Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
NEUROSE E PSICOSE 1924 [1923] EGO (estância mediadora) mundo externo Id (reservatório de energia/polo pulsional) Superego (papel juiz) NEUROSE: resultado de um conflito entre ego e id O ego se defende contra o impulso pulsional mediante o mecanismo da repressão. O material reprimido luta contra o destino e cria uma representação substitutiva – o sintoma PSICOSE: desfecho de um distúrbio entre ego e mundo externo O mundo exterior não é percebido de modo algum O mundo interno perde sua significação O ego cria um novo mundo externo e interno esse novo mundo é construído de acordo com os impulsos desejosos do id DELÍRIO – remendo no lugar que originalmente 1ª fenda apareceu na relação do ego com o mundo externo. A etiologia comum ao início de uma psiconeurose é de uma psicose – frustração pela não realização de um desejo infantil EFEITO PATOGÊNICO- depende do ego numa tensão conflitual: Permanecer fiel ao mundo externo e silenciar o id Deixar derrotar-se pelo id e ser arrancado da realidade NEUROSE DE TRANFERENCIA (conflito ego-id) NEUROSE NARCÍSICAS (conflito ego-superego) PSICOSES (conflito ego-mundo externo) Qual pode ser o mecanismo(psicose) à repressão, por cujo intermédio o ego se desliga do mundo externo? Lacan, vai falar dos 3 tempos de Edipo: eu sou tudo/ será que sou tudo?/castração, sai disso. Fala em foraclusão: não há a entrada de um terceiro, se não tem eu e o outro, o outro se torna muito poderoso, (me chama de mulher, põe chip na minha cabeça...) não é um sujeito desejante. A PERDA DA REALIDADE (1924) NEUROSE: predominância da influência da realidade. (não repudia a realidade, apenas ignora) PSICOSE: predominância do id. (repudia a realidade e tenta substituir) OBSERVAÇÃO CLÍNICA: toda neurose perturba de algum modo a relação do paciente c/ a realidade, servindo-se de um meio de se afastar da realidade. NEUROSE: início ego a serviço do da realidade se dispõe da repressão do impulso pulsional. A NEUROSE consiste nos processos que fornecem uma compensação a parte do id danificado, reação contra a repressão e no fracasso da repressão NEUROSE: a perda da realidade afeta exatamente aquele fragmento de realidade, cujas exigências resultaram na repressão pulsional ocorrida. REPRESSÃO-NEUROSE REJEIÇÃO-PSICOSE PSICOSE DUAS ETAPAS: 1ª arrastaria o ego para longe da realidade. 2ª tentativa de reparar o dano, criar uma nova realidade CARACTERÍSTICAS ESPERADAS NO MÉTODO PROPOSTO: - proposta para fase de surto - que possa ser aplicado em clínica particular/hosp. psi. - que não afaste outros mecanismos de tratamento OBJETIVOS: No início do trab tinham 5: - criação de um projeto - relação satisfatória com as pessoas - reformulação da relação mãe/filho e filho/sociedade - desenvol. Identidade - resolução dinâmicas conflitivas CRITÉRIOS: Funcionamento biopsicossocial Relacionamento familiar Convivência social Ocorrência de novos surtos Lazer, planos futuros, uso de medicação, presença de sintomas produtivos e negativos, dependência/independência, compreensão do discurso, manutenção do relacionamento sexual O PSICOTICO E O GRUPO: algo controverso, vários aspectos. Diz-se que o psicótico perde a individualidade no grupo, acredito que se coloca tão individualmente que dificultam a própria vinculação, compartilhando pouco suas vivências c/ os demais. - ideal: psicoterapia individual e depois inseri-lo num grupo. SCHREBER (paranoia) 1884 crise, 6 meses intern, dr.flechsig, 1885/1893 sonho p/ rever dr., ideia que ser mulher deve ser bom no ato da copula,1893 2 crise, nomeação p/ presidente da Corte, ideias hipocondríacas, de perseguição, acreditava estar morto, ideias delirantes religiosas, 2 eixos. 1894-1902 9a internado, 1900/1902 ação p/ ter alta, escreve as memórias, 1902 alta, 1903 publica memórias, 1907 3 crise, morte da mãe, é internado, 1911 morre. 1º eixo do delírio: retirada da libido do mundo externo, corpo despedaçado, o outro quer transformá-lo em mulher p/ abusar dele. 2º eixo do delírio: se reconcilia com a ideia m. d. Deus, delírio estruturado, por isso ele entra aqui no 2 eixo, era só não tocar no assunto mulher de Deus. NEUROSE: histeria/fobia/neurose obsessiva -> passa pelos 3 tempos de Edipo PSICOSE: esquizofrenia/paranoia/melancolia -> Fica no 1 tempo de Edipo, não há mediação, obj de gozo do outro, a transf é persecutória. O delírio é uma tentativa de cura. PERVERSÃO: Recalca e ñ recalca, vê a castração e ñ vê ao msm tempo FASE AUTO ERÓTICA: bb nasce c/ sensações corpóreas, e que vai constituir um eu nele, ainda não tem o eu. NARCISISMO construir o eu, bb majestade. ESCOLHA DO OBJ: poder escolher alguém, ter identidade PROPOSTA DIVISÃO EM FASES: FASE VINCULAÇÃO: ‘Pichon’ vínculo é a primeira estrutura dinâmica. O vínculo é normal quando ambos tem a possibilidade de fazer livre escolha de objeto, como resultado de uma boa diferenciação entre ambos. Sem vínculo, a psicoterapia não ocorre. - CARACTERÍSTICAS: todo paciente traz uma proposta de relação, papeis complementares patológicos, ansiedade da família, conforme ocorre a terapia pode ocorrer transformações nos padrões de vínculos com sua família, o vínculo já constitui tratamento mesmo em surto, a existência do terapeuta pode dar consistência real a vida do paciente; transferência afeto-ódio ou dependência-destruição. FASE AUTOQUESTIONAMENTO: Temos 1 pcte em delírio produtivo – exteriorizando seu mundo interno e através disso, organizando seu modo a realidade externa. O que se busca é trabalhar com a parte doentia, cuja porta de entrada é o delírio. 1º- trabalhar em nível de confirmação 2º- provocar uma contradição interna na comunicação do paciente: o delírio é inquestionável, a tática seria provocar um paradoxo. 3º- trabalhar com a forma e não com o conteúdo 4º- através de perguntas deve fazer com que a conversa dirija-se cada vez + p/ 1 significado compreensível. FASE DE DIFERENCIAÇÃO DO EGO E DE ORGANIZAÇÃO DO PSIQUISMO E DO COTIDIANO: Visa a diminuição de certos aspectos da produtividade, só que eles diminuíam a produtividade e ficavam desmotivados, angustiados, sem projetos e isolados - PROPOSTAS: 1º discriminação: eu-tu (o Joao acha isso e vê o que acha?) 2º não repressão: não é legal fazer a repressão forçada, dá limite mas não reprime. 3º elaboração: situações que facilitem a integração do ego, apontamentos/clareamentos sobre as causas possíveis de certas emoções podem auxiliar 4º desempenho de papeis: as funções simples no grupo podem dar ao paciente uma função. 5º estímulo de funções egóicas: estimular a percepção de si, colegas e ambiente, emoções, necessidades. Função de síntese: objetivar metas, organizar-se, assumir ideias, valorizar as falas, ao se sentir entendido o paciente passa a perceber-se como completo. 6º terapeuta com o ego auxiliar, clarificando no momento certo passar tais funções para o paciente 7º busca de uma identidade: o psicótico tem dentro de si muitas indiferenciações projetivas, é uma defesa contra a ansiedade persecutória. Atitudes do terapeuta são duas: continência e contenção, resultado -> ego mais íntegro + adequação a realidade. FASE ANCORAGEM: a ligação do conteúdo com fatos da realidade é que confere a integração. Tentar estabelecer as ligações entre o material do quadro psicótico e os fatos do passado ou presente do cotidiano. Integração e comunicação das vivências paralelas. Dar entendimento ao surto.
Compartilhar