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Introdução à farmacologia do SNC

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25/05/2017 
1 
Introdução à farmacologia do SNC 
Prof. Dr. Andrey Borges Teixeira 
Prof. Dr. Daniel Gustavo dos Reis 
Centro Universitário de Adamantina 
 
 
 Curso de Medicina 
Objetivo 
 Destacar os neurotransmissores, 
neuromoduladores e mediadores químicos 
que agem no SNC, bem como os alvos 
farmacológicos neste sistema. 
Classificação dos fármacos SNC 
Rang et al., 2016 
Classificação dos fármacos SNC 
Rang et al., 2016 
Classificação dos fármacos SNC 
Rang et al., 2016 
Fármacos que agem no SNC 
 Os processos básicos da transmissão sináptica no 
sistema nervoso central são essencialmente similares 
aos que operam na periferia. 
 As células gliais, particularmente os astrócitos, 
participam de modo ativo da sinalização química, 
funcionando essencialmente como “neurônios 
inexcitáveis”. 
25/05/2017 
2 
Fármacos que agem no SNC 
 Neurotransmissores 
 Liberados pelos terminais pré-sinápticos e produzem 
respostas excitatórias ou inibitórias rápidas nos neurônios 
pós-sinápticos; 
 Neurotransmissores rápidos 
 Glutamato, GABA 
 Operam através de canais iônicos operados por voltagem. 
 Neurotransmissores lentos e os neuromoduladores 
 Dopamina, neuropeptídeos e prostanoides 
 Operam principalmente por meio dos GPCR. 
Fármacos que agem no SNC 
 Neuromoduladores 
 Liberados pelos neurônios e pelos astrócitos e 
produzem respostas pré ou pós-sinápticas mais 
lentas. 
Fármacos que agem no SNC 
 Fatores neurotróficos 
 Liberados principalmente por células não neuronais 
e agem sobre receptores acoplados à tirosina 
quinase. 
 Regulam a expressão gênica e controlam o 
crescimento neuronal e as características 
fenotípicas. 
Fármacos que agem no SNC 
 Mediadores químicos 
 Citocinas e quimiocinas 
 Fatores do crescimento e esteroides 
 Controlam alterações de longo prazo no cérebro, 
principalmente afetando a transcrição do gene. 
 Plasticidade sináptica 
 Remodelamento 
Fármacos que agem no SNC 
Rang et al., 2012 
Fármacos que agem no SNC 
Rang et al., 2012 
25/05/2017 
3 
Alvos para ação dos fármacos no SNC 
 Tipos básicos de alvo para fármacos no SNC 
 Canais iônicos 
 Receptores 
 Enzimas 
 Proteínas transportadoras 
Aminoácidos transmissores 
 Aminoácidos excitatórios 
 Glutamato 
 Aspartato 
 Aminoácidos inibitórios 
 GABA 
 Glicina 
Aminoácidos transmissores 
Qualquer 
alteração de 
qualquer um 
dos passos 
afetará tanto os 
mediadores 
excitatórios 
quanto os 
inibitórios. 
Rang et al., 2016 
Aminoácidos transmissores 
Rang et al., 2016 
Aminoácidos excitatórios 
 Glutamato 
 Aspartato 
 Principais transmissores excitatórios rápidos; 
 Glutamato 
 Formado principalmente a partir do a-oxoglutarato, 
intermediário do ciclo de Krebs, pela ação da 
GABA aminotransferase. 
Aminoácidos excitatórios 
25/05/2017 
4 
 Em comum com outros neurotransmissores rápidos, o 
glutamato é armazenado em vesículas sinápticas e 
liberado por exocitose dependente de Ca2+; 
 Proteínas transportadoras específicas respondem por 
sua captação pelos neurônios e por outras células, 
bem como por seu acúmulo nas vesículas sinápticas. 
Aminoácidos excitatórios 
 Captado pelos astrócitos é convertido em glutamina e 
reciclado, através de transportadores, de volta aos 
neurônios, que convertem a glutamina de volta em 
glutamato. 
 
