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CASO CONCRETO 2 – DIREITO PROCESSUAL III João ingressou com uma ação de reintegração de posse em face de Valdomiro visando obter a retomada de seu imóvel como também a indenização por perdas e danos. A pretensão foi acolhida em parte pelo juízo tão somente para determinar a reintegração do autor na posse do imóvel. O autor interpõe recurso de apelação para o respectivo Tribunal de Justiça visando obter a indenização por perdas e danos, o que foi negado pela Câmara que apreciou o recurso. O recorrente, diante da omissão do colegiado acerca de pontos relevantes abordados no recurso, apresenta pedido de reconsideração no prazo de 15 dias, que foi rejeitado imediatamente pelo relator. Diante do caso indaga -se: a) O pedido de reconsideração possui natureza recursal? b) Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? O pedido de reconsideração possui natureza recursal? Resposta: não, o pedido de reconsideração tem natureza jurídica de sucedâneo recursal, ou seja, tem os mesmos objetivos do recurso, mas não e considerado como tal, tendo em vista que para estar na legislação vigente, perante o princípio da taxatividade, não havendo lei que o considere um recurso. Poderia o relator aplicar o princípio da fungibilidade recursal nesse caso? Resposta: Não, pois não vem a ser um recurso, deste modo a fungibilidade recursal só poderia ser aplicada caso estivesse previsto na legislação vigente e houvesse uma dúvida objetiva, além da interposição no prazo do recurso correto. Ademais, cabe ressaltar que no caso concreto, estaríamos diante da necessidade de interposição dos embargos de declaração, pois o problema relata uma omissão no julgamento. Devemos lembrar, que para aplicação deste princípio da fungibilidade recursal e preciso observar o prazo correto para oferecimento do recurso adequado.
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