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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II

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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II AULA 1 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
*Conceito de crédito tributário
*Teorias sobre o nascimento
*Lançamento tributário – conceito
*Natureza jurídica do lançamento tributário
*Princípios do lançamento tributário
*Modalidades de lançamento tributário
CONCEITO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Análise do conceito
*Direito que a Fazenda Pública tem de receber o pagamento da prestação objeto da obrigação tributária;
*Obrigação tributária: revisão do conceito; 
*Crédito tributário x cobrança do crédito tributário.
TEORIAS SOBRE O NASCIMENTO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
TEORIA DUALISTA
Fato Gerador 
*Obrigação Tributária
*Nasce uma obrigação sem crédito 
Lançamento 
*Crédito tributário
*Somente com a notificação do lançamento nasce o CT
CDA
*Inscrição na dívida ativa
*Momento posterior, necessário à execução
TEORIA MONISTA
Fato Gerador 
*Obrigação Tributária
*Nasce uma obrigação sem crédito 
Lançamento 
*Crédito tributário
*Somente com a notificação do lançamento nasce o CT
Vencimento 
*Crédito tributário exigível
*A partir do vencimento o fisco pode cobrar o tributo
CDA
*Inscrição na dívida ativa
*Dá executoriedade ao crédito tributário
LANÇAMENTO
Conceito
*Compete privativamente à autoridade administrativa.
*Constitui o crédito tributário.
*Procedimento administrativo:
verificar a ocorrência do fato gerador;
determinar a matéria tributável; 
calcular o montante do tributo devido;
identificar o sujeito passivo;
impor a aplicação da penalidade.
MODALIDADES
*De ofício: a autoridade administrativa, de posse de todas as informações necessárias, realiza o lançamento sem qualquer participação do contribuinte.
*Por declaração: o devedor informa à autoridade administrativa alguns elementos da obrigação tributária; a autoridade administrativa, com base nessas informações, realiza o lançamento e notifica o contribuinte para pagar.
*Por homologação: o devedor informa à autoridade administrativa elementos da obrigação tributária, calcula o montante do tributo devido e antecipa o pagamento, o fisco apenas confere a legalidade da conduta.
PRINCÍPIOS
*Legalidade: a autoridade administrativa está vinculada à lei;
*Inalterabilidade: estabelecidos os critérios para a realização do lançamento em face daquele contribuinte, não poderá a autoridade administrativa alterá-los naquele exercício;
*Retrospectivo: o lançamento se reporta à data da ocorrência do fato gerador;
*Irrevisibilidade: após a notificação do contribuinte, em regra, o lançamento não poderá ser revisto pela autoridade administrativa.
Questões jurisprudenciais
*Súmula 397 do STJ: O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço.
*Súmula 436 do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco. 
Súmula 446 do STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de de expedição de certidão negativa ou positiva com efeitos de negativa.
SAIBA MAIS
*Artigo: Implicações da Súmula 446 do Professor Kiyoshi Harada disponível em https://jus.com.br/artigos/16941/implicacoes-da-sumula-446-do-stj
*Artigo: Erro de direito não permite a revisão de lançamento do IPTU do Professor Kiyoshi Harada disponível em http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12626.
AULA 2
SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Temas/objetivos desta aula
*Conceito de suspensão da exigibilidade do crédito tributário
*Efeitos da suspensão da exigibilidade do crédito tributário
*Causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário
*A jurisprudência relativa às causas de suspensão do crédito tributário
CONCEITO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Análise do conceito
*Suspensão do direito que a Fazenda Pública tem de exigir o pagamento do crédito tributário através de qualquer ato de cobrança;
*É causa temporária;
*Atinge a exigibilidade: produz efeitos a partir do vencimento;
*Causas que ocorram antes do vencimento, em verdade, são causas de impedimento;
*Atos de cobrança
EFEITOS
Atingem a exigência do crédito da seguinte maneira:
Impede a prática de atos de cobrança, inclusive a execução fiscal;
Suspende a prescrição;
Não impede o lançamento;
Não suspende a decadência;
Impede a inscrição na dívida ativa;
Certidões de regularidade fiscal;
Não afasta o cumprimento das obrigações acessórias.
MODALIDADES
Moratória
*Geral (concedida a todos os contribuinte) e individual (concedida a um contribuinte específico).
