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MODELO DE RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER 
 
 
ANDRESSA MAYARA SANTOS GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO: UMA ANÁLISE DO SISTEMA DE INFORMÇÃO 
CONTÁBIL DE UMA ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
 
 
ANDRESSA MAYARA SANTOS GOMES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO: UMA ANÁLISE DO SISTEMA DE INFORMÇÃO 
CONTÁBIL DE UMA ENTIDADE DO TERCEIRO SETOR 
 
 
Trabalho apresentado ao curso de Ciências 
Contábeis do Centro Universitário 
Internacional UNINTER, como requisito 
parcial à avaliação de aprendizagem da 
unidade temática de aprendizado de 
estágio supervisionado. 
 
Orientadores: 
Prof. Dr. Juliano Lima Soares 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2016 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 – Receita diferida.................................................................................12 
Tabela 2 – Receita com doações........................................................................12 
Tabela 3 – Termo de parcerias...........................................................................13 
Tabela 4 – Receita diferida.................................................................................13 
Tabela 5 – Superávit...........................................................................................13 
Tabela 6 – Receita com doações........................................................................14 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – Grupos e subgrupos do Balanço Patrimonial...................................16 
Quadro 2 – Balanço Patrimonial.........................................................................17 
Quadro 3 – Demonstração do Superávit e Déficit do exercício...........................19 
Quadro 4 – Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido social.............20 
Quadro 5 – Demonstração do Fluxo de Caixa método indireto...........................21 
Quadro 6 – Notas explicativas às demonstrações contábeis..............................22 
Quadro 7 – Diferenças entre dado e informação.................................................26 
Quadro 8 – Regulamento Interno.......................................................................29 
Quadro 9 – Função do Tesoureiro......................................................................31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Mapa Dos Stakeholders.....................................................................27 
Figura 2 – Organograma....................................................................................29 
Figura 3 – Etapas do fluxo de arrecadação de doações......................................33 
Figura 4 – Etapas do fluxo de arrecadação de doações da filial..........................34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................... 7 
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO .................................................................... 9 
2.1 CONTABILIDADE PARA ENTIDADES .................................................. 9 
2.2 CONTABILIDADE PARA TERCEIRO SETOR .................................... 10 
2.3 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DO TERCEIRO SETOR ...................... 12 
2.4 DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS PARA O 
TERCEIRO SETOR...........................................................................................14 
2.4.1 Balanço patrimonial ............................................................................. 16 
2.4.2 Demonstração do superávit ou déficit do exercício ............................. 18 
2.4.3 Demonstração das mutações do patrimônio líquido social .................. 20 
2.4.4 Demonstração do fluxo de caixa ......................................................... 20 
2.4.5 Notas explicativas ................................................................................ 22 
2.4.6 Livros contábeis ................................................................................... 24 
3. PRÁTICAS DE ESTÁGIO ................................................................... 25 
3.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS .................................. 25 
3.1.1 Descrição do sistema .......................................................................... 28 
3.1.1.1 Fluxo de arrecadação de doações....................................................... 32 
3.1.1.2 Fluxo de arrecadação de doações da filial .......................................... 33 
3.1.1.3 Entrada de dados no sistema e geração de relatórios ......................... 35 
3.1.1.4 Processo de prestação de contas junto aos conselheiros ................... 35 
3.1.1.5 Reunião administrativa e o processo de tomada de decisão ............... 36 
3.1.1.6 Processo de prestação de contas junto aos colaboradores e 
doadores .......................................................................................................... 37 
3.1.1.7 O processo de compras ....................................................................... 37 
4. CONCLUSÕES PARCIAIS ................................................................. 39 
REFERÊNCIAS ................................................................................... 40 
 ANEXO 1 – Regulamento Interno ..................................................... 41 
 
7 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O terceiro setor é composto por organizações sem fins lucrativos, ou seja, tem 
como objetivo as atividades sociais e não econômicas. Esse setor é dividido de acordo 
com suas características, dividem-se em associações, fundações, organizações 
religiosas e partidos políticos (SLOMSKI, 2012). 
De acordo com a Lei n. 10.406/2002 (BRASIL, 2002) as associações e 
fundações são caracterizadas como pessoa jurídica, exigindo o registro da empresa 
organizada de direito privado. De acordo com o art. 62 as entidades religiosas são 
classificadas como fundações que são registradas por meio de um estatuto (LIMA E 
FREITAG, 2014). 
Quanto à tributação, as organizações do terceiro setor, podem ser imunes ou 
isentas. De acordo com art. 150 da Constituição Federal, são imunes à tributação 
“templos de qualquer culto; patrimônio, renda ou serviço dos partidos políticos, 
inclusive suas fundações, das entidades Sindicais dos trabalhadores, e das 
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos” (BRASIL, 1998). 
A isenção ocorre quando uma Lei exclui atividades específicas de tributação, de 
acordo com os requisitos (LIMA E FREITAG, 2014). 
Conforme o art. 15 da Lei 9532/1997 “consideram-se isentas as instituições de 
caráter filantrópico, recreativo, cultural e científico e as associações civis” que sejam 
sem fins lucrativos (BRASIL, 1997) e no parágrafo 1º ressalta que a isenção equipara 
apenas imposto de renda e contribuição social excluindo essa isenção, no parágrafo 
2º, quando se refere aos rendimentos e ganhos em aplicações financeiras, renda fixa 
ou variável. 
A partir de 2002, de acordo com a Lei 10406 as fundações só podem ter fins 
religiosos, morais, culturais ou de assistência. Elas têm como característica o 
patrimônio que deve ser constituído por bens suficientes para as finalidades de 
manutenção da entidade e constituição estatutária. 
Entidades religiosas são obrigadas a elaborar as demonstrações contábeis 
para a apresentação do desempenho financeiro da entidade e para a prestação de 
contas. As organizações, quereceberem algum tipo de incentivo fiscal e recursos 
governamentais, voltado para as suas atividades fins, devem apresentar diversos 
documentos para comprovação da aplicação dos recursos (SLOMSKI, 2012). 
8 
 
Para a elaboração das demonstrações é necessário que a empresa possua um 
sistema de informação contábil baseado em documentos comprobatórios 
relacionados ao ganho e aplicação de recursos como notas fiscais, recibos e 
contratos. 
A contabilidade desempenha um papel de gerenciador dos recursos, de acordo 
com a legislação, todas as entidades do terceiro setor devem prestar informações para 
os órgãos públicos para isso é preciso reconhecer qual o sistema de informação 
contábil adotado pela entidade e como essas informações são utilizadas pelos 
gestores? 
O objetivo geral da pesquisa é analisar o sistema de informação contábil 
adotado pela organização e como esse sistema contribui para a tomada de decisão 
dos gestores. 
Os objetivos específicos são: 
 
1. Analisar o sistema de informação contábil da empresa; 
2. Compreender o quanto os gestores utilizam do sistema de informação contábil; 
3. Identificar a fragilidade e potencialidade do sistema de informações contábeis 
da empresa; 
4. Elaborar uma proposta de modelo contábil para a entidade. 
 
A pesquisa será de grande relevância para ciência, pois fornecerá um acervo 
teórico que poderá ser usado pelos novos profissionais contábeis, colaborando para 
a dilatação da teoria no qual estabelecerá uma linha de pesquisa para o curso de 
ciências contábeis do Centro Universitário Internacional UNINTER. Com a resolução 
da pesquisa a organização poderá utilizar modelos contábeis mais sofisticados 
contribuindo assim com sua longevidade da organização. Essa pesquisa 
proporcionará a pesquisadora vivência na área científica pouco pesquisada pelos 
contadores, e o conhecimento de novas habilidades contábeis moldará uma 
profissional ainda mais capacitada para atuar em diversos campos da área contábil. 
 
9 
 
2. REFERÊNCIAL TEÓRICO 
 
2.1 CONTABILIDADE PARA ENTIDADES 
 
A contabilidade é a ciência que estuda as mutações do patrimônio. Segundo 
Muller (2009) é a ciência que estuda o desenvolvimento, os resultados, reflexos, 
evolução, gerência e o futuro do patrimônio de uma pessoa e de acordo com Tolgo 
(2008), o objetivo é o controle eficaz do patrimônio informando aos interessados sua 
composição e variação decorrente das transações econômicas realizadas. 
Para o controle e registro dos fatos de uma administração, tem-se como objeto 
de estudo o patrimônio das entidades definidas como um conjunto de bens, direitos e 
obrigações com terceiros. Os bens têm valor econômico e podem ser transformados 
em dinheiro. É dividido em bens móveis, imóveis, tangíveis e intangíveis, fazendo 
parte do ativo. Os direitos, por sua vez, são os recursos que a empresa tem a receber 
e compõem o ativo (TOLGO, 2008). 
As obrigações são dívidas com terceiros, como pagamento de fornecedores, 
salários e impostos fazem parte do passivo. Podem ser classificados em passivo 
circulante e passivo não circulante. No grupo circulante estão classificadas as 
obrigações de curto prazo, que devem ser assumidas no prazo de doze meses. O 
passivo não circulante classifica as obrigações a serem assumidas em longo prazo, 
como financiamentos e empréstimos com prazo acima de um ano (TOLGO, 2008). 
 O patrimônio líquido é o resultado da equação básica da contabilidade, que de 
acordo com Neves (2011), é composta pela soma de bens e direitos menos as 
obrigações, resultando no patrimônio líquido, que são recursos que os sócios ou 
acionistas entregaram para a formação do patrimônio da entidade. 
O objetivo da contabilidade é a correta apresentação do patrimônio e análise 
de suas mutações por meio de controle, registro dos atos e fatos da administração, 
orientação dos administradores e fornece informações sobre o patrimônio aos 
interessados (NEVES, 2011). Segundo CPC 00, os usuários são os investidores, 
empregados, credores de empréstimos, fornecedores, clientes, governo e suas 
agências e o público. 
As duas principais funções da contabilidade são de controlar o patrimônio e 
apurar o lucro ou prejuízo, para isso é utilizada diversas técnicas conhecidas como 
procedimentos contábeis. Os procedimentos contábeis são realizados em duas 
10 
 
