem assepsia. RABELO, R. N. HEMOGLOBINÚRIA BACILAR • Clostridium haemolyticum: – Bactéria Gram+. – Toxina β = Necrosante e Hemolítica. Af t• Afeta: – Bovinos, ovinos e suínos. • Áreas: – Úmidas e alagadiças. – Pastagens. – Água. RABELO, R. N. 5 Clostridium botulinumClostridium botulinum CARACTERÍSTICAS • Bacilos Gram+: – Esporulados e anaeróbios. E i t t l RABELO, R. N. • Esporos resistentes ao calor: – Toxinas termolábeis • Grupos: – I: cepas produtoras de neurotoxina tipo A e cepas proteolíticas de B e F. – II: cepas do tipo E e cepas não proteolíticas de B e F. – III: cepas tipos C e D. – IV: tipo G. Clostridium botulinumClostridium botulinum • T° mínima de crescimento: – 3,5C (grupo I) e 10C (grupo II). • T° máxima de crescimento: – 45-50C (grupo I) e 40-45C (grupo II). RABELO, R. N. (g p ) (g p ) • pH mínimo: – 4,6-4,8 (grupo I) e 5,0 (demais grupos); pH máximo: 8-9. • Aa mínima: – 0,94 (grupo I) e 0,97 (grupo II). Clostridium botulinumClostridium botulinum • Agentes: – Neurotoxinas A, B, E ou F. • Período de incubação: – 2 horas a 6 dias (12 a 36 horas). RABELO, R. N. • Sintomas: – Náusea, vômito, dores abdominais e diarréia podem anteceder ao quadro neurológico; dores de cabeça, vertigens, visão dupla, perda de reflexo à luz, disfagia, disfonia, ataxia, secura, fraqueza, constipação, cansaço respiratório, paralisia respiratória e morte. Paralisia parcial pode persistir por 6 meses, requerendo fisioterapia. • Fonte: – Solo, lodo, água, trato intestinal de animais. Clostridium botulinumClostridium botulinum • Alimentos envolvidos: – Alimentos apertizados com pH > 4,5 que sofreram falhas no processamento. – Pouca acidificação, tratamento térmico insuficiente (palmito, cogumelo, milho, vagem, espinafre, figo). – Conservas caseiras, peixe defumado e alimentos fermentados. RABELO, R. N. • Medidas Preventivas: – Tratamento térmico (autoclavagem) correto de enlatados. – Cozinhar e acidificar conservas caseiras. – Acidificar corretamente. – Emprego de nitrito em quantidade que assegure a não germinação dos esporos. – Refrigeração. Clostridium perfringensClostridium perfringens CARACTERÍSTICAS • Bastonetes curtos, imóveis, Gram positivos e esporulados. • Algumas cepas produzem esporos resistentes ao calor • Choque térmico induz à germinação dos esporos • Temperatura ótima: – 40-45C. • Temperatura mínima: RABELO, R. N. p – 15C. • Temperatura máxima: – 51,7C. • Temperatura ótima p/ esporulação: – 35-40C. • pH ótimo p/ crescimento e esporulação: – 6,0-7,0;inibido a pH < 5,0 e > 8,3. • Aa mínima: crescimento: – 0,95-0,97; esporulação: 0,98. • Crescimento inibido a 7-8% NaCl. Clostridium perfringensClostridium perfringens • Agente: – Enterotoxina A de origem protéica liberada durante a esporulação no intestino . • Período de incubação: – 8 a 24 horas (12 horas). RABELO, R. N. • Sintomas: – Dores abdominais agudas, diarréia, ocasionalmente ocorrem desidratação e prostração. São raros vômitos, náusea, febre e calafrios. Tem curta duração: 1 dia ou menos. • Fonte: – Fezes de humanos e de outros animais, alimentos crus, solo, poeira, esgoto. 6 Clostridium perfringensClostridium perfringens • Alimentos envolvidos: – Carnes (suína, bovina ou de aves) que ficaram expostas à temperatura ambiente ou que tenham sido resfriadas lentamente, molhos, carne moída. M did P ti RABELO, R. N. • Medidas Preventivas: – Resfriar alimentos rapidamente e em pequenas porções. – Higiene pessoal. – Manter alimentos quentes acima de 60°C. – Reaquecer as sobras a temperaturas superiores a 75°C. – Saneamento básico.
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