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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
 FATIMA PARREIRA LOPISLOGIN: 297711
fatimapis@hotmail.com
avaliadorbanca11@hotmail.com
RESUMO
Porque trabalhar com o brincar? Esta questão da temática em se trabalhar o lúdico como ato educativo no desenvolvimento cognitivo das crianças. Baseando neste conceito sente-se a necessidade de citar vários pensadores que defendem o brincar como um auxilio no desenvolvimento infantil, abordando a importância da brincadeira no contexto pedagógico vivenciados pelas crianças instituições de educação Infantil. Embasando nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 4024/1961, 5692/1971 e 9394/1996, realizando uma pesquisa de caráter bibliográfico embasamos em pensadores, autores e vários textos de revista como pensador tivemos (Vygotsky 1987, Vygotsky1989, p.110), (Piaget 1978), (Oliveira, 2002), (Almeida 1990), (Pinto 2004), (Santos 1995 .p 4 ) (Valsinen 2000,p.48 - 62), (Moyes 2002, p 36) (Assis 2006, p.96) , sendo assim foi possível buscar subsídios para realizar a pesquisa onde pode concluir o nosso trabalho de conclusão de curso. O presente trabalho ressalta ainda a dimensão do cuidar educar e brincar com um fator importante no cotidiano escolar e na família que por sua vez vive em grupo social tendo seus cuidados especializados. Sendo assim é essencial, o brincar, porque é brincando que o sujeito se mostra criativo é entendido de varias formas pelos teóricos, mas que todos chegam à mesma conclusão que é de total importância no desenvolvimento da criança. 
Palavras- Chave: Criança, Brincar, e o Desenvolvimento infantil. 
 Alunas do 8º período do curso de Pedagogia da FAEL. EAD
2Professora Orientadora Sandra Eleine Romais Leonardi Professora orientadora da FAEL, modalidades presencial e EAD 
INTRODUÇÃO
O brincar já faz parte da vida da criança bem antes que podemos imaginar, desde a sua infância é marcada pelo brincar, mesmo as crianças de baixa renda até os bens favorecidos, cada criança traz em sua cultura familiar e no cotidiano e até mesmo através da influencia de brincadeiras desenvolvidas em escolas. A brincadeira permite que a criança descubra a si mesma e aos poucos a mesma irá se desenvolvendo gradativamente o seu potencial criativo, sua espontaneidade, sua comunicação e assim por diante.
Ressalta-se também, o brincar como um ato educativo, sendo essencial ao desenvolvimento infantil, contribuindo para sua compreensão do mundo.
Neste trabalho, pretende-se olhar mais perto a temática “O brincar”, isto é o que a brincadeira favorece no seu dia a dia, resgatar e comparar as brincadeiras antigas com as atuais além de observar as brincadeiras desenvolvidas na escola.
Faz se necessário enfatizar os autores que defendem o brincar como um processo de desenvolvimento e aprendizagem a partir do momento em que o professor se propõe a atividade do brincar como um ato educativo, sendo um observador participativo, com o intuito de realizar a aprendizagem através da mesma. Aborda-se também a importância da brincadeira do faz de conta como atividade que promove a representação de autores, personagens etc, ajudando no desenvolvimento da criança, fazendo com que a mesma a. adquira uma posição critica e autônoma em suas atividades. 
