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EXAME FÍSICO GERAL REALIZADO PELO 
ENFERMEIRO 
 
O Exame físico compreende no levantamento das condições globais do paciente, tanto 
físicas como psicológicas, no sentido de buscar informações significativas para a 
enfermagem que possam subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente. Os passos 
propedêuticos a serem empregados no exame físico são inspeção, palpação, percussão e 
ausculta, passos estes que devem ser realizados a partir da utilização dos sentidos da 
visão, audição, tato e olfato. Esses sentidos podem ser ampliados começando-se da 
utilização instrumental como estetoscópio, olftamoscópio, fita métrica, termômetro, 
espátulas, etc (BARROS, 2002). 
 
Segundo Posso (2003), a inspeção é o ato de observar e inspecionar, sendo o método em 
que se utiliza o sentido da visão na avaliação do aspecto, cor, forma, tamanho e 
movimento das diversas áreas corporais. No primeiro contato com o paciente faz-se 
uma inspeção geral em que o enfermeiro observa o estado aparente de saúde, nível de 
consciência, estado nutricional, hidratação, humor e tipo de fala. 
 
O conhecimento das características da superfície corporal, assim como a anatomia 
topográfica, permitirão ao estudante reconhecer eventuais anormalidades durante a 
inspeção. Por este motivo, e com a finalidade de educar a visão, deve ser dada ênfase ao 
estudo das lesões elementares da pele (PORTO, 2004). 
 
Palpação é a utilização do sentido do tato com o objetivo de explorar a superfície 
corporal - palpação superficial - e os órgãos internos – palpação profunda. A palpação 
confirma dados da inspeção e permite a obtenção de novos indícios como alteração de 
textura, tamanho, forma, consistência, sensibilidade (tátil térmica e dolorosa), 
elasticidade, temperatura, posição e característica do órgão, resistência muscular, 
presença de massas e outros (POSSO, 2003). 
 
Percussão é o golpeamento leve de uma área a ser pesquisada, utilizando-se a parte 
ulnal dos dedos: percussão digito - digital, percussão com a borda cubital da mão ou 
com instrumento próprio, originado vários sons. 
 
O som gerado na percussão tem característica própria quanto a intensidade, timbre e 
tonalidade, refletindo a densidade da superfície subjacente. Quanto mais densa a área 
percutida, maior, menos discernível e mais breve será o som (POSSO, 2003). 
 
Ausculta consiste na aplicação do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos 
produzidos pelos órgãos. A vibração sonora pode ser captada diretamente pelo ouvido 
do examinador – ausculta direta – ou com o auxilio do estetoscópio - ausculta indireta. 
 
Os tipos de som variam de acordo com o órgão auscultado (por ex.pulmão: murmúrios 
vesiculares; coração: bulhas cardíacas; intestino: ruídos hidroaéreos). Os sons não-
fisiológicos decorrentes de condições patológicas (secreções pulmonares, esteatose, de 
válvulas cardíacas) ou produzidos por interferências extremas (atrito de roupas) são 
denominados ruídos adventícios. 
 
Segundo Barros (2002), o exame físico do paciente deve ser iniciado preferencialmente 
pela cabeça, utilizando o método propedêutico para examinar as principais estruturas 
dessa região. O paciente deve ser colocado sentado. Para realizar ao exame, a 
enfermeira deverá utilizar as técnicas de inspeção e palpação. Contudo, a observação 
durante toso o procedimento é de fundamental importância para detectar sinais e 
sintomas que possam passar despercebidos. 
 
A inspeção e a palpação do crânio permitem o encontro de saliências (tumores, 
tumefações, bossas e hematomas), depressões (afundamentos) e pontos dolorosos. A 
fontanela anterior quando patente fornece informações úteis no exame físico de 
crianças: se hipertensa e saliente indica aumento de pressão intracraniana (meningite, 
hidrocefalia); se hipotensa e deprimida traduz desidratação (PORTO, 2004). 
 
“No couro cabeludo é necessário fazer a inspeção e palpação para observar distribuição, 
cor e consistência dos cabelos e características do couro cabeludo. Apalpação deverá ser 
feita com as polpas digitais em toda a extensão do crânio” (PORTO,2004). 
 
Segundo Barros (2002), o exame dos olhos pode revelar afecções locais ou 
manifestações oculares de doenças sistêmicas como síndrome ictérica, hipertireoidismo 
(protrusão dos olhos) e outros. As pálpebras devem ser inspecionadas e podem ser 
palpadas quando necessário, para avaliar nódulos ou lesões. 
 
“No olhos é necessário fazer a inspeção estática/dinâmica e palpação, onde, a inspeção 
do olho deve indicar com as pálpebras fechadas normalmente, a fim de examinar sua 
superfície externa com o cílios e perceber se o fechamento é completo. A palpação se 
faz através das pálpebras com o polegar e indicador em pinça para a pesquisa de edema. 
A seguir, solicita-se o paciente /cliente que abra os olhos possibilitando o exame das 
demais partes do olho, como a posição do globo ocular, conjuntivas (cor e umidade), 
córnea (integridade) e pupila(tamanho, simetria e reação a luz).O ultimo passo é a 
tração da pálpebra inferior pra exame da conjuntivas palpebrais” (PORTO,2004). 
 
Na palpação do nariz, deve-se examinar a pele que recobre externamente. Palpar com o 
polegar e indicador para perceber modificações de pirâmide nasal. Observar as narinas e 
condições de higiene (POSSO, 2003). 
 
“No nariz é necessário fazer a inspeção e palpação para examinar a pele que recobre 
externamente o nariz. Palpar o polegar e o indicador para perceber modificações da 
pirâmide nasal. Observar as narinas e condição de higiene” (PORTO,2004). 
 
Segundo Barros (2002), o aparelho auditivo é constituído por três partes: ouvido 
esterno, ouvido médio (compreende a caixa do tímpano) e ouvido interno. Na inspeção 
do pavilhão auricular, somente o ouvido interno não pode ser visíveis deve-se verificar a 
forma e o tamanho, bem como a presença de deformações congênitas ou adquiridas 
como nódulos. 
 
“Nas orelhas é necessário fazer a inspeção e palpação, indicar o exame observando a 
formação e a pele que recobre a orelha . Tracionar o pavilhão auditivo para cima e para 
baixo possibilitando observar o canal observar o canal auditivo e pressionar a região 
pré-auricular investigando a ocorrência da dor” (PORTO,2004). 
 
 
Condição essencial para o exame da boca é uma boa iluminação, que pode ser a própria 
luz solar, quando então se coloca o paciente nas proximidades de uma janela, ou uma 
fonte luminosa artificial, representada por uma lanterna ou por um foco de luz 
luminoso. Em circunstancias especiais – exame de crianças que não colaboram, de 
pessoas inconscientes-pode-se lançar mão de um parelho “abridor de boca” (PORTO, 
2004). 
 
“Na boca é necessário fazer a inspeção, com os olhos fechados observar a cor, umidade 
e presença de úlceras. Solicitar ao paciente que abra a boca. Com a ajuda de uma 
espátula, examinar os dentes (numero e condições), bochechas e gengivas(cor, retração 
e edema). Solicitar ao edema que coloque a língua para fora e observar o tamanho, cor, 
umidade e papilas. Com a espátula, observar a orofaringe, arcos anteriores e posteriores, 
amígdalas (tamanho e coração) e halitose” (PORTO,2004). 
 