etapas, a primeira é o registro dos fatos, a escrituração que resulta na formação das 
demonstrações contábeis que expõem a situação do patrimônio em determinada data 
(NEVES, 2011). 
A auditoria e a análise das demonstrações também são exemplos de 
procedimentos contábeis. Garantem a verificação da escrituração e das 
demonstrações de acordo com os princípios contábeis e a comparação e 
interpretação das informações (NEVES, 2011). 
As demonstrações contábeis podem ser obrigatórias ou facultativas, isso de 
acordo com a legislação para os determinados tipos de empresa. Todavia, segundo o 
CPC 00, no conjunto completo das demonstrações inclui-se: o balanço patrimonial, a 
demonstração do resultado, demonstração das mutações na posição financeira 
(demonstração do fluxo de caixa – DFC), a demonstração das mutações do patrimônio 
líquido e notas explicativas. 
As mudanças na escrituração contábil do setor público e privado ao compará-
lo com o terceiro setor há necessidades específicas das empresas, podendo criar 
novas contas para alocar valores de doações, ou serviços voluntários. Entretanto, 
para melhor entender essas alterações é preciso compreender as finalidades da 
contabilidade para o terceiro setor, que será apresentado no próximo tópico. 
 
 
2.2 CONTABILIDADE PARA TERCEIRO SETOR 
 
Para as entidades do terceiro setor a contabilidade torna-se uma ferramenta 
para a prestação de contas com o controle e gerenciamento dos recursos escassos 
(LIMA E FREITAG, 2014). 
Por meio da Resolução CFC 1.409/2012 houve mudanças no cenário contábil 
das organizações, determinou os princípios contábeis para todas as empresas, 
estabeleceu o padrão das demonstrações contábeis para as entidades do terceiro 
setor e alterou o modelo de escrituração contábil. 
Os princípios foram estabelecidos com o objetivo de padronizar os 
procedimentos contábeis, de acordo com Lima e Freitag (2014), são: 
 
 Princípio da Entidade: traz consigo a autonomia patrimonial da entidade, 
exigindo a separação entre o patrimônio dos sócios e o patrimônio da empresa. De 
11 
 
acordo com Marion (2009) esse princípio reconhece o Patrimônio “como objeto da 
contabilidade”; 
 
 Princípio da Continuidade: preza pela operação da entidade por tempo 
indeterminado. A continuidade da empresa influência nas operações da empresa tanto 
na qualificação e quantificação do ativo quando na avaliação dos prazos do passivo 
(MARION, 2009). 
 
 Princípio da Oportunidade: é necessário que a escrituração ocorra a tempo de 
obter informações relevantes aos usuários e com isso, o princípio do registro pelo 
valor original, torna-se obrigatório, já que os ativos e passivos devem ser registrados 
pelo custo de aquisição. 
 
 Princípio da competência: “determina quando as alterações no ativo ou no 
passivo resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido” (MARION, 2009, 
pg. 74). Define o momento de reconhecimento das receitas, e o da prudência que 
determina o menor valor para o ativo e o maior para o passivo, quando apresentarem 
alternativas iguais para a quantificação da mutação do patrimônio líquido. 
 
A classificação contábil é a atribuição da conta de acordo com o fato ocorrido 
(MARION, 2009) e para a organização dessas contas é necessário um plano de 
contas, onde é definido como“um conjunto que guia a escrituração e a demonstração, 
disciplinando a forma de registrar” (SÁ, 2010, pg. 65). 
O plano de contas é imutável, ele permite as alterações para atender as 
necessidades da entidade. O ativo é classificado por ordem de liquidez, o passivo por 
exigibilidade. O resultado do terceiro setor é conhecido como superávit ou déficit e de 
acordo com a Resolução do CFC 1.409/2012 institui que as receitas e despesas 
devem obedecer ao princípio da competência. 
Para a elaboração dos demonstrativos contábeis corretamente, de acordo com 
as normas técnicas de contabilidade, as entidades devem manter a escrituração 
atualizada e de acordo com o padrão de escrituração estabelecida. O próximo tópico 
apresentará algumas escriturações específicas das entidades do terceiro setor. 
 
12 
 
2.3 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DO TERCEIRO SETOR 
 
As contas do ativo da entidade do terceiro setor têm a mesma finalidade e 
classificação que as empresas com fins lucrativos. Porém, de acordo, com a situação 
a locação dos valores varia. 
Subvenção é o termo usado para recursos financeiros ou bens patrimoniais 
cedidos pelos órgãos públicos. Devem-se prestar contas de todo bem ou direito 
recebido como subvenção, sendo assim, os bens tangíveis devem ser usados para os 
fins da entidade, e os monetários, devem ser mantidas em conta de aplicação 
financeira. Assim como o exemplo a seguir: 
 
Tabela 1 – Receita diferida 
 
Débito / Crédito Conta Contábil Valor 
D Banco Conta Subvenção R$ 20.000,00 
C Receita Diferida (Passivo) R$ 20.000,00 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
 
 As doações recebidas devem ser contabilizadas de acordo com o fim 
instaurado. Supostamente a entidade recebe a doação de um imóvel que não será 
usado para sua atividade fim e sim para aluguel, por esse motivo, torna-se um 
investimento da entidade. Escriturado da seguinte forma: 
 
Tabela 2 – Receitas com Doações 
 
Débito / Crédito Conta Contábil Valor 
D Investimento (Imóvel para Aluguel) R$ 80.000,00 
C Receita com Doações R$ 80.000,00 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
 
Os contratos, convênios e parcerias da entidade com empresas do âmbito 
privado, devem ser escriturados no primeiro momento como parceria. O valor recebido 
é depositado em conta corrente até o momento de ser usada, a contrapartida do 
depósito é no passivo, até o contrato ser cumprido, como mostra a tabela a seguir. 
 
13 
 
Tabela 3 – Termo de Parceria 
 
Débito / Crédito Conta Contábil Valor 
D Banco Conta Termo de Parceria R$ 85.000,00 
C Termo de Parceria (Passivo) R$ 85.000,00 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
 
 Receitas diferidas são valores recebidos antecipadamente, assim como ocorre 
com a subvenção, o valor é deposita em conta corrente, mas como a entidade tem 
obrigações com o valor, deve ser mantido no passivo, de acordo com o exemplo a 
seguir. 
 
Tabela 4 – Receita Diferida 
 
Débito / Crédito Conta Contábil Valor 
D Banco Conta Subvenção R$ 15.000,00 
C Receita Diferida (Passivo) R$ 15.000,00 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
 
 Depois do resultado apurado, a transferência do resultado deve ser feita para 
a conta do Patrimônio Líquido Social, como superávit ou déficit acumulado. 
 
Tabela 5 – Superávit 
 
Débito / Crédito Conta Contábil Valor 
D Apuração do Resultado do Exercício (Conta Transitória) R$ 1.000,00 
C Superávit Acumulado R$ 1.000,00 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
 
 Doações são recursos recebidos sem necessidade de prestação de contas, 
com entidade ou pessoa física responsável. O recurso disponível deve contar nos 
demonstrativos como Receita com Doações. Subvenção, Receita com Aluguel, são 
disponibilidades para a entidade desenvolver suas atividades e cumprir com suas 
obrigações,sendo assim, devem ser segregadas em contas relativas ao fato gerador. 
Exemplo de a escrituração a seguir, que exemplifica receita com doações. 
14 
 
Tabela 6 – Receita com doações 
 
Débito / Crédito Conta Contábil Valor 
D Caixa R$ 6.000,00 
C Receita com Doações R$ 6.000,00 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
 
 Esses exemplos são específicos do terceiro setor. Obrigatoriamente a 
escrituração deve seguir esses padrões para que os demonstrativos estejam de 
acordo com as normas técnicas contábeis. O próximo tópico da pesquisa estará 
descrevendo e exemplificando os demonstrativos contábeis do terceiro setor. 
 