*Heterônoma (concedida pela União aos tributos dos outros entes).
*Direito adquirido e revogação.
Prazo: Art. 54, Lei 9784/99
. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Depósito do montante integral
*Conceito: entrega do montante devido sem que importe em pagamento;
*Direito subjetivo: é um direito, não um dever do contribuinte SV 21 e 28;
*Condições: integral e em dinheiro – Súmula 112 do STJ.
Reclamação e recurso administrativo
*Processo administrativo tributário;
*Depósito recursal: é inconstitucional se previsto como condição;
*Prescrição intercorretne: predomina que não há, pois não há prazo para duração do processo administrativo.
*Remédio Constitucional;
*Cabimento do preventivo: não impede o lançamento;
*Efeitos da cassação da liminar: 1a. corrente – é como se jamais existisse; 2a. corrente – não se pode negar que ela existiu.
Art. 63 §2º da Lei 9430/96: § 2º A interposição da ação judicial favorecida com a medida liminar interrompe a incidência da multa de mora, desde a concessão da medida judicial, até 30 dias 
após a data da publicação da decisão judicial que considerar devido o tributo ou contribuição.
*Não cabe para compensação.
Liminar em outras ações
*Inovação da LC 104/01 x poder geral de cautela;
*Liminar, cautelar e antecipação de tutela: como ficou no atual Código de Processo Civil;
*Momento para concessão: antes ou depois do lançamento.
*Liminar que proíbe a autoridade de lançar: efeitos.
Parcelamento
*Diferença para moratória: alargamento fracionado do prazo para pagamento;
*Juros e multa;
*Recuperação judicial e parcelamento;
*Extinção da punibilidade: somente depois que ocorre o pagamento da última parcela;
*Direito ao parcelamento.
SAIBA MAIS
*Acórdão da ADI1976-7 que inspirou a SV 21 disponível em: http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=456058;
*Artigo: Tutela de evidência em mandado de segurança afeta Direito Tributário do Prof. Paulo Cesar Conrado disponível em: http://www.conjur.com.br/2016-mai-25/paulo-conrado-tutela-evidencia-ms-afeta-direito-tributário.
AULA 3 
EXTINÇÃO DE CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Temas/objetivos desta aula
CONCEITO DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
CAUSAS DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
ENFOQUE ESPECIAL SOBRE: COMPENSAÇÃO E RESTITUIÇÃO DE TRIBUTOS
CONCEITO DE EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
ANÁLISE DO CONCEITO
*Qualquer ato ou fato que libere o sujeito passivo ou devedor da relação jurídico-tributária, da sujeição em que se encontra o poder jurídico do sujeito ativo ou credor da relação jurídico-tributária.
*Natureza do rol do art. 156 do CTN
*É exaustivo quanto às causas que exigem manifestação de vontade do titular e exemplificativo quanto às causas que independem desta vontade (morte do devedor insolvente e confusão).
*Morte do infrator e a questão das multas (pessoalidade da pena).
CAUSAS
PAGAMENTO
*Conceito: adimplemento, da forma como ela foi estabelecida originariamente;
*Imposição de penalidades: podem ser exigidos cumulativamentepois são sancionatórios;
*Prova: não há presunção relativa de pagamento;
*Lugar: dívida portable:
-Quase todas as leis dispõem em contrário: rede bancária (delegação da função de arrecadação).
*Prazo: estabelecido na legislação, ou de 30 dias.
*Pode ser fixado por decreto; 
*Pode ser antecipado com ou sem substituição tributária;
*Desconto condicionado ao pagamento imediato é inconstitucional por forçar renúncia à defesa.
*Juros de mora: compensatórios (a consulta como causa de suspensão dos juros):
*Súmula 209 do TFR: “Nas execuções fiscais da Fazenda Nacional, é legítima a cobrança cumulativa de juros de mora e multa moratória”. *Forma: moeda corrente.
*Imputação: não há escolha pelo devedor: Súmula 464 do STJ – "A regra de imputação de pagamentos estabelecida no art. 354 do Código Civil não se aplica às hipóteses de compensação tributária."