Aminoácidos excitatórios 
Rang et al., 2016 
Aminoácidos excitatórios Aminoácidos excitatórios 
 Quatro subtipos principais de receptores de EAA: 
 NMDA (N-metil-D-aspartato); 
 AMPA (a-amino-3hidroxi-5-metil-isoxazol); Ionotrópicos 
 Cainato; 
 Metabotrópico (GPCR). 
Aminoácidos excitatórios 
 Receptores NMDA são montados com 7 subunidades: 
 GluN1, GluN2A, GluN2B, GluN2C, GluN2D, GluN3A, GluN3B) 
 Receptores AMPA (4) 
 GluA1-4 
 Cainato 
 GluK1-5 
Aminoácidos excitatórios 
Rang et al., 2016 
25/05/2017 
5 
Aminoácidos excitatórios 
Rang et al., 2016 
 Os receptores de NMDA, AMPA e cainato 
estão diretamente acoplados a canais de 
cátions; 
 Os receptores metabotrópicos atuam através 
de segundos mensageiros intracelulares. 
 Os canais controlados pelos receptores de 
NMDA são altamente permeáveis ao Ca2+ e 
são bloqueados pelo Mg2+. 
Aminoácidos excitatórios 
 Os receptores de AMPA e cainato estão envolvidos na 
transmissão excitatória rápida; 
 Os receptores de NMDA medeiam respostas 
excitatórias mais lentas e, através de seu efeito no 
controle da entrada de Ca2+; 
 Tem atividade complexa no controle da plasticidade 
sináptica (p. ex., potenciação a longo prazo). 
Aminoácidos excitatórios 
 Antagonistas competitivos dos receptores de NMDA: 
 AP5 e CPP 
 O canal de íons operado pelo NMDA é bloqueado: 
 Dizocilpina 
 Cetamina 
 Fenciclidina 
 CNQX 
 Antagonista seletivo do receptor de AMPA 
 
Aminoácidos excitatórios 
 A ativação dos receptores de NMDA é 
aumentada por poliaminas endógenas: 
 Espermina, que atua sobre um sítio modulador que 
é bloqueado pelo ifenprodil. 
 A entrada de quantidades excessivas de Ca2+ 
produzida pela ativação do receptor de NMDA 
pode resultar em morte celular 
excitotoxicidade. 
Aminoácidos excitatórios 
 Papel funcional dos receptores de Glutamato: 
 Plasticidade sináptica 
 Potencialização de longo prazo (LTP) 
 Função cerebral 
 Aprendizagem 
 Memória 
 Epilepsia 
 Dor crônica 
 Dependência de drogas 
 
