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PROCESSO DO TRABALHO

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PROCESSO DO TRABALHO
DEVIDO PROCESSO LEGAL 
Diz o art. 5º, LIV, da CF: Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
O devido processo legal consiste no direito que tem o cidadão de ser processado por regras já existentes e que sejam devidamente observadas pelo Judiciário.
Do princípio do devido processo legal, derivam, praticamente, todos os princípios constitucionais do processo, como da igualdade, juiz natural, motivação das decisões, vedação das provas obtidas por meios ilícitos etc.
PRINCÍPIO DO JUIZ E DO PROMOTOR NATURAL 
Como bem destaca José Augusto Rodrigues Pinto, a essência do princípio do juiz natural encerra a ideia de que nenhum litígio poderá ser julgado sem prévia existência legal de juízo determinado. Por anteposição, vai significar que nenhum sistema processual tolera a criação de tribunais especiais, de exceção ou de ocasião, sempre de inspiração política e autoritária, para o exercício do poder jurisdicional pelo Estado.
Por este princípio, são proibidos os chamados tribunais de exceção (art. 5º, XXXVII), ou seja, tribunais criados posteriormente ao fato.
PRINCÍPIO DA IGUALDADE 
O princípio da igualdade deriva do próprio princípio da isonomia previsto no art. 5º, caput, da CF. Dizia Aristóteles que a verdadeira igualdade consiste em tratar os iguais na medida das suas igualdades e os desiguais na medida das suas desigualdades.
Esse princípio também está expresso no art. 139 do CPC, o qual assevera que cabe ao juiz assegurar às partes igualdade de tratamento. 
Em razão desse princípio, no processo, as partes devem ter as mesmas oportunidades, ou seja, a paridade de armas, cumprindo ao juiz zelar para que isso seja observado. 
PRINCÍPIO DA INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO (ACESSO À JUSTIÇA)
Assim, ensinam Mauro Cappelletti e Bryant Garth: A expressão acesso à Justiça é reconhecidamente de difícil definição, mas serve para determinar duas finalidades básicas do sistema jurídico: o sistema pelo qual as pessoas podem reivindicar e/ou resolver seus litígios sob os auspícios do Estado. 
Primeiro, o sistema deve ser igualmente acessível a todos; segundo, ele deve produzir resultados que sejam individual e socialmente justos.
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA 
Dispõe o art. 5º, LV, da CF: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
A doutrina tem destacado que a ampla defesa compõe o contraditório, sendo o direito do réu de resistir, em compasso com os instrumentos processuais previstos na legislação processual, à pretensão do autor.
PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
O princípio do duplo grau de jurisdição assenta-se na possibilidade de controle dos atos jurisdicionais dos órgãos inferiores pelos órgãos judiciais superiores e também na possibilidade de o cidadão poder recorrer contra um provimento jurisdicional que lhe foi desfavorável, aperfeiçoando, com isso, as decisões do Poder Judiciário.
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS 
Consiste tal princípio na obrigatoriedade de o juiz expor as razões de decidir, ou seja, demonstrar quais as razões de fato e de direito que embasaram sua decisão. É uma garantia da cidadania, direito das partes e também da sociedade saber como o juiz chegou ao raciocínio lógico. Sua falta é causa de nulidade absoluta (arts. 93, IX, da CF, 489, do CPC e 832, da CLT).
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
O princípio da publicidade está estampado no já referido art. 93, IX, da CF, que assim dispõe: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. 
A publicidade é uma garantia preciosa da cidadania de saber, com transparência, como são os julgamentos realizados pelo Poder Judiciário. A presença do público nas audiências e a possibilidade do exame dos autos por qualquer pessoa representam um seguro instrumento de fiscalização popular sobre a obra dos juízes. Conforme a expressão popular: o povo é o juiz dos juízes.
O princípio da publicidade não é absoluto, pois, quando a causa estiver discutindo questões que envolvem a intimidade das partes, o juiz poderá restringir a publicidade da audiência.