Segundo Posso (2003), a inspeção do pescoço tem a finalidade examinar o seu tamanho, 
movimentação e simetria, bem como, avaliar enchimento das veias jugulares na posição 
sentada e em decúbito dorsal e palpar a tireóide, observando seu tamanho e suas bordas. 
 
“No pescoço é necessário fazer a inspeção e palpação, pressione o pescoço a procura de 
gânglios infartados (tamanho, consistência, mobilidade, sensibilidade e localização). 
Palpe com os dedos em garra e palpe os gânglios submandibulares, com os dedos em 
pinça ao lado do músculo esternocleidomastóeidoos gânglios cervicais,e com os dedos 
em extensão os gânglios occipitais e pré- e pós-auriculares. Solicite ao paciente que gire 
o pescoço. Observe a amplitude de movimentação. Observe o enchimento das veias 
jugulares com o paciente sentado , deitado e com a cabeça a 30º. Palpe a tireóide por 
trás com as mão circulando o pescoço do paciente. Girar a cabeça e palpar as bordas 
tireóide atrás do músculo esternocleidomastoídeo em ambos os lados. Verificar o 
aumento e simetria, pedindo para o paciente deglutir” (PORTO,2004). 
 
Ao iniciar a avaliação do sistema respiratório, o enfermeiro deve fazer uma entrevista. 
 
Segundo Posso ( 2003), algumas doenças incidem mais em determinadas faixas etárias, 
algumas profissões tem maior risco de adquirir doenças respiratórias. 
 
É importante avaliar as queixas mais freqüentes como,tosse, expectoração, dispnéia, 
hemoptise e dor.Em seguida faz- se o exame físico. 
 
A anamnese respiratória visa a acolher informações sobre as condições atuais e seus 
problemas respiratórios progressivos. A entrevista deve concentrar-senas manifestações 
clínicas da queixa, história patológica progresso, história familiar e outros dados 
psicossociais. 
 
As queixa respiratória mais comum são a dispneia, a tosse, a expectoração, a hemoptise 
e a dor torácica. 
 
O exame físico deve ser realizado após a entrevista. As técnicas de inspeção, palpação, 
percussão e ausculta são empregadas. Ao realizar-se o exame, é necessário saber os 
marcos anatômicos das regiões posterior, lateral e anterior do tórax. para descrever uma 
anormalidade no tórax, é preciso definir sua localização em duas dimensões: ao longo 
do eixo vertical e em torno da circunferência torácica. 
 
Inspeção 
 
A inspeção pode ser de dois tipos: estática e dinâmica 
 
Na inspeção estática, a examinadora deve conservar as condições da pele (colocarão, 
cicatrizes, lesões), pêlos e sua distribuição, presença de circulação colateral, 
abaulamentos e retrações. 
 
A inspeção estática prossegue com a observação da caixa torácica. A forma do tórax 
apresenta variações em relação à idade, ao sexo e ao biótipo. As alterações no diâmetro 
anter-posterior ao transverso indicam algumas deformidades torácicas como: 
 
- Torax em tonel é aquele em que o diâmetro antero-posterior iguala-se ao transversal e 
é frequentemente relacionado ao enfisema pulmonar, mas pode, algumas vezes, ser 
encontrado em idosos que não tenham dor esta doença. 
 
- Tórax em funil ou infudibuliforme (pectus ecavatum) é uma deformidade no qual o 
esterno fica deprimido ao nível do terço inferior e os órgão se situam abaixo dele são 
comprimidos. diâmetro ãntero-posterior esta diminuído. Nos casos graves, o esterno 
pode chegar a tocar a coluna espinhal. as causas do tórax em funil incluem o raquitismo, 
síndrome de Marfan e os distúrbios unigênitos do tecido conjuntivo. 
 
- Peito de pombo (pectus carinatum) é o posto do tórax em funil, qual o esteno projeta-
se para frente, aumentando o diâmetro antero-posterior. As comunicações intratriais ou 
interventriculaires congênitas são as causas mais comuns, mas a asma, o raquitismo, a 
síndrome de Marfan e cifiescoliose congênita grave podem contribuir para o peito de 
pombo. 
 
-Cifoescoliose torácica consiste na acentuação da curvatura torácica normal. O paciente 
adota uma postura encurvada ou aspecto corcunda. As causas incluem a osteoporos 
secundária ao envelhecimento, a tuberculose da coluna, a artrite reumatóide e os vícios 
de postura por tempo prolongado. Os pulmões situados abaixo dessa deformidade ficam 
distorcidos, ficando difícil a interpretação dos achados pulmonares. 
 
- Abaulamento é o aumento do volume de um dos hemitoráx como, por exemplo, no 
derrame plural. 
 
- Retrações é a restrição de um dos hemitoráx que corresponde à atelectasias. 
 
Na inspeção dinâmica, a examinadora deve observar a dinâmica respiratória. A 
movimentação da caixa torácica é observada durante a respiração. A freqüência 
respiratória considerada normal para adultos varia, segundo diversos autores, entre um 
intervalo entre 12 a 22 inclusões respiratórias por minuto, e a relação entre a inspiração 
e a expiração normalmente é de 1:2. A movimentação respiratória é observada quanto 
sua amplitude e ou profundidade de expansão e ritmo, podendo alterar tornando a 
respiração superficial e profunda. A respiração abdominal é mais aparente nos homens, 
ao passo que as mulheres apresentam mais respiração torácica. O emprego da 
musculatura acessória, as retrações, a simetria e quaisquer movimentos paradoxais 
devem ser registrados. 
 
O termo mais utilizado referente à amplitude, à frequência, e ao ritmo respiratório são a 
taquipneia, a bradpneia, a hiperpneia, a respiração de Cheyne-Stokes, a respiração de 
Biot e respiração de Kussmaul. 
 
Palpação 
 
As técnicas de palpação é empregada para a avaliação da traqueia e da parede torácica. 
 
Na palpação da traqueia, a examinadora posiciona suavemente o dedo da mão em um 
dos lados da traqueia e o restante dos dedos do outro lado. A traqueia é suavemente 
deslocada de um lado para outro, ao longo de todas a sua extensão, enquanto a 
examinadora pesquisa massas, crepitações ou desvio da linha média pela palpação. A 
traqueia em geral é apresentada uma discreta mobilidade, retornando rapidamente a 
linha média após ser deslocada. As massas cervicais, mediastinais, atelectasias ou 
pneumotórax de grande volume podem deslocar a traqueia para um dos lados. 
 
A parede torácica é palpada com a base palmar ou com a fase ulnar da mão que é 
posicionada com o tórax do paciente. As anormalidades observadas para a inspeção são 
investigadas mais detalhadamente durante a apalpação. A palpação associada a inspeção 
é especialmente eficaz na avaliação da simetria e amplitude dos movimentos 
respiratórios. 
 
Durante a palpação, a examinadora avalia a presença de crepitações, dor da parede 
torácica (áreas hipersensíveis), tônus muscular, presença de massas, edema e frêmito 
palpável. 
 
Para avaliar a expansibilidade torácica, a examinadora coloca as mãos espalmadas na 
face posterior do tórax, nas bases pulmonares. Os polegares encontram-se nas linhas 
média sobre a coluna , e os dedos ficam voltados para fora envolvendo a região lateral. 
Ao posicionar as mãos, faça-as deslizar um pouco para dentro, afim de fazer uma prega 
cutânea entre os polegares e a coluna. 
 
À medida que o paciente inspira, as mãos do examinador devem deslocar-se para fora e 
para cima simetricamente. Qualquer simetria pode ser indicativa de um processo 
patológico na região. 
 