 1. O ATO DE BRINCAR
As crianças pequenas possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres que sente e pensam o mundo de um jeito próprio. A criança como todo ser humano, é sujeito histórico e faz parte de uma organização familiar que esta inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico dessa forma, as crianças revela seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as funções contraditórias que presenciam e, por meio de brincadeiras, explicam as condições de vida a que estão submetidas, seus anseios e desejos. Durante seu desenvolvimento, uma criança passa por diferentes etapas. Em cada uma dessas etapas, diferentes aspectos caracterizam suas ralações com o mundo físico e social. Entre os 03 05 anos constrói uma parte da identidade física, social e intelectual. Nesse processo, é decisiva a relação com o adulto, com outras crianças e o meio em geral. O processo de socialização da criança, isto é a progressista capacidade de conhecer e conviver com o espaço social que a cerca suas regras e padrões de comportamentos. Depois do terceiro ano de vida, o desenvolvimento da capacidade simbólica do pensamento fornece a criança condições para o progresso rápido desse processo; o desenvolvimento da linguagem, a capacidade de brincar, interagir com outra criança e, ainda, a possibilidade de conviver com outros grupos além da família, como é o caso da Educação Infantil que oferece a elas novos instrumentos para lidar com o mundo. Quando inserida nesse mundo que a cerca, ela brinca espontaneamente e dependentemente, por isso, quanto maior o numero de brincadeiras infantis inseridos nas atividades pedagógicas maior será o desenvolvimento da criança. 
É pelo brincar que ela aprende a conhecer a si própria e as pessoas que a cercam, desenvolve seu senso de companheirismo, aprende a viver e a lidar com as frustrações, passando a explorar e a conhecer sobre a natureza, os eventos sociais, a, dinâmica entre a estrutura interna e a estrutura de seu corpo brincando livremente a suas maneiras, além de comunicar sentimentos, ideias e fantasias etc.. 
De acordo com Vygotsky, “a brincadeira cria uma zona de desenvolvimento proximal, permitindo que as ações da criança ultrapassem o desenvolvimento já alcançado, impulsionando-a conquistar novas possibilidades de compreensão e de ação sobre o mundo”. Ao brincar, as crianças enriquecem sua identidade, por que podem experimentar outras formas de ser e pensar ampliando suas concepções sobre as coisa e pessoas. A criança que brinca se tornara um adulto mais equilibrado físico e emocionalmente suportara melhor as pressões da vida adulta e terá mais criatividade para solucionar seus problemas. Na criança, a falta de criatividade lúdica pode deixar marcas profundas e muitos dos problemas apresentada em consultórios médicos e psicológicos surgiram pela privação desse trabalho infantil. 
Ao ocupar seu tempo com brincadeiras, a criança tornara mais criativo e responsável ( OLIVEIRA, 2002,). “brincar é a oportunidade de desenvolvimento psicomotor, assim a criança experimenta, descobre inventa, exercita e confere suas habilidades’’. Brincando , a criança desenvolve a imaginação, fundamenta afetos, explora habilidades e, na medida em que assume múltiplos papéis, fecunda competências cognitivas e interativos. Além disso, a brincadeira favorece a auto estima das crianças auxiliando –os a superar progressivamente sua aquisições de forma criativa. Brinca contribui para a interiorização de determinado modelos de adultos, no âmbito de grupos sociais diversos. 
Nesse sentido, o brincar requer presença ativa do professor enquanto mediador, atuando com a ligação entre o individual e o social, entre o real e a fantasia e entre a criança e sua individualidade. O educador pode assumir papeis e estar disponível para entender as crianças em suas necessidades, pois sua interação é fundamental, quando se considera que não e a simples ação das crianças sobre os objetos que lhe possibilitam conhecendo e sim uma ação de identidade. É interessante que pais e educadores se coloquem diante de atraentes, e ao mesmo tempo, sérios desafios, por contesto educativo, torna-se necessário conhecer os fundamentos e as contribuições que esses elementos trazem para o desenvolvimento e para a aprendizagem das crianças.
Almeida (1990) assevera que brincar não é perder tempo, mas concretizar aprendizagens. “A criança, por meio das brincadeiras, desenvolve a sua imaginação, a sua criatividade e o seu pensamento”. Esses aspectos são responsáveis pela socialização pela efetivação e pela construção do seu conhecimento.O ato de brincar permite ao individuo explorar e desenvolver diferentes habilidades, pois a medida que se entrega a brincadeira, mobiliza funções fundamentais que leva a redução das consequências relativas aos erros e fracassos; permissão da exploração, da imitação idealizada da vida; transformação do mundo , diversão. 