OBS.:
A RESTITUIÇÃO DO RECOLHIMENTO INDEVIDO OU A MAIOR
*Conceito de indébito: enriquecimento do fisco + empobrecimento do sujeito passivo + ausência de causa legal;
*Dispensa de prévio protesto e a falta de interesse de agir;
*A restituição em tributos indireto e substituição tributária:
*Súmula 546 do STF: “Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão que o contribuinte de jure não recuperou do contribuinte de facto o quantum respectivo”;
*Contribuinte de fato X Contribuinte econômico;
*A questão da concessionária (art. 9º §3º Lei 8987/95).
*Prazo para repetição de indébito:
*5 anos: termo inicial – a regra dos 5+5 e a LC 118/05;
*2 anos: termo inicial – decisão administrativa que denegar o pedido de repetição de indébito.
*Súmula 461 do STJ - "O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.”
*Confissão de dívida não impede o pedido judicial de repetição de indébito.
*Valor a ser ressarcido: simples, acrescido de atualização monetária e juros de mora.
 CAUSAS
 COMPENSAÇÃO
*Conceito: encontro de contas entre credor e devedor, relação de reciprocidade; modalidade indireta de extinção do crédito tributário.
*Requisitos: identidade subjetiva, créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos.
*Retenção indevida ou a maior.
*Exigência de autorização legal: não é autoaplicável.
*Compensações constitucionais:
*Art. 78 §2º ADCT
*Art. 97 §10 II ADCT
*Art. 100 §9º CR (inconstitucionalidade)
COMPENSAÇÃO
*Vedações: terceiros, controversos.
*Compensação extintiva do crédito X Compensação própria da não cumulatividade de tributos.
*Mandado de Segurança:
*Súmula 213 do STJ: “O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à compensação tributária.”
*Súmula 460 do STJ: “É incabível mandado de segurança para convalidar a compensação tributária realizada pelo contribuinte.”
*Súmula 394 do STJ: É admissível, em embargos à execução fiscal, compensar valores de imposto de renda retidos indevidamente na fonte com os valores restituídos apurados na declaração anual.
 
COMPENSAÇÃO
*Mandado de Segurança
*Súmula 212 do STJ: “A compensação de créditos tributários não pode ser deferida em ação cautelar ou por medida liminar cautelar ou antecipatória.”
TRANSAÇÃO
*Conceito: concessões mútuas;
*Exige autorização legal;
*Não se confunde com simples parcelamento de dívida, pois este não extingue o crédito.
REMISSÃO
*Conceito: perdão do tributo e de seus acréscimos legais, dispensa do pagamento do tributo;
*Exigência de lei específica que autorize (art. 150 §6º CR/88);
*Diferente de anistia: perdão da infração somente.
CONVERSÃO DO DEPÓSITO EM RENDA
*Conceito: resultado da decisão judicial ou administrativa favorável à Fazenda Pública que foi precedida de prévio depósito;
*Prazo: se o depósito foi realizado no processo administrativo, a conversão dar-se-á em trinta dias após a notificação do devedor, desde que ele não recorra ao Poder Judiciário; se o depósito foi feito em processo judicial, só será convertido em renda após o trânsito em julgado da decisão favorável ao fisco.
 PAGAMENTO ANTECIPADO E A HOMOLOGAÇÃO DO LANÇAMENTO
*Hipótese: lançamentos por homologação;
*Pagamento antecipado equiparado à extinção para fins de contagem do prazo para repetição e compensação – LC 118/05;
*Súmula 436 do STJ: "A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do Fisco”;
*Súmula 463 do STJ – "Incide o imposto de renda sobre os valores percebíveis a título de indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda que decorrentes de acordo coletivo.
CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTO
*Conceito: consiste no depósito judicial ou administrativo do objeto da obrigação por parte do devedor.
*Hipóteses: mora accipiendi ou conflito de competências tributárias.
*Correção monetária: controvérsia sobre a natureza de obrigação acessória que legitima a consignação exclusiva do principal desacompanhado dela (Resp 261.995/PE);
*Controvérsia sobre o cabimento de discussão sobre o montante devido;
*Durante a tramitação: suspensão da exigibilidade do crédito tributário;
*Procedência: extinção pela conversão do depósito;
*Improcedência e extinção sem mérito: depende do conteúdo da decisão.
 DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL
*Conceito: refere-se à decisão favorável ao contribuinte, decisão que reconhece a inexistência de crédito, em processo absolutamente regular. *Ajuizamento de ação anulatória pelo Fisco: ofensa ao princípio da moralidade administrativa, falta de interesse de agir.