As causas mais comuns de diminuição unilateral da expansão torácica incluem doença 
fibróticas do pulmão ou da pleura subjacente, derrame pleural, pneumotórax, 
pneumonia lobar, dor pleurítica com defesa associada a e obstrução brônquica 
unilateral. Na face anterior do tórax, as mãos devem estar posicionadas margeando as 
costelas inferiores. 
 
 
Referências 
 
 
BARROS, A. Anamnese e exame físico: avaliação diagnóstica de enfermagem no adulto. 
Porto Alegre: Artmed, 2003. 272p. 
 
PORTO, C. Exame Clínico: Bases para a prática médica. 5º ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2004. 443p. 
 
POSSO, M. Semiologia e Semiotécnica de enfermagem. 3º ed. São Paulo: Atheneu, 
2003.181p 
 
 
 
TÉCNICAS INSTRUMENTAIS PARA O EXAME FÍSICO 
(TÉCNICAS PROPEDÊUTICAS) 
O Exame físico compreende da entrevista e as técnicas propedêuticas (inspeção, 
palpação, percussão e ausculta). 
Algumas observações são importantes para uma execução favorável. Tais como 
observar a posição do paciente, solicitar sua colaboração, estabelecer uma iluminaçãoadequada, respeitar a privacidade do paciente sempre que possível, realizar o exame no 
sentido céfalo-caudal e evitar interrupções durante o exame. 
A primeira avaliação a ser realizada foi a inspeção, que utiliza a visão e o olfato. Neste 
caso, essa avaliação pode ser de forma estática (observando o paciente em repouso) ou 
dinâmica, (observando os movimentos corporais). 
Mostrou-se que é importante analisar o estado nutricional, higienizacão do paciente, 
locomoção, postura, dados antropométricos, cor da pele, expressão facial, SSVV, etc. A 
avaliação da pele deve ser feita de forma minuciosa e bem rigorosa, pois ela pode 
identificar o aparecimento de alterações no organismo ou mesmo patologias graves 
numa simples inspeção. 
Na palpação, o tato e a audição são os sentidos a ser utilizados. Essa avaliação segue de 
encontro com a inspeção, confirmando o que havia sido observado. Várias são as 
técnicas utilizadas para a avaliação e suas realizações dependem muito do local de 
atuação. As principais são: palpação com mão espalmada, palpação com o dorso da 
mão, fricção com algodão, palpação bimanual, em pinça, digito pressão, etc., podendo 
ser de forma profunda ou superficial. 
Através dessa avaliação podemos perceber a presença de nódulos, alterações na textura 
da pele, temperatura, presença de corpos estranhos. Em superfícies ósseas, através da 
compressão digital é possível detectar a presença do sinal de Gorget, que ocasiona uma 
depressão na região comprimida, mostrando um comprometimento da circulação 
naquela região. 
Na percussão, o golpeamento é utilizado para delimitar órgãos, observar as 
características do som (intensidade, timbre e tonalidade) e perceber a presença de 
líquidos em cavidades. 
O som estabelecido pela percussão é influenciado pela espessura da parede, onde a 
presença de uma parede expessa de gordura pode dificultar a avaliação. Os sons podem 
ser timpânicos (regiões fechadas e com ar), maciço (estruturas sem ar) e submaciço 
(regiões densas, com pouco ar), sendo que a percussão se da de forma direta 
(diretamente na região a ser percutida) ou indireta (onde o dedo médio de uma das mãos 
pressiona a região e dedo médio da outra mão golpeia a falange distal). 
O último procedimento, a ausculta, utiliza a audição com intuito de avaliar os sons e 
ruídos produzidos pelos órgãos e observando o aparecimento de alterações. Esses sons 
são provenientes da vibração das estruturas entre sua origem e a superfície corporal um 
exemplo desses sons são as bulhas cardíacas, ruídos respiratórios e ruídos hidroaéreos. 
O Exame físico compreende no levantamento das condições globais do paciente, tanto 
físicas como psicológicas, no sentido de buscar informações significativas para a 
enfermagem que possam subsidiar a assistência a ser prestada ao paciente. Os passos 
propedêuticos a serem empregados no exame físico são inspeção, palpação, percussão e 
ausculta, passos estes que devem ser realizados a partir da utilização dos sentidos da 
visa, audição, tato e olfato. Esses sentidos podem ser ampliados começando-se da 
utilização instrumental como estetoscópio, olftamoscópio, fita métrica, termômetro, 
espátulas, etc. (BARROS, 2002) 
Segundo Posso (2002), a inspeção é o ato de observar e inspecionar, sendo o método em 
que se utiliza o sentido da visão na avaliação do aspecto, cor, forma, tamanho e 
movimento das diversas áreas corporais. No primeiro contato com o paciente faz-se 
uma inspeção geral em que o enfermeiro observa o estado aparente de saúde, nível de 
consciência, estado nutricional, hidratação, humor e tipo de fala. 
O conhecimento das características da superfície corporal, assim como a anatomia 
topográfica, permitirão ao estudante reconhecer eventuais anormalidades durante a 
inspeção. Por este motivo, e com a finalidade de educar a visão, deve ser dada ênfase ao 
estudo das lesões elementares da pele. (PORTO, 2004) 
Palpação é a utilização do sentido do tato com o objetivo de explorar a superfície 
corporal - palpação superficial - e os órgãos internos – palpação profunda. A palpação 
confirma dados da inspeção e permite a obtenção de novos indícios como alteração de 
textura, tamanho, forma, consistência, sensibilidade (tátil térmica e dolorosa), 
elasticidade, temperatura, posição e característica do órgão, resistência muscular, 
presença de massas e outros. (POSSO, 2003) 
Percussão é o golpeamento leve de uma área a ser pesquisada, utilizando-se a parte 
ulnal dos dedos: percussão digito - digital, percussão com a borda cubital da mão ou 
com instrumento próprio, originado vários sons. 
O som gerado na percussão tem característica própria quanto a intensidade, timbre e 
tonalidade, refletindo a densidade da superfície subjacente. Quanto mais densa a área 
percutida, maior, menos discernível e mais breve será o som. (POSSO, 2003) 
Ausculta consiste na aplicação do sentido da audição para ouvir sons ou ruídos 
produzidos pelos órgãos. A vibração sonora pode ser captada diretamente pelo ouvido 
do examinador – ausculta direta – ou com o auxilio do estetoscópio - ausculta indireta. 
Os tipos de som variam de acordo com o órgão auscultado (por ex.pulmão: murmúrios 
vesiculares; coração: bulhas cardíacas; intestino: ruídos hidroaéreos). Os sons não-
fisiológicos decorrentes de condições patológicas (secreções pulmonares, esteatose, de 
válvulas cardíacas) ou produzidos por interferências extremas (atrito de roupas) são 
denominados ruídos adventícios. 
A primeira etapa do processo de enfermagem é o exame físico ou coleta de 
informações. O exame físico, um exame sistemático das estruturas do corpo, constitui 
um dos métodos para a coleta de dados de saúde. 
 
OBJETVOS: 
 
 Levantamento das condições globais do paciente; 
 Aprender a buscar informações significativas para a enfermagem que possam subsidiar 
a assistência a ser prestada ao paciente; 
 Avaliar a condição física do paciente; 
 Detectar os primeiros sinais de problemas de saúde em desenvolvimento; 
 Estabelecer uma base de dados para futuras comparações; 
 Avaliar as reações às intervenções médicas e de enfermagem; 
 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: 
 
O exame físico compreende a inspeção, a palpação, a percussão, a ausculta, o olfato e o 
uso de alguns instrumentos e aparelhos simples. 
 