 
2.4 DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS PARA O TERCEIRO 
SETOR 
 
A partir da escrituração contábil, segundo Sá (2010), exige-se no mínimo dois 
principais relatórios contábeis: o livro razão e o livro diário. O diário deve ser impresso 
e registrado no órgão de registro da empresa, Junta Comercial ou cartório. 
Os demonstrativos contábeis devem seguir algumas exigências de 
padronização, citadas por Sá (2010, pg. 75) sendo elas: 
 
 Registro em idioma nacional; 
 Utilização de forma específica contábil; 
 Ordem cronológica de dia, mês e ano; 
 Ausência de espaços em branco; 
 Ausência de uso de entrelinhas; 
 Ausência de borrões, rasuras e emendas; 
 Não utilização das margens; 
 Registros fundamentados em documentação hábil e justificável; 
 Individuação perfeita dos fatos; 
 Clareza expositiva; 
 Fidelidade na evidência dos fatos. 
15 
 
Nos livros é permitido o uso de abreviaturas, porém, as descrições devem 
conter no livro Diário ou no livro de códigos. Assim, como os registros mensais 
também são permitidos, mas devem conter em livros auxiliares (Sá, 2010). 
Entretanto, as entidades do terceiro setor estão obrigadas a padronização das 
demonstrações contábeis de acordo com a Resolução CFC 1.409/2012, elas devem 
comunicar aos seus usuários a situação patrimonial no período. De acordo com Lima 
e Freitag (2014), os usuários das demonstrações contábeis no terceiro setor são os 
gestores, colaboradores, fornecedores, doadores, órgãos governamentais e a 
sociedade. 
A obrigatoriedade desses demonstrativos é relativa ao setor que a instituição 
está incluída. Lima e Freitag (2014) cita a Resolução CFC 1.409/2012 para classificar 
os principais demonstrativos contábeis obrigatórios como “Balanço Patrimonial, 
Demonstração do Resultado do Período, Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa e as Notas Explicativas”. Olak (2012) 
inclui alguns demonstrativos com grande importância para as entidades, entre elas 
estão a Demonstração Orçamentária, Demonstração de Origens e Aplicações de 
Recursos. 
Os demonstrativos contábeis podem ser acompanhados de relatórios 
auxiliares, que ajudem os usuários a compreender melhor a administração de seus 
recursos e para auxiliar na tomada de decisão. De acordo com o Caderno de 
Procedimentos Aplicáveis à Prestação de Contas das Entidades do Terceiro Setor, 
emitido pela Fundação Brasileira de Contabilidade do CFC (2011), as informações 
adicionais podem incluir detalhes como indicadores de desempenho, demonstrativos 
de desempenho dos serviços, revisão de programas, ou outros relatórios que 
evidenciem a gestão da entidade durante o período. 
Os demonstrativos devem apresentar algumas características específicas 
como o nome da entidade, se está se referindo a uma entidade ou um grupo, a data-
base, o período abrangido pelas demonstrações e pelas notas explicativas e a moeda 
de apresentação das informações (OLAK, 2012). 
Os elementos das demonstrações contábeis são: ativo, passivo e patrimônio 
líquido, demonstrados no balanço patrimonial de forma detalhada. Os ativos da 
entidade é um recurso controlado pela entidade oriundo de eventos passados no qual 
se espera o retorno financeiro. O passivosão as obrigações da entidade com 
terceiros, pode ser caracterizado como passivo as provisões, que são passivos de 
16 
 
prazo e valores incertos. O patrimônio líquido reconhecido como patrimônio líquido 
social para o terceiro setor é o valor residual entre os ativos e passivos, não é divida 
com sócio, porém, representa o valor que os sócios investiram para a atividade da 
entidade (LIMA; FREITAG, 2014). 
 
 
2.4.1 Balanço patrimonial 
 
O Balanço Patrimonial (BP) de acordo com Marion (2009) é o relatório mais 
importante, pois demonstra a posição das contas em determinado período de tempo, 
respeitando os princípios contábeis e as normas técnicas. O balanço patrimonial é 
dividido em dois grandes grupos: o ativo e o passivo. E ambos os grupos são 
classificados em dois subgrupos: o circulante (curto prazo) e o não circulante (longo 
prazo), de acordo com o quadro abaixo representado: 
 
Quadro 1 – Grupos e subgrupos do Balanço Patrimonial 
 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
(Disponível e Realizável no Curto Prazo) (Valores a Pagar no Curto Prazo) 
Não Circulante Não Circulante 
 Realizável a Longo Prazo  Exigível a Longo Prazo 
 Investimentos Patrimônio Líquido 
 Imobilizável  Capital Social 
 Intangível  Reservas 
  Prejuízos Acumulados, etc. 
Fonte: Marion (2009) 
 
Contudo, o Balanço Patrimonial do terceiro setor tem a intenção de evidenciar 
as origens e aplicações dos recursos, é obrigatória para qualquer organização e é 
dividido em dois grandes grupos, o ativo, que é classificado por liquidez, e o passivo, 
classificado de acordo com o grau de exigibilidade. O ativo consta os valores e bens 
e direitos da entidade e o passivo as obrigações. 
O modelo do Balanço Patrimonial é igual ao das organizações com fins 
lucrativos, o que altera é o Patrimônio Líquido Social, esse é composto pelo valor 
aplicado pelos fundadores ou sócios, superávit ou déficit de períodos anteriores e 
17 
 
reservas constituídas em algum momento pelo superávit anterior. O plano de contas 
que estabelecerá o melhor modelo de balanço patrimonial para a entidade, imutável o 
mesmo deve ser moldado de acordo com as necessidades da entidade (LIMA E 
FREITAG, 2014). 
Outra diferença entre as empresas do primeiro e do segundo setor referente ao 
terceiro setor são as contas representadas no passivo, elas são nomeadas como 
Recursos com projetos, com convênios e subvenções. Assim como falado 
anteriormente, essas contas devem ser nomeadas de acordo com o projeto, deve 
levar o mesmo nome, para que assim, no momento da prestação de contas seja 
verificável a entrada e saída de valores referente (LIMA; FREITAG, 2014). 
A seguir o modelo do balanço patrimonial de acordo com a Resolução CFC 
1.409/2012, com as principais contas: 
 
Quadro 2 – Balanço Patrimonial 
 
ATIVO X1 X2 PASSIVO X1 X2 
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE 
CAIXA E EQUIV. DE CAIXA Fornecedores de Bens e Serviços 
Caixa Obrigações com Empregados 
Banco Conta Movimento Obrigações Tributárias 
Aplicações financeiras Empréstimos e Financiamentos a Pg. 
CRÉDIOS A RECEBER Recursos de Projetos em Execução 
Adiantamento a Empregados Recursos de Convênios em Execução 
Adiantamento a Fornecedores Subv. e Assist. Gov. a realizar 
Recursos com Parcerias PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
Tributos a recuperar Empréstimos e Financiamentos a Pg. 
Despesas Antecipadas Recursos de Projetos em Execução 
ESTOQUES Recursos de Convênios em Execução 
Produtos Próprios para Venda Subv. e Assist. Gov. a realizar 
Produtos Doados para Venda PATRIMÔNIO LÍQUIDO SOCIAL 
Almoxarifado/Materiais de Exped. Patrimônio Social 
ATIVO NÃO CIRCULANTE Outras Reservas 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Ajuste de Avaliação Patrimonial 
Aplicações Financeiras Outras Reservas 
Valores a receber 
INVESTIMENTOS 
Investimentos Permanentes 
IMBOILIZADO 
Bens com restrições 
Bens sem restrições 
(-) Depreciação Acumulada 
INTANGÍVEL 
Direito de Uso de Software 
Direito de Autor e de Marcas 
(-) Amortização Acumulada 
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
18 
 
Outra demonstração importante e necessária para avaliação das contas é a 
Demonstração de Resultados, que tem por finalidade demonstrar o resultado do 
exercício sendo ele positivo, negativo ou nulo, demonstrando as receitas e despesas 
de um período determinado e tem o objetivo de descrever o resultado e suas possíveis 
causas (MARION, 2009). Para as entidades do terceiro setor essa demonstração é 
denominada Demonstração do Superávit ou Déficit do exercício, que será 
exemplificada a seguir. 
 
 
2.4.2 Demonstração do superávit ou déficit do exercício 
 
Para as empresas do terceiro setor essa demonstração é reconhecida como 
Demonstração de Superávit ou Déficit do Exercício e deve apresentar as receitas, 
despesas, ganhos ou perdas na alienação de ativos e o resultado do período (OLAK, 
2012). O que difere essa demonstração são as contas de caráter gerencial e 
econômico, de acordo com Lima e Freitag (2014) receita é tudo o que não foi gasto 
com programas ou projetos pré-estabelecidos. São doações ou gratuidade, podendo 
ser caracterizado por trabalho voluntário, aluguel que o proprietário deixar de cobrar 
pela natureza da atividade da entidade. Os eventos que nas empresas com fins 
lucrativos não são contabilizados, mas são importantes para o terceiro setor, referente 
a prestação de contas e o impacto no resultado. 
 
A demonstração do resultado é demonstração contábil destinada a evidenciar 
a composição do resultado formado num determinado período de operações 
da entidade. A demonstração do resultado, observando o princípio de 
competência, mostrará a formação dos vários níveis de resultados mediante 
confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas (NBC-T 
3.3.1.1 E 3.3.1.2 apud MARION, 2009). 
 
Doações, contribuições, convênios, auxilio governamental, parcerias e 
contratos devem ser registrados como receitas segregadas, assim como, gratuidade 
por meio de prestação de serviço é reconhecida pelo valor praticado e o trabalho 
voluntário pelo valor justo, assim como “os registros contábeis devem evidenciar as 
contas de receitas e despesas, com e sem gratuidade, superávit ou déficit, de forma 
segregada, identificáveis por tipo de atividade” (CFC, 2012). 
19 
 
Quadro 3 – Demonstração do Superávit ou Déficit do Exercício 
 
DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICT DO EXERCÍCIO X1 X2 
RECEITAS OPERACIONAIS 
 COM RESTRIÇÕES 
 Programas (Atividades) de Educação 
 Programas (Atividades) de Saúde 
 Programas (Atividades) de Assistência Social 
 Programas (Atividades) de Direitos Humanos 
 Programas (Atividades) do Meio Ambiente 
 Outros Programas 
 Gratuidades 
 Trabalho Voluntário 
 Rendimentos Financeiros 
 SEM RESTRIÇÕES 
 Receitas de Serviços Prestados 
 Contribuições e Doações Voluntárias 
 Ganhos na Venda de Bens 
 Outros Recursos Recebidos 
CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS 
 COM PROGRAMAS (ATIVIDADES) 
 Educação 
 Saúde 
 Assistência Social 
 Direitos HumanosMeio Ambiente 
 Gratuidades Concedidas 
 Trabalho Voluntário 
RECEITA BRUTA 
 Salários 
 Encargos Sociais 
 Impostos e Taxas 
 Serviços Gerais 
 Manutenção 
 Depreciação e Amortização 
 Perdas Diversas 
OUTRAS DESPESAS 
 Operações Descontinuadas (Líquido) 
SUPERÁVIT/DÉFICIT DO PERÍODO 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
 
Um dos demonstrativos obrigatórios ao terceiro setor é a Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido Social, essa tem o objetivo de representar o resultado 
do período, no qual o valor integra o Patrimônio Líquido Social no Balanço Social, de 
acordo com Marion (2009, pg. 143), “a Demonstração das Mutações do Patrimônio 
Líquido (DMPL), dada sua amplitude, abrange a Demonstração de Lucros ou 
Prejuízos Acumulados (DLPA)”. Essa demonstração é conhecida pelas entidades do 
terceiro setor como a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Social, 
representada a seguir. 
20 
 
2.4.3 Demonstração das mutações do patrimônio líquido social 
 
 A elaboração é simples, na primeira linha é apresentado o saldo final do 
período anterior, e nas demais linhas é apresentada a movimentação do Patrimônio 
(LIMA; FREITAG, 2014). Abaixo, um modelo do demonstrativo: 
 
Quadro 4 – Demonstração das mutações do Patrimônio Líquido Social 
 
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO SOCIAL 
 
Patrimônio 
Social 
Outras 
Reservas 
Ajuste Av. 
Patrimonial 
Superávit/ 
Déficit Total PL 
Saldos Iniciais em 31/12/20x0 
Movimentação do Período 
Superávit/ Déficit do Período 
Ajustes de Av. Patrimonial 
Rec. de Superávit com Rest. 
Transf. Super. de Rec. s/ Rest. 
Saldos Fnais em 31/12/20x0 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
 
Tanto a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Social (DMPLS) 
quanto a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) são auxiliares do balanço 
patrimonial social (SÁ, 2010), isso porque ambos demonstram detalhadamente o valor 
representado pelo balanço. Assim como foi exemplificado a DMPLS, o próximo tópico 
apresentará a DFC para o terceiro setor. 
 
 
2.4.4 Demonstração do fluxo de caixa 
 
Os fluxos de entrada e saída de recursos na entidade são apresentados na 
Demonstração do Fluxo de Caixa, que é dividido em atividades operacionais, de 
investimento e de financiamento. Os valores da atividade operacional são oriundos de 
doações, valores recebidos de entidades privadas, contribuições de voluntários, 
rendimentos financeiros e pelo caixa gerado durante o período. Na atividade de 
investimento refere-se a venda de bens e de investimentos que futuramente retornará 
para o caixa da entidade. A entidade de financiamento apresenta valores de 
21 
 
financiamentos e empréstimos que a instituição realizou. A DFC pode ser elaborada 
pelo método direto ou indireto, o direto apresenta as contas do disponível do Balanço 
Patrimonial e o indireto, inicia-se pelas contas do não circulante e depois apresenta 
os disponíveis (LIMA E FREITAG, 2014). Segue modelo da DFC pelo método indireto: 
 
Quadro 5 – Demonstração do Fluxo de Caixa Método Indireto 
 
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 20X1 20X0 
 SUPERÁVIT (DÉFICIT) DO PERÍODO 
 AJUSTES POR: 
 (+) Depreciação 
 (+) Amortização 
 (+) Perda da Variação Cambial 
 (-) Ganho da Venda de Bens do Imobilizado 
 SUPERÁVIT (DÉFICIT) AJUSTADO 
 AUMENTO (DIMINUIÇÃO) NOS ATIVOS CIRCULANTES 
 Mensalidades de Terceiros 
 Atendimentos Realizados 
 Adiantamentos a Empregados 
 Adiantamentos a Fornecedores 
 Recursos de Parcerias em Projetos 
 Tributos a Recuperar 
 Despesas Antecipadas 
 Outros Valores a Receber 
 AUMENTOS (DIMINUIÇÃO) NOS PASSIVOS CIRCULANTES 
 Fornecedores de Bens e Serviços 
 Obrigações com Empregados 
 Empréstimos e Financiamentos a Pagar 
 Recursos de Projetos em Execução 
 Subvenção e Assistências Governamentais 
 Outras Obrigações a Pagar 
(=)CAIXA LÍQ. GERADO PELAS ATIV. OPERACIONAIS 
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 
 Recursos Recebidos pela Venda de Bens 
 Outros Recebimentos por Investimentos Realizados 
 Aquisição de Bens e Direitos para o Ativo 
(=)CAIXA LÍQ. GERADO PELAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO 
FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 
 Recebimento de Empréstimos 
 Outros Recebimentos por Financiamentos 
 Pagamento de Empréstimos 
 Pagamento de Arrendamento Mercantil 
(=)CAIXA LÍQ. GERADO PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO 
(=)AUMENTO LÍQUIDO DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO INÍCIO DO PERÍODO 
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA NO FIM DO PERÍODO 
Fonte: LIMA E FREITAG (2014) 
 
 
 
22 
 
2.4.5 Notas explicativas 
 
As informações que não são alocadas nos demonstrativos são apresentadas 
nas notas explicativas que devem apresentar informações sobre a base de 
preparação para as demonstrações contábeis, de acordo com a Lei 11.941/2009 
devem indicar os principais critérios dos elementos patrimoniais, os investimentos em 
outras sociedades, o aumento do ativo resultante de novas avaliações, as taxa de 
juros, as ações do capital social, os ajustes do exercício anterior e os eventos 
subsequentes ao encerramento do exercício que possa impactar a situação financeira 
da entidade (BRASIL, 2009). A seguir, exemplo de notas explicativas, retiradas das 
demonstrações contábeis da entidade ACRIDAS – Associação Cristã de Assistência 
Social: 
 
Quadro 6 - Notas explicativas às demonstrações contábeis 
 
 
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31/12/2014 
 
01- CONTEXTO OPERACIONAL 
ACRIDAS – Associação Cristã de Assistência Social é uma pessoa jurídica de direito privado, está 
registrada no CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica sob nº 78.552.726/0001-24. Está 
sediada na cidade de Curitiba-PR, Rua Eduardo Geronasso nº 1782. A entidade tem caráter 
filantrópico que tem por finalidade acolher crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e 
social, em regime de Casas Lares e Berçário. Promove, através de seus atendimentos, as áreas de 
assistência social e de educação, conforme o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. 
02- APRESENTAÇÕES DAS DEMONSTRAÇÕES 
As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as determinações da Lei nº 11.638/07 
e Lei 11.941/09, apresentadas comparativamente com as levantadas em 31/12/2013, expressas em 
reais conjugadas com as normas de contabilidade para entidades sem fins lucrativos, 
consubstanciadas nas orientações emanadas do Conselho Nacional de Assistência Social e do 
Instituto Nacional de Seguro Social. As demonstrações contábeis incorporam os Pronunciamentos 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e as Normas Brasileiras de Contabilidade do 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) em vigor até a data de conclusão da elaboração das 
demonstrações contábeis; 
03 – RESUMO DAS PRÁTICAS CONTÁBEIS 
A prática contábil adotada é o regime de competência. 
04 – APLICAÇÕES FINANCEIRAS 
As aplicações financeiras estão demonstradas pelo valor de aplicação, acrescidas dos rendimentos 
correspondentes, apropriados até a data do Balanço, com base no regime de competência. 
05 – SEGUROS 
A entidade não contratou seguros para cobertura dos ativos e das operações, exceto para seu 
veículo. 
 
 
23 
 
06 – PROVISÕES 
A entidade possui provisão da folha de pagamentoreferente a férias e décimo terceiro salário, não 
mantém a provisão para devedores duvidosos em decorrência de suas finalidades filantrópicas e 
assistenciais. 
 
07 – DEPRECIAÇÃO 
A entidade realizou depreciação dos bens do ativo imobilizado mensalmente, durante o exercício 
de 2014, utilizando as taxas anuais de depreciação vigente. 
08 – RECEITAS 
As receitas da entidade são apuradas através dos comprovantes de recebimento, entre eles, 
avisos bancários, recibos outros. As receitas estão apuradas, executando-se as inadimplências 
e/ou valores considerados incobráveis. 
09 – DESPESAS 
As despesas da entidade são apuradas através de notas fiscais e recibos em conformidade com as 
exigências legais/fiscais. 
10 – RECEITAS DE DOAÇÕES 
A entidade recebe doações de pessoa física e/ou pessoa jurídica, recebendo no exercício de 2014, 
um total de R$ 101.503,03 (cento e um mil, quinhentos e três reais e três centavos), conforme 
segue: 
 
a) Pessoa Física: R$ 45.404,67 
b) Pessoa Jurídica: R$ 56.098,36 
11 – RECEITAS PRÓPRIAS 
A entidade produziu receitas através de bazar e aluguel totalizando R$ 49.804,30 (quarenta e nove, 
oitocentos e quatro reais e trinta centavos) sendo: 
 
a) Receita de Bazar: R$ 28.646,10 
b) Receita de Aluguel: R$ 21.158,20 
12 – RECEITAS DE AUXÍLIOS E SUBVENÇÕES 
A entidade recebeu no ano de 2014 auxílios e subvenções num total de $ 1.634.651,86 (Um 
milhão, seiscentos e trinta e quatro mil, seiscentos e cinquenta e um reais e oitenta e seis 
centavos) através de convênios com os seguintes órgãos do Poder Público: FAS - Fundação de 
Ação Social, FAS - Fundação de Ação Social e Secretaria de Estado da Criança e do Adolescente. 
13 – APLICAÇÃO DE RECURSOS 
Os recursos da entidade foram aplicados em suas finalidades institucionais de conformidade com 
seu Estatuto Social, demonstrados pelas suas despesas e investimentos patrimoniais. 
14 – DEMONSTRAÇÃO DA APLICAÇÃO DE RECURSOS EM GRATUIDADE 
Receitas de Atividade Assistência Social R$ 151.307,33 
Receita de Convênios Governamentais R$ 1.634.651,86 
Receitas Financeiras R$ 114.708,80 
Total R$ 1.900.667,99 
Demonstrativo na base de cálculo da gratuidade 
Receita Total R$ 1.900.667.99 
Percentual mínimo exigido de aplicação da gratuidade 2O% (vinte por cento) do total da receita: 
20% x R$ 1.900.667,99 = R$ 380.133,60 
As gratuidades concedidas pela entidade no exercício através seus projetos assistenciais, 
totalizaram um montante de R$ 1.945.683,41 (um milhão novecentos e quarenta e cinco mil 
seiscentos e oitenta e três reais e quarenta e um centavos), sendo que foram aplicadas no 
atendimento integral a, em média mensal, 71 crianças e adolescentes nas modalidades e de 
atendimento: casas lares, berçário e projeto independência (adolescentes) 
24 
 
15 – ISENÇÕES 
O custo da isenção da quota patrimonial de previdência social usufruída pela Entidade no ano de 
2014 foi de R$ 438.872,14 (quatrocentos e trinta e oito mil, oitocentos e setenta e dois reais e 
quatorze centavo). A cota de isenção patronal é amparada pelo Conselho Nacional de Assistência 
Social (CNAS). O CNAS foi instituído pela Lei Orgânica da Assistência Social (Loas), em 1993, com 
a missão de promover o controle social da política púbica de assistência social e contribuir para o 
seu permanente aprimoramento, a partir das necessidades da população brasileira. Algumas de 
suas principais competências são aprovar a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), regular 
a prestação de Serviços públicos e privados de assistência social, zelar pela efetivação do sistema 
descentralizado e participativo de assistência social e convocar ordinariamente a Conferência 
Nacional de Assistência Social. 
16 – PIS 
Os recolhimentos do PIS são efetuados mediante Depósito Judicial sob identificação nº 
0650.635.00108712-1, até o mês de Julho, quando saiu a sentença favorável da Ação Ordinária Nº 
2006.70.00.0292271-1 (PR) a qual não se faz mais necessário a entidade realizar o depósito, 
estando pendentes apenas os valores a serem restituídos pela Fazenda Nacional. 
17 – DEMONSTRAÇÕES DAS ISENÇÕES DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
Isenção da Contribuição do INSS Patronal R$ 361.324,89 
Isenção da Contribuição Seg. Social – COFINS R$ 57.020,04 
Isenção da Contribuição Social R$ 20.527,21 
Total das isenções R$ 438.872,14 
18 – COMPARATIVO ENTRE RECEITA, GRATUIDADE E ISENÇÃO 
20% total da receita R$ 380.133,60 
Gratuidades oferecidas R$ 1.453.622,06 
Isenções obtidas R$ 438.872,14 
Fonte: ACRIDAS (2014) 
 
As notas explicativas fazem parte do livro diário da empresa, assim como o 
balanço patrimonial e a demonstração de resultado, por esse motivo, o próximo tópico 
apresenta os livros contábeis obrigatórios e acessórios da empresa. 
 
 
2.4.6 Livros contábeis 
 
Os livros contábeis obrigatórios para o terceiro setor é o Livro Diário, que 
apresenta as informações em ordem cronológica e o Livro Razão, a realização dos 
eventos contábeis, referente aos lançamentos, em ordem cronológica. Os livros 
auxiliares são Livro de Registro das Contas a Receber, Livro de Registro de Contas a 
Pagar, Livro de Registro de Estoque e o Livro de Registro dos Bens do Imobilizado. 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
3. PRÁTICAS DE ESTÁGIO 
 
3.1 SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS 
 
Um bom sistema de informações permite ao gestor melhorar o 
acompanhamento do processo organizacional, garantindo a integração de todos os 
dados e possibilitando a geração de informações fidedignas e tempestivas, capaz de 
auxiliar os gestores durante o processo de tomada de decisão. 
O profissional responsável pela manutenção dos sistemas, garantindo a 
eficácia da informação é o controller. Ele deve efetuar os possíveis ajustes com 
objetivo de otimizar o sistema no tratamento dos dados e na realização da efetiva 
informação (LUZ, 2014). 
 Para compreender o sistema de informação de uma organização é necessário 
definir e observar a diferença entre dados e informações. De acordo com Bazzi (2015) 
o dado é a descrição de um fato ocorrido ou de um objeto, o mesmo não é capaz de 
contribuir para melhor compreensão da situação assim como, entretanto, a informação 
se dá pela integração dos dados reduzindo as incertezas e é capaz de auxiliar os 
gestores na tomada de decisão. 
Toda informação que conduz um gestor a uma decisão é uma informação 
gerencial, a mesma é o resultado da integração perfeita dos dados. Para que isso 
ocorra é necessário que as empresas invistam em equipamentos e softwares, para o 
excelente processamento dos dados (LUZ, 2014). 
Outro fator importante é o comprometimento dos profissionais e a 
responsabilidade de quem insere os dados no sistema. É preciso que sejam inseridos 
dados reais que resultaram em informações fidedignas. Um dado incorreto gera uma 
informação distorcida que pode comprometer a continuidade da organização (BAZZI, 
2015). 
Os dados devem ser inseridos de maneira correta no sistema para que a 
conversão desses dados em informações com o objetivo de auxiliar os gestores deve 
garantir a análise integrada das áreas da empresa (LUZ, 2014). E de acordo com o 
quadro comparativo de Bazzi (2015): 
 
 
26 
 
 
Quadro 7 – Diferenças entre dado e informação 
 
 DADO INFORMAÇÃO 
DEFINIÇÃO 
É uma descrição, mensuração ou 
atributo de um objeto específico ou 
evento isolado. 
É uma descrição ou mensuração de 
um objeto ou evento. 
CARACTERÍSTICAS 
Já é conhecido por quem recebe. 
Provoca surpresa em quem a 
recebe.Não é conhecido, mas também não 
interessa a ninguém conhecer. 
Reduz incertezas. 
Não contribui para melhorar a 
compreensão de alguma situação 
ou problema. 
Ajuda a tomar decisão. 
CONTRIBUIÇÃO 
Isoladamente, não é útil, pois não 
ajuda as pessoas a tomarem 
decisões. 
Sempre auxilia as pessoas tomarem 
decisões, de acordo com suas 
necessidades. 
Entrada do SIG, como se fosse a 
matéria prima do sistema. 
Saída do SIG, embasando a 
tomada de decisão. 
Fonte: Bazzi (2015) 
 
As informações gerenciais permitem o conhecimento e o entendimento das 
operações de todas as áreas de maneira integrada, assim como de acordo com Luz 
(2014) o sistema de informações contábeis é o “subsistema de informações dentro de 
uma organização que acumula informações de vários subsistemas da entidade e 
comunica aos interessados”. 
O sistema de informação contábil é de responsabilidade do contador, o mesmo 
deve ser único e utilizado por todos a partir da necessidade. Essas informações são 
requisitadas pelos usuários, ou seja, pessoas interessadas nos resultados da empresa 
como os sócios, as instituições financeiras, os funcionários, os fornecedores e 
clientes, ou seja, os stakeholder. 
Stakeholder é uma pessoa ou grupo de pessoas, sendo até mesmo empresas 
que investem numa empresa ou em um projeto. Esses são os mais interessados com 
a continuidade e lucratividade da empresa. Podem ser considerados usuários dos 
demonstrativos contábeis e dos relatórios gerenciais. 
É possível identificar os stakeholder de uma entidade do terceiro setor como os 
investidores, doadores e até mesmo o governo por meio da subvenção. Os 
investidores dessas entidades não têm intenção de lucro ou retorno. Os investimentos 
27 
 
são feitos pelo bem social, com a intenção de motivar e incentivar as atividades da 
entidade. 
Sendo assim, analisando uma entidade religiosa, percebe-se que os 
investidores e doadores são incentivados a investir nas atividades para a permanência 
e continuidade das atividades religiosas por ela praticadas. Os investidores são 
motivados pelas suas crenças ou por simpatizar com as práticas. 
 De acordo com análise realizada nas operações da empresa, é possível 
identificar alguns investidores, a seguir, segue um mapa dos stakeholders da empresa 
analisada: 
 
FIGURA 1 – Mapa Dos Stakeholders 
 
Gestores 
 
Clientes / Fiéis 
 Empresas 
Públicas 
 
Colaboradores 
 Empresas 
Privadas 
 
Entidades do 
Terceiro Setor 
 
Comunidade 
 Associações 
de Classe 
 
Investidores 
 
Governo 
 
 
Concorrentes 
 
Fornecedores 
 
Sindicatos 
 
Fonte: A Autora (2016) 
 
Os fiéis são os principais investidores, eles investem na entidade por meio de 
dízimos e ofertas, ou seja, contribuições que não são cobradas, mas que são doadas 
voluntariamente. A sociedade é que investe na empresa, ou seja, por meio da doação 
garante que um projeto seja desenvolvido. Para as empresas do terceiro setor os 
programas e os projetos desenvolvidos devem ser para beneficiar a comunidade a 
sua volta, ou a sociedade como um todo (LIMA, 2014). 
Os bancos fazem parte do mapa dos stakeholders de qualquer organização, 
isso porque a empresa tem maior interesse em manter atividade com as instituições 
financeiras, pois é por meio desses “investidores” que a empresa consegue 
28 
 
financiamentos e capital de giro para realizar suas operações, desempenhar projetos 
ou desenvolver ações comunitárias. 
O governo refere-se as empresas que se beneficiam de subvenção e devem 
prestar contas de suas receitas e seus gastos. Os fornecedores se enquadram como 
stakeholders comuns, isso porque todas as empresas necessitam de matéria prima. 
A empresa em análise tem como os fornecedores as empresas de energia, água e 
esgoto, de materiais de escritórios e fornecedores de materiais de limpeza. 
Para todos os investidores e financiadores é necessária a apresentação de 
informações fidedignas dos resultados operacionais da empresa assim como para 
liberação de financiamentos e empréstimos. 
Entretanto, é necessário um sistema de informações efetivo, de maneira que 
as informações sejam repassadas aos gestores e aos stakeholders de maneira 
tempestiva, para contribuir e auxiliar no processo decisório. O próximo tópico 
apresenta a pesquisa de campo relacionada ao sistema contábil da empresa objeto 
de pesquisa. 
 
 
3.1.1 Descrição do sistema 
 
Com a pesquisa de campo realizada, é possível verificar diferentes 
procedimentos de acordo com a atividade assim como, as atividades da matriz se 
diferenciam das atividades da filial. Para o desenvolvimento dessa pesquisa, foi 
analisada a empresa como um todo com o objetivo de demonstrar o sistema de 
informações da organização e como utilizam para a tomada de decisão e para isso, 
foi necessária a participação das reuniões organizacionais para descrever o sistema. 
Para formalizar a entrada e a saída de dinheiro da instituição foi criado um 
capítulo no Regulamento Interno da empresa referente às finanças. É importante que 
todas as operações estejam de acordo com o que foi assinado por cada conselheiro. 
A análise do sistema de informações e das atividades desenvolvidas terá a 
nomenclatura referenciando igreja como à empresa e a congregação ou campo será 
definida como a filial. É importante apresentar que há uma filial e será analisada da 
mesma maneira para obter melhor compreensão do sistema de informação da 
empresa. 
 
29 
 
Quadro 8 – Regulamento Interno 
 
Capítulo XX – FINANÇAS 
ART 1º - A Igreja Evangélica Uma Nova Vida em Cristo, visando padronizar o sistema de fluxo entre 
as Congregações, Campos e Igreja Sede, estabelece abaixo relacionados que se tornam de caráter 
obrigatório. 
ART 2º - O dirigente de um Campo ou Congregação deverá, ao assumir, tomar conhecimento destes 
procedimentos junto ao tesoureiro, com a finalidade de obedecê-las e supervisionar o seu 
cumprimento. 
ART 3º - Todo Campo ou Congregação deverá ter tesoureiros que sejam obreiros (as). Somente nos 
casos em que não houve obreiros (as) é que o dirigente pelo assumir esta função. 
§ 1º – No caso de abertura de novas Congregações, o dirigente exercerá a função de tesoureiro 
provisoriamente até que sejam levantados novos obreiros (as). 
§ 2º - Antes do início de atividades desta nova Congregação, o dirigente deverá entrar em contato 
com a tesouraria geral da Igreja Sede, para receber instruções; 
ART 4º - Toda Sede de Campo deverá ter o tesoureiro da Igreja Sede, responsável somente pelo 
livro-caixa da Igreja local e o tesoureiro geral que é responsável por toda a tesouraria do Campo. 
Fonte: Regulamento Interno Igreja Uma Nova Vida em Cristo (2015) 
 
Para iniciar a análise das rotinas é necessário compreender a função do 
tesoureiro que é o responsável pelo livro-caixa da empresa. Há um tesoureiro na 
matriz e outro na filial que deve ser nomeado pelo gestor local. 
É importante verificar o organograma hierárquico para melhor compreender os 
processos operacionais da empresa, conforme segue abaixo: 
 
Figura 2 – Organograma 
 
 
Gestor 
 
 
 
 
Conselheiros 
 
Administrador 
 
Tesoureiro 
 Vice - 
Tesoureiro 
 
 
 
Gerente - Filial 
 
Tesoureiro - Filial 
 
 
Fonte: A Autora (2016) 
 
O gestor toma as decisões referente à empresa, é o único que pode autorizar 
outros gastos e a organização de programas e projetos. Os conselheiros analisam os 
relatóriosdos tesoureiros para propor mudanças e melhorias a organização. O 
tesoureiro, por sua vez, tem a responsabilidade de manter em guarda os valores das 
30 
 
doações até o dia quinze do mês subsequente, no qual deve ser entregue no processo 
de prestação de contas ao tesoureiro geral. E por fim, o tesoureiro geral deve analisar 
os documentos comprobatórios e verificar se todos os documentos seguem o 
regulamento. 
O processo de prestação de contas deve acontecer entre os tesoureiros 
acompanhados do segundo tesoureiro da matriz. Assim como, qualquer dúvida ou 
documento, entrada e saída de numerário duvidoso deve ser apresentado ao gestor 
local antes de serem repassados ao conselho. 
O conselho analisa toda a documentação e os livros-caixa da matriz e da filial 
e propõem atividades para redução de custos e novos investimentos. Todas as 
propostas e justificativas, documentos e relatórios são apresentados ao gestor junto 
após a reunião do conselho, em uma reunião administrativa no qual participa o 
presidente do conselho, o administrador da empresa, o tesoureiro e o gestor. 
O objetivo dos relatórios dos tesoureiros é auxiliar na tomada de decisão do 
gestor quanto às propostas apresentadas pelos conselheiros, no entanto não é 
autorizado tomar decisões referente ao processo operacional da empresa. 
É importante que o tesoureiro compreenda todo o processo operacional da 
empresa, assim como, a função de conferir os livros e relatórios das filiais e garantir a 
tempestiva distribuição da informação fidedigna. Diariamente, o tesoureiro tem a 
função de conferir as doações recebidas e guardar o numerário de maneira 
responsável, em caixa ou com depósito em banco. 
Outra função do tesoureiro é conferir os documentos que comprovam toda a 
saída de dinheiro da empresa, pois é necessário que contenha a correta 
documentação com as informações precisas para a prestação de contas junto aos 
conselheiros, assim como, os documentos das filiais devem ser analisados para que 
estejam de acordo com os relatórios apresentados. 
Entretanto, é necessário apresentar de maneira detalhada o fluxo das doações, 
da arrecadação da filial e da matriz, das decisões, a saída de valores para obter 
melhor análise dos relatórios e conclusão da pesquisa atingindo o objetivo proposto, 
analisar o sistema de informações, verificar os erros e falhas para propor melhorias 
de acordo com as normas técnicas da contabilidade. 
 
 
 
31 
 
Quadro 9 – Função do Tesoureiro 
 
Capítulo XX – FINANÇAS 
 
ART 5º - Ao tesoureiro geral do Campo compete: 
 I – Receber os caixas das Congregações; 
 II – Verificar os lançamentos com os documentos; 
III – Conferir os valores lançados nas planilhas dízimos/ofertas e remessas; 
IV – Conferir a somatória dos livros-caixa débitos – créditos – saldo anterior e saldo atual; 
V – Verificar as assinaturas nas folhas dos livros-caixa, do tesoureiro e do dirigente; 
VI – Devolver os livros-caixa das congregações que apresentarem irregularidades ou documentos 
inválidos, para regularização. 
VII – Estando tudo em ordem, deverão ser remetidos á Sede todos os movimentos de caixa do 
Campo, com os respectivos documentos em anexo. 
VIII – Remeter ou depositar na conta corrente da Igreja Sede os saldos de mensalmente. 
IX – Analisar os saldos de caixa, para que os mesmos não excedam a média mensal das despesas, 
mantendo-se apenas o mínimo necessário. 
 
ART 6º - Ao tesoureiro da Congregação compete: 
 I – Conferir as ofertas e dízimos recebidos em cada culto; 
II – Preencher o mapa de dízimos e ofertas e assinar, juntamente com o 2º conferente; 
III – Guardar o numerário ou entregar ao dirigente da Congregação. Conforme acordado com o 
dirigente do Campo. 
IV – Efetuar os pagamentos das despesas inerentes á Congregação, exigindo sempre os 
respectivos comprovantes para a contabilização; 
 V – Efetuar periodicamente as remessas de numerário à Sede de cada Campo. 
VI – Efetuar o preenchimento do livro-caixa, observando sempre a somatória dos débitos, créditos, 
saldo anterior e saldo atual; 
VII – Apresentar o livro-caixa assinado ao dirigente da Congregação para análise e conferência e 
respectiva assinatura; 
VIII – Remeter o movimento de caixa com os respectivos documentos ao tesoureiro geral do campo. 
IX – Controlar, atualizar e manter a confidencialidade dos cartões de dízimos. 
 
ART 7º - Referente a documentos comprobatórios: 
I – No caso de xerox de pagamentos de água, luz, IPTU ou etc., a autenticação mecânica deverá ser 
legível; 
II – Os recibos em geral deverão conter no mínimo a especificação do material e/ou serviço, números 
do RG, CPF, assinatura e nome do emitente; 
III – Os lançamentos registrados no livro-caixa deverão ser efetuados com base na data do efetivo 
pagamento, (conforme autenticação) e não com base não no dia do vencimento; 
IV – Toda nota fiscal deverá ser preenchida com o nome da Igreja Uma Nova Vida em Cristo; 
V – Toda despesa lançada no caixa deverá ter o comprovante anexo, independente do valor. 
Fonte: Regulamento Interno Igreja Uma Nova Vida em Cristo 
 
Sendo assim, os tópicos a seguir, tem o objetivo de descrever as etapas do 
sistema de informações da empresa iniciando a descrição do processo de 
arrecadação de doações. 
 
 
 
 
32 
 
3.1.1.1 Fluxo de arrecadação de doações 
 
As reuniões dos fiéis/clientes acontecem três vezes por semana e durante as 
reuniões os clientes fazem suas doações e há um período pré-determinado para a 
doação dos valores por parte das pessoas. 
Os clientes da empresa possuem um cadastro na qual são analisadas suas 
informações e suas doações. O cadastro ocorre no sistema da empresa e o controle 
de doação individual é feita por planilhas distintas e separadas do sistema. Os clientes 
se incluem no cadastro empresarial a partir do momento que ocorre a primeira doação. 
As doações são divididas em dois tipos: as doações fixas e as variáveis. 
 
 As doações fixas são controladas pela empresa, essa parte da doação de 10% 
da renda mensal do cliente. Esse tipo de doação acontece uma vez por mês por 
cada cliente, entre o dia 30 e dia 10 do mês subsequente; 
 
 As doações variáveis não são controladas por cliente pela empresa, esse tipo 
de doação não é identificado, o que dificulta o controle. No entanto, a empresa 
controla a entrada de valores diariamente, facilitando a prestação de contas. 
 
Os valores arrecadados no dia são selados em um envelope pelos tesoureiros. 
Na falta do tesoureiro o vice-tesoureiro tem o dever de manter em posse o valor do 
dia e entregar o valor ao primeiro tesoureiro na próxima reunião, com o prazo máximo 
de 72 horas. Quando nas reuniões diárias faltar os tesoureiros, o gestor deve escolher 
uma pessoa presente para fazer a contagem dos valores, esse deve selar os valores 
e entregar diretamente ao gestor que será responsável em apresentar esses valores 
à tesouraria. 
É necessário verificar que o tesoureiro presta contas do seu próprio controle e 
do controle da filial. No momento da prestação de contas da filial é preciso que os 
dados sejam inseridos no sistema, o controle em planilhas é realizado apenas 
referente às finanças da matriz, o controle da filial é de responsabilidade do tesoureiro 
local. 
 
 
 
33 
 
FIGURA 3 – Etapas do fluxo de arrecadação de doações 
 
Reuniões 
 
 
 
Clientes / Fiéis 
 
2º Tesoureiro e Auxiliar 
 
 
 
Doações 
 
Tesoureiros 
 
Caixa 
 
 
 Auxiliar da escolha do 
Gestor 
 Coleta de dados para 
o sistema 
 
 
Prestação de Contas 
 
Reunião do Conselho 
 
Controle em Planilhas 
 
 
Fonte: A Autora (2016) 
 
Assimna reunião do conselho é apresentado as informações da empresa de 
maneira consolidada (matriz e filial), para que assim ocorra a prestação de contas do 
montante mensal. Após a prestação de contas, ocorre a reunião administrativa, na 
qual, os relatórios do tesoureiro têm o objetivo de auxiliar na tomada de decisão do 
gestor. O processo de prestação de contas junto ao conselho será apresento nos 
próximos tópicos para melhor compreensão desse processo. 
 
 
3.1.1.2 Fluxo de arrecadação de doações da filial 
 
Na filial a arrecadação acontece duas vezes por semana, também durante as 
reuniões. As doações dividem-se nos dois tipos, fixas e variáveis, no entanto, o que 
difere da matriz é a maior arrecadação da filia corresponde as doações variáveis. 
O gestor deve eleger um tesoureiro responsável pela contagem das doações 
diariamente, esses valores são selados e ficam sob sua responsabilidade até o dia 
quinze do mês subsequente com os documentos comprobatórios, livro caixa e outros 
relatórios anexos. 
Toda entrada de dinheiro que não venha de doações, mas de eventos ou da 
venda de algum produto, deve ser comunicada ao gestor geral da empresa e deve ser 
autorizada pelos conselheiros. 
34 
 
 
FIGURA 4 – Etapas do fluxo de arrecadação de doações da filial 
 
Matriz 
 
Filial 
 
Tesoureiro 
 
Doações Livro-Caixa, Relatórios Auxiliares e Documentos 
Comprobatórios 
 
 
 
Prestação de Contas - Tesoureiro Geral 
 
 
 
Apresentação aos Conselheiros 
 
 
 
Reunião Administrativa - Gestor 
 
 
Fonte: A Autora (2016) 
 
Os valores arrecadados pela empresa filial não podem ser comunicados a 
nenhum cliente ou voluntário sem antes serem aprovados pelos tesoureiros no 
processo de prestação de contas, por esse motivo, todos os dados são sigilosos, até 
que as informações sejam comprovadas pelo controle. 
Depois de analisados, os dados são inseridos no sistema que após a integração 
e o processamento dos dados, são emitidos relatórios que devem ser apresentados 
de maneira tempestiva para auxiliar no processo decisório. O próximo tópico 
apresenta a entrada de dados no sistema organizacional. 
 
 
 
 
35 
 
3.1.1.3 Entrada de dados no sistema e geração de relatórios 
 
O sistema da empresa é de uso exclusivo da secretaria e do tesoureiro da 
matriz. A secretaria utiliza para cadastro de clientes e de doadores, controle de 
aniversários, emissão de carteirinhas de cadastro provisória, emissão de cartas, 
autorizações, pedidos entre outros processos administrativos. 
O tesoureiro insere no sistema os dados da matriz e da filial. Da matriz deve 
ser inserido no momento da atividade, ou seja, com documento comprobatório, o dado 
deve ser atualizado no sistema. Quanto aos dados da filial, esses só ocorrem à 
introdução no sistema depois da confirmação da fidedignidade do dado, ou seja, no 
momento da prestação de contas da filial para com a matriz. 
Os relatórios devem ser precisos e apresentados aos conselheiros, para 
propostas de investimentos e redução de custos. Para isso é necessário que o 
tesoureiro realize o papel de controle da empresa, com uma visão sistêmica, 
reconheça todas as etapas do processo operacional da empresa e defina os 
parâmetros para que não ocorram desvios do que foi planejado. 
 
 
3.1.1.4 Processo de prestação de contas junto aos conselheiros 
 
O conselho é composto por seis pessoas, dos quais discutem assuntos 
relacionados ao processo operacional da empresa, propõem alterações, novas 
atividades e realizam a escolha de novos gerentes, quando necessário. 
Esse procedimento é necessário para que antes das propostas o conselheiro 
tenha o conhecimento do caixa da empresa e conheça quais as disponibilidades e 
quais as obrigações de curto e longo prazo da organização. 
O tesoureiro deve apresentar as informações de maneira detalhada, assim 
como a segregação de valores entre matriz e filial quanto ao montante. É importante 
apontar que a organização utiliza apenas uma pequena demonstração de resultado, 
os demais relatórios são relatórios de entradas e saídas processados no sistema, 
livro-caixa preenchido manualmente pelos tesoureiros, documentos comprobatórios 
como notas fiscais e recibos, e por fim, apresenta as planilhas de doações diárias, 
mensais e por doador. 
36 
 
A partir da análise dos documentos e dos relatórios os conselheiros fazem suas 
propostas que são pautadas e apresentadas na reunião administrativa. No qual, 
apenas o presidente do conselho participa, apresentando a pauta da reunião mensal 
do conselho, apresentando as propostas, dúvidas e estabelecer novos métodos ou 
sugerir medidas corretivas para um processo operacional. 
Quando ocorrem dúvidas no decorrer do processo de prestação de contas por 
parte dos conselheiros, é dever do tesoureiro recorrer para explicações detalhadas, 
por esse motivo, o tesoureiro da matriz deve solicitar a filial recibo de todos os valores 
utilizados no processo de desenvolvimento de suas atividades. 
Concluída a ata da reunião do conselho é dever do presidente do conselho 
agendar a reunião administrativa com prazo máximo de dez dias após a conclusão da 
prestação de contas. Os procedimentos da reunião administrativa serão detalhados 
no próximo tópico, com o objetivo de apresentar a conclusão do processo financeiro 
mensal. 
 
 
3.1.1.5 Reunião administrativa e o processo de tomada de decisão 
 
A reunião administrativa é a última etapa do processo que envolve as finanças. 
Reflete na apresentação ao gestor, das informações fidedignas e confirmadas pelos 
conselheiros. 
Nessa reunião participam o presidente do conselho, o tesoureiro, o 
administrador e o gestor. A primeira etapa é a apresentação das propostas do 
conselho, o representante deve apresentá-las com justificativa cabível expressando 
uma necessidade ou uma melhoria. 
Contudo para aprovação da proposta o tesoureiro deve apresentar ao gestor 
da empresa os relatórios com as informações financeiras e patrimoniais da empresa, 
que resultaram na aprovação ou no indeferimento da questão. Para isso é importante 
que os relatórios sejam confiáveis, e que as informações sejam fidedignas, em caráter 
ético é necessário que o valor da empresa seja investido apenas na empresa, 
conforme o princípio da entidade da contabilidade, exigindo a separação do patrimônio 
da empresa com o patrimônio da pessoa física. 
37 
 
Sendo assim, a saída de recursos só é autorizada pelo gestor quando, o 
investimento ou a atividade seja, de benefício empresarial, como é uma entidade do 
terceiro setor, todas as operações são voltadas ao bem-estar das pessoas. 
 
 
3.1.1.6 Processo de prestação de contas junto aos colaboradores e doadores 
 
A cada três meses é agendada uma reunião com todos os colaboradores, tanto 
da matriz quanto da filial, para a apresentação dos valores arrecadados e gastos. 
Também são discutidas algumas propostas do conselho quanto à organização do 
ambiente ou avaliação de um processo da operação que não está sendo bem 
realizada. 
Durante a reunião é avaliada as possibilidades de expandir a empresa, assim 
como a forma de como desempenhar uma atividade e o local. A empresa desenvolve 
atividades com a comunidade, e é preciso uma visão sistêmica da empresa para 
reconhecer o melhor local para desenvolver uma atividade. 
Todos os colaboradores podem propor ideias ou solicitar clareza em alguma 
informação, independentemente de suas doações. Todos os questionamentos, 
decisões e especificação de algum dado são pautado em ata, que é assinadopor 
todos os presentes e arquivado pela secretaria da organização. 
Quando a empresa adquire um equipamento ou recebe de doação, o fato é 
descrito em pauta assinada e fica exposto no mural para o conhecimento de todos os 
doadores. No entanto, por questões de ética a identidade do doador não é exposta. 
 
 
3.1.1.7 O processo de compras 
 
As compras são menos burocráticas, a não ser quando é de grande 
investimento, pois deve ser levado ao conselho que solicita uma reunião 
administrativa e averigua junto ao tesoureiro e ao gestor a possibilidade de saída de 
determinado valor. 
No entanto, compra de pequeno custo, como material de escritório, material de 
higiene e limpeza não precisa ser autorizado pelos gestores, é possível a realização 
38 
 
da operação apenas com a autorização do tesoureiro que deve exigir nota fiscal ou 
recibo de pagamento. 
As compras de materiais ou alimentos para eventos não podem ser pagas com 
dinheiro do caixa. Para esse tipo de operação é necessário que seja retirado valor de 
um fundo fixo ou de um caixa específico para aquela atividade. 
Assim como é realizado para os projetos das entidades do terceiro setor, para 
cada programa há um valor disponível e uma conta contábil específica para 
demonstrar o fluxo da operação. Sendo assim, para o desenvolvimento de uma 
atividade que não vem de sua atividade fim, o tesoureiro não deve autorizar a saída 
de valores sem autorização do gestor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
4. CONCLUSÕES PARCIAIS 
 
As entidades do terceiro setor são definidas como instituições que desenvolvem 
suas atividades para suprir uma necessidade de determinada região ou proporcionar 
um serviço social as pessoas. Para isso é necessário que as empresas desse âmbito 
sejam patrocinadas por investidores que são nomeados de stakeholders, esses 
investem em forma de bens, numerários ou trabalho voluntário, que também é 
reconhecido como uma receita. 
A demonstração contábil se difere para essas empresas. O plano de conta pode 
ser alterado de acordo com a necessidade, no entanto, há algumas obrigatoriedades 
como o reconhecimento das receitas segregadas por projetos e programas 
desenvolvidos que geraram receita. 
Na entidade em análise o processo para o reconhecimento da receita foi 
referenciado nos tópicos acima, avaliando o papel funcional e importante do 
tesoureiro, que assume a função de contador e de controle, quando utiliza os 
documentos fiscais para formalizar uma ilustração de demonstração contábil e quando 
controla o caixa da empresa por meio de um sistema, avaliando as atividades para 
não exceder o orçamento e atingir o objetivo fim do planejamento. 
É fundamental que as entradas de valores econômicos sejam controladas 
assim como a saída dos valores. As propostas dos conselheiros depois de avaliadas 
e aprovadas são realizadas, no entanto, são necessários documentos que comprovem 
a efetividade da operação assim como, o benefício para as pessoas (clientes, 
funcionários, comunidade). 
Após a análise do sistema de informações e das atividades desenvolvidas 
durante a pesquisa de campo, será possível verificar o quanto os gestores utilizam 
das informações contábeis para a tomada de decisão assim como, identificar as 
fragilidades e os potenciais do sistema utilizado pela entidade. 
 
 
40 
 
REFERÊNCIAS 
 
ACRIDAS. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ACRIDAS. 
<<http://www.acridas.org.br/wp-content/uploads/2015/06/balanco_patrimonial.pdf>> 
acesso em 19 de abril de 2016. 
 
BRASIL, 1997. LEI Nº 9532. <<http://www2 .camara.leg.br/legin/fed/lei/1997/lei-9532-
10-dezembro-1997-372088-normaatualizad a-pl.html>> acesso em 02 de março de 
2016. 
 
BRASIL, 1998. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 
<<http://www.planalto.gov.br/ccivil03/Constituicao/ Constituicao.htm>> acesso em 28 
de fevereiro de 2016. 
 
BRASIL, 2002. LEI Nº 10406. <<http://www.planalto.gov. 
br/ccivil_03/leis/2002/L10406.htm>> acesso em 28 de fevereiro de 2016. 
 
BRASIL, 2007. LEI Nº 11.638. <<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007 /lei/l11638 .htm>> acesso em 01 de abril de 2016. 
 
CFC. RESOLUÇÕES E EMENTAS DO CFC. 
<<http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.a 
spx?codigo=2015/ITG2002(R1)>> acesso em 01 de abril de 2016. 
 
CPC 00. LIVRO DO CPC. <<http://portalcfc.org.br/wordpress/wp-content/uploads 
/2013/01/livro_CPC2.pdf>> acesso 01 de abril de 2016. 
 
LIMA, Gudrian Marcelo Loureiro; FREITAG, Viviane da Costa. CONTABILIDADE 
PARA ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS. 1 ed. Curitiba. Editora Intersaberes, 
2014. 
 
MARION, José Carlos. INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE COM ÊNFASE EM 
TEORIA. 1 ed. Campinas, SP. Editora Alínea, 2009. 
 
MULLER, Aderbal Nicolas. CONTABILIDADE BÁSICA: FUNDAMENTOS 
ESSENCIAIS. 1 ed. São Paulo. Editora Pearson Prentice, 2009. 
 
NEVES, Marcos. CONTABILIDADE GERAL APLICADA. 1 ed. Rio de Janeiro. 
Editora Elsevier, 2011. 
 
SÁ, Antônio Lopes. FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE GERAL. 3 ed. Curitiba. 
Editora Juruá, 2010. 
 
TOLGO, Renato Francisco. FUNDAMENTOS DE CONTABILIDADE E 
ESCRITURAÇÃO. 4 ed. Caxias do Sul, Editora EDUCS, 2008. 
 
 
 
 
41 
 
ANEXO 1 – Regulamento Interno 
 
IGREJA EVANGÉLICA UMA 
NOVA VIDA EM CRISTO 
 
 
REGULAMENTO 
INTERNO 
42 
 
Capítulo I – Construção Geral 
 
ART. 1º - A Igreja Evangélica Uma Nova Vida em Cristo, é uma associação religiosa, 
sem fins lucrativos, fundada em 01 de Julho de 2013. 
 
ART. 2º - A Igreja Evangélica Uma Nova Vida em Cristo, tem por finalidade adorar a 
Deus em Espírito e em Verdade, propagar o evangelho de Nosso Senhor e Salvador 
Jesus Cristo e levar pessoas a conhecer e obedecer a Palavra de Deus. 
 
ART. 3º - A Igreja Evangélica Uma Nova Vida em Cristo, é constituída de pessoas que 
aceitam a Bíblia Sagrada como única regra de fé e prática. 
 
ART. 4º - A Igreja Evangélica Uma Nova Vida em Cristo, doravante denominada 
IGREJA é administrada por uma diretoria de 10 (dez) membros, sendo que suas 
atribuições estão definidas no Estatuto da Igreja. 
 
ART. 5º - Foi também estabelecida a formação do Conselho Geral, que tem a 
finalidade de auxiliar o Pastor Presidente nas decisões vitais, bem como dar 
andamento e solução a problemas administrativos e/ou espirituais dos Campos 
Eclesiásticos e Congregações, e outros, quando necessário. 
 
§ Único – Os membros do Conselho Geral podem ser ao mesmo tempo 
membros da Diretoria da Igreja, ou não, a critério do Pastor – Presidente. 
 
ART. 6º - A duração do mandato dos membros do Conselho Geral é de dois anos, 
podem ser mantidos ou não, a critério do Pastor – Presidente. 
 
§ Único – Caso algum membro do Conselho Geral seja enviado pelo Espírito 
Santo para a direção de uma obra, poderá ser indicado um substituto, pelo 
Pastor – Presidente. 
 
ART. 7º - Constituem motivos de inelegibilidade para ser membro do Conselho Geral 
os seguintes: 
 
43 
 
 1 – Obreiros que estejam sob medidas disciplinares; 
 2 – Obreiros que tenham menos de 01 (um) ano na função de obreiros; 
3 – Obreiros que já alguma vez tenham saído do Ministério deve ser 
analisado seu engajamento pelo conselho eclesiástico; 
4 – Obreiros que não se identificam com as normas e diretrizes do 
Ministério. 
 
ART. 8º - Competem ao Conselho Geral as seguintes atividades: 
 
1 – Desenvolver, propor e implantar o planejamento global do Ministério; 
2 – Estabelecer e controlar

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