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Direito Civil 2 Resumo AV2

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Direito Civil II
AV.2
Obs: São terceiros interessados os devedores solidários, os devedores de obrigações indivisíveis, os cofiadores etc. Os terceiros, nessa hipótese, não precisam aguardar serem acionados pelo credor, bastando que, espontaneamente, efetuem o pagamento da dívida.
Pagamento com Sub-rogação
Art. 346 até 351 CC/2002. 
Sub-rogação: é o ato pelo qual se substitui uma pessoa ou coisa em lugar de outra. Ato pelo qual o indivíduo que paga pelo devedor com o consentimento deste, expressamente manifestado ou por fatos donde claramente se deduza, fica investido nos direitos de credor.
Aquele que substitui assume a sua posição e a sua situação.
O pagamento com sub-rogação – o qual é um modo especial de extinção das obrigações – traduz a idéia de cumprimento da dívida por terceiro.
Normalmente, a prestação é solvida pelo devedor, mas pode ocorrer o seu cumprimento por terceiro, que tenha interesse na extinção da obrigação, como o caso do fiador, por exemplo. 
Assim, o terceiro substitui o credor primitivo da obrigação e passa a dispor de todas as garantias, direitos e ações que tinha o credor primitivo. O devedor não sofre nenhum prejuízo, apenas troca o credor da relação obrigacional. A dívida não se extingue.
 A sub-rogação vai especialmente de encontro ao disposto no art. 305, pois na sub-rogação temos geralmente um terceiro interessado que paga a dívida, tem direito óbvio a reembolso e também se sub-roga nos direitos do credor originário.
A sub-rogação, assim, tem efeito liberatório (extinguindo o débito do devedor para com o credor originário) e translativo (pois agora o devedor passa a dever pra um novo credor – o novo “devedor” – que solveu a dívida com o credor originário).
Por exemplo: quando a obrigação é indivisível e há pluralidade de devedores, cada um será obrigado pela dívida toda. Portanto, aquele que paga sozinho a dívida (entrega o boi), sub-roga-se no direito de credor em relação aos demais co-obrigados e dispõe de ação regressiva para cobrar a quota parte de cada um dos demais.
Neste exemplo, a sub-rogação é pessoal, pois a substituição foi do credor, como titular de crédito; pelo terceiro (um dos co-obrigados) que paga a prestação em lugar dos devedores ou que financia o pagamento.
Então, a sub-rogação é pessoal quando ocorre a transferência dos direitos do credor para aquele que solveu a obrigação ou emprestou o necessário para solvê-la. Exemplo: quando o fiador paga a dívida do afiançado, passando, a partir daí, a ocupar a posição do credor; substituindo-o.
Mas a sub-rogação, também pode ser real, que ocorre quando uma coisa se substitui a outra coisa. E a coisa que toma o lugar da outra fica com os mesmos ônus e atributos da primeira. 
Por exemplo: o vínculo de inalienabilidade, em que a coisa gravada pelo testador ou doador é substituída por outra, ficando sujeita àquela restrição. 
A sub-rogação real supõe a ocorrência de um fato por virtude do qual um valor sai de um patrimônio e entra outro que nele fica ocupando posição igual a do anterior.
Essa substituição de sujeitos poderá se dar de duas formas: por força da lei ou em virtude de convenção (pela vontade das próprias partes).
Pagamento com sub-rogação legal
É a imposta por lei, que contempla vários casos em que terceiros solvem dívida alheia, conferindo-lhes a titularidade dos direitos do credor ao incorporar, em seu patrimônio, o crédito por eles resgatado. Opera, portanto, de pleno direito nas hipóteses taxativamente previstas no Código Civil. 
Tem-se em três hipóteses:
Em favor do credor que paga a dívida do devedor comum: quando duas ou mais pessoas são credoras de um mesmo devedor e qualquer dos sujeitos ativos resolve pagar a dívida do devedor ao credor preferencial, sub-rogando-se em seu lugar.
Em favor do adquirente do imóvel hipotecado, que paga a credor hipotecário, bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado de direito sobre imóvel: o devedor hipotecário pode alienar o imóvel hipotecado a um terceiro ciente da hipoteca, que visando liberar o imóvel paga a hipoteca e fica com os direitos relacionados em face do alienante.
Em favor do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no todo ou em parte: é a hipótese mais comum. É o que ocorre com o fiador que paga a dívida ao devedor principal e passa a poder exigir o reembolso do devedor, valendo-se, se necessário, das garantias conferidas ao credor originário.
Sub-rogação com pagamento convencional
Por autonomia de vontade e livre iniciativa das partes – Art. 347 do CC-02. Deverá ser declarada pois não se presume sub-rogação.