INSPEÇÃO 
É a exploração feita usando-se o sentido da visão. A inspeção ode ser panorâmica ou 
localizada. Pode ser feita a olho nu ou com o auxilio de uma lupa. Para uma boa técnica 
da inspeção recomenda-se dispor de iluminação adequada, descobrir a região a ser 
inspecionada e ter em mente as características normais da área em questão. 
Existem duas maneiras fundamentais para se fazer a inspeção: 
Inspeção Frontal: Olhando-se frontalmente a região a ser examinada. 
Inspeção Tangencial: Observando-se a região tangencialmente. Esta é a maneira correta 
para se pesquisar movimentos mínimos na superfície corporal, tais como pulsações ou 
ondulações e equenos abaulamentos ou depressões. 
A inspeção começa durante a anamnese, desde o primeiro momento em que se encontra 
com o paciente, e continua durante todo o exame físico. 
 
PALPAÇÃO 
A palpação recolhe dados através do tato e da pressão. Por intermédio da palpação 
percebem-se modficações de textura, espessura, consistência, sensibilidade, volume, 
dureza, além da percepção de frêmito, reconhecimento de flutuação, elasticidade, 
verificação da presença de edema e outros. 
 
Este procedimento apresenta inúmeras variantes que podem ser sistematizadas da 
seguinte maneira: 
 
1. Palpação com a mão espalmada, usando-se toda a palma de uma ou de ambas as mãos. 
2. Palpação com uma das mãos superpondo-se à outra. 
3. Palpação com a mão espalmada,usando-se apenas as polpas digitais e a parte ventral 
dos dedos. 
4. Palpação com a borda da mão. 
5. Palpação usando-se o polegar e o indicador formando uma “pinça”. 
6. Palpação com o dorso dos dedos da mão. 
7. Digitopressão, realizada com a polpa do polegar ou indicador. 
8. Puntipressão que consiste em comprimir com um objeto pontiagudo um ponto do corpo. 
9. Vitropressão, feita com a ajda de uma lâmina de vidro que é comprimida contra a pele, 
analisando-se a área através da própria lâmina. 
10. Fricção com algodão. 
11. Palpação bimanual. 
 
PERCUSSÃO 
A percussão se baseia no seguinte princípio: ao se golpear um ponto qualquer do 
organismo, originam-se vibrações que têm características próprias quanto a intensidade, 
timbre e tonalidade, na dependência da estrutura anatômica percutida. 
A técnica da percussão é realizada pela percussão direta, pela percussão dígito-digtal, 
pela punho-percussão, a percussão com a borda da mão e a percussão tipo piparote. 
A percussão direta é realizada golpeando-se diretamente com as pontas dos dedos a 
região-alvo. 
A percussão dígito-digtal se executa golpeando com a borda ungeal do dedo médio da 
mão direita a superfície dorsal da segunda falange do dedo médio ou o indicador da 
outra mão. O dedo que golpeia designa-se plexor, e o que recebe o golpe é o plexímetro. 
Punho-percussão: mantendo-se a mão fechada, golpeia-se com a borda cubital a região 
em estudo e averigua-se se a manobra desperta sensação dolorosa. 
Percussão com a borda da mão: os dedos ficam estendidos e unidos, golpeando-se a 
região desejada com a borda ulnar, procurando ver alguma sensação dolorosa. 
Percussão por piparote: com uma das mãos o examinador golpeia o abdome com 
piparotes, enquanto a outra, espalmada na região contralateral, procura captar ondas 
líquidas chocando-se contra a parede abdominal. 
 
Tipos de sons obtidos à percussão: 
 Som maciço; 
 Som submaciço; 
 Som timpânico; 
 Som claro pulmonar; 
 
1. Som maciço é o que obtém ao erctr regiões desprovidas de ar. 
2. Som submaciço constitui uma variação do som maciço; a presença de ar em quantidade 
restrita lhe dá característica peculiar. 
3. Som timpânico é o que se consegue percutindo sobre áreas que contenha ar, recoberta 
por uma menbrana flexível. 
4. Som claro ulmonar é o que se obtém quando se golpeia o tórax normal. 
 
AUSCULTA 
É a técnica de levantamento de dados físicos que envolve escutar os sons. Geralmente 
os sons são auscultados através do uso de um aparelho conhecido como estetoscópio. 
 
 
 
INSTRUMENTOS E APARELHOS NECESSÁRIOS PARA O 
EXAME FÍSICO: 
 
 Balança; 
 Haste milimetrada para medir altura; 
 Fita métrica; 
 Abaixador de língua; 
 Lanterna; 
 Martelo de reflexos; 
 Lápis dermográfico; 
 Estetoscópio; 
 Aparelho de pressão; 
 Termômetro clínico; 
 Lupa; 
 Agulha e algodão; 
 Oftalmoscópio; 
 Otoscópio; 
 
EXAME FÍSICO DA CABEÇA E PESCOÇO 
O exame da cabeça compreende a observação de: 
 Tamanho e forma do crânio; 
 Posção e movimentos; 
 Superfíce e couro cabeludo; 
 Exame geral da face; 
 Exame dos olhos e supercílios; 
 Exame do nariz; 
 Exame dos lábios; 
 Exame da cavidade bucal; 
 Exame otorrinolaringológico; 
 
Tamanho e forma do crânio: 
 Macrocefalia; 
 Microcefalia; 
Forma: 
 Acrocefalia ou crânio em torre; 
 Escafocefalia; 
 Dolicocefalia; 
 Braquicefalia; 
 Pplagiocefalia; 
 
Posição e movimentos: 
O desvio de posição mais encontrado é o torcicolo e os movimentos anômalos mais 
freqüentes são os tiques. 
 
Superfície e couro cabeludo: 
A inspeção e a alpação do crâno permitem o encontro de saliêncas (tumores, 
tumefações, bossas e hematomas), depressões (afundamentos) e pontos dolorosos. 
No exame físico de crianas, a fontanela fornece informações úteis como, se hipertensa e 
saliente indica aumento da pressão ntracranana (meningite, hdrocefalia); se hipotensa e 
deprimida traduz desidratação. 
 
Exame geral da face: 
Analisam-se a simetria, a expressão fisionômica, a pele e os pêlos. 
 
Olhos e supercílios: 
Pálpebras: Ptose palpebral. 
Fenda palpebral: 
 Normal; 
 Aumentada (exoftalmia) 
 Diminuída ou ausente (ptose palpebral) 
 Substituída por uma prega cutânea (mongolismo) 
Globos oculares: 
 Exoftalmia 
 Enoftalma 
 Desvios (estrabismo) 
 Movimentos nvoluntários 
Conjuntivas: 
 Normalmente são róseas 
 Pálidas (anemia) 
 Amareladas (icterícia) 
 Hieremiada (conjuntivite) 
Pupilas: 
Observar: 
 Forma 
 Localzação 
 Tamanho: 
Miose 
Midríase 
Anisocoria 
 Reflexos: 
Reflexo fotomotor 
Consensual 
Acomodação – convergênca 
Movimentação ocular: 
 Para baixo 
 Para cima 
 Para os lados 
 
Exame do nariz: 
À inspeção externa é possível evidenciare-se deformidades não-patológicas e alterações 
indicativas de lesões de diversas etologias. 
Observar se existe corrimento, anotando-se suas características. 
Deve-se testar a ermeabilidade de cada narina. 
Faz-se a palpação sobre os seios paranasais frontal e maxilar. 
 