DECISÃO JUDICIAL PASSADA EM JULGADO
*Conceito: novamente cuida-se de decisão favorável ao contribuinte, extingue o crédito tributário a sentença de eficácia desconstitutiva.
DAÇÃO EM PAGAMENTO EM BENS IMÓVEIS
*Conceito: entrega de bem diverso daquele originariamente estabelecido entre as partes (dinheiro);
*Exigência de lei autorizando;
*Bens móveis: impedimento decorrente da exigência constitucional de licitação para aquisição de mercadorias pela Administração Pública;
*Títulos da dívida pública: compensação e não dação em pagamento.
SAIBA MAIS
*Leia o julgado que trata do prazo para a repetição de indébito tributário de tributo sujeito a lançamento por homologação https://ww2.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1154069&num_registro=200900107806&data=20120626&formato=PDF
*Verifique as Orientações gerais da Receita Federal do Brasil sobre a compensação http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/restituicao-ressarcimento-reembolso-e-compensacao/compensacao/informacoes-gerais
AULA 4 
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO
*Distinção entre decadência e prescrição
*Características e peculiaridades
*Modalidades de prescrição tributária
*Principais questões controvertidas
RAZÃO DE DIREITO
*Segurança jurídica, paz social, estabilidade das relações jurídicas;
*Distinção entre decadência, prescrição e imprescritibilidade:
*Direito subjetivo X Direito potestativo X Ações de Estado
DECADÊNCIA
CONCEITO *Perda do direito de lançar
*Lançamento como poder-dever X direito potestativo;
*Antes do lançamento somente ocorre da decadência.
*Súmula 153 do TFR: “Constituído, no quinquênio, através do auto de infração ou notificação de lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência fluindo, a partir daí, em princípio, o prazo prescricionalque, todavia, fica em suspenso, até que sejam decididos os recursos administrativos”. 
EXIGÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR
*Súmula Vinculante 8: “São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 50 do Decreto-Lei 1569/77 e os artigos 45 e 46 da Lei n. 8212/91, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário”. 
REGRAS ESPECÍFICAS
*Termo inicial: 
*art. 173, I, do CTN: devemos identificar quando o lançamento já poderia ser realizado, e começar a contagem a partir do primeiro dia do exercício seguinte (e não desde a ocorrência do fato gerador).
*Pela contagem a partir do fato gerador, juntamos trecho de julgado do STJ.
“PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO. PRESCRIÇÃO (ART. 174 DO CTN). 1. Em Direito Tributário, o prazo decadencial, que não se sujeita a suspensões ou interrupções, tem início na data do fato gerador, devendo o Fisco efetuar o lançamento no prazo de cinco anos a partir desta data. (Resp 332.366/MG, 2ª T., rel. Min. Eliana Calmon, j. 19/02/2002).
*Veremos, a seguir, vários exemplos com a contagem pelo texto do CTN!
CONTAGEM NO LANÇAMENTO DE OFÍCIO – EX. IPTU
*Análise de caso concreto:
*Exemplo: último Fato Gerador ocorrido (01/01 deste ano).
*Termo inicial: 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento pode ser efetuado. Como ele já pode ser efetuado no primeiro dia útil seguinte, o exercício seguinte é o ano seguinte ao do fato gerador = (01/01 do ano que vem).
*Termo final: após cinco anos desta última data.
*Resultado: extinção pela decadência – art. 156 V 2ª parte CTN.
CONTAGEM NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: EX. IRPF
*Se o contribuinte declara e paga.
*Análise de caso concreto:
*Exemplo: último ano civil (01/01 a 31/12 do ano passado).
*Termo inicial: Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento pode ser efetuado. Neste caso, o fisco deve esperar para que o contribuinte faça a sua declaração e pague (ou inicie o pagamento parcelado) até o último dia útil de abril, e somente a partir do primeiro dia útil de maio, do corrente ano, poderá lançar. 
*Entretanto, uma vez que ele declara e paga, o prazo será de cinco anos para homologação do lançamento, que se conta, nos termos do art. 150 §4º do CTN da ocorrência do fato gerador.
*Resultado: extinção pelo art. 156 VII do CTN (crédito satisfeito).
CONTAGEM NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: EX. IRPF
*Se o contribuinte não declarar nem pagar.