Aminoácidos excitatórios 
25/05/2017 
6 
 Receptores metabotrópicos 
 Acoplados à proteína G 
 Gq; Gi/G0 
 8 tipos diferentes, divididos em 3 grupos: 
 mGlu1-8 
 Exercem atividade na plasticidade sináptica 
mediada pelo glutamato e na 
excitotoxicidade. 
Aminoácidos excitatórios 
Rang et al., 2016 
Aminoácidos excitatórios 
Rang et al., 2016 
Aminoácidos excitatórios Aminoácidos inibitórios 
 GABA (Ácido γ-aminobutírico) 
 Glicina 
Aminoácidos inibitórios (GABA) 
 O GABA é o principal transmissor inibitório no 
cérebro (medula e tronco cerebral). 
 Possui uma distribuição bastante uniforme em 
todo o cérebro, enquanto ocorre em 
quantidade muito pequena nos tecidos 
periféricos. 
 O GABA é formado a partir do glutamato pela ação da 
DAG (descarboxilase do ácido glutâmico). 
 Sua ação é interrompida principalmente pela sua 
recaptação (GAT), mas também por desaminação, 
catalisada pela GABA transaminase. 
Aminoácidos inibitórios (GABA) 
25/05/2017 
7 
 Os neurônios GABAérgicos e os astrócitos capturam 
GABA através de transportadores específicos, 
removendo o GABA após sua liberação. 
 GAT1 é o transportador GABA predominante no 
cérebro e está localizado essencialmente nos 
terminais nervosos GABAérgicos. 
Aminoácidos inibitórios (GABA) 
 GAT3 está localizado predominantemente nos 
astrócitos próximos das sinapses GABAérgicas. 
 O transporte do GABA é inibido: 
 Guvacina 
 Ácido nipecótico 
 Tiagabina (tratamento epilepsia) 
Aminoácidos inibitórios (GABA) 
 Existem dois tipos de receptores de GABA: 
 GABAA (ionotrópicos) e GABAB (metabotrópicos). 
 Os receptores GABAA, que ocorrem principalmente 
em nível pós-sináptico, estão diretamente acoplados 
aos canais de cloreto, cuja abertura reduz a 
excitabilidade da membrana. 
 O muscimol é um agonista GABAA específico, 
enquanto o agente convulsivante, bicuculina, é um 
antagonista. 
 19 subunidades. 
Aminoácidos inibitórios (GABA) 
 Outras fármacos que interagemcom os 
receptores GABAA e os canais incluem: 
 Tranqüilizantes benzodiazepínicos, que atuam num 
sítio de ligação acessório para facilitar a ação do 
GABA; 
 Convulsivantes, como a picrotoxina, que bloqueiam 
os canais de ânions; 
 Neurosteróides, incluindo metabólitos endógenos 
da progesterona, e outros agentes depressores do 
SNC, como barbitúricos, que facilitam a ação do 
GABA. 
Aminoácidos inibitórios (GABA) 
 Os receptores GABAB são receptores 
acoplados à proteína G (Gi/G0), ligados à 
inibição da formação de cAMP. 
 Causam inibição pré- e pós-sináptica ao inibir 
a abertura dos canais de Ca2+ e ao aumentar 
a condutância do K+. 
Aminoácidos inibitórios (GABA) 
 O baclofeno é um agonista dos receptores 
GABAB, utilizado no tratamento da 
espasticidade. 
 Os antagonistas GABAB ainda não possuem 
aplicação clínica. 
Aminoácidos inibitórios (GABA) 
25/05/2017 
8 
 Glicina 
 Transmissor inibitório principalmente na medula espinhal, que 
atua sobre o seu próprio receptor, que se assemelha, do 
ponto de vista funcional, ao receptor GABAA. 
 Não existem GPCR específicos para a glicina. 
 Estricnina (agente convulsivante) é um antagonista 
competitivo da glicina. 
 A toxina tetânica atua principalmente ao interferir na 
liberação da glicina. 
Aminoácidos inibitórios (glicina) 
 Os receptores de glicina estão envolvidos: 
 Regulação dos ritmos respiratórios 
 Controle motor e do tônus muscular 
 Processamento dos sinais da dor 
 Não existem fármacos terapêuticos que atuem 
especificamente na modificação dos 
receptores de glicina. 
 
Aminoácidos inibitórios (glicina) 
Principais locais de ação dos 
fármacos nos receptores NMDA e 
GABAA. 
Rang et al., 2016 
Aminoácidos inibitórios Aplicações clínicas 
 Perampanel 
 Antagonista não competitivo do receptor AMPA, foi 
aprovado recentemente para o tratamento da 
epilepsia. 
 Memantina 
 Antagonista do N-metil-D-aspartato (NMDA), 
licenciada para o tratamento da doença de 
Alzheimer de moderada a grave. 
 Cetamina 
 Anestésico dissociativo, bloqueador do canal de 
NMDA. 
Outros transmissores moduladores 
 Norepinefrina 
 Dopamina 
 Serotonina 
 Acetilcolina 
Norepinefrina 
Rang et al., 2016 
25/05/2017 
9 
 Os mecanismos de síntese, armazenamento, 
liberação e recaptação da norepinefrina no SNC são 
essencialmente os mesmos que na periferia, da 
mesma forma que os receptores. 
 Ocorrem corpos celulares noradrenérgicos em 
agrupamentos distintos, principalmente na ponte e no 
bulbo, sendo o loco cerúleo um desses grupos 
celulares importantes. 
Norepinefrina 
Rang et al., 2016 
Norepinefrina (síntese) 
 As vias noradrenérgicas, que seguem seu 
trajeto principalmente no feixe prosencefálico 
medial e tratos espinhais descendentes, 
terminam difusamente no córtex, hipocampo, 
hipotálamo, cerebelo e medula espinhal. 
Norepinefrina 
 Ações da norepinefrina: 
 Principalmente inibitórias (receptores β) 
 Excitatórias (receptores α ou β). 
 Com exceção do receptor β3-adrenérgico, 
todos os receptores adrenérgicos (α1A, α1B, 
α1C, α2A, α2B, α2C, β1 e β2) são expressos 
no SNC. 
 GPCR 
 
Norepinefrina 
 Importante no sistema de "reatividade“ 
 Controla o estado de vigília e alerta 
 Regulação da pressão arterial 
 Controle do humor (em que a deficiência funcional 
contribui para a depressão) 
 Função do "sistema de recompensa“ 
Norepinefrina 
 Os agentes psicotrópicos que atuam parcial 
ou principalmente na transmissão 
noradrenérgica do SNC incluem: 
 antidepressivos, cocaína e anfetamina. 
 Alguns agentes anti-hipertensivos (clonidina, 
metildopa) atuam principalmente sobre a 
transmissão noradrenérgica no SNC. 
Norepinefrina 
25/05/2017 
10 
Dopamina 
Rang et al., 2016 
Dopamina 
 Neurotransmissor e precursor da NE 
 Sofre degradação de modo semelhante à NE 
 Metabólitos: 
 DOPAC (Ácido 3,4-di-hidroxifenilacético) 
 HVA (Ácido homovanílico) 
 Excretados na urina 
Dopamina 
 4 vias dopaminérgicas principais: 
 1- Via nigroestriatal (controle motor); 
 2 e 3 - Vias mesolímbica e mesocortical, que se estendem 
desde grupos de células no mesencéfalo até partes do 
sistema límbico, particularmente o núcleo acumbente, e até o 
córtex (efeitos comportamentais); 
 4- Sistema túbero-hipofisários, neurônios que se estendem do 
hipotálamo até a hipófise (controle endócrino). 
Dopamina 
 Existem duas famílias de receptores de dopamina, D1 
e D2, associadas, respectivamente, à estimulação e à 
inibição da adenilato ciclase. 
 Família D1: 
 Compreende os subtipos D1 e D5 (Gs) - excitatórios 
 Família D2 
 Inclui os subtipos D2, D3 e D4 (Gi/G0) - inibitórios 
 As funções conhecidas da dopamina são mediadas 
principalmente por receptores da família D2. 
Dopamina 
Rang et al., 2016 
Dopamina 
Rang et al., 2016 
25/05/2017 
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Dopamina 
 Doença de Parkinson está associada a uma 
deficiência dos neurônios dopaminérgicos 
nigroestriatais. 
 Efeitos comportamentais da atividade da 
dopamina em excesso consistem em padrões 
comportamentais estereotipados. 
 Podem ser produzidos: 
 Agentes liberadores (p. ex., anfetamina) 
 Agonistas da dopamina (p. ex., apomorfina) 
Dopamina 
 A liberação de hormônios pela hipófise 
anterior é regulada pela dopamina. 
 Liberação de prolactina (inibida) 
 Liberação do hormônio do crescimento 
(estimulada). 
 A dopamina atua sobre a zona de gatilho 
quimiorreceptora (ZQRD) 
 Náusea e vômitos. 
Serotonina 
Rang et al., 2016 
Serotonina 
 Os processos de síntese, armazenamento, 
liberação, recaptação e degradação da 5-HT 
no cérebro são muito semelhantes aos 
eventos observados na periferia. 
 A disponibilidade de triptofano constitui o 
principal fator que regula a síntese. 
Serotonina 
 A excreção urinária de 5-HIAA fornece uma 
medida da renovação da 5-HT. 
 Localização: 
 Os neurônios de 5-HT concentram-se nos núcleos 
da rafe da linha média na ponte e no bulbo, 
projetando-se difusamente para o córtex o sistema 
límbico, o hipotálamo e a medula espinhal, de 
modo semelhante às projeções noradrenérgicas. 
Serotonina 
 As funções associadas às vias de 5-HT 
incluem: 
 Várias respostas comportamentais (p. ex., 
comportamento alucinatório, "tremores de cão 
molhado"); 
 Comportamento de alimentação; 
 Controle do humor e da emoção; 
 Controle do sono/vigília; 
 Controle das vias sensoriais, incluindo nocicepção; 
 Controle da temperatura corporal; 
 Vômito. 
25/05/2017 
12 
Serotonina 
 A 5-hidroxitriptamina (5HT) ou serotonina 
pode exercer efeitos inibitórios ou excitatórios 
sobre os neurônios individuais, atuando em 
nível pré-sináptico ou pós-sináptico. 
Serotonina 
 Foram parcialmente estabelecidas 
associações das funções comportamentais e 
fisiológicas com esses receptores. 
 Receptores 
 5-HT1 - 5-HT-7 
Serotonina 
 Receptores GPCR 
 Exceção 5HT3 – ionotrópico 
 Receptores 5-HT1 (5-HT1A, 5-HT1B, 5-HT1D, 5-HT1E, 5-
HT1F) possuem efeitos predominantemente inibitórios. 
 Receptores 5-HT2 (5-HT2A, 5-HT2B e 5-HT2C) são 
abundantes no córtex e no sistema límbico, no qual 
estão localizados nos pontos pré e pós-sinátpicos. 
Serotonina 
 Receptores 5-HT3A e 5-HT3B são as mais 
extensivamente estudadas. 
 Receptores 5-HT4 são importantes no trato 
gastrointestinal e também são expressos no cérebro, 
particularmente no sistema límbico, gânglios basais, 
hipocampoe substância negra. 
Serotonina 
 Receptores 5-HT5, 5-HT5A e 5-HT5B. 
 No ser humano só o 5-HT5A é funcional; 
 Os antagonistas podem ter atividade ansiolítica, 
antidepressiva e antipsicótica. 
 Receptores 5-HT6 atuam principalmente no SNC, em 
particular, no hipocampo, no córtex e sistema límbico. 
 O bloqueio dos receptores 5-HT6 aumenta o glutamato e a 
liberação de Ach; 
 Os antagonistas 5-HT6 são considerados fármacos potenciais 
para a melhoria do desempenho cognitivo ou no alívio de 
sintomas de esquizofrenia. 
Serotonina 
 Receptores 5-HT7 ocorrem no hipocampo, no 
córtex, na amídala, no tálamo e no 
hipotálamo. 
 São encontrados no soma e nos terminais dos 
axônios dos neurônios GABAérgicos. 
 