 
O LÚDICO NO DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
É através da ludicidade que a criança aprende a conviver, a ganhar, perder, além de adquirir conhecimento básico de regras e jogos, levando a criança á aprender lidar com suas frustrações, de forma que venha a explorar o mundo facilitando a convivência entre a criança e o professor.
A partir desse pensamento sentiu - se a necessidade realizar uma pesquisa das brincadeiras na Educação Infantil, visando buscar informações de tipos de brincadeiras, com quem a criança brinca, quis as brincadeiras ela mais gosta? Antigamente existia uma separação entre o brincar e o aprender pensava-se que o brincar tinha que ser separado entre o brincar e o aprender não acreditava que era possível aprender enquanto brincavam. O brincar torna as crianças capazes não só de imitar a vida como também de transformá-la favorecendo a autoestima das crianças auxiliando –as a superar progressivamente suas aquisições de forma criativa, construindo para interiorização de determinados modelos de adultos isto é a ludicidade é uma necessidade de criança não importando a idade, porem o brincar não pode ser visto como uma diversão mas sim com um intuito por traz das brincadeiras que abrangem o aprender. De acordo com Pinto (2004), as experiências lúdicas são ações com sentidos e significados atribuídos pelos seus praticantes. Isso significa que a ludicidade é a própria maneira de cada individuo sentir, pensar, agir e conviver, mantendo a coerência com as razões que os motivam.
 Fica então evidente que o lúdico não é uma atividade previamente acabada, repetida mecanicamente conforme comandos de pessoas. Assim, ao mesmo tempo em que a experiência lúdica é singular e considerada a vivencia de cada um, ela também é plural, visto que pode ser multicultural em termos de conteúdos de ação. Neste pensamento (Santos 1995, p.4) “enfatiza que o brincar é, uma atividade natural, espontânea e necessário pra a criança, constituindo-se em uma peça importantíssima na sua formação seu papel transcende o mero controle de habilidades de muito mais abrangente e a sua importância é notável, já que por meio dessas atividades as crianças constrói seu próprio mundo.” 
		
RELAÇÃO DO BRINCAR COM O DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM
O brincar ocorre como um processo de troca, compartilha, confronta, proporciona conquista individuais e coletivas servindo como fonte de conhecimento por meios das brincadeiras. O brincar cruza deferentes tempos e lugares passados e presente e futuro, a criança vai se situando em um contexto histórico e social. Neste aspecto a significativa produção teórica já acumulada afirmando a importância da brincadeira nas constituições processos de desenvolvimento e de aprendizagem não foi capaz de modificar as deias e praticas que reduz o brincar a uma atividade á parte, paralela, de menor importância no contexto da formação escolar da criança.
Na realidade tanto a dimensão cientifica quanto a dimensão cultural e artística deveriam estar completadas nas praticas dos professores junto às crianças, mas para isto é preciso que as rotinas, as grades de horário, organizações dos conteúdos e das atividades abram espaço para que professores possam juntos com as crianças, brincar e produzir cultura. Dessa forma É possível organizar o trabalho do professor e a escola de outra forma, de modo que esse espaço seja garantido. Ora essa visão é importante para a reflexão do trabalho isto é a valorização da brincadeira como um fator de aprendizagem e que a mesma tem um processo transformador na vida da criança; como uma visão histórica social no desenvolvimento e a aprendizagem.
De acordo com Vygotsky, 1987, um dos principais representantes dessa visão, o brincar é uma atividade humana criadora, na qual imaginação, fantasia e realidade interagem na produção de novas possibilidades de interpretação, de expressão e de ação pelas crianças, assim como de novas formas de construir relações sociais como os outros sujeitos, crianças e adultos.
Assim o brincar envolve processos de articulações entre o já dado e a nova entre a experiência, a memória e a imaginação a fantasia.
Lembrando-se que as crianças aprendem desde cedo a brincar, cabe ressaltar que a brincadeira não é algo já dado na vida da criança, neste sentido o brincar envolve múltiplas aprendizagens, por isso o brincar é um espaço privilegiado, proporciona a criança, como sujeito, a oportunidade de viver entre o princípio do prazer e da realidade.
