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25/09/2014 1 ALIENAÇÃO PARENTAL Alienação parental É uma forma de maltrato ou abuso contra a criança; Transtorno psicológico: conjunto de sintomas pelos quais um genitor, transforma a consciência de seus filhos, de diferentes formas. Impedir, obstaculizar ou destruir seus vínculos com o outro genitor. Denominado cônjuge alienado, sem que existam motivos reais que justifiquem essa condição. Alienação parental Programar uma criança para que odeie um dos seus genitores. “Educa” os filhos no ódio contra o outro genitor. Gardner (1985): Campanha denegritória. Incidência • 80% dos filhos de pais separados já sofreram algum tipo de AP. • 50% denúncias abuso sexual do período de separação são falsas (Gardner, 2002). • 91% Casos AP são mulheres (IBGE, 2002). Alienação parental A ruptura da relação conjugal gera um sentimento de abandono e rejeição, o que se traduz em desejo de vingança. Ao ver o interesse do pai em preservar a convivência com o filho, sua primeira atitude é afastar um do outro, na tentativa de se vingar do ex-cônjuge. Alienação parental Cria-se uma série de situações visando dificultar, ou até mesmo impedir a convivência de ambos. Esta atitude ou atitudes levam o filho a rejeitar e até mesmo a odiar o pai. Instalação de culpa e sentimentos de traição na criança; Verbalizações agressivas acerca do genitor alienado; Papel vitimização perante a criança e familiares; 25/09/2014 2 Comportamento do alienador Recusa-se a passar chamadas telefônicas aos filhos; Excluir o genitor alienado de exercer o direito de visitas; Apresentar o novo cônjuge como sua nova mãe ou pai; Interceptar cartas e presentes; Desvalorizar ou insultar o outro genitor; Comportamento do alienador Recusar informações sobre as atividades escolares, a saúde e os esportes dos filhos; Impedir a visita do outro genitor; Envolver pessoas próximas na lavagem cerebral de seus filhos; Ameaçar e punir os filhos de se comunicarem com o outro genitor; Culpar o outro genitor pelo mau comportamento do filho, dentre outras. Comportamento da criança alienada Submissão - castigos e punições. Dependência e submissão às provas de lealdade, ficando com medo de ser abandonada do amor dos pais. Dificuldade no estabelecimento de relações de confiança; Autoestima rebaixada, Culpa, Sentimentos Depressivos; Medos constantes; Dependência; Insegurança http://www.youtube.com/watch?v=xPRpMEU8MxI Comportamento do genitor alienado Impotência; Insegurança; Desestruturação emocional; Baixa concentração; Baixo rendimento profissional; Ridicularização Social; Vergonha. Alienação parental Identificação da síndrome: Verificar como o genitor alienador confidencia a seu filho seus sentimentos e às más experiências vividas com o genitor ausente. O filho vai absorvendo toda a negatividade que o alienador coloca no alienado, levando-o a sentir- se no dever de proteger, não o alienado, mas, curiosamente, o alienador. Alienação parental Jorge Trindade explica: “... Exige uma abordagem terapêutica especifica para cada uma das pessoas envolvidas, havendo a necessidade de atendimento da criança, do alienador e do alienado.” 25/09/2014 3 Tratamento -Comparações entre discurso do possível alienador e da criança; -Postura neutra: investigação dos fatos; Ouvir todos envolvidos; - Se possível, observação e entrevista dos ambientes naturais. Tratamento - Cuidado com postura manipuladora dos envolvidos; - Acusação de Abuso: analisar contexto em que ocorreu a denúncia; cuidado com afastamento total – possibilidade de monitoramento; - Sessões com criança: investigativas; sem julgamento; pedir relatos amplos.., Deixar a criança falar o máximo possível... Tratamento Afastamento genitor alienador: cuidado – sofrimento para menor; Genitor alienado: insistência; sentimento de culpa; assertividade; frustração. Genitor alienador: auto-confiança; aumento de relações sociais; PAPEL DO ADVOGADO: alerta ao cliente alienador; PARRICÍDIO Parricídio O parricídio: morte de um dos pais pelo próprio filho, é um crime que horroriza a todos e levanta questões contra a natureza humana. Filhos, normalmente amam seus pais e pais, em geral, pais cuidam e amam seus filhos. Do latim parricidium, de parens (pai e mãe) e caedere (matar). PARRICÍDIO A morte dos pais por um filho sinaliza que padrões biológicos fortes, desenvolvidos para a preservação da espécie humana, foram rompidos. 25/09/2014 4 Tipos de Parricídio Matricida: Filhos que matam a mãe. Patricida: Filhos que matam o pai. Parricídio Gomide e Pinheiro (2006), analisando a população adulta de 9200 presos do Paraná, encontraram 957 (10,4%) sentenciados que haviam cometido homicídio; Destes, 1,98% haviam cometido parricídio. Parricídio A distribuição de idade e sexo dos parricidas foi de: 65% de homens; 17% de mulheres. 8,7% de adolescentes masculinos; 8,7% de adolescentes femininos Parricídio - Causas Desintegração familiar Quebra de valores morais Violência e negligência familiar Abuso Sexual, psicológico e físico Drogas PARRICÍDAS Agressores adultos são diagnosticados como psicopatas. Agressores adolescentes: Constatou-se, ter sido vítimas de abusos desde a infância; PARRICÍDAS ADOLESCENTES Nunca haviam se envolvido com atos criminosos até a ocorrência do homicídio ou tentativa de seus pais. Os adolescentes que têm amigos próximos raramente são delinquentes. Aqueles que são isolados têm o dobro de chance de terem comportamentos antissociais. Vingança ou autoproteção. 25/09/2014 5 parricídas Um dos padrões típicos de parricida envolve: Filho que mata o pai alcoolista e abusador físico e sexual, para proteger sua mãe, irmãos e a si mesmo. Caso Hale e Scott (1997) - Duas crianças que mataram o pai enquanto ele dormia, após este ter abusado sexualmente de sua irmã. Este pai espancava rotineiramente os filhos e estes abusos foram testemunhados pelos vizinhos e professores. A justiça inocentou as crianças com base na tese da “síndrome da criança-espancada” - legítima defesa. Jurisprudências têm aceitado a tese da “síndrome da criança espancada” para a defesa de parricidas. Síndrome da criança espancada Para ser aceito, precisa estar respaldado em informações que demonstrem os abusos múltiplos sofridos pela criança ou adolescente por um tempo prolongado. Esses maus tratos não podem ser ocasionais ou acidentais; A supervigilância e o senso de iminente perigo verificados - mais abuso emocional que físico. Parricidas A literatura sobre parricídio ainda é escassa. Existem poucas referências sobre atendimento de parricidas, seja como vítima ou como agressor.
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