Exame dos lábios: 
 Coloração 
 Forma 
 Textura 
 Flexibilidade 
 
Exame da cavidade bucal: 
 Inspeção 
 Palpação 
 
Exame otorrinolaringológco: 
 Cefaléia 
 Obstrução nasal 
 Dor de garganta 
 Dispnéa 
 Rouquidão 
 Ronco 
 Dor de ouvido 
 Diminuição da audição 
 Tonturas 
 
Exame físico: 
O exame dos ouvidos, nariz, garganta e laringe é feito ela inspeção, palpação e pelo 
exame específico de cada área. 
Doenças mais comuns: 
As doenças mais freqüentes dos ouvdos, nariz e garganta são as amidalites, as rinites, as 
sinusites, as otites, o cerúmem, as laringites, o câncer da laringe e os corpos estranhos. 
 
Pescoço: 
Faz-se o exame do pescoço por meo de inseção, palação e ausculta. 
A inspeção permte recolher dados a respeito de: 
 Pele 
 Forma e volume 
 Posição 
 Mobilidade 
 Turgênca ou ingurgitamento das jugulares 
 Batimentos arteriais e venosos 
 
EXAME FÍSICO DO TÓRAX 
EXAME DO TÓRAX: APARELHO CARDIOCIRCULATÓRIO 
 
Os sinais e sintomas das doenças cardiovasculares podem se originar no próprio coração 
ou em outros órgãos que sofram repercussão do mau funconamento desse órgão. A 
avaliação do sistema cardiovascular deve ser realizada a partir de dados obtidos através 
da anamnese do paciente, do exame físico e de outros recursos diagnósticos. 
É necessário obter informações precisas sobre um dos sntomas relatados pelo paciente 
no momento da anamnese. 
Dentre os sintomas relatados pelo paciente, a investigação da dor é de fundamental 
impotância, devendo-se caracterizaar o tipo, a localização, a intensidade, a irradiação, a 
duração, os fatores relacionados ao desencadeamento ou à piora e à melhora, além da 
associação com náuseas, vômitos, sudorese, alpitação, tontura, pré-síncope ou síncope. 
Além de suas queixas, é necessário atentar sobre tratamentos anteriores e antecedentes 
familiares e pessoais. 
 
EXAME FÍSICO 
 
O exame físico é dividido em duas partes: o exame físico geral e o exame específico dos 
diversos sistemas. Para a avaliação específica do sistema cardiovascular são utilizados 
três dos passos propedêutcos: a inspeção, a palpação e a ausculta. 
 
EXAME FÍSICO GERAL: 
No exame físico geral inclui a medida de dados objetvos e a observação de dados 
subjetvos. Após essa avaliação, são coletados dados sobre sinais vitas e os dados 
antropométricos. Deve-se roceder, também, a avaliação do tipo morfológico, do nível de 
consciência, das condições da pele e mucosas, do padrão resperatório, da perfusão 
periférica e da presença de estase jugulare de edemas. 
 
EXAME ESPECÍFICO: 
INSPEÇÃO 
A avalação do recórdio deve ser feita com o paciente em decúbito dorsal, com o tórax 
do paciente exposto. 
Na inseção, encontra-se o ictus cordis que, normalmente, está localizado no 5º espaço 
intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular. 
Além do ctus cordis, pode-se também encontrar o levantamento sistólico do precórdio, 
que ocorre na hipertrofia do ventrículo direito, cuja sístole provoca uma movimentação 
visível de uma grande área da região paraesternal esquerda. 
 
PALPAÇÃO 
A palpação é feita juntamente com a inspeção afim de determinar a presença de 
pulsações normais e anormais. 
Na palpação do precórdio pode-se verificar ainda a presença de frêmitos, que 
representam o fluxo turbulento de sangue através das válvulas cardíacas. A pesquisa dos 
frêmitos deve ser feita com a mão espalmada sobre o precórdio, usando 
preferencialmente a alma da mão para melhor sentir as vibrações. 
 
AUSCULTA 
É um método que oferece informações acerca dos sons cardíacos, que são chamados de 
bulhas cardíacas. 
A ausculta do coraão deve ser realizada com o paciente relaxado e com o precórdio 
descoberto. As áreas de melhor audbilidade são as áreas chamadas de focos de ausculta, 
são o foco mitral, o foco tricúspede, o foco aórtico e o foco pulmonar. 
 
 
 
EXAME FÍSICO DO APARELHO CARDIOVASCULAR 
O aparelho cardiovascular é formado por um órgão propulsor de sangue, coração, e 
uma rede vascular de distribuição. Excitados periodicamente, os músculos do coração se 
contraem impulsionando o sangue através dos vasos a todas as partes do corpo. Os 
vasos condutores do sangue para fora do coração são as artérias. Estas ramificam-se 
tornando-se progressivamente de menor calibre terminando em diminutos vasos 
denominados arteriolas. A partir destes vasos o sangue é capaz de realizar suas funções 
de nutrição e absorção atravessando uma rede de vasos denominados capilares de 
paredes muito finas e permeáveis a troca de substâncias entre o sangue e os tecidos. Dos 
capilares o sangue é coletado emvênulas que progressivamente coalescem em veias de 
diametros progressivamente maiores alcançando novamente o coração. Esta passagem 
do sangue através do coração e dos vasos sanguíneos é chamada de circulação do 
sangue (GEORGE,2000). 
É necessário conhecer a projeção do coração e os grandes vasos da base na parede 
torácica(GEORGE,2000). 
 Borda direita – Veia cava superior e o átrio direito (borda esternal direita). 
 Borda esquerda – Artéria aorta artéria pulmonar e ventrículo esquerdo (borda 
esternal esquerda). 
Realiza-se a inspeção e palpação simultaneamente. O cliente deve estar em decúbito 
dorsal elevado a 30º e o examinador do lado direito ou esquerdo. Investigam-se: 
 Abaulamentos, depressões ou achatamentos pré-cordiais (olhando de maneira 
tangencial e frontal). 
 Análise do ictus cordis ou choque da ponta ou ponto de impulso máximo (PIM) 
ou ponto apical. Varia de acordo com o biótipo, localiza-se no cruzamento da 
linha média clavicular esquerda com o 4º. ou 5º. espaço intercostal. Consiste em 
um impulso normal, periódico e circunscrito, sentido como uma pulsação suave 
de 1 a 2 cm de diâmetro. Este pode alterar sua localização em estado patológicos 
e fisiológicos. Os fisiológicos são: 
- normolíneos – 4º espaço intercostal esquerdo, 6 a 10 cm da linha médio esternal. 
- brevelíneos – 4º espaço intercostal esquerdo, a mais de 8 cm da linha médio esternal. 
- longilíneos – 5º espaço intercostal esquerdo, a menos de 8 cm da linha médio esternal. 
Nas patologias pode estar desviado ou ausentes. Em deformidades da caixa torácica, 
derrames pleurais ou pericárdicos e tumores(HORTA,1979). 
· Pulsações epigástricas – podem ser vistas ou palpadas, correspondendo à transmissão 
na parede abdominal das pulsações aórticas. Problemas: quando estas pulsações forem 
intensas, por hipertrofia ventricular direita. 
· Pulsações supra esternal ou na fúrcula esternal – podem aparecer e dependem das 
pulsações na croça da aorta. Problema: quando estas aparecem intensas por hipertensão 
arterial,aneurisma aórtico, insuficiência aórtica, hipertireoidismo. 
 
Ausculta 
Pode ser realizada com o cliente em várias posições: deitada, em decúbito lateral, 
sentado ou em pé. Os focos de ausculta são: 
· Mitral (FM) – localiza-se na sede do ictus cordis. 
· Aórtico (FAo) – localiza-se no 2º espaço intercostal direito na linha paraesternal. 
· Aórtico acessório (FAA) – localiza-se no 3º espaço intercostal esquerdo na linha 
paraesternal (ponto ERB). 
· Pulmonar (FP) – localiza-se no 2º espaço intercostal esquerdo na linha paraesternal. 
· Tricúspide (FT) – localiza-se na base do apêndice xifóide. 
 
 
 Foco aórtico: localizado no 2º espaço intercostal direito (2º EICD), junto à margem do esterno. 
 Foco pulmonar: localizado no 2º espaço intercostal esquerdo (2º EICE), junto à margem do esterno. 
 Foco tricúspede: localizado no 4º espaço intercostal esquerdo (4º EICD), junto à margem do esterno. 
 Foco Aórtico Acessório: localizado no 3º espaço intercostal esquerdo (3º EICE), junto à margem do esterno. 
 Foco Mitral: localizado no ápice, ou ictus cordis, no 4º e 5º espaços intercostais esquerdos, entre a linhas mamilar e 
para-esternal. 
A ausculta cardíaca começa no foco apical e vai ao longo da borda esternal esquerda até 
o foco aórtico e pulmonar. Após, coloca-se o cliente em decúbito lateral esquerdo e 
ausculta o foco mitral à procura de sopro ou ritmo trípices(PORTO,2000). Devemos 
observar: 
- Ritmo: Classificando-o em regular ou irregular. 
- Freqüência – número de batimentos cardíacos em 1 minutos. 
OBS.: É importante a contagem simultânea do pulso apical (ictus cordis) e do pulso 
radial, pois em determinadas patologias poderá haver variação de um pulso para o outro. 
- Bulhas cardíacas 
· 1ª. Bulba (B1) – Corresponde ao fechamento das valvas mitral e tricúspide. Melhor 
ouvida no ictus cordis (ápice cardíaco). 
· 2ª. Bulba (B2) – Corresponde ao fechamento das valvas aórtica e pulmonar, timbre 
mais agudo, duração menor que a 1ª. Bulba (melhor ouvida nos focos aórtico e 
pulmonar – base do coração). 
- Arritmias cardíacas – é quando há alteração no ritmo, freqüência ou ambos. 
 
Oxigenoterapia 
É a administração de O2 a uma pressão maior que a encontrada na atmosfera ambiental 
quando há uma interferência com a oxigenação normal(PORTO,2000). 
 
Materiais: bandeja, cateter nasal ou máscara facial, látex, umidificados, luvas de 
procedimento, gaze, esparadrapo, tesoura, abaixador de língua. 
 
Método: 
1. Explicar ao paciente sobre o cuidado. 
2. Lavar as mãos. 
3. Organizar o material. 
4. Colocar o paciente em posição de Fowler 
5. Calçar as luvas. 
6. Unir o cateter ou a máscara ao látex e este ao umidificador. 
7. Medir, com o cateter, a distância entre a ponta do nariz e o lóbulo da 
orelha, marcando com esparadrapo, para determinar quanto o cateter 
deve ser introduzido. 
8. Abrir o fluxômetro e deixar fluir um pouco de oxigênio para evitar 
acidentes por saída intempestiva de oxigênio. 
9. Hiperestender (para trás) a cabeça do cliente e introduzir o cateter pelo 
assoalho de uma das narinas, até o ponto marcado. Ou adaptar a máscara 
à face do cliente e fixar com cadarço. 
10. No caso do cateter nasal, observar a posição deste através da boca do 
cliente – o extremo do cateter deve aparecer atrás da úvula: se ultrapassar 
o cavum, poderá haver náuseas, vômitos e perderá sua finalidade, pois o 
ar irá para o esôfago. 
11. Retirar as luvas. 
12. Fixar o cateter nasal com esparadrapo sobre o nariz ou a face do cliente. 
13. Regular o fluxo de oxigênio até a quantidade prescrita. 
14. Deixaro cliente confortável e o ambiente em ordem. 
15. Lavar as mãos. 
16. Anotar o cuidado prestado. 
Conclusão 
Sendo assim, torna-se de fundamental importância para enfermeiros e outros 
profissionais de saúde, saber como reage o sistema cardiovascular em resposta ao 
esforco físico e hábitos alimentares dos pacientes, analisando-se os ruídos produzidos 
por esse sistema, tais como as bulhas,seus ritmos,freqüência dos sons produzidos, assim 
como os métodos para realização do exame. 
 
Referências Bibliográficas 
GEORGE, Júlia B.(cols.) Teorias de Enfermagem: Fundamentos da Prática Profissional. 
4.ed., Porto Alegre: Artmed, 2000. 
 
HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de Enfermagem. Ribeirão Preto: Pedagógica, 1979 
 
PORTO CC – Semiologia Médica, 4ª ed, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2000. 
 
EXAME DO APARELHO RESPIRATÓRIO 
Ao iniciar a avaliação do sistema respiratório, o enfermeiro deve fazer uma entrevista. 
Segundo Posso ( 2003), algumas doenças incidem mais em determinadas faixas etárias, 
algumas profissões tem maior risco de adquirir doenças respiratórias. 
É importante avaliar as queixas mais freqüentes como,tosse, expectoração, dispnéia, 
hemoptise e dor.Em seguida faz- se o exame físico. 
A anamnese respiratória visa a acolher informações sobre as condições atuais e seus 
problemas respiratórios progressivos. A entrevista deve concentrar-senas manifestações 
clínicas da queixa, história patológica progresso, história familiar e outros dados 
psicossociais. 
As queixa respiratória mais comum são a dispnéia, a tosse, a expectoração, a hemoptise 
e a dor torácica. 
Segundo Porto(2004), Dispnéia significa dificuldade respiratória .É um sintoma 
subjetivo e reflete a avaliação do paciente sobre o seu grau de trabalho respiratório 
relacionado a uma tarefa e/ou a determinado esforço. Os pacientes podem definir 
dispnéia como falta de ar, sufocação, aperto, perda do fôlego ou respiração curta. o sinal 
objetivo da dispnéia é a utilização da musculatura acessória. 
Segundo Porto(2004), A hemoptise corresponda à expectoração de sangue pela boca. 
Deve-se tentar identificar a origem do sangue ( pulmões, sangramento nasal, estômago), 
se ocorreu decorrência de tosse forçada,além da freqüência e a quantidade d 
expectoração. O sangue proveniente dos pulmões, em geral é vermelho vivo; contudo, 
se estiver no pulmão por tempo prolongado, pode se tornar vermelho escuro ou 
acastanhado. 
A dor torácica pode estar associada a problemas pulmonares au cardiacos, e a 
diferenciação entre essas duas causas é muito importante. Geralmente, a dor por origem 
pulmonar é manifestada por uma queimação constante e persistente (retroesternal), ou 
de forma aguda, com pontada que se acentua com o movimento e a inspiração profunda 
(dor pleurítica). A dor também pode se originar nas partes ósseas e cartilaginosas do 
tórax. A localização, a duração, a intensidade e tipo de doe são dados importantes a 
serem pesquisados. Deve-se questionar a existência de outros sintomas ou situações 
relacionados a dor torácica. 
O exame físico deve ser realizado após a entrevista. As técnicas de inspeção, palpação, 
percussão e ausculta são empregadas. Ao realizar-se o exame, é necessário saber os 
marcos anatômicos das regiões posterior, lateral e anterior do tórax. para descrever uma 
anormalidade no tórax, é preciso definir sua localização em duas dimensões: ao longo 
do eixo vertical e em torno da circunferência torácica. 
Inspeção 
A inspeção pode ser de dois tipos: estática e dinâmica 
Na inspeção estática, a examinadora deve conservar as condições da pele(colocarão, 
cicatrizes, lesões), pêlos e sua distribuição, presença de circulação colateral, 
abaulamentos e retrações. 
A inspeção estática prossegue com a observação da caixa torácica. A forma do tórax 
apresenta variações em relação à idade, ao sexo e ao biótipo. As alterações no diâmetro 
anter-posterior ao transverso indicam algumas deformidades torácicas como: 
 Torax em tonel é aquele em que o diâmetro antero-posterior iguala-se ao 
transversal e é frequentemente relacionado ao enfisema pulmonar, mas pode, 
algumas vezes, ser encontrado em idosos que não tenham dor esta doença. 
 Tórax em funil ou infudibuliforme (pectus ecavatum) é uma deformidade no 
qual o esterno fica deprimido ao nível do terço inferior e os órgão se situam 
abaixo dele são comprimidos. diâmetro ãntero-posterior esta diminuído. Nos 
casos graves, o esterno pode chegar a tocar a coluna espinhal. as causas do tórax 
em funil incluem o raquitismo, síndrome de Marfan e os distúrbios unigênitos do 
tecido conjuntivo. 
 Peito de pombo (pectus carinatum) é o posto do tórax em funil, qual o esteno 
projeta-se para frente, aumentando o diâmetro antero-posterior. As 
comunicações intratriais ou interventriculaires congênitas são as causas mais 
comuns, mas a asma, o raquitismo, a síndrome de Marfan e cifiescoliose 
congênita grave podem contribuir para o peito de pombo. 
 Cifoescoliose torácica consiste na acentuação da curvatura torácica normal. O 
paciente adota uma postura encurvada ou aspecto corcunda. As causas incluem a 
osteoporos secundária ao envelhecimento, a tuberculose da coluna, a artrite 
reumatóide e os vícios de postura por tempo prolongado. Os pulmões situados 
abaixo dessa deformidade ficam distorcidos, ficando difícil a interpretação dos 
achados pulmonares. 
 Abaulamento é o aumento do volume de um dos hemitoráx como, por exemplo, 
no derrame plural. 
 Retrações é a restrição de um dos hemitoráx que corresponde à atelectasias. 
Na inspeção dinâmica, a examinadora deve observar a dinâmica respiratória. A 
movimentação da caixa torácica é observada durante a respiração. A freqüência 
respiratória considerada normal para adultos varia, segundo diversos autores, entre um 
intervalo entre 12 a 22 inclusões respiratórias por minuto, e a relação entre a inspiração 
e a expiração normalmente é de 1:2. A movimentação respiratória é observada quanto 
sua amplitude e ou profundidade de expansão e ritmo, podendo alterar tornando a 
respiração superficial e profunda. A respiração abdominal é mais aparente nos homens, 
ao passo que as mulheres apresentam mais respiração torácica. O emprego da 
musculatura acessória, as retrações, a simetria e quaisquer movimentos paradoxais 
devem ser registrados. 
O termo mais utilizado referente à amplitude, à freqüência, e ao ritmo respiratório são a 
taquipnéia, a bradpnéia, a hiperpnéia, a respiração de Cheyne-Stokes, a respiração de 
Biot e respiração de Kussmaul. 
Palpação 
As técnicas de palpação é empregada para a avaliação da traquéia e da parede torácica. 
Na palpação da traquéia, a examinadora posiciona suavemente o dedo da mão em um 
dos lados da traquéia e o restante dos dedos do outro lado. A traquéia é suavemente 
deslocada de um lado para outro, ao longo de todas a sua extensão, enquanto a 
examinadora pesquisa massas, crepitações ou desvio da linha média pela palpação. A 
traquéia em geral é apresentada uma discreta mobilidade, retornando rapidamente a 
linha média após ser deslocada. As massas cervicais, mediastinais, atelectasias ou 
pneumotórax de grande volume podem deslocar a traquéia para um dos lados. 
A parede torácica é palpada com a base palmar ou com a fase ulnar da mão que é 
posicionada com o tórax do paciente. As anormalidades observadas para a inspeção são 
investigadas mais detalhadamente durante a apalpação. A palpação associada a inspeção 
é especialmente eficaz na avaliação da simetria e amplitude dos movimentos 
respiratórios. 
Durante a palpação, a examinadora avalia a presença de crepitações, dor da parede 
torácica (áreas hipersensíveis), tônus muscular, presença de massas, edemae frêmito 
palpável. 
Para avaliar a expansibilidade torácica, a examinadora coloca as mãos espalmadas na 
face posterior do tórax, nas bases pulmonares. Os polegares encontram-se nas linhas 
média sobre a coluna , e os dedos ficam voltados para fora envolvendo a região lateral. 
Ao posicionar as mãos, faça-as deslizar um pouco para dentro, afim de fazer uma prega 
cutânea entre os polegares e a coluna. 
À medida que o paciente inspira, as mãos do examinador devem deslocar-se para fora e 
para cima simetricamente. Qualquer simetria pode ser indicativa de um processo 
patológico na região. 
As causas mais comuns de diminuição unilateral da expansão torácica incluem doença 
fibróticas do pulmão ou da pleura subjacente, derrame pleural, pneumotórax, 
pneumonia lobar, dor pleurítica com defesa associada a e obstrução brônquica 
unilateral. Na face anterior do tórax, as mãos devem estar posicionadas margeando as 
costelas inferiores. 
Frêmito toracovocal é a transmissão da vibração do movimento do ar através da parede 
torácica durante a fonação. Realize a palpação da parede posterior do tórax, enquanto o 
paciente pronuncia palavras que produzem uma intensa vibração. As vibrações são 
transmitidas da laringe através das vias aéreas e podem ser palpadas na parede torácica. 
Utilize a parte óssea da palma das mãos e dos dedos da superfície ulnar. 
 