25/05/2017 
13 
Serotonina 
 Fármacos usados clinicamente: 
 Inibidores da captação da 5-TH, como a 
fluoxetina, usados como antidepressivos e 
agentes ansiolíticos; 
 Agonistas do receptor 5-HT1D, como a 
sumatriptana, são usados para tratar a 
enxaqueca; 
Serotonina 
 Fármacos usados clinicamente: 
 Buspirona, agonista do receptor 5-HT1A, é usada 
no tratamento da ansiedade; 
 Antagonistas do receptor 5-HT3, como a 
ondansetrona, são usados como agentes 
antieméticos; 
 Fármacos antipsicóticos (clozapina), que devem 
sua eficácia, parcialmente, à ação nos receptores 
5-HT. 
Serotonina Acetilcolina 
Rang et al., 2016 
Acetilcolina 
 A síntese, o armazenamento e a liberação de 
acetilcolina no SNC são essencialmente os 
mesmos que na periferia. 
 A acetilcolina age nos receptores 
muscarínicos (acoplados à proteína G) e 
nicotínicos (ionotrópicos) no SNC. 
 
Acetilcolina 
Rang et al., 2016 
Presença dos receptores nicotínicos SNC 
25/05/2017 
14 
Acetilcolina 
 Receptores acoplados à proteína G: 
 M1, M3 e M5 
 GPCR – Gq 
 M2 e M4 
 GPCR – Gi/G0 
 
 
Acetilcolina 
 A ACh distribui-se amplamente no SNC e as 
vias importantes são: 
 Núcleos prosencefálicos basais (magnocelulares), 
que emitem uma projeção difusa para a maioria 
das estruturas do prosencéfalo; 
 Projeção septo-hipocampal; 
 Intermeurônios curtos no estriado e núcleo 
acumbente; 
 Via inibitória recorrente a partir de motoneurônios 
espinhais. 
Acetilcolina 
 Certas doenças neurodegenerativas, 
particularmente, a demência e o 
parkinsonismo, estão associadas a 
anormalidades nas vias colinérgicas. 
Acetilcolina 
 Ocorrem receptores nicotínicos e muscarínicos de 
ACh no SNC. 
 Os primeiros medeiam os efeitos centrais da nicotina. 
 Os receptores nicotínicos apresentam uma 
localização principalmente pré-sináptica. 
Acetilcolina 
 Os receptores muscarínicos parecem mediar 
os principais efeitos comportamentais 
associados a Ach. 
 Efeitos sobre a reatividade, a aprendizagem e a 
memória a curto prazo. 
 Os antagonistas muscarínicos (hioscina) 
causam amnésia. 
 A acetilcolinesterase liberada nos neurônios 
pode exercer efeitos funcionais distintos da 
transmissão colinérgica. 
Outros transmissores e moduladores 
 Histamina 
 Purinas 
 Melatonina 
 Óxido nítrico 
 Metabólitos do ácido araquidônico 
 
 
25/05/2017 
15 
Histamina 
 A histamina preenche os critérios de um 
neurotransmissor. 
 Os neurônios histaminérgicos originam-se 
principalmente no hipotálamo e possuem 
distribuição disseminada. 
 Os receptores H1, H2, H3 e H4 estão 
disseminados no cérebro. 
 H1 – GPCR – Gq 
 H2 – GPCR - Gs 
 H3 e H4 – GPCR – Gi/G0 
 H3 – inibitórios nos neurônios que liberam 
histamina. 
 
Histamina 
 A liberação de histamina segue padrão 
circadiano distinto, sendo os neurônios ativos 
durante o dia e silentes à noite. 
 Os receptores H1 no córtex e no sistema 
ativador reticular contribuem para o despertar 
e para o alerta, e os antagonistas do receptor 
H1 produzem sedação. 
Histamina 
 Os anti-histamínicos são amplamente usados 
para controlar náuseas e vômitos, por 
exemplo, no enjoo de movimento e nos 
distúrbios da orelha média, como também 
para induzir o sono. 
Histamina 
 Desenvolvimento de antagonistas seletivos 
dos receptores H3: 
 Apresentam potencial no tratamento: 
 Déficit cognitivo associado à doença de Alzheimer e 
esquizofrenia 
 Na perturbação de hiperatividade e déficit de atenção 
 Na doença de Parkinson 
 No tratamento da narcolepsia, da obesidade e de estados 
de dor 
Histamina 
 Tanto a adenosina quanto o ATP agem como 
transmissores e/ou moduladores no SNC. 
 A adenosina exerce principalmente efeitos inibitórios 
através dos receptores A1 e A2 resultando em efeitos 
sedativos, anticonvulsivantes e neuroprotetores. 
 As metilxantinas (p. ex., cafeína) são antagonistas nos 
receptores A2 e aumentam o estado de vigília. 
Purinas 
25/05/2017 
16 
 A adenosina produz seus efeitos por intermédio 
de receptores acoplados à proteína G 
 4 tipos de receptores de adenosina distribuídos 
pelo SNC : 
 A1 
 A2A 
 A2B 
 A3 
 
Purinas 
 O efeito geral da adenosina, ou dos vários 
agonistas do receptor da adenosina, é 
inibidor, levando a estados como: 
 Sonolência, descoordenação motora, analgesia e 
atividade anticonvulsivante. 
 As xantinas, como a cafeína, são 
antagonistas dos receptores A2, produzem 
despertar e alerta. 
 
Purinas 
 Existem duas formas de receptores do ATP 
 Receptores P2X e P2Y 
 Existem provas de que o ATP atua nos receptores 
pós-sinápticos P2X e como mediador na transmissão 
sináptica rápida no cérebro. 
 Os receptores P2X estão localizados na membrana 
celular pós-sináptica afastada dos locais de contato 
sináptico, nos terminais nervosos e nos astrócitos. 
Purinas 
 As subunidades de receptores P2X (P2X1-7) são 
canais de cátions controlados por ligantes. 
 O ATP atua nos receptores pós-sinápticos P2X e 
como mediador na transmissão sináptica rápida no 
cérebro 
 Existem oito receptores P2Y todos acoplados à 
proteína G. 
 
Purinas 
Melatonina 
 A melatonina é sintetizada a partir da 5-HT 
principalmente na glândula pineal, a partir da qual é 
liberada como hormônio circulante. 
 A secreção é controlada pela intensidade luminosa, 
sendo baixa durante o dia e elevada à noite. 
 As fibras da retina dirigem-se para o núcleo 
supraquiasmático ("relógio biológico"), que controla a 
glândula pineal através de sua inervação simpática. 
 
Melatonina 
 Receptores MT1 e MT2. 
 Ambos GPCR (Gi / G0). 
 A ativação dos receptores MT2 altera o ritmo 
circadiano gerado dentro do SNC. 
 A melatonina tem propriedades antioxidantes e pode 
ter uma ação neuroprotetora na doença de Alzheimer 
e de Parkinson. 
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 Quando administrada por via oral: 
 Produz sedação 
 “Reajusta" o relógio biológico 
 Utilizada para na defasagem de tempo dos aviões 
a jato. 
 Outras ações da melatonina (controvertidas): 
 Humor 
 Função imunológica 
Melatonina Óxido nítrico 
 A óxido nítrico sintetase neuronal (nNOS) encontra-se 
presente em muitos neurônios do SNC, e ocorre aumento 
na produção de NO por mecanismos (p. ex., ação de 
transmissores) que elevam o Ca2+ intracelular. 
 O NO afeta a função neuronal ao aumentar a produção de 
cGMP, produzindo efeitos tanto inibitórios quanto 
excitatórios sobre os neurônios. 
 Em quantidades maiores, o NO forma peroxinitrito, 
que contribui para a neurotoxicidade. 
 A inibição da nNOS reduz a LTP e a LTD 
(potenciação e depressão a longo prazo), 
provavelmente pelo falo de o NO atuar comomensageiro retrógrado. 
Óxido nítrico 
 A inibição da nNOS também protege contra a lesão 
cerebral isquêmica em modelos animais. 
 O monóxido de carbono compartilha muitas 
propriedades com o NO e também pode ser um 
mediador neural. 
Óxido nítrico 
Metabólitos do ácido araquidônico 
 O ácido araquidônico é produzido em 
neurônios por hidrólise do fosfolipídio mediado 
por receptores. 
 É convertido em vários eicosanóides e em 
anandamida. 
Metabólitos do ácido araquidônico 
 Os eicosanoides desempenham papéis 
importantes na função neural, como dor, 
regulação da temperatura, indução de sono, 
plasticidade sináptica e aprendizado espacial. 
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 O próprio ácido araquidônico, bem como seus 
produtos ativos, pode produzir efeitos rápidos 
e lentos através de regulação de canais 
iônicos e cascatas de proteína quinases. 
 Esses efeitos podem ser exercidos na célula 
doadora ou em células adjacentes e 
terminações nervosas. 
Metabólitos do ácido araquidônico 
 Os endocanabinoides atuam como segundos 
mensageiros sinápticos. 
 São sintetizados e segregados em resposta a 
um aumento no Ca2+ intracelular e ativam os 
receptores pré-sinápticos CB1, resultando 
numa inibição da liberação de 
neurotransmissores como o glutamato e o 
GABA. 
Metabólitos do ácido araquidônico 
 Os receptores CB1 estão amplamente 
distribuídos no cérebro e na medula espinhal. 
 Os receptores CB2 têm uma expressividade 
muito menor. 
 Os agonistas nos receptores CB1 apresentam 
potencial terapêutico no tratamento de 
vômitos, dor. 
Metabólitos do ácido araquidônico 
 Os endocanabinoides, como a anandamida, são 
metabolizados pela ácido graxo amida hidrolase 
(FAAH). 
 Os inibidores da FAAH potencializam os efeitos dos 
endocanabinoides e são analgésicos eficazes na dor 
em animais. 
 O antagonista do receptor CB1, rimonabant, foi 
apresentado como um agente antiobesidade, mas 
teve de ser retirado posteriormente. 
Metabólitos do ácido araquidônico 
Rang et al., 2016 
Metabólitos do ácido araquidônico Obrigado

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