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Aula 2 - Faz Sentido Planejar na Escola (interrogação)

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Planejamento Escolar 
Aula 2 – Faz Sentido Planejar na Escola? 
Objetivos da aula: 1. Identificar o papel do planejamento escolar, seus fundamentos, bem como seus objetivos, funções e características; 2. Identificar quem são e qual o papel dos atores sociais que participam e/ou interferem na elaboração do planejamento escolar. 
Sabemos que, na atualidade, são inúmeras as discussões em torno do tema da qualidade da educação e, de modo mais específico, sobre a qualidade da escola e, até mesmo, sobre o seu futuro. No âmbito deste texto, não vamos entrar na discussão sobre os múltiplos entendimentos do que seja qualidade da educação e/ou da escola, destacando apenas que, para nós, tal qualidade se expressa para além do que podem expressar ou significar os resultados, muitas vezes isolados de seu contexto, das avaliações institucionais e/ou oficiais. Muitos educadores têm desenvolvido suas reflexões apontando as fragilidades da instituição escolar, seu fracasso, mesmo para dar conta dos desafios do mundo contemporâneo, chegando até a decretar o seu fim. Para esses educadores, e nós sublinharíamos os mais pessimistas, a escola perdeu sua função diante, por exemplo, da acelerada produção de conhecimentos e das várias possibilidades de sua respectiva difusão, levando em conta principalmente o avanço tecnológico dos meios de comunicação. Existem aqueles educadores, dentre os quais nos incluímos, que acreditam que a escola, ainda hoje, é um ponto de referência significativo de toda a ação educativa intencional ou, se preferirem, formal e, portanto, uma instituição importante, central mesmo, na vida das pessoas e da sociedade. São educadores que refutam a sua inutilidade ou o seu anacronismo e acreditam que ela ainda pode exercer um papel significativo na formação das crianças, dos adolescentes e dos jovens (KOFF, 2011). São educadores que sublinham - e nós ratificamos - a necessidade da escola, nesses tempos de grandes transformações, ser repensada e recriada, ou seja, ser reinventada, como afirma Koff (2008), na perspectiva de ser concebida e vivida como um espaço:
Multidimensional... 
Multidimensional, apostando principalmente na dimensão cultural como o centro configurador de suas concepções e práticas; 
Que valoriza... 
Que valoriza, afirma e incorpora nas suas concepções e práticas as diferenças culturais, reconhecendo, portanto, a pluralidade dos sujeitos que dela participam;
De circulação...
De circulação e de cruzamento de saberes, conhecimentos e culturas, o que significa ser um espaço que não só favorece o acesso aos conhecimentos sistematizados e socialmente relevantes, como também valoriza os saberes construídos no interior das culturas sociais de referência, bem como os conhecimentos que são fruto das experiências e da vida cotidiana de suas crianças e jovens; 
De incentivo...
De incentivo à iniciativa, ao diálogo, à descoberta, à pesquisa, à construção coletiva, ao uso de diferentes possibilidades de expressão e de múltiplas linguagens, ao aprender a aprender e à construção da autonomia; 
Que dialogia...
Que dialoga com outras práticas sociais e que se enriquece neste diálogo de mão dupla. 
Planejamento
	Diante do contexto, acreditamos que o planejamento escolar ganha destaque, podendo ser entendido até mesmo como uma exigência. Em outras palavras, entendemos que o planejamento na escola – nos seus diferentes níveis de abrangência – pode contribuir não só para ajudar a enfrentar os desafios decorrentes da reinvenção da escola na direção aqui proposta, como também a lidar com aqueles desafios apresentados pela própria complexidade do cotidiano escolar. Para que esse processo de planejamento e seu próprio produto (os planos, programas e/ou projetos) possam de fato exercer um pape significativo na vida da escola, entendemos que é preciso ter em mente que, para além de ser um procedimento que visa á organização das atividades e/ou das ações educativo-pedagógico, o planejamento precisa se compreendido como possibilidade de explicitação e/ou de resgate da intencionalidade dessas atividades e/ou ações (algo que é próprio da atividade e/ou da ação humana). O planejamento precisa ser compreendido como uma oportunidade de ressignificar o sentido dessas atividades e/ou ações educativas e, portanto, de ressignificar o próprio trabalho docente. Além disso, quando do fruto de posturas críticas e construções coletivas, o planejamento parece ser uma peça-chave para garantir a coerência do trabalho, das atividades e/ou das ações que acontecem no âmbito escolar, ajudando também a construir consensos (sempre provisórios – lembramos que ele deve ser entendido como em constante movimento, realimentado pela própria ação, sua análise crítica e avaliação). Por sua vez, planejar na escola pode ser uma oportunidade para superar a fragmentação e/ou a justaposição das práticas ali vividas, valorizando a integração entre elas, bem como potencializar os esforços, os tempos e os recursos necessários à sua concretização. 
