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TRABALHO SOBRE CONTRATOS DE ADESÃO 
 
 
 
SÃO PAULO - 2017 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 1 
2 ORGANIZAÇÃO DAS RESPOSTAS .................................................................... 2 
3 RESUMO DAS RESPOSTAS ................................................................................. 3 
4 CUIDADOS AO ASSINAR UM CONTRATO DE ADESÃO .............................. 4 
5 CONCLUSÃO ......................................................................................................... 5 
 
 
 
1 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O aumento das relações de consumo fez surgir os denominados contratos de adesão. 
Eles são assim chamados pela característica unilateral na elaboração do seu conteúdo restando 
ao consumidor apenas aceita-las. 
Esse tipo de contrato acaba gerando grandes demandas na justiça pelas lesões causadas 
ao consumidor, geralmente a parte mais fraca da relação, e para isso a lei tratou de equilibrar 
as forças, garantindo ao consumidor recursos para fazer com seu direito seja respeitado e 
exigir, em alguns casos, a reparação por danos decorrentes dessa relação. 
 
 
2 
 
2 ORGANIZAÇÃO DAS RESPOSTAS 
 
 
Sim Não Bancário 
Convênio 
médico 
Serviços 
de 
Telefonia 
Serviços 
de Internet 
Tv a 
cabo 
Você sabe o que é um 
contrato de adesão? 
2 8 
Quais contratos já assinaram? 10 6 10 10 10 
Você se sente seguro quando 
formaliza contrato dessa 
espécie? 
1 9 
 
 
 
3 
 
3 RESUMO DAS RESPOSTAS 
 
De modo unânime, todos os entrevistados tem ideia do que é um contrato de adesão, e 
relatam uma sensação de insegurança na assinatura desses tipos de contratos. 
Mesmo sabendo o que estão contratando, a falta de conhecimento do significado real 
do conteúdo das cláusulas os assusta, pois, no entendimento da maioria, tudo o que vem 
descrito é um tipo de situação ou armadilha, que os coloca à mercê da contratada. 
Nos contratos bancários os contratantes demonstram certa confiança por ser uma 
instituição aparentemente mais “séria”. Nenhum dos entrevistados declara ter algum tipo de 
desconfiança por se tratar do tipo de negócio. 
Nos contratos de convênio médico todos concordam que, na maioria dos casos, nem 
tudo o que está escrito é cumprido e gera certa revolta por não serem atendidos como 
esperavam. Novamente, as cláusulas do contrato nem sempre são claras quanto ao tipo de 
serviço que será prestado gerando interpretações errôneas por parte dos contratantes que não 
tem o entendimento jurídico necessário para entendê-las. 
Já nos contratos de serviços de telefonia, televisão por assinatura e internet todos 
revelam que, apesar de ser uma prática normal, o pavor é ainda maior porque tudo é feito por 
meio de chamada telefônica e, apesar de não terem conhecimento suficiente, nenhum deles 
tem o contrato para ler antes de assinar. Conforme a palavra de um deles “eu tenho que 
confiar que a pessoa do outro lado da linha é honesta e que está fazendo o trabalho dela de 
acordo com a lei, sem intenção de prejudicar os outros”. 
Em resumo, apesar da falta de conhecimento, nenhum deles jamais procurou ajuda 
jurídica para se certificar de que assinaram, ou assinarão algo que de alguma maneira possa 
prejudicá-los futuramente. 
 
 
4 
 
4 CUIDADOS AO ASSINAR UM CONTRATO DE ADESÃO 
 
Ao assinar um contrato de adesão, o consumidor deve estar atento aos seguintes itens: 
Tamanho das letras: os contratos não podem ser redigidos em letras que dificultem a 
leitura ou a compreensão do consumidor. As letras muito pequenas tornam a leitura cansativa 
fazendo com que o contratante desista de ler e assine o contrato aceitando todo o seu 
conteúdo. 
Responsabilidade do fornecedor: verifique se existem cláusulas que retirem a 
responsabilidade por defeitos ou vícios, no produto ou serviço. O fornecedor é responsável 
pela qualidade do produto ou na prestação do serviço e deve responder pela falha ou defeito 
apresentado durante a utilização (Art. 51, I Código de Defesa do Consumidor). 
Direitos do consumidor: não pode haver no contrato cláusulas que obriguem o 
consumidor a abrir mão de seus direitos. Os direitos do consumidor são resultantes da lei e 
existem para equilibrar a relação entre o consumidor e fornecedor, portanto a retirada desses 
direitos torna a cláusula automaticamente nula utilização (Art. 51, I Código de Defesa do 
Consumidor). 
Valores do contrato: não pode existir cláusula que permita o aumento dos valores 
sem justificativa. Todos os valores devem ser definidos antecipadamente e cumpridos durante 
a vigência do contrato. O fornecedor não poderá aumentar os valores contratados sem um 
motivo que o justifique e ainda assim o consumidor deverá concordar com esse aumento (Art. 
51, X Código de Defesa do Consumidor). 
Cancelamento do contrato: o fornecedor não pode cancelar o contrato simplesmente 
por questões que lhe favoreçam. Deve haver um motivo expresso em seu conteúdo e ao 
consumidor deve ser dado o mesmo direito. Do contrário essa cláusula também pode ser 
considerada nula (Art. 51, XI Código de Defesa do Consumidor). 
Alteração do produto ou serviço: o produto ou serviço oferecido no contrato não 
pode ser alterado de forma arbitrária. Após a assinatura do contrato o fornecedor se obriga a 
manter o que foi oferecido ou, para a alteração, deverá haver a concordância expressa do 
consumidor (Art. 51, XIII Código de Defesa do Consumidor). 
 
5 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Na maioria das ações em andamento na justiça estão aquelas que tratam da relação de 
consumo e, em grande parte deles por desconhecimento total do que foi contratado pelo 
consumidor, quer por falta de conhecimento, quer por abuso das cláusulas do contrato. 
O código de defesa do consumidor procurou tornar a relação entre fornecedor e 
consumidor equilibrada, protegendo os direitos de cada um. Do mesmo modo tratou de 
assegurar que, em caso de descumprimento do contrato, haja a punição na medida necessária 
e sem abusos. 
Portanto, o consumidor deve sempre estar atento às cláusulas abusivas e caso seja 
necessário recorrer ao Ministério Público para que esse ajuíze ação competente para sanar o 
problema.

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