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA PROVA ILÍCITA 
Dispõe o art. 5º, LVI, da CF: são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; A proibição constitucional da produção de provas obtidas por meios ilícitos constitui direito fundamental, não só para assegurar os direitos fundamentais do cidadão, mas também para garantia do devido processo legal e dignidade do processo. 
Em determinadas situações, a jurisprudência, utilizando-se do princípio da proporcionalidade, tem admitido a produção da prova obtida por meio ilícito no processo.
DA VALIDADE DA PROVA OBTIDA POR MEIO ILÍCITO - VIOLAÇÃO DO ART. 5, XII DA CF/88. O recorrente defende a tese de que a gravação colhida pelo reclamante foi conseguida por meio ilícito. Entretanto, pelo entendimento dominante do STF, a gravação de conversa feita por um dos interlocutores não tem o vício da ilicitude. E o que podemos conferir através do seguinte julgado: EMENTA: ELEITORAL. PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPRA DE VOTOS. GRAVAÇÃO DE CONVERSA FEITA POR UM DOS INTERLOCUTORES: LICITUDE. SUMULA 279 DO STF. I. - A gravação de conversa entre dois interlocutores, feita por um deles, sem conhecimento do outro, com a finalidade de documentá-la, futuramente, em caso de negativa, nada tem de ilícita, principalmente quando constitui exercício de defesa. Precedentes. II- Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. III -Ausência de novos argumentos. IV - Agravo regimental improvido. (AI-AgR 666459 / SP - SÃO PAULO).
Princípio da duração razoável do processo 
Assevera o art. 5º, inciso LXXVIII, da CF: a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
No processo do trabalho, a necessidade de tramitação célere das causas se potencializa em razão: 
a) da natureza alimentar da maioria das verbas trabalhistas postuladas; 
b) da hipossuficiência do trabalhador; 
c) da justiça social. 
Nesse sentido, é o art. 765, da CLT, in verbis: 
Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.
Princípios do Processo Civil previstos na Lei Ordinária e que são aplicáveis ao Processo do Trabalho.
PRINCÍPIO DA AÇÃO, DEMANDA OU DA INÉRCIA DO JUDICIÁRIO 
Também chamado de princípio da demanda ou da ação, indica a atribuição à parte da iniciativa de provocar a jurisdição, pois esta é inerente, nos termos do art. 2 o do CPC: O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE OU DISPOSITIVO 
Denomina-se princípio do dispositivo a liberdade que as partes têm, no processo, de praticar ou não os atos processuais que a lei lhes faculta, e também a possibilidade de apresentar ou não uma pretensão em juízo.
Art. 878. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
PRINCÍPIO DO IMPULSO PROCESSUAL 
Conforme já destacamos, o processo começa por iniciativa da parte, uma vez que ojuiz não pode exercer a jurisdição de ofício. Não obstante, uma vez proposta a ação, ela se desenvolverá por impulso oficial até o final. As fases do processo vão sendo ultrapassadas pelo instituto da preclusão, e assim se chegará a um resultado final, seja de mérito ou não. Nesse sentido, dispõe o art. 2º do CPC, in verbis: O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos.                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
§ 1o A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução.                      (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
§ 2o  A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição.                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
PRINCÍPIO DISPOSITIVO OU DA DEMANDA
- É uma faculdade que tem o reclamante de acionar o PJ para solução do litígio.
- É intrinsicamente relacionado ao princípio do impulso oficial, também chamado de inquisitivo; o processo, em regra, inicia-se com a provocação das partes, mas segue por impulso oficial. 
- Está consagrado no Ncpc, art. 262: “O processo civil começa por iniciativa da parte, mas se desenvolve por impulso oficial”.
- Possui várias exceções:
1. Art. 39, CLT: Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sôbre a não existência de relação de emprêgo ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado a Justiça do Trabalho ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado.
 2. Art. 790, §3º, CLT: É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. 
 3. Art. 818, §1º, CLT: Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído.
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
O princípio da oralidade consiste no conjunto de subprincípios que interagem entre si, com o objetivo de fazer com que seja colhida oralmente a prova e julgada a causa pelo juiz que a colheu.
Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS 
O princípio da instrumentalidade das formas se assenta no fundamento de não ser o processo um fim em si mesmo, sendo um instrumento a serviço do direito e também da justiça.
Nesse contexto, dispõe o art. 277 do CPC: Quando a lei prescrever determinada forma, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade. 
O referido dispositivo consagra o que a doutrina chama de aproveitamento dos atos processuais que atingiram a finalidade, ainda que não praticados sob a forma prescrita em lei. Desse modo, somente haverá nulidade se houver prejuízo às partes Art. CLT - 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO 
A conduta das partes, no processo civil tradicional, nitidamente, tem caráter adversarial, ou seja, as partes se encontram em posições antagônicas, cada qual defendendo os próprios interesses, que, na maioria das vezes, colide com os da parte contrária.
PRINCÍPIO DA OBSERVÂNCIA DA ORDEM CRONOLÓGICA DAS DECISÕES 
O Código de Processo Civil de 2015 estabeleceu o dever de observância da ordem cronológica dos processos conclusos para proferir sentenças ou acórdãos. Trata-se de medida que tem por objetivo assegurar a igualdade de tratamento de todos que ingressam na Judiciário, implementando-se a isonomia, evitando-se que processos mais recentes sejam julgados na frente de processos mais antigos.
Dos princípios peculiares do Direito Processual do Trabalho
PROTECIONISMO TEMPERADO AO TRABALHADOR
O Processo do Trabalho tem característica protetiva ao litigante mais fraco, que é o trabalhador, mas sob o aspecto da relação jurídica processual (instrumental) a fim de assegurar-lhe algumas prerrogativas processuais para compensar eventuais entraves que enfrenta ao procurar a Justiça do Trabalho, devido à sua hipossuficiência econômica e, muitas vezes, à dificuldade em provar suas alegações, pois, via de regra, os documentos da relação de emprego ficam na posse do empregador
a)art. 844 da CLT, que prevê hipótese de arquivamento da reclamação trabalhista em caso de ausência do reclamante, mas, se ausente o reclamado, haverá a revelia; b) inversão do ônus da prova em favor do empregado e também a existência de diversas presunções favoráveis ao trabalhador; c) existência do jus postulandi da parte (art. 791 da CLT); d) gratuidade processual, com amplas possibilidades de deferimento ao empregado dos benefícios da justiça gratuita; e) depósito recursal (art. 899 da CLT): a exigência de depósito recursal para o reclamado poder recorrer também se trata de regra protetiva ao trabalhador, visando a bloquear recursos e garantir futura execução por quantia; f) maior poder do Juiz do Trabalho na direção do processo, tanto na fase de conhecimento (art. 765 da CLT), como na de execução (art. 878 da CLT); g) competência territorial fixada em razão do local de prestação de serviços (art. 651 da CLT);
INFORMALIDADE 
O princípio da informalidade do Processo do Trabalho, defendido por muitos autores e também por nós, significa que o sistema processual trabalhista é menos burocrático, mais simples e mais ágil que o sistema do processo comum, com linguagem mais acessível ao cidadão não versado em direito, bem como a prática de atos processuais ocorre de forma mais simples e objetiva, propiciando maior participação das partes, celeridade no procedimento e maiores possibilidades de acesso à justiça ao trabalhador mais simples.
a) petição inicial e contestação verbais (arts. 840 e 846 da CLT); b) comparecimento das testemunhas independentemente de intimação (art. 825 da CLT); c) ausência de despacho de recebimento da inicial, sendo a notificação da inicial ato próprio da Secretaria (art. 841 da CLT); d) recurso por simples petição (art. 899 da CLT); e) jus postulandi (art. 791 da CLT); f) imediatidade entre o juiz e a parte na audiência; g) linguagem mais simplificada do processo do trabalho.
CONCILIAÇÃO 
Dispõe o art. 764 da CLT: Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. § 1 o Para os efeitos deste artigo, os Juízes e Tribunais do Trabalho empregarão sempre os seus bons ofícios e persuasão no sentido de uma solução conciliatória dos conflitos. § 2 o Não havendo acordo, o juízo conciliatório converter-se-á obrigatoriamente em arbitral, proferindo decisão na forma prescrita neste Título. § 3 o É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório.
A CLT determina que a conciliação seja tentada, obrigatoriamente,em dois momentos: antes do recebimento da defesa, conforme o art. 846 da CLT , e após as razões finais (art. 850 da CLT )
NULIDADE DO PROCESSO AUSÊNCIA DE PROPOSTA CONCILIATÓRIA. A TENTATIVA OU PROPOSTA DE CONCILIAÇÃO PODE SER FEITA EM QUALQUER FASE DO PROCESSO, PORÉM É OBRIGATÓRIA EM DOIS MOMENTOS: APÓS A APRESENTAÇÃO DA DEFESA E ANTES DO JULGAMENTO DO FEITO. A FALTA DA PRIMEIRA NÃO GERA, CONSOANTE ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL PREDOMINANTE, QUALQUER NULIDADE, EM RAZÃO DE QUE PODE SER SUPRIDA PELA SEGUNDA. A AUSÊNCIA DESTA ÚLTIMA, CONTUDO, GERA A NULIDADE DE TODOS OS DEMAIS ATOS PROCESSUAIS PRATICADOS. (TRT 9 A R. 2 A T. AC. N. 3407/97 REL. JUIZ EDUARDO GUNTHER DJPR 21.2.97 P. 303)
CELERIDADE 
Embora não seja uma característica exclusiva do Direito Processual do Trabalho, nele tal característica se mostra mais acentuada, uma vez que o trabalhador postula um crédito de natureza alimentar. 
Tramitação preferencial do feito:  
-  Idoso (art. 71, Lei 10741/2003 e art. 1.211-A, CPC e 1.048 CPC/2015) 
-  Portador de doença grave (art. 1.211-A, CPC / ART. 1.048 CPC/2015) 
-  Dissídio que verse exclusivamente sobre salário ou empregador falido (art. 652, parágrafo único, CLT) 
Art. 768 - Terá preferência em todas as fases processuais o dissídio cuja decisão tiver de ser executada perante o Juízo da falência. 
SIMPLICIDADE 
Não há como negar que o Processo do Trabalho é mais simples e menos burocrático que o Processo Civil. Como bem adverte Júlio César Bebber (27) : ?Os formalismos e a burocracia são os piores vícios com capacidade absoluta de entravar o funcionamento do processo. 
MAJORAÇÃO DOS PODERES DO JUIZ DO TRABALHO NA DIREÇÃO DO PROCESSO 
Diante dos novos rumos constitucionais do acesso à justiça, efetividade da decisão e solução do processo em tempo razoável, há necessidade de o juiz moderno tomar postura mais ativa na direção do processo, não sendo apenas um mero espectador ou um convidado de pedra na relação jurídica processual. Deve ele ter postura imparcial, equilibrada, mas ativa, impulsionando o processo, fazendo escolhas que, ao mesmo tempo, garantam a paridade de armas às partes, e propiciem resultado e economia de atos processuais.
SUBSIDIARIEDADE 
Na fase de conhecimento, o art. 769 da CLT assevera que o Direito Processual comum é fonte do Direito Processual do Trabalho e, na fase de execução, o art. 889 da CLT determina que, nos casos omissos, deverá ser aplicada no Processo do Trabalho a Lei de Execução Fiscal (Lei n. 6.830/80) (37) e, posteriormente, o Código de Processo Civil. 
FUNÇÃO SOCIAL DO PROCESSO DO TRABALHO 
Em razão do caráter publicista do processo do trabalho e do relevante interesse social envolvido na satisfação do crédito trabalhista, a moderna doutrina tem defendido a existência do princípio da função social do processo trabalhista.
Nesse sentido, dispõe o art. 8 o da CLT: As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.? (grifou-se)
PRINCÍPIO DA ULTRA (ALÉM) OU DA EXTRAPOLAÇÃO (FORA DO PEDIDO):
Este princípio é aplicado apenas em certos casos, o art. 467 da CLT permite o Juiz determinar o pagamento das verbas rescisórias incontroversas com acréscimo de 50%, caso não tenham sido pagas na primeira audiência em que comparecer o réu, ainda que sem pedido do autor. O art 496 da CLT diz que o Juiz poderá determinar o pagamento de indenização ao empregado estável, não havendo possibilidade de retorno ao trabalho. 
PRINCIPIO DA GRATUIDADE
Desse modo, existem certas características peculiares do Direito Processual do Trabalho, tal como a gratuidade do processo, com a dispensa do pagamento de custas, prevista no art. 790, § 3º, da Consolidação das Leis Trabalhistas. O empregado não precisa pagar as custas para intentar a ação. Além disso, a assistência judiciária é concedida apenas ao empregado, e nunca ao empregador.
NÃO É MAIS ASSIM.... REFORMA TRABALHISTA MUDOU...
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
 § 1o Tratando-se de empregado que não tenha obtido o benefício da justiça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
 § 2o No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respectiva importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
 § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
ANTES ERA O DOBRO DO MÍNIMO LEGAL: 954,00 X 2 = 1908,00
AGORA: 5.531,31 X 40% = 2.212,52
PRINCÍPIO DA CONCENTRAÇÃO DOS ATOS: 
Significa que deve tentar reduzir tudo a uma única audiência. Decorre da aplicação conjunta de vários atos destinados a orientar à apuração de provas e a decisão judicial em uma única audiência, daí o termo concentração dos atos. Está previsto na CLT, no seu Art. 849, que diz expressamente que a Audiência de Julgamento será contínua. Claro que, em certos casos, o juiz poderá fracionar a audiência.
O JUS POSTULANDI
Esta não é a oportunidade de articular críticas ao postulado em análise. Aqui, o objetivo é limitado à tentativa de delineamento dos conteúdos jurídicos dos princípios aplicáveis ao processo do trabalho, categoria na qual se inclui o jus postulandi. 
Feitas estas considerações introdutórias, partir-se-á em busca do objetivo. 
O princípio em referência vem insculpido no art. 791 da CLT que apresenta a redação a seguir:
“Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.”
Mas tal possibilidade não é plena. Ao contrário, segundo remansoso entendimento do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho, inclusive cristalizado pela Súmula nº 425, “o jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho”.
A IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
O art. 893 da Consolidação das Leis do Trabalho impõe a irrecorribilidade das decisões interlocutórias como mecanismo de celeridade processual e de duração razoável do processo. Percebe-se do sistema recursal instituído a partir daquele artigo que apenas em hipóteses excepcionais é que é admitida a interposição de recursos contra decisões intermediárias. 
O PRINCÍPIO DA TRANSCENDÊNCIA
trata-se da não-nulidade formal se não houver prejuízo manifesto, ou ainda, se o desvio não tem transcendência (ultrapassar) quanto as garantias essenciais de defesa, o que significa adoção de medidas sensatas para simplificar a legislação processual e converter o sistema judicial num eficiente prestador de serviços para a sociedade
Ex. Não deverá haver nulidade de uma sentença por falta de citação, quando a Reclamada comparecer a audiência e exercer a defesa que a lei lhe assegura.
Um dos princípios norteadores do Processo do Trabalho é o da celeridade, dada a natureza salarialdo crédito trabalhista. Entretanto, por força de Lei, algumas causas especiais possuem preferência na tramitação. Das situações listadas a seguir, assinale aquela que terá preferência em todas as fases processuais.
a)a que será executada contra a União, Estados ou Municípios.
b)a que será executada perante o juízo da falência.
c)a que será executada em face de empregador doméstico
d)a que será executada em face de empresa pública.
O artigo 794 da CLT prevê que, nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho, só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
Com relação ao exposto, é correto afirmar que o artigo 794 consagra o princípio da(o)
a)instrumentalidade das formas. 
b)convalidação. 
c)aproveitamento dos atos processuais. 
d)transcendência.
Considere que um indivíduo reclamou, junto à DRT, a recusa da empresa PLIM Ltda, sua empregadora, em realizar anotação na CTPS. A Delegacia Regional do Trabalho, por sua vez, remeteu o processo à Justiça do Trabalho.
Tem-se, nesse procedimento, exceção ao princípio:
a)da eventualidade.
b)inquisitivo.
c)da imediação.
d)dispositivo.

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