Duas hipóteses:
Quando o credor recebe o pagamento de terceiro e expressamente lhe transmite todos os seus direitos;
Quando terceira pessoa empresta ao devedor a quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-rogado nos direitos do credor satisfeito: a pessoa que emprestou o numerário (mutuante) poderá exigir o reembolso do que pagou e utilizar-se de eventuais garantias pactuadas em prol do credor inicial. Exemplo: ocorre com muita freqüência nos financiamentos dos bancos ditos sociais. As Caixas Econômicas costumam liquidar os débitos dos devedores com instituições privadas, fornecendo financiamentos com condições mais favoráveis.
O principal efeito da sub-rogação é transferir ao novo credor “todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à divida, contra o devedor principal e seus fiadores” (Art. 349 do CC/02). Dessa forma, se o credor principal dispunha de garantia real (uma hipoteca ou um penhor, por exemplo) ou pessoal (fiança), ou ambas, o terceiro sub-rogado passará a detê-las, podendo, pois, tomar as necessárias medidas judiciais para a proteção do seu crédito, como se fosse o credor primitivo.
SE A SUB-ROGAÇÃO FOR CONVENCIONAL, as partes poderão convencionar a diminuição de privilégios ou garantias concedidas ao credor originário.
Se a dívida é de R$ 1.000,00 e o terceiro interessado (fiador) teve um desconto e pagou apenas R$ 800,00, ele não poderá cobrar do devedor R$ 1.000,00 sob pena de caracterizar enriquecimento sem causa (ilícito). LIMITE DA SOMA QUE EFETIVAMENTE DESEMBOLSOU PARA SOLVER A OBRIGAÇÃO.
Imputação em Pagamento
Art. 352 até 355 CC/2002.
A imputação do pagamento ocorre quando o pagamento é insuficiente para pagar o saldo de todas as dívidas junto ao devedor. 
A pessoa obrigada por dois ou mais débitos da mesma natureza, a um só credor, tem o direito de indicar a qual deles oferece pagamento, se todos forem líquidos e vencidos. Ou seja, se for com o mesmo credor e sendo a mesma relação obrigacional, o devedor pode escolher qual dívida quitar primeiro, qual quitar em seguida etc.
Requisitos da imputação:
Pluralidade de débitos 
Identidade das partes: mesmo credor e mesmo devedor
Os débitos devem ser de mesma natureza: Exemplo: 3 dívidas em dinheiros; 3 dívidas de entrega de bens etc. Devem ser idênticos
As dívidas devem ser LÍQUIDAS (ter valor estabelecido) e devem ser VENCIDAS.
Em regra, quando se estabelece um prazo de um pagamento, esse prazo é fixado à favor do devedor (para que este possa se organizar e realizar o pagamento), agora, muitas vezes, o credor pode pedir um prazo (para providenciar o bem etc). Se o prazo for fixado em favor do credor, a dívida deve ser vencida. ELE É EXPRESSO NA OBRIGAÇÃO.
Se o prazo for fixado em favor do devedor, o devedor poderá escolher a dívida ainda não vencida. Se ninguém falar nada, é FIXADO EM FAVOR DO DEVEDOR.
O devedor deve ter a possibilidade de escolher de pagar mais um débito.
REGRA GERAL: a imputação deve ser feita por indicação do devedor. 
RESTRIÇÕES:
A dívida ainda não deve ter sido vencida (prazo fixado em favor do credor);
O credor tem que aceitar em receber o valor parcialmente (caso o valor da dívida seja superior ao valor ofertado pelo devedor);
Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos e depois no capital, salvo estipulaçãoem contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do capital. Art. 354 CC/02.
SE NÃO HOUVER NENHUMA DESSAS LIMITAÇÕES, ou seja, o prazo não for fixado pelo credor, se o valor da dívida não for diferente do valor ofertado pelo devedor ou se não tiver diante das circunstâncias do Art. 354, o credor não poderá recusar o pagamento oferecido (a escolha é livre do DEVEDOR), se o credor se recusar, o devedor poderá utilizar-se da consignação em pagamento.
Imputação pelo credor: é quando o devedor se manteve omisso. Art. 353 CC. Se não ficar declarado que o credor obrigou o devedor a aceitar essa circunstância, se o devedor se mantiver inerte, o credor fará a escolha da maneira que ele achar mais adequada.
De acordo com o Art. 355 do CC, se o devedor não indicar o débito o qual oferece pagamento e a quitação for omissa (não mencionada) quanto à imputação, esta se fará nas dívidas líquidas e vencidas em primeiro lugar. Se as dívidas forem todas líquidas e vencidas ao mesmo tempo, a imputação far-se-á na mais onerosa (é tudo aquilo que implica gastos, ônus, despesas).
OBSERVAÇÃO:
Havendo dívidas vencidas e não vencidas, a imputação ocorrerá, preferencialmente, com relação às primeiras, desde que líquidas.
Havendo dívidas líquidas e ilíquidas, terão preferência as primeiras.
Se todas forem líquidas e vencerem ao mesmo tempo, prevalecerá aquela que for mais onerosa ao devedor, ou seja, que tenha o maior valor, ou a maior taxa de juros ou que determine a penhora de um determinado bem etc.
Dação em Pagamento
Art. 356 até 359 CC/2002.
É uma forma de extinção da obrigação. A obrigação entre o credor e o devedor continua, mas o objeto da relação obrigacional é alterado; o credor aceita receber do devedor um bem diverso daquele foi estabelecido. Exemplo: o credor e devedor tinham convencionado a entrega de uma casa, o devedor ia entregar ao credor uma casa. No entanto, por algum motivo, o devedor não pôde mais entregar a casa e ele pactuou com o credor a entrega de dois carros e o credor aceitou.
A obrigação se manteve a mesma, não deixou de existir, mas, se modificou o objeto da obrigação. Daí tem-se a dação em pagamento.
A dação é uma ESCOLHA do credor. É uma faculdade do credor.
Não resulta em uma nova obrigação, mas dá por cumprido o objeto da anteriormente estabelecida.
REQUISITOS:
Existência de uma dívida;
Concordância do credor em modificar o objeto original da obrigação;
Forma de pagamento diversa da originalmente pactuada.
A dação em pagamento não precisa tratar do TOTAL do objeto da obrigação, ela pode dar ensejo a um pagamento PARCIAL da obrigação. Por exemplo: no caso que foi citado, dar um carro e uma certa quantia em dinheiro.
Art. 357: “Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda.” 
É possível se interpretar que não há necessidade que coincidam os valores da prestação. Pode haver quitação por um valor menor a não ser que seja, especificamente, dação em pagamento parcial.
Regras da compra e venda: se o bem apresentar qualquer tipo de vício/defeito, o devedor será o responsável.
No que concerne às ações que cabem ao comprador em razão dos vícios redibitórios (vícios ocultos), estas também cabem ao credor da dação em pagamento. Desta forma, este terá direito de devolver a coisa e a quitação é ineficaz ou pedir a redução do preço; se o devedor souber do vício cabe a devolução do preço mais perdas e danos; caso não saiba, cabe somente a devolução do preço.
Art. 358: “Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão.”
Se o devedor estabeleceu um novo objeto da obrigação; ele ofertou um título de crédito, ele se responsabilizará pela existência e efetividade desse título. 
Art. 359: “Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros.”
PERDA DO BEM A TERCEIRO EM RAZÃO DE DECISÃO JUDICIAL (EVICCÇÃO).
Caso o bem ofertado como objeto de pagamento se perca em razão de uma decisão judicial movida por terceiro, se isso acontecer, o credor vai poder buscar do devedor o reembolso.
Alienante: devedor
Evicto: credor
Evictor: terceiro (legítimo titular da propriedade do bem)
Novação
Art. 360 até 367 CC/2002.
Novação é a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior. É a substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira.
A novação não extingue uma obrigação preexistente para criar outra nova, mas cria apenas uma nova relação obrigacional, para extinguir a anterior. Sua intenção é criar para extinguir.
A novação NÃO é uma simples transformação de um direito de crédito pela mudança de um dos seus elementos constitutivos ou acessórios, mas a constituição de um novo direito de crédito sobre a base e com a substância de uma precedente relação obrigatória, que fica extinta, ou mais precisamente a extinção de uma obrigação mediante a constituição de uma obrigação nova, que toma o lugar da precedente.
Requisitos da novação:
A existência de uma obrigação anterior;
A constituição de nova obrigação;
O animus novandi (que pressupõe um acordo de vontades).
O primeiro requisito consiste na existência de obrigação jurídica anterior, visto que a novação visa exatamente à sua substituição. É necessário que exista e seja válida a obrigação a ser novada.
De acordo com o Art. 367 do Código Civil: “Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas”. 
Logo, não se pode novar o que não existe, ou já existiu, mas encontra-se extinto, nem extinguir o que não produz efeitos jurídicos.
A obrigação simplesmente anulável, entretanto, pode ser confirmada pela novação, pois tem existência, enquanto não anula judicialmente. Podendo ser confirmada, interpreta-se sua substituição como renúncia do interessado ao direito de pleitear a anulação.
O segundo requisito é a constituição de nova dívida (aliquid novi), para extinguir e substituir a anterior. A inovação pode recair sobre o objeto e sobre os sujeitos, ativo e passivo, da obrigação, gerando, em cada caso, uma espécie diversa de novação. Esta só se configura se houver diversidade substancial entre a dívida anterior e a nova. Não há novação quando se verifiquem alterações secundárias na dívida, como exclusão de uma garantia, alongamento ou encurtamento do prazo, estipulação de juros etc.
O terceiro requisito diz respeito ao animus novandi.  É imprescindível que o credor tenha a intenção de novar, pois importa renúncia ao crédito e aos direitos acessórios que o acompanham. Quando não manifestada expressamente, deve resultar de modo claro e inequívoco das circunstâncias que envolvem a estipulação. Na dúvida, entende-se que não houve novação, pois esta não se presume. 
Art. 361 CC/02: “Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito mas inequívoco (evidente, explícito), a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira”.
A novação tácita dá-se todas as vezes que, sem declarar por termos precisos que a efetua, o devedor é exonerado da primeira obrigação e assume outra diversa - na substância ou na forma - da primeira, de modo a não ser uma simples modificação dela.
Espécies de novação:
Objetiva: altera-se o objeto da prestação. De acordo com o Art. 360, I: “quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior”. Ocorre, por exemplo, quando o devedor, não estando em condições de saldar dívida em dinheiro, propõe ao credor, que aceita, a substituição da obrigação por prestação de serviços.
Diferença de novação objetiva e dação em pagamento: 
Subjetiva: substituição dos sujeitos da relação jurídica. 
PASSIVA – substituição do devedor. Dois modos. O primeiro denominado de expromissão (o novo devedor contrai a nova dívida sem ou até contra o consenso do anterior). O segundo denominado de delegação quando, COM o consentimento dodevedor, este, indica uma terceira pessoa para assunção da dívida ou cessão de débito. No entanto, a referida cessão pode ocorrer sem novação, ou seja, com a mudança do devedor e sem alteração na substância da relação obrigacional.
ATIVA – substituição do credor. Mediante nova obrigação, o primitivo credor deixa a relação jurídica e outro lhe toma o lugar. Assim, o devedor se desobriga para com o primeiro, estabelecendo novo vínculo para com o segundo, pelo acordo dos três. Exemplo: A deve para B, que deve igual importância a C. Por acordo entre os três, A pagará diretamente a C, sendo que B se retirará da relação jurídica. Não se confunde a novação ativa com a cessão de crédito visto que todas as garantias, acessórios e privilégios da obrigação primitiva se extinguem. (Cessão de Crédito - Art. 287 CC/02)
Mista: Quando ocorre, ao mesmo tempo, mudança do objeto da prestação e dos sujeitos da relação jurídica obrigacional. Por exemplo: o pai assume dívida em dinheiro do filho (mudança de devedor), mas com a condição de pagá-la mediante a prestação de determinado serviço (mudança de objeto).
Os arts. 363 e 365 do Código Civil referem-se à novação subjetiva por substituição do devedor. Diz o primeiro: “Se o novo devedor for insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição”. A insolvência do novo devedor corre por conta e risco do credor, que o aceitou. Não tem direito a ação regressiva contra o primitivo devedor, mesmo porque o principal efeito da novação é extinguir a dívida anterior. Mas, em atenção ao princípio da boa-fé, que deve sempre prevalecer sobre a malícia, abriu-se a exceção, deferindo-se-lhe a ação regressiva contra o devedor, se este, ao obter a substituição, ocultou, maliciosamente, a insolvência de seu substituto na obrigação.
Má fé: Criando aparências ilusórias, ou destruindo ou sonegando quaisquer elementos que pudessem esclarecer o delegado, visto que o princípio da boa-fé objetiva, como princípio orientador do direito obrigacional, impõe ao delegante o dever de informar.
De acordo com o Art. 365, os devedores solidários responsáveis da extinta obrigação anterior só continuarão obrigados se participarem da novação. Extinta a obrigação antiga, exaure-se a solidariedade. Esta só se manterá se for também convencionada.
“importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal”, ou seja, a fiança só permanecerá se o fiador, de forma expressa, assentir com a nova situação.
Compensação
Art. 368 até 380 CC/2002
“Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem". 
A compensação é uma forma de extinção das obrigações, se existirem dois créditos recíprocos entre as mesmas partes e eles forem de igual valor ambos desaparecem integralmente; se forem de valores diferentes, o maior se reduz à importância do menor, procedendo como se houvesse ocorrido pagamento recíproco, subsistindo a dívida apenas na parte não resgatada.
Exemplo: Caio deve pra Tício R$1000,00 e Tício deve pra Caio R$800,00. Logo, Caio deve pagar apenas R$200,00 como forma de compensação.
 A compensação pode ser total ou parcial.
Total: se os créditos/débitos que as partes têm entre si sejam do mesmo valor. Exemplo: A deve pra B R$600,00. B deve pra A também R$600,00.
Parcial: há uma diferença de valores mas se abate aquilo que pode ser compensado (o primeiro exemplo).
COMPENSAÇÃO LEGAL: se opera em virtude da lei. Tem que atender alguns requisitos como, por exemplo, reciprocidade de créditos (A é devedor de B em uma obrigação. Em outra, B é devedor de A). As dívidas devem ser líquidas (ter um valor certo, determinado). A dívida deve ser vencida. As dívidas devem ser fungíveis (da mesma natureza, ou seja, da mesma espécie e qualidade). Exemplo: NÃO pode compensar dinheiro com café.
OBS: terceiro NÃO-interessado NÃO PODE fazer compensação. Exceção: fiador (Art. 371).
Art. 372: prazos de favor são aqueles concedidos verbalmente pelo credor, em benefício do devedor. Logo, esses não impedem a compensação.
Art. 370: nas prestações de coisas incertas somente haverá compensação se a escolha competir aos dois devedores, se couber aos dois credores, ou a um só deles na qualidade de devedor de uma e credor de outra não pode haver compensação, por falta de certeza das obrigações, pois se a um só dos interessados pertence o direito de escolha, a dívida do outro interessado não apresenta o requisito da certeza decorrente de ato seu.
COMPENSAÇÃO CONVENCIONAL: fixada pela vontade das partes. Pode ser realizada a compensação de bens de naturezas diversas. Exemplo: trocar 1kg de milho por 1kg de café. Pode resultar também da vontade de apenas uma das partes.
COMPENSAÇÃO JUDICIAL: determinada pelo juiz. Aquela que é realizada em juízo, por autorização de norma processual, independente da provocação expressa das partes.
Art. 375. “Não haverá compensação quando as partes, por mútuo acordo, a excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas.”
Renúncia convencional bilateral: quando as duas partes convencionarem.
Art. 373: qualquer tipo de obtenção do bem via origem ilícita não permite a utilização da compensação.
Alimentos são uma necessidade primária e por isso, é incabível de compensação.
OBS: Se tratando de dívidas pagáveis em lugares diferentes, para se operar o instituto da compensação, deve ser feita a dedução das despesas necessárias à operação (de acordo com o Art. 378 CC).
Havendo várias dívidas a compensar, deve ser obedecida a seguinte ordem:
Tem o devedor o direito subjetivo de apontar a dívida que pretende compensar (Art. 352)
No silêncio do devedor, pode o credor fazer a imputação, quitando uma delas (Art. 353)
No silêncio de ambas as partes, procede-se à seguinte imputação legal (Art. 354 e 355):
Prioridade para os juros vencidos, em detrimento do capital;
Prioridade para as líquidas e vencidas anteriormente, em detrimento das mais recentes;
Prioridade para as mais onerosas, em detrimento das menos vultosas, se vencidas e líquidas ao mesmo tempo;
Por construção doutrinária, proporcionalmente a cada dívida, se de mesmo valor, vencidas e líquidas ao mesmo tempo.
Confusão
Art. 381 até 384 CC/2002.
Opera-se quando a qualidade de credor e devedor são reunidas em uma única pessoa, extinguindo, consequentemente, o crédito e a dívida. (Pode ocorrer por ato inter vivos (exemplo: credor e devedor se casarem com regime de comunhão universal de bens) ou causa mortis).
Exemplo: quando um sujeito é devedor de seu tio e, por força do falecimento deste, adquire, por sucessão, a sua herança. Dessa forma, passará a ser credor de si mesmo e o débito desaparecerá por meio da confusão.
CONFUSÃO TOTAL: de toda a dívida.
CONFUSÃO PARCIAL: de parte da dívida. 
O principal efeito da confusão é a extinção da obrigação principal e seus acessórios (ex: fiança). 
Contudo, caso a obrigação se opere para os acessórios, por exemplo, credor e fiador se tornam a mesma pessoa (exemplo: Guto me aluga um apartamento, Wagner é meu fiador e Wagner vem a falecer. Guto se torna credor e fiador meu), a obrigação não será extinta, ela se mantêm.
Se a confusão se der na pessoa do credor ou devedor SOLIDÁRIO, a obrigação se limitará a quota em que o credor e devedor se tornem a mesma pessoa. Exemplo: eu tenho uma dívida de R$1000,00 com meu pai. Quando meu pai morre, fica R$500,00 pra Guto e R$500,00 pra mim. Guto receberá a parte dele R$500,00 e eu receberei a minha parte devido à confusão (pois sou devedora) do montante de 1000 reais, logo, ocorreu uma confusão parcial.
Cessação de confusão: se acontecer alguma circunstância jurídica que demonstre que essa confusão, de fato, não produziu efeitos ou que os efeitos produzidos não eram legítimos, a obrigação retorna. Exemplo: eu não ser a única herdeira do meu tio. Se, após a confusão, aparecer um herdeiro posterior que era desconhecido, eu posso voltar a ser devedora.Remissão das dívidas
Art. 385 até 388 CC/2002. EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO.
Liberdade de o credor perdoar o devedor em relação ao cumprimento da obrigação. A remissão da dívida NÃO dispensa a aprovação/consentimento do devedor.
Havendo prejuízo de terceiros, não se pode ter remissão.
Exemplo: Caio deve a Mévio, Mévio deve a Tício. Ou seja, Caio, nesse caso, é uma forma de garantia para a dívida com relação à Tício.
Remissão total: atinge todo o crédito objeto da obrigação.
Remissão parcial: atinge parcialmente o crédito.
Remissão expressa: decorre de uma declaração de vontade do credor.
Remissão tácita: decorre do comportamento do credor. Como por exemplo, dar a dívida por quitada integralmente com o recebimento parcial do pagamento.
OBS: Ambos os sujeitos da relação obrigacional devem ter capacidade civil para serem perdoados ou perdoar.
Art. 386: Tal entrega deverá ser feita pelo próprio credor ou representante legal.
Art. 388: A quota que foi perdoada de um dos devedores solidários não poderá mais ser cobrada pelos outros devedores.
Inadimplemento das obrigações
Art. 389 até 393 CC/2002.
Toda vez que tiver uma obrigação e não cumpri-la, estaremos diante de um INADIMPLEMENTO.
Tem dois tipos de inadimplemento:
Absoluto: é quando o devedor não cumpre a obrigação e não é mais útil para o credor. Exemplo: contratei Rafa Mesquita para tocar no meu casamento e ele não foi. Não será mais útil ele cantar depois visto que eu não me casarei de novo. 
Quando o inadimplemento for absoluto, será chamado apenas de inadimplemento.
Relativo: é quando o devedor não cumpre a obrigação, mas ainda é útil para o credor, que o devedor cumpra. Exemplo: Hugo está me devendo R$10.000,00 e era pra ele me pagar hoje. Ele não pagou, ou seja, ele está em inadimplemento, mas ainda será útil que ele me pague amanhã, depois de amanhã etc. 
Quando o inadimplemento for relativo, será chamado de mora.
Qual a diferença de inadimplemento e mora? É o critério de utilidade para o credor.
A única solução para o inadimplemento absoluto é perdas e danos. 
É difícil provar que houve perdas e danos e também, a extensão das perdas e danos. O advogado, nesse caso, pode fazer uma advocacia preventiva colocando no contrato a chamada “cláusula penal” que é uma multa tratada como prefixação de perdas e danos. No inadimplemento, a cláusula penal é chamada de compensatória.
Se o descumprimento da obrigação decorreu de preguiça, negligência ou por dolo do devedor, estaremos diante de um inadimplemento culposo no cumprimento da obrigação, que determinará o conseqüente dever de indenizar a parte prejudicada. 
Se a inexecução obrigacional derivou de caso fortuito ou força maior, configurar-se-á inadimplemento fortuito da obrigação, sem conseqüências indenizatórias para ambas as partes. No entanto, em alguns casos, a própria lei admite que a ocorrência de algum evento fortuito NÃO exclui a obrigação de indenizar. Ocorre quando, por exemplo, a própria parte assume a responsabilidade de responder pelos prejuízos, mesmo tendo acontecido caso fortuito ou de força maior (Art. 393 CC) e também, no caso de mora, poderá o devedor responsabilizar-se nos mesmos termos (Art. 399) se retardar, por sua culpa, o cumprimento da obrigação. 
Caso fortuito ou força maior é aquele cujos efeitos não era possível evitar ou impedir. Portanto, não responderá o devedor pelos prejuízos resultantes, desde que não tenha por eles se responsabilizado. 
Nas obrigações de dar, observa-se o descumprimento da obrigação quando o devedor recusa a entrega, devolução ou restituição da coisa. 