*Análise de caso concreto:
*Exemplo: último ano civil (01/01 a 31/12 do ano passado).
*Termo inicial: Primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento pode ser efetuado. Neste caso, o fisco deve esperar para que o contribuinte faça a sua declaração e pague (ou inicie o pagamento parcelado) até o último dia útil de abril, e somente a partir do primeiro dia útil de maio, do corrente ano, poderá ele lançar. Assim, o termo inicial será o dia 01/01 do ano que vem. 
*Termo final: após cinco anos desta última data.
*Resultado: extinção pela decadência – art. 156 V 2ª parte CTN.
CONTAGEM NO LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO: EX. IRPF
*Se o contribuinte não declarar nem pagar – Posição curiosa do STJ 5+5
*Análise de caso concreto:
*Exemplo: último ano civil (01/01 a 31/12 do ano passado).
*Cumulação os prazos dos arts. 150 §4º e 173 I do CTN: o termo inicial do prazo decadencial é o termo final do prazo que a Fazenda teria para homologar se o contribuinte houvesse declarado. O raciocínio decorre do fato de que se não houve declaração e pagamento, não haveria homologação tácita.
*Termo final: após cinco anos desta última data.
*Resultado: extinção pela decadência – art. 156 V 2ª parte CTN.
REGRAS ESPECÍFICAS
*Interrupção: 
*Art. 173, II do CTN é uma verdadeira causa de interrupção, pois faz começar-se a contar de novo o prazo de decadência.
*Decisão pode ser administrativa ou judicial.
*Vício formal: inerente ao procedimento do lançamento.
PRESCRIÇÃO
REGRAS ESPECÍFICAS
*CONCEITO: é a perda do direito de fiscalizar e cobrar o crédito tributário, ou seja, promover a execução fiscal.
*Prescrição e solidariedade.
*Extingue o próprio crédito. Dá ensejo à repetição o pagamento de débito prescrito. 
*Termo inicial: a partir da data da constituição definitiva do crédito.
 *1ª corrente: lançamento;
 *2ª corrente: lançamento que não pode mais ser reformado na via administrativa;
 *3ª corrente: lançamento que não pode mais ser reformado, nem na via judicial;
 *4ª corrente: inscrição na dívida ativa. 
REGRAS ESPECÍFICAS
*Impedimento: não se pode começar a contar o prazo de prescrição (são as mesmas causas de suspensão que ocorrem antes do início do prazo de contagem).
*Suspensão: as causas de suspensão da exigibilidade suspendem a prescrição.
*Art. 2, §3º, da LEF: como se trata de lei ordinária, não pode tratar de matéria reservada à Lei Complementar. Logo não se aplica ao crédito tributário.
*Art. 40 da LEF: trata, na realidade, de regulamentar o art. 174, parágrafo único, I, do CTN.
*Súmula 436 do STJ: “A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco”.
*O termo inicial será o vencimento para o pagamento do tributo declarado.
INTERRUPÇÃO – ART. 174, PARÁGRAFO ÚNICO DO CTN
*Despacho do juiz que ordenar a citação:
*Súmula 106 do STJ: “Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da justiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou decadência.”
*Protesto judicial.
*Qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor.
*Ato inequívoco que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
*Súmula 248 do STJ: “O prazo da prescrição interrompido pela confissão e parcelamento da dívida fiscal recomeça a fluir no dia que o devedor deixa de cumprir o acordo celebrado”. 
INTERCORRENTE: ART. 40 LEF
*Suspensão da execução diante da hipótese em que não se encontra nem o devedor nem seus bens.
*Abre-se vista à Fazenda Pública por um ano. 
*Após este prazo, deve o juiz ordenar o arquivamento.
*Súmula 314 do STJ: “Em execução fiscal, não localizados bens penhoráveis, suspende-se o processo por um ano, finco o qual inicia-se o prazo de prescrição quinquenal intercorrente.”
*Encontrados o devedor ou os bens, a execução seguirá.
*Caso contrário, após cinco anos, ocorrerá a prescrição, que o juiz poderá reconhecer de ofício após ouvida a Fazenda, nos casos em que não há dispensa de executar. 