Ausculta Pulmonar 
O estetoscópio é um instrumento utilizado por vários profissionais de saúde, 
permitindo-lhes retirar dados semiológicos que contribuem para o diagnóstico e 
monitorização da condição clínica e avaliação da terapêutica instituída. A sua utilização 
está predominantemente identificada com a profissão médica, nomeadamente na 
avaliação pulmonar e cardíaca, mas outros profissionais como os enfermeiros utilizam-
no com frequência, como por exemplo para medir a tensão arterial, ou para verificar a 
eficiência de uma entubação naso-gástrica. O estetoscópio não é por conseguinte um 
instrumento exclusivo de nenhum profissional. 
Segundo Postiaux consiste “...em todo o som ou ruído emitido pelo aparelho 
respiratório intra ou extra-torácico, captado durando a auscultação mediata, isto é, por 
meio do estetoscópio ou de um outro intermediário técnico (ex. microfone), ou pela 
escuta imediata, isto é, directamente pelo ouvido, sem intermediário, dos ruídos ao nível 
da boca.” 
Estes ruídos respiratórios são produzidos pelas variações rápidas das pressões gasosas 
no pulmão ou pela vibração dos tecidos. Estes fenómenos biológicos estão na origem de 
um sinal acústico que é atenuado e filtrado antes de atingir o local onde é captado pelo 
estetoscópio, ouvido ou microfone. 
Finalidades da Auscultação Pulmonar: 
 Contribuir para um Diagnóstico apropriado à sua intervenção; 
 Identificar a localização da obstrução nas vias aéreas e as regiões pulmonares de 
ventilação reduzida ou ausente; 
 Identificar a provável causa da obstrução (secreções e/ou broncospasmo); 
 Permitir seleccionar a técnica adequada, guiar a sua utilização e avaliar os 
resultados obtidos; 
 Estabelecer um “diagnóstico diferencial”, de forma a perceber se a condição 
requer reavaliação médica 
Desde Laennec (1819), considerado o pai da estetoacústica, que os ruídos respiratórios 
têm sido alvo de inúmeras investigações. A análise dos diferentes ruídos provenientes 
do aparelho respiratório tem sido objeto de estudo da física acústica e da recente 
psicoacústica, permitindo através das recentes inovações tecnológicas (microfones de 
alta definição, hardware e software de digitalização e análise dos ruídos respiratórios) 
estabelecer parâmetros para uma classificação objectiva dos sons pulmonares. 
Classificação dos ruídos respiratórios À ausculta, os sons pulmonares normais são 
denominados como Múrmurio vesicular e podem estar: presente e bem distríbuido por 
todo o pulmão, diminuído em alguma área ou simplesmente abolido. Os sons 
pulmonares anormais, também conhecidos como Sons Patológicos ou Adventícios, 
podem 
ser: Roncos, Sibilos, Estertores/Creptações ouFervores/Crepitações, Estridor. Os 
roncos são sons grosseiros, podendo ocorrer tanto na inspiração como na expiração, e é 
típico de secreção (catarro) solta em uma área de grande calibre, e essa secreção se 
move de acordo com a entrada e saída de ar nos pulmões. 
Os sibilos são sons mais agudos, são chiados semelhantes ao som de uma bexiga de ar 
esvaziando lentamente, muito comum em indivíduos asmáticos, significa que o alvéolo 
está cheio de ar, broncoespasmo, mas podem também ser audíveis em indivíduos com 
congestão pulmonar, obstrução por corpo estranho ou secreção. 
Os Estertores ou Creptações são sons semelhantes ao atrito entre um chumaço de cabelo 
ou rádio fora da estação, são pequenos estalidos e pode ser devido a quadros de 
hiperinsuflação alveolar ou secreção em vias aéreas inferiores. Quando a creptação 
ocorre ao final da inspiração, ou é dificuldade de expansão ou é secreção. Para saber se 
é secreção ou hiperventilação, pede-se para o paciente respirar fundo, daí se for 
secreção vai melhorar. Diante de uma creptação inspiratória é preciso expandir os 
pulmões para que a secreção saia. O estridor é um som mais grosseiro, tipo gargarejo, 
mas não sincronizado, e significa vias aéras obstruídas. 
Murmúrio Vesicular: sons normais 
Ruídos Adventícios: sons anormais 
Sons Secos: 
1. Cornagem, estridor; 
2. Roncos: secreção 
3. Sibilos: semelhantes a ruídos musicais ou sussurrantes. 
 
Sons Úmidos: 
1. Estertores Crepitantes: associado a líquido presente em vias de pequeno calibre ou ate 
mesmo intra-alveolar (ex: esfrega-se uma mecha de cabelos contra os dedos) 
2. Estertores Subcrepitantes: Vias de médio calibre 
 
Traqueal - audível sobre a traquéia, é um ruído intenso (como se assoprasse dentro de 
um tubo). 
 
Brônquico – som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre – 
face anterior do tórax, próximo ao esterno. 
 
Vesicular ou murmúrio vesicular - é produzido pela turbulência do ar ao chocar-se 
contra saliências das bifurcações brônquicas. 
 
Roncos – vibrações das paredes brônquicas e conteúdo gasoso. Sons graves de baixa 
freqüência, contínuos, escutados nas vias aéreas maiores. 
 
Sibilos – vibrações das paredes bronquiolares e conteúdo gasoso.Sons agudos Ex: 
bronquite, crises asmáticas. 
 
Estridor – som produzido pela semi-obstrução da laringe ou traquéia 
 
Estertores finos ou Crepitantes – 
- auscultado no final da fase inspiratória 
- não se alteram com a tosse 
Ex: pneumonia, edema agudo (fase inicial). 
 
Ruído semelhante: friccionar feixe de cabelos destruição de folhas secas 
 
Subcrepitantes ou bolhosos – 
- auscultado no início da inspiração e toda expiração 
- alteram-se pela tosse. 
Ex: bronquites, bronquiectasias. 
 
 
 
 
V. Referências 
POSSO, M. Semiologia e Semiotécnica de enfermagem. 3º ed. São Paulo: Atheneu, 2003. 
PORTO, C. Exame Clínico: Bases para a prática médica. 5º ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2004. 443p. 
 
Exame físico do Abdome 
 
EXAME DO ABDOME: APARELHO DIGESTÓRIO 
 
Inicialmente, deve-se realizar o planejamento do exame físico, preparando o ambiente, o 
material e o paciente. 
A entrevista antes da realização do exame do abdome apresenta-se de suma 
importância, com o objetivo de fazer a coleta de dados. 
O abdome é a região do tronco compreendida entre o diafragma, músculo que o separa 
do tórax, e a pelve. Por definição, a cavidade abdominal está separada da cavidade 
torácica por intermédo do diafragma, na porção superior, mas está em continuidade com 
a cavidade pélvica, na porção inferior. 
Para a realizaçãodo exame físico é necessário dividir o abdome para facilitar a 
descrição e a localização dos órgãos e pontos de referência relativos à dor ou presença 
de massa. São utilizados dois métodos: a divisão em quatro quadrantes e a divisão em 
nove regiões. 
Para um exame sistematizado do abdome utilizam-se técncas instrumentais, obedecendo 
a seqüência: inspeção, ausculta, percussão e palpação. 
A inspeção do abdome inclui a observação de sua superfície quanto à forma e ao 
contorno, à simetria, a características da pele e à ocorrência de movimentos visíves na 
parede. Quanto ao contorno, o abdome pode apresentar-se plano, arredondado, 
protuberante ou escavado. A forma do abdome pode estar marcada pela presença de 
saliências ou de protusões localizadas que, além de alterar a simetria, podem sugerir a 
existênca de massas, herniações ou visceromegalias. A pele da parede abdominal deve 
ser observada quanto à integridade à presença de cicatrizes, assim como outras marcas 
anormais como manchas, trajetos venosos dilatados e estrias. 
A avaliação dos ruídos(ausculta) intestinais (ruídos hidroaéreos) constitui a principal 
finalidade da ausculta abdominal. Deve-se iniciar a ausculta pelo quadrante inferior 
direito e seguir em sentido horário. Os ruídos hidroaéreos devem ser descritos quanto à 
freqüência e intensidade. 
A percussão direta ou indireta do abdome auxilia na determinação do tamanho e da 
localização de vísceras sólidas e na avaliação da presença e distribuição de gases, 
líquidos e massas. Os sons produzidos são descritos como timpânicos ou maciços. 
A palpação é realizada por meio da palpação superficial e profunda que auxiliam na 
determinação do tamanho, forma, posição e sensibilidade da maiora dos órgãos 
abdominas além de massas e acúmulo de fluidos. São considerados normais os achados 
de um abdome liso, de consistência macia, não tenso, não doloroso e sem órgãos 
aumentados ou massas.

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