Objetivos e características do planejamento escolar: algumas considerações
Com frequência, quando observamos o cotidiano das escolas, do nível mais básico ao mais avançado, podemos constatar que o planejamento, na maioria das vezes, cumpre um papel meramente burocrático ou, em outras palavras, tem apenas o objetivo de prestar contas (no sentido mais formal possível) do que a escola pretende realizar. Em alguns casos, “ele é só para constar”, usando a expressão de inúmeros educadores. Acreditamos que, dependendo do modo como o processo de planejar acontece e como os planos, programas e projetos dele decorrentes são utilizados, podemos pensar que o ato ou o processo de planejamento tem objetivos bem mais relevantes como, por exemplo: expressar as intenções, configuradoras da proposta da escola, explicitando suas finalidades, indicando os rumos que pretende tomar, bem como o papel e/ou as funções que pretende desempenhar e, nessa perspectiva, ser inclusive um instrumento político significativo; apontar, de maneira histórica, crítica e contextualizada, a proposta de escola – incluindo não só suas intenções, mas também seus princípios, seus objetivos e sua programação - atividades e/ou ações -, bem como as metodologias e recursos a serem empregados na sua realização, além das estratégias de avaliação que serão implementadas; ser instrumento para socialização e/ou difusão da proposta da escola, inclusive para além dos muros escolares; contribuir para a organização e a integração das atividades/ações; promover a inter-relação dos sujeitos envolvidos no cotidiano escolar, intercâmbio de experiências, integração e compromisso coletivo; viabilizar a gestão democrática da escola. E, para que esses objetivos vistos anteriormente sejam alcançados, acreditamos que é importante formular e buscar responder coletivamente a algumas perguntas consideradas por muitos especialistas nesse assunto (SANTOS, 1997 e 2005; GANDIN 2000; VASCONCELLOS, 2000; LIBÂNEO, 2001), como fundamentais. São elas: Como avaliar? Com que? Como? Por quê? Para quem? Para quê? O quê? 
Questões que reconhecemos são aparentemente simples e óbvias quando se trata de planejar, mas que, se quisermos viver esse processo de modo crítico e reflexivo, tal como estamos propondo desde o início de nossas aulas, para respondê-las, será importante, não só mobilizar a experiência do grupo, como também vários outros elementos necessários à fundamentação das respostas, ou seja, os referenciais filosóficos, sociológicos, antropológicos, psicológicos, pedagógicos, científicos relacionados principalmente às diferentes áreas do conhecimento que serão trabalhadas na escola, bem como os referenciais administrativos e operacionais, entre outros.
 Como Balzan (1988), acreditamos que o planejamento escolar envolve atitude, um modo de ser que implica conhecimentos e reflexões sobre a realidade que se pretende trabalhar e – acrescentar íamos – transformar. Nessa direção, podemos dizer, talcomo Vasconcellos (2000, p. 36): “Que planejar remete para querer mudar algo; acreditar na possibilidade da mudança da realidade; perceber a necessidade da mediação teórico-metodológica; vislumbrar a possibilidade de realizar aquela determinada ação. Para que a atividade de projetar seja carregada de sentido, é preciso, pois, que, a partir da disposição para realizar alguma mudança, o educador veja o planejamento como necessário (aquilo que se impõe, que deve ser, que não se pode dispensar) e possível (aquilo que não é, mas que poderia ser, que é realizável)”. 
Todavia, reiteramos que o planejamento não é mágica, nem panaceia para resolver todos os problemas e desafios, mas pode ser sim uma possibilidade e, mais do que isso, pode ser um procedimento, uma atividade e/ou um estratégia que, se construída e realizada segundo os pressupostos já apontados e com o envolvimento consciente de todos os que dele participam, tem a chance de contribuir, e muito, para a realização de ações significativas e que façam sentido para os diferentes sujeitos que vivem a experiência escolar. 
Cabe ressaltar que não assumimos a ideia do planejamento escolar de forma idealista ou ingênua ou acrítica, mas sim como espaço de reflexão crítica, de debate, de enfrentamento dos conflitos e das contradições e de confronto entre o que desejamos, o que temos e o que vai ser necessário construir e/ou realizar para alcançar os fins e/ou os resultados e/ou as metas desejadas. Mas, para que tudo isso aconteça, não podemos nos esquecer dos protagonistas desse processo: eles são muitos, diferentes, assumem diversos papéis, têm histórias, experiências, expectativas, interesses, necessidades diversas. E quem são esses protagonistas? 
Sobre os sujeitos e/ou atores sociais e o planejamento escolar 
	Uma pergunta para você: Quem são os protagonistas envolvidos no processo do planejamento escolar? Essa parece mesmo ser uma pergunta relevante quando desejamos construir conhecimento sobre essa temática e, principalmente, construir conhecimento numa perspectiva de planejamento que ultrapasse sua dimensão instrumental. Mas vale reiterar – não estamos dizendo que sua dimensão instrumental, ou seja, aquela que se refere ao momento de responder à questão “como fazer” as ações e/ou atividades e/ou como desenvolver a programação da escola e/ou da sala de aula, deva ser descartada. Ao contrário, ela vai ser importante, mas sem dúvida precisará ser sempre articulada com as demais dimensões que configuram o ato de planejar tal como refletimos até aqui. Nesse sentido e voltando à pergunta que nos desafia neste momento, acreditamos que a resposta não poderia ser outra: entendemos que são seus protagonistas, quer dizer, são responsáveis pela concepção e/ou elaboração do planejamento escolar todos aqueles que fazem parte da vida escolar – da vida intra e extraescolar. Isso significa dizer que entendemos que todos: direção, equipe técnico-pedagógica, professores e mesmo os alunos e suas famílias podem e devem participar da construção do planejamento escolar em seus diferentes níveis. Esses sujeitos e/ou atores - em diálogo – poderão e deverão articular suas experiências, saberes e objetivos específicos, na perspectiva de construir propostas para a escola e, até mesmo, para as salas de aula que reflitam o que chamamos de consensos (lembrando que sempre provisórios e em constante movimento). Esses consensos se constituem em diversos e diferentes caminhos que serão trilhados, coletivamente, pela comunidade escolar. Vale sublinhar que os sujeitos e/ou os atores de todo esse processo precisarão também “dialogar”, “buscar articulação” e/ou interagir tanto com o contexto político, social e cultural no qual a escola e eles mesmos estão inseridos, como com os demais planejamentos educacionais, elaborados nas esferas municipal, estadual e nacional. Qual é a proposta? A proposta, nesse caso, é - com a participação de toda a comunidade intra e extraescolar - conceber o planejamento como momento de debate e de trocas produtivas, de confronto e aproximação de ideias, de reflexão crítica sobre a prática educativa em andamento e sobre aquela que se deseja realizar, de democratizar as decisões e, de modo colaborativo, traçar as linhas gerais e a programação que juntos vão desenvolver e/ou viver. Chegamos até aqui e, com certeza, novas perguntas estão “borbulhando” nas nossas cabeças, mas uma delas parece extremamente provocativa. Veja: Quais seriam os limites e/ou as possibilidades de adotar, na escola, um planejamento em todos os seus níveis que envolva de fato todos aqueles sujeitos e/ou atores que dela participam? Procure responder a essa questão conversando com educadores e outros pessoas que já viveram essa experiência. Faça alguns registros e eles poderão nos ajudar não só a olhar de forma crítica para esse nosso texto como também nos preparar para a reflexão que vai acontecer nas próximas aulas. 
Síntese da aula:
Nesta aula, você identificou o papel do planejamento escolar, seus fundamentos, bem como seus objetivos, funções e características. Identificou também quem são e qual o papel dos atores sociais que participam e/ou interferem na elaboração do planejamento escolar. 
	 
	
	Exercício: CEL0360
	
	Aluno(a): CARLA LINO
	
	
	Data: 15/09/2014 23:18:17 
	�
 1a Questão (Ref.: 201202496359) 
Danilo Gandin, no livro "Prática do planejamento participativo", ressalta que o planejamento na educação e em outras Instituiçoes, grupos e movimento nos campos, cultural, social, político, religioso e governamental,  é fundamental atentar para:
I - O tipo de educação formal que queremos desde a educação infantil
II - O significado para nós de: justiça, participação e democracia
III  - A postura inflexível do indivíduo, frente à sociedade
IV - Os valores que devem estar presentes numa sociedade humana
V - O tipo de sociedade que queremos construir e formar
 III, IV e V
 II, III e V
 II, IV e V
 I, II e IV
 I, III e IV
�
	 2a Questão (Ref.: 201202483014)
	
Na sociedade moderna e capitalista fica evidente que a prática educativa é uma prática política por ser determinada pelas relações de poder vigente, bem como, por produzir outras. Portanto, não podemos deixar de considerar que os espaços de convivência e formação humana são espaços de conflitos e contradições, ou seja, de relações de poder que ora se assemelham e ora se diferenciam em sua dinâmica. Assim, podemos compreender que o ensino como prática pedagógica intencional e sistemática necessita de uma organização específica, ou seja, de um rigoroso planejamento. 
Identifique, nos enunciados abaixo, quais os fatores a serem considerados na elaboração do planejamento:
I - o legal (determinado pela LDB)
II - o local (a realidade - a comunidade)
III - o humano (o corpo administrativo, o corpo docente e o corpo discente) e suas experiências de vida como agentes sociais.
IV - o técnico, por se tratar de um documento desvinculado da prática social, portanto, neutro.
Assinale a alternativa correta: 
 Somente os enunciados II e IV estão corretos
 Somente os enunciados I e IV estão corretos
 Somente os enunciados II, III e IV estão corretos
 Somente os enunciados III e IV estão corretos
  Somente os enunciados I, II e III estão corretos
	�
 3a Questão (Ref.: 201202499687) 
Com relação a Planejamento é correto afirmar que é:
	Um empreendimento a ser ralizado dentro de um determinado esquema
 	Um processo contínuo e dinâmico de reflexão, tomada de decisão, colocação em prática e acompanhamento
	Um conjunto de métodos e medidas para execução de um empreendimento
	Uma prática a ser realizada sem modificação
	Uma organização sistemática de a ser cumprida rigorosamente  
	�
 4a Questão (Ref.: 201202621578) 
Sobre a importância de um Planejamento podemos afirmar que:
 	o planejamento é um processo de tomada de decisão sobre o fazer pedagógico.o ideal é que se inicie o planejamento pela seleção dos conteúdos a serem trabalhados no ano escolar
	um bom planejamento não deve ser modificado, garantindo assim o que os resultados sejam os esperados
	o planejamento é uma atividade essencialmente técnica e teórica, de muita importância para garantir os resultados da ação.
	O planejamento serve para organizar a rotina do professor para que possa cumprir o cronograma e o livro didático.
	�
 5a Questão (Ref.: 201202613768)	
Muitos educadores têm desenvolvido suas reflexões apontando as fragilidades da instituição escolar, seu fracasso, mesmo para dar conta dos desafios do mundo contemporâneo, chegando até a decretar o seu fim. Gandin (2001) afirma que o processo educacional é reflexo da hierarquia de valores presentes na sociedade. Desta forma caracteriza as pessoas que trabalham em educação entre:
	Os que se dão conta da prática reprodutiva da escola e os que não se dão conta.
 	Os que acreditam que o processo educativo é explícito e os que trabalham com a globalidade da escola.
 	Os que não se dão conta da incoerência das ações na escola, os que se dão conta e não mudam por comodismo e os que se dão conta e trabalham para a transformação.
	Os que são alienados, os que são intelectuais e os neutros.
	Os que seguem o socialismo, os que preferem o positivismo e os que trabalham nas duas perspectivas.
	�
 6a Questão (Ref.: 201202499651) 
As pesquisas nos mostraram que, de acordo com uma tendência crítica da educação, não podemos perder de vista que o planejamento deve revelar principalmente: 
	o poder do professor na escolha dos conteudos a serem trabalhados
	as estratégias bem equilibradas e bem distribuidas
 	a concepção de mundo que desejamos
	uma luta pela conservação de valores pré-estabelecidos pela sociedade
	o conteúdo que vai ser desenvolvido no decorrer do processo educativo

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