SAIBA MAIS - DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO
*Leia a monografia “Decadência e Prescrição do Crédito Tributário” de autoria de Nelson Mallmann. Disponível em: http://www.esaf.fazenda.gov.br/assuntos/biblioteca/arquivos_monografias/arquivo.2013-04-17.2067487320
*Leia o artigo clássico “Critério científico para distinguir a prescrição da decadência e para identificar as ações imprescritíveis”de Agnelo Amorim Filho. Disponível em: http://www.direitocontemporaneo.com/wp-content/uploads/2014/02/prescricao-agnelo1.pdf *Assista ao vídeo sobre decadência e prescrição do Saber Direito. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=LI1hf1OtaGI
AULA 5 
EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
CONCEITO E CRÍTICAS
*São normas desonerativas de deveres patrimoniais do sujeito passivo.
*Não há conceito uniforme, já que as hipóteses não possuem nenhuma identidade.
*Podemos estar diante de algo cuja previsão antecede ou não a situação sobre a qual deverá incidir;
*Podemos estar diante de algo que atinge o tributo ou a infração; 
*Podemos estar diante de algo que dispensa o pagamento ou que não permite o nascimento do crédito tributário.
REGRAS COMUNS	
*Reserva legal: art. 150 §6º CR/88 e art. 97 VI do CTN;
*Interpretam-se literalmente: art. 111 I do CTN;
*Não dispensam as obrigações acessórias: art 175 parágrafo único do CTN;
*A lei que as institui pode ser anulada: art.s 179 §2º e 182 parágrafo únco do CTN.
ISENÇÃO
CONCEITO
*Doutrina:hipótese de não incidência legalmente qualificada;
*Jurisprudência: dispensa legal do pagamento do tributo.
INSTITUTOS AFINS
*Não incidência pura e simples: hipótese em que o tributo não incide, já que não há lei tipificando aquele fato como gerador do tributo;
*Imunidade: hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada;
*Alíquota-zero: o tributo incide, mas o elemento quantitativo é reduzido a zero;
*Remissão: perdão do tributo já devido. 
CLASSIFICAÇÕES
*Por prazo certo (a lei estabelece o prazo de duração do benefício) ou indeterminado (a isenção dura até que lei posterior a revogue);
*Gratuita (o contribuinte não precisa realizar nada para ter direito a ela) ou onerosa (o contribuinte precisa praticar determinada conduta para ter direito a ela);
*Subjetiva (concedida em virtude de características do contribuinte) ou objetiva (concedida em virtude de características do fato gerador);
*Automática (o seu exercício não exige procedimento administrativo) ou condicionada a despacho da autoridade administrativa (depende de prévio reconhecimento da autoridade administrativa.
REVOGAÇÃO
*A isenção pode ser revogada a qualquer momento, contudo, se se tratar de isenção condicionada e por prazo certo, a revogação não poderá alcançar aqueles contribuintes que já adquiriram o direito a elas, cumprindo com as condições; 
*Princípio da anterioridade na revogação da isenção: instituição ou majoração de tributo?
*Súmula 615 do STF: “O princípio constitucional da anualidade não se aplica 1ª revogação de isenção do ICM”. 
ANISTIA
CONCEITO
*Perdão da infração já cometida;
*Posição doutrinária quanto ao momento (Luciano Amaro): após a prática da infração mas antes do lançamento, pois a partir deste seria o caso de remissão. 
INSTITUTOS AFINS
*Remissão: perdão do tributo devido;
*Revogação de sanção: ato normativo que deixa de considerar a conduta como infração à legislação tributária (visa situações futuras, mas alcança situações pretéritas, pela aplicação retroativa da lei penal mais benéfica).
CLASSIFICAÇÃO
*Geral: concedida em relação a todos os tributos e contribuintes;
*Limitada: somente em relação a alguns tributos, ou região do território do ente tributante;
*Condicionada: somente terá direito a ela aquele contribuinte que cumprir com condição expressamente determinada (normalmente envolve o pagamento do tributo).
SAIBA MAIS
Subtítulo
Assistir ao vídeo do Canal Saber Direito no YouTube sobre o tema da aula, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Jgu7lb0Jcfw; 
Ler o artigo do autor Daniel Ferreira Lima sobre “Isenção tributária: a interpretação das isenções subjetivas e o princípio da dignidade da pessoa humana”, disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11524; 
Ler o artigo do autor Elcio Reis sobre “Anistia e Remissão no Processo Falimentar”, disponível em: http://www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/revistaspge/revista5/5rev10.htm.

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