Nas obrigações de fazer, quando se deixa de cumprir a atividade devida.
Nas obrigações negativas (de não fazer), “o devedor é havido por inadimplente desde o dia em que executou o ato de que devia se abster” – Art. 390 CC – é o caso do sujeito que, obrigando-se a não levantar o muro, realiza a construção. Logo, tornando-se inadimplente a partir da data que realizou a obra.
Mora
Art. 394 até 401 CC/2002.
Ocorre quando a prestação, ainda passível de ser realizada, NÃO FOI cumprida no tempo, lugar e forma convencionados ou que a lei estabelecer, no entanto, ainda há o interesse do credor de que essa obrigação seja adimplida. 
A conseqüência da mora é diferente da conseqüência do inadimplemento.
No caso da mora, pode-se fazer uma “purgação da mora” que significa você cumprir a sua obrigação depois do prazo, acrescida dos encargos moratórios. Cumpre-se a purgação da mora cumprindo depois de vencida a dívida.
Quais são os encargos moratórios? Correção monetária (atualização do dinheiro) + juros de mora + perdas e danos decorrentes da mora + honorários advocatários e custos.
É difícil provar que houve perdas e danos e também, a extensão das perdas e danos. O advogado, nesse caso, pode fazer uma advocacia preventiva colocando no contrato a chamada “cláusula penal” que é uma multa tratada como prefixação de perdas e danos. Na mora, a cláusula penal é chamada de moratória.
A mora pode decorrer não apenas do descumprimento de convenção como também se for executada de maneira diversa da estabelecida em lei, e ainda, ela pode ser mora do devedor ou mora do credor.  
MORA DO DEVEDOR: é a mais freqüente espécie de mora.
Ocorre quando o devedor retarda culposamente o cumprimento da obrigação.
Requisitos: 
Existência de dívida líquida e certa – somente as obrigações certas quanto ao seu conteúdo e individualizadas quanto ao seu objeto podem viabilizar a ocorrência da mora.
O vencimento (exigibilidade) da dívida – se a obrigação venceu, tornou-se exigível, e, por conseguinte, o retardamento culposo no seu vencimento poderá caracterizar a mora.
A culpa do devedor – não pode haver mora sem a concorrência da atuação culposa do devedor. 
Consequências da mora do devedor: 
Responsabilidade civil pelo prejuízo causado em decorrência do descumprimento culposo da obrigação (“responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado” Art. 395 CC).
Responsabilidade pelo risco de destruição da coisa devida, durante o período em que há a mora do devedor, ou seja, o devedor poderá ser responsabilizado pela impossibilidade da prestação (Art. 399 CC).
Se provar isenção de culpa, cessará a obrigação de indenizar.
Exemplo: Se a equipe contratada para animar uma festa infantil convencional chegar às 18 horas, mas, em razão de um congestionamento imprevisto, somente compareceu às 19h30min, e não se pode acusá-la de negligencia ou imprudência por este atraso, considerando que o retardamento se deu por evento fortuito, não houve culpe do devedor. 
MORA DO CREDOR: caso o credor se recuse injustificadamente, a receber a prestação no tempo, lugar e forma convencionados, incorrerá em mora. Não é necessário que o devedor demonstre a sua atuação dolosa ou culposa.
Consequências da mora do credor: Art. 400
Subtrai do devedor o ônus pela guarda da coisa, ressalvada a hipótese de ter agido com dolo – se o devedor apresentou-se para entregar o coelho reprodutor do credor, e estando este em mora de receber, poderá providenciar o seu depósito judicial, à custa do credor moroso. Caso permaneça com o animal e realize despesas, poderá cobrá-las posteriormente. A lei proíbe que o devedor atue dolosamente abandonando o animal na estrada ou deixando de alimentá-lo. Nesse caso, a responsabilidade persiste.
Obriga o credor a ressarcir o devedor pelas despesas de conservação da coisa – o devedor poderá cobrar ao credor devido a despesas ordinárias e extraordinárias, de natureza necessária. O credor irá ressarcir com atualização monetária.
Sujeita o credor a receber a coisa pela estimação mais favorável ao devedor, se houver oscilação entre o dia estabelecido para o pagamento (vencimento) e o dia de sua efetivação – se foi convencionado para entregar o coelho no dia 14 por R$2.000,00 e o credor retardou injustificadamente o recebimentodo coelho, somente efetivado no dia 24, quando a cotação do animal atingiu o preço de R$3.000,00, deverá o credor moroso arcar com a diferença e pagar o valor maior (do dia 24). Se a oscilação de preço fosse para menor (o coelho custar R$1.000,00) o credor deverá pagar o preço convencionado (R$2.000,00).
Perdas e Danos
Significam os prejuízos, os danos em consequência do descumprimento obrigacional. 
PERDAS E DANOS = prejuízo ou dano material ou moral, causado por uma parte à outra, em razão do descumprimento obrigacional.
Se o descumprimento derivar de atuação culposa do devedor - causador de prejuízo material ou moral - será obrigado a compensar civilmente o credor, logo, indenizando-o.
Pagar “perdas e danos” significa: indenizar aquele que experimentou um prejuízo, uma lesão em seu patrimônio material ou moral, em razão do descumprimento da obrigação.
As perdas e danos devidas em razão de inadimplemento contratual exigem, além da prova do dano, o reconhecimento da culpa do devedor.
As perdas e danos devidas ao credor deverão compreender o dano emergente (o que efetivamente perdeu) e o lucro cessante (o que razoavelmente deixou de lucrar).
A inexecução da obrigação determina o pagamento das perdas e danos que visam a colocar o credor no statu quo ante, vale dizer na situação jurídica que existiria se não tivesse havido a lesão de direito.
Juros legais
Art. 406 e 407 CC/2002.
É o rendimento do capital, preço do seu uso, preço locativo ou aluguel do dinheiro, prêmio pelo risco ocorrido decorrente do empréstimo, cabendo aos economistas o estudo de sua incidência, da taxa normal em determinada situação e de suas repercussões na vida do país.
Sob o âmbito jurídico, trata-se de um fruto civil corresponde à remuneração devida ao credor em virtude da utilização do seu capital.
Os juros podem ser convencionais, quando decorrentes de convenção; legais, quando se originam na própria lei; compensatórios, quando visam à compensação pela utilização do capital e moratórios, quando constituem uma indenização prefixada pelo atraso no cumprimento das obrigações.
JUROS COMPENSATÓRIOS: são ditos compensatórios quando devidos como remuneração pela utilização de capital pertencente a outrem, a exemplo daqueles pagos nas operações de mútuo (ex. empréstimo de dinheiro).
Segundo Arnold Wald: “os juros compensatórios são geralmente convencionais, por dependerem de acordo prévio das partes sobre a operação econômica e as condições em que a mesma deveria ser realizada, mas podem decorrer de lei ou de decisão jurisprudencial (súmula 164), enquanto que os juros monetários podem ser legais ou convencionais conforme decorram da própria lei ou da convenção.”
JUROS MORATÓRIOS: decorrem do inadimplemento ou retardamento no cumprimento de determinadas obrigações ou contratos e são calculados a partir da constituição em mora.
Cláusula Penal
Art. 408 até 416 CC/2002.
Também denominada de pena convencional ou multa contratual.
Cláusula penal é um pacto acessório, pelo qual as partes de determinado negócio jurídico fixam, PREVIAMENTE, a indenização devida em caso de inadimplemento culposo (deriva de culpa do devedor), absoluto ou relativo da obrigação.
Duas finalidades essenciais da cláusula penal:
Função de pré-liquidação – a pena convencional pretende indenizar previamente a parte prejudicada pelo inadimplemento obrigacional. Prefixação das pernas e danos (ressacirmento) devidos em razão do descumprimento do contrato. 
Função intimidatória – atua mais no âmbito psicológico do devedor, influindo para que ele não deixe de solver o débito, no tempo e na forma estipulados.
Exemplo: no aluguel da beca para colação de grau, no contrato de locação, é muito comum a estipulação da cláusula penal para o caso de não devolverem a roupa em perfeito estado de conservação.
Arras ou Sinal
Art. 417 até 420 CC/2002.
As arras constituem quantia ou coisa móvel dada por uma das partes à outra, em garantia da conclusão de um contrato; visa garantir a execução do contrato ou regular o direito de arrependimento das partes, diferenciando-se, desta forma da cláusula penal que só pode ser exigida se houver inadimplemento ou mora. Pode consistir em dinheiro ou coisa móvel.
Firma presunção de acordo final, e torna obrigatório o contrato.
As arras confirmatórias são aquelas que, quando prestadas, marcam o início da execução do contrato, firmando a obrigação pactuada, de maneira a não permitir direito de arrependimento. Por não permitir o direito de arrependimento, cabe indenização suplementar, valendo as arras como taxa mínima. Caso deixem de cumprir a sua obrigação, serão consideradas inadimplentes, sujeitando-se ao pagamento das perdas e danos
As arras penitenciais, quando estipuladas, garantem o direito de arrependimento e possuem um poder unicamente indenizatório. Nas arras penitenciais, exercido o direito de arrependimento, não haverá direito a indenização suplementar.

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