1.3 QUAL A IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA NA EDUCAÇÃO INFANTIL?
A brincadeira é considerada como de fundamental importância para o desenvolvimento infantil, pois a criança transforma e cria novos significados na interação social que estabelece com os outros e com os brinquedos e objetos variados, assumindo o caráter ativo do seu próprio desenvolvimento.
Vygotsky (1989, p.110) afirma, na brincadeira “os objetos perdem sua força determinadora. A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação àquilo que ela vê. Assim, é alcançada uma condição em que a criança começa a agir independente daquilo que vê”. Tal processo potencializa o desenvolvimento das funções psíquicas superiores da criança, pois ela passa a pensar de maneira autônoma no momento em que interage e cria significações no contexto da própria cultura.
Nesse sentido, o faz-de-conta é um especial significativo para o desenvolvimento infantil por estar relacionado à imaginação. Nessa brincadeira, as crianças assumem papeis sociais de conflito e brincam com a realidade, resolvendo situações que de maneira abstrata não conseguiram nessa faixa etária. (Valsinen 2000, p. 48-62) aponta ainda “que ela ocupa um papel ativo na organização de suas atividades, construindo uma versão pessoal dos eventos sociais que lhe são transmitidos pelos membros de sua cultura”. Assim para compreender a importância da atividade do brincar para o desenvolvimento infantil, numa perspectiva construtivista, pode-se considerar que a criança desde o seu nascimento se integra em um mundo de significados construídos historicamente. 
Moyes (2002, p.36) destaca a importância do brincar na Educação Infantil, o brincar, como um processo e modo, proporciona uma ética da aprendizagem em que as necessidades básicas de aprendizagem das crianças podem ser satisfeitas. Essas necessidades incluem as oportunidades:
De praticar, escolher, perseverar, imitar, imaginar, dominar, adquirir competências e confiança.
De adquirir novos conhecimentos, habilidades, pensamentos e entendimentos coerentes em lógicos.
De criar, observar, experimentar, movimentar-se, cooperar, sentar, pensar, memorizar e lembrar.
De comunicar, questionar, interagir com os outros e ser parte de uma experiência social mais ampla em que flexibilidade, a tolerância e a autodisciplina são vitais.
De conhecer e valorizar a si mesmo e as próprias forças, entender as limitações pessoais.
De ser ativo dentro de um ambiente seguro que encoraje e consolide o desenvolvimento de normas e valores sociais:
Assim percebemos o quanto brincar na Educação Infantil é uma atividade séria e importante, por isso deve estar presentes diária e sistematicamente nas aulas e não acontecer de forma aleatória ou somente quando sobrar tempo. Nesse sentido o professor continua sendo um mediador das relações, e precisa, intencionalmente, selecionar os recursos didáticos em função dos seus objetivos, avaliar se esses recursos estão sendo suficientes e planejar ações sistemáticas para que os alunos possam aprender de fato. 
1.4- O CUIDAR-EDUCAR-BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Assis (2006 p. 96) mostra que a dimensão do cuidar é concebidacom a parte menos importante da ação educativa, limitando-se a questão da higiene e da alimentação. 
Portanto, a saúde da criança que frequenta instituições de educação infantil revela sua singularidade como sujeito que vive em determinada família que por sua vez vive em grupo social, tendo assim uma história e necessidades de cuidados específicos. Por isso, organizar um ambiente favorável que contribuem para seu próprio bem-estar e interação com os demais.
	A dimensão do educar também é concebida de maneira equivocada na Educação Infantil, pois é mais valorizada em relação ao cuidar e ao brincar, e é compreendida como os conteúdos escolares. Neste contexto,
 “O educar como o aspecto mais significativo da pratica pedagógica e sob essa perspectiva os professores dão ênfase aos processos de aquisição da leitura e da escrita”. Observa-se que a concepção de educar das professoras também é limitada, pois se reduz os conteúdos curriculares, ressaltando apenas o desenvolvimento cognitivo, desconsiderando o desenvolvimento afetivo-estético motor, social, ético, entre outros (Assis, 2006, p.96). 
	E a dimensão do brincar , assim como os demais, precisa ser repensada, pois essa atividade é compreendida como uma ação secundaria que tem finalidade de distrair e de facilitar a assimilação de conteúdos escolares. No entanto, o brincar é um processo histórico e socialmente construído, ou seja, as crianças aprendem a brincar com os diferentes membros de sua cultura, e suas brincadeiras são carregadas dos hábitos valores e conhecimento de seu grupo social. Dessa forma, amplia os conhecimentos sobre si mesmos e sobre a realidade ao seu redor. Afinal, brincar é uma experiência de cultura importante não apenas nos primeiros anos da infância, mas durante todo o processo de vida de qualquer ser humano, portanto, também deve ser garantido em todos os anos do ensino fundamental.
1.5- O JOGO E A BRINCADEIRA COMO RECURSOS PRIVILEGIADOS DE DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA PEQUENA
Os jogos estão presentes em diferentes épocas da vidadas pessoas evidenciando o quanto eles participam da construção das personalidades e interferem-nos próprios modos de aprendizagem humanos eles estão presentes desde os primeiros momentos da vida do bebê. Concebemos, ainda que o jogo, além de construir-se como veiculo de expressão e socialização das praticas culturais da humanidade e veiculo de inserção no mundo, é também uma atividade lúdica em que as crianças e ou adultos se engajam num mundo imaginário, regido por regras próprias que geralmente são construídas a partir das próprias regras sociais de convivência.
Porém, algumas vezes, o jogo é entendido como certo equivoco instancias educativas, principalmente pelos professores, quando confundem o conceito de jogo simbólico como o “jogo livre”, em que a criança fica solta, escolhendo o que fazer, sem o suporte de um adulto. Em outra ocasião ainda, alguns professores tratam o jogo como um elemento facilitador da aprendizagem, mas exercem extremo controle sobre a criança por meio de jogos e brincadeiras. O fato é que qualquer uma dessas concepções afasta o professor da parceria, da interação com seu aluno e é por isso que precisamos ter extremo cuidado, pois uma proposta que contemple jogos para a Educação Infantil deve ter o cuidado de oferecer as atividades especificas (jogos e brincadeiras) é, também, as interações e entre crianças e seus professores.
Para Piaget (1978), os jogos são caracterizados em três grandes tipos: jogos de exercício (0 a 2 anos),que se classifica com a primeira forma de jogo que a criança conhece e que aparece antes do desenvolvimento verbal completo. Tem como característica o fato de a criança brincar pelo prazer de conhecer o objeto, de explorar, de realizar o desenvolvimento motor ou, como o próprio nome diz, o puro exercício. Nessa fase, a criança brinca basicamente sozinha ou com a mãe.
O jogo simbólico (2 a 6 anos) é uma forma de jogo em que a criança faz de conta que é outra pessoa, imagina-se em outra situação ou atribui outra função a um objeto. Por exemplo: a criança que brinca de casinha faz comidinha de mentira, criança que de posse de um prato de papelão imagina que é a direção de um carro, ou que, brincando de casinha, vivencia o papel da mãe em sua casa, reproduzindo jeitos de sua própria mãe. O jogo simbólico Porém de certa forma, é uma maneirada criança comunicar ao outro aquilo que sente.
Os jogos de regras (6 anos em diante). É caracterizado pelo conjunto de leis e imposto pelo grupo social. Dessa forma, necessita de parceiros que aceitem o cumprimento das obrigações definidas nas regras. É um jogo estreitamente social. Nesse caso a atenção recai sobre o atendimento as regras compartilhadas, embora tais regras continuem atreladas á construção de um mundo imaginário. Assim há grande desenvolvimento de atitudes morais e sociais. 
	1.6- OS JOGOS NA CONCEPÇÃO PIAGETINA
Para Piaget (1977), a brincadeira é uma assimilação quase pura do real do eu, não tendo nenhuma finalidade adaptativa. A criança pequena se sente constantemente necessidade de se adaptar ao mundo social dos adultos, cujos interesses e regras ainda lhe são estranhos. 
Para o autor, a criança não consegue satisfazer todas as suas necessidades afetivas e intelectuais no processo de adaptação ao mundo adulto. Assim ela brinca porque é indispensável ao seu equilíbrio afetivo e intelectual. Nesse sentido, Piaget (1977) afirma que “a brincadeira é uma atividade que transforma o real, por assimilação, conforme as necessidades da criança, em razão dos seus interesses afetivos e cognitivos”.
Para Piaget (1977), a brincadeira é uma forma de expressão da conduta humana, dotada de característica espontânea e prazerosa, que possa a ser um processo assimilativo.
• Jogos de exercício sensório-motores
Andar - livremente, batendo palmas para frente, de costas, na ponta dos pés, com as pernas abertas.
Correr - com as mãos na cintura ou na cabeça, rolar uma bola sobre uma linha traçada no chão.
Deitar - elevar os braços para os lados - como se fosse asas, de costas com braços e pernas estendidos, de peito.
Saltar - no mesmo lugar, com os dois pés juntos, para frente, para os lados com uns pés, de cima de um bloco, com as pernas abertas.
 Jogos envolvendo representação simbólica
Imitar a forma de andar dos animais – elefante, tartaruga, galo, sapo, etc.
Montar sobre um cabo de vassoura imitando um cavalo de pau.
• galopar lentamente
• galopar sobre um cavalo bravo
Andar imitando pessoas e objetos;
 • um velhinho
 • um cego atravessando a rua
 • Um robô 
Jogos imitativos;
• Um domador de circo, domando a fera com um chicote.
• Um palhaço brincando com bolas.
• Um pianista tocando piano.
Dramatização;
• Reproduzir situações.
• Representar ou reproduzir histórias.
f) Teatro de sombras;
• Fazer gestos, projetando suas sombras e a partir daí, criar histórias e adivinhações.
g) Brinquedos contados
• ciranda, cirandinha
• a canoa virou.
• escravos de Jó
• cai, cai balão, etc.
Jogos de regras ao ar livre:
Funções psiconeurológicas e operações mentais envolvidas
Coordenação visiomotora – atenção – exemplo: jogo de batata quente
Coordenação motora ampla – atenção – exemplo: o mestre dá as ordens; primeiro imitar um sapo, segundo dançar, terceiro pular.
 Orientação temporal – exemplo: O gato e rato.
Discriminação auditiva - exemplo – vôo das borboletas.
Linguagem exemplo: boca de forno
Orientação espacial – exemplo: fuga dos pássaros.
A brincadeira faz parte da vida das crianças, pois elas vivem num mundo de fantasia de encantamento de alegria de sonhos, onde a realidade e o faz-de-conta se confundem dessa forma o brincar e um ato importante, e muito prazeroso sendo que o prazer é um ponto fundamental para o ser humano, assim o lúdico é uma necessidade interior tanto na criança quanto no adulto. Pois é no brincar que ela se desenvolve e assumem variadospapeis promovendo na criança sentimentos afetivos, emocionais que contribuem na representação desses papeis podendo encontrar seu lugar na sociedade.
	No entanto o jogo as brincadeiras é a forma que as criança encontra para representar o contexto em que estão inseridas, incorporando valores morais e culturais de forma que as atividades lúdicas enfatizam a auto imagem a auto estima, o auto conhecimento a cooperação porque este induzem e provocam a imaginação, fantasia dentre outras características.
	Portanto o lúdico realiza uma aprendizagem significativa na qual ela experimenta varias situações. 
 1.7A ARTE DE BRINCAR NA PERSPECTIVA DE VYGOTSKY 
Para Vygotsky (1991) ao brincar, a criança tenta agir sobre os objetos com os adultos. “E por isso que a brincadeira das crianças pequenas caracteriza-se pela reprodução de ações humanas realizadas em torno de objetos”. Nesse sentido o autor ressