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Compressores Centrífugos Definição • Máquinas rotativas geradoras destinadas a aumentar a energia utilizável dos fluídos elásticos pelo aumento de sua pressão dinâmica ou cinética. • O fluído é impulsionado por meio de um rotor provido de pás, do qual sai com pressão e velocidades elevadas para ser coletado por uma série de canais difusores ou caixa em forma de caracol (voluta) onde a energia cinética é transformada, quase totalmente, em pressão. Classificação • Ventiladores Centrífugos • Compressores Centrífugos • Turboventiladores • Turbocompressores Classificação • Ventiladores Centrífugos – Possuem um único estágio de compressão (1 rotor); – Produzem diferenças de pressão inferiores a 700 kgf/m²; Classificação • Ventiladores Centrífugos – Baixa pressão: diferenças de pressão inferiores a 150 kgf/m²; – Média pressão: diferenças de pressão entre 150 e 250 kgf/m²; – Alta pressão: diferenças de pressão superiores a 250 kgf/m²; Classificação • Compressores Centrífugos – Possuem um único estágio de compressão (1 rotor); – Produzem diferenças de pressão superiores a 700 kgf/m²; – Utilizados em transporte pneumático e na aspiração de gases quentes em indústrias químicas; Classificação • Compressores Centrífugos – Pressão máxima limitada pela resistência dos materiais é de 5500 kgf/m²; – Pressão máxima limitada por considerações de ordem econômica é de 3500 kgf/m². Classificação • Turboventiladores – Vários estágios de compressão; – Diferenças de pressão não muito elevadas (0,25 a 1 kg/cm²). Classificação • Turbocompressores – Vários estágios de compressão; – Pressão final superior a 3 kgf/cm², o que justifica o uso de refrigeração intermediária simples ou múltipla, se o número de estágios for elevado; Classificação • Turbocompressores – Construção difícil, exigindo acabamento mecânico perfeito; – Número máximo de estágios adotado é de 12, com os quais são atingidas, para rotações de 6000 rpm e diâmetros da ordem de 600 mm, pressões superiores a 10 kgf/cm². Classificação • Turbocompressores Componentes • Os compressores centrífugos são constituídos essencialmente de uma entrada, ou distribuidor, de um ou mais impulsores, ou rotores, providos de pás e montados sobre um eixo comum, e de uma caixa coletora, amortecedora, ou difusor. Componentes • Distribuidor (D) – Guia o fluido de maneira uniforme para os canais móveis do rotor; – Forma de tronco de cone, com o raio da base menor igual ao raio interno do rotor; Componentes • Distribuidor (D) – Usado para reduzir o atrito na entrada, as vezes é dotado de palhetas diretrizes que podem ser fixas ou móveis. Componentes • Rotor (R) – É constituído de uma série de canais fixos entre si que giram em torno de um eixo; – Ao entrar no rotor a velocidade absoluta do fluido é a resultante das velocidades tangencial e relativa; u = velocidade tangencial do rotor w = velocidade do fluido em relação ao rotor c = velocidade absoluta do fluido Componentes • Rotor (R) u = velocidade tangencial do rotor w = velocidade do fluido em relação ao rotor c = velocidade absoluta do fluido Componentes • Rotor (R) – O espaço compreendido entre os raios interno e externo é denominado de coroa; – Pode ser construído em metal fundido (turbocompressores) ou simplesmente em chapa cravada ou soldada (ventiladores); Componentes • Rotor (R) – A separação dos diversos canais do rotor é feita por meio das pás; – As pás podem ser inclinadas para trás, em sentido contrário ao da rotação (β<90°); – As pás podem ser inclinadas para frente, no sentido da rotação (β>90°); Componentes • Rotor (R) – Quanto maior β, maior a transferência de energia, porém é mais comum utilizar β<90° porque: • Quanto maior o β, menor a eficiência do compressor; • O aumento do β causa uma redução na faixa de operação estável do compressor. Componentes • Rotor (R) – O ângulo β1 costuma ser inferior a 90° para que o fluido aspirado seja admitido com o mínimo de choque, exceto em alguns exaustores industriais de partículas; – O número mínimo de pás (z) deve ser o suficiente para que haja uma boa orientação no escoamento, o que é conseguido com ângulos de divergência total de 10 a 12°; Componentes • Rotor (R) – Em alguns casos é interessante dobrar o número de pás na saída do rotor; – De um modo geral, é sempre aconselhável o maior número possível de pás. Componentes • Difusor (C) – Transforma a energia cinética atribuída ao fluido pelo rotor em energia de entalpia; – Pode ser dos seguintes tipos: • Coroa de palhetas diretrizes; • Anel diretor liso; • Caixa coletora amortecedora. Componentes • Difusor (C) – Coroa de palhetas diretrizes • Constitui-se de uma série de palhetas formando canais divergentes; Componentes • Difusor (C) – Anel diretor liso • É formado por duas paredes divergentes colocadas no prolongamento da periferia do rotor; Componentes • Difusor (C) – Caixa coletora amortecedora • Caixa coletora com largura variável; Limites Operacionais Restrições impostas ao funcionamento • Limites de rotação; • Limite de “surge”; • Limite de Stonewall. Limites Operacionais • Limites de rotação – A rotação máxima é definida em função do nível de esforços a que é submetido o conjunto rotativo; – A rotação mínima deve se situar acima da 1° velocidade crítica de vibração; – De acordo com o standard 617 do API, esses limites devem corresponder respectivamente a 105% da maior rotação e 85% da menor rotação requeridas pelas condições especificadas para a máquina. Limites Operacionais • Limite de “surge” – Caracterizado pela instabilidade do ponto de operação, ocorre quando a vazão que o sistema se mostra capaz de absorver é inferior a certo valor mínimo; – Manifesta-se através de oscilações de vazão e pressões do sistema em geral acompanhadas de forte ruído e intensa vibração do compressor, podendo levar rapidamente a uma falha mecânica. Limites Operacionais • Limite de “surge” Limites Operacionais • Limite de Stonewall – Ocorre quando a vazão é elevada a ponto de a velocidade do escoamento atingir o valor sônico em algum ponto no interior do compressor (usualmente na entrada das pás do impelidor); – O resultado prático é a impossibilidade de aumentar a vazão a partir desse ponto, além de uma acentuada que da na eficiência do processo de compressão. Controle de Capacidade • É utilizado para manter constante o valor de uma variável de processo mediante atuação no compressor; • A variável controlada é quase sempre escolhida entre a pressão de sucção, a pressão de descarga e a vazão mássica; • Os métodos mais empregados são: – Variação da rotação; – Estrangulamento na sucção; – Mudança no ângulo das pás guias. Controle de Capacidade • Variação de rotação – É o método mais utilizado, exceto quando o acionador é um motor elétrico de corrente alternada; – Comparativamente, os compressores centrífugos mostram grande sensibilidade da vazão às variações de rotação e isso é favorável pois permite que os acionadores operem em condições de elevada eficiência e em uma faixa a salvo das velocidades críticas de vibração; Controle de Capacidade • Estrangulamento na sucção – É o método mais utilizado quando o acionadordo compressor apresenta qualquer dificuldade com relação a variação de rotação; – O controle se realiza através da atuação em uma válvula instalada na tubulação de sucção do compressor; Controle de Capacidade • Mudança do ângulo das pás guias – Alguns compressores centrífugos possuem, na entrada do 1° estágio (distribuidor), um dispositivo de pás fixas com ângulo de orientação variável no sentido de produzir uma pré-rotação do escoamento e obter assim variação da capacidade; – Conforme a pré-rotação seja no mesmo sentido da rotação ou em sentido contrário, haverá respectivamente diminuição ou aumento da energia transferida ao gás. Controle Anti-surge • Impedir que o compressor seja levado a uma condição de operação instável devido a uma redução na vazão requerida pelo sistema; • É empregado tradicionalmente um esquema de recirculação; Performance • Rendimento volumétrico – Depende essencialmente de seu acabamento e limites de pressão; – É a relação entre as vazões mássicas de fluido comprimido que deixa o compressor e a que passa pelo rotor. Performance • Rendimento adiabático Entalpia x Entropia Performance • Rendimento mecânico – Usado para compensar as perdas mecânicas por atrito que se verificam entre os órgãos móveis: Mancais; Vedação; Retentores; Gaxetas. Performance • Potência consumida 𝑊 𝑒 = 𝑚 𝑎 . 𝑤𝑘 η𝑘 . η𝑚 .η𝑣 • wk = trabalho adiabático Performance • Grau de reação – A transferência de energia do acionador para o gás, referida à unidade de massa recebe o nome de head (H). – Head estático (Hs) – é incorporado pelo gás na forma de entalpia; – Head dinâmico (Hd) – é incorporado pelo gás na forma de energia cinética; 𝐻 = 𝐻𝑠 + 𝐻𝑑 = ∆ℎ + ∆𝐶2 2 Performance • Grau de reação – No difusor ocorre a transformação da carga dinâmica em estática; – Grau de reação é a relação entre o aumento de entalpia estática no impelidor e o aumento de entalpia total. 𝜎 = 𝐻𝑠 𝐻 Performance • Grau de reação – Como há degradação de energia associada ao processo de difusão, no sentido de se obter elevada eficiência, é aconselhável trabalhar com impelidores de alto grau de reação. Referências Bibliográficas • RODRIGUES, Paulo Sergio Barbosa. Compressores Industriais. Rio de Janeiro: EDC, 1991. • COSTA, Enio Cruz da. Compressores. São Paulo: Edgard Blucher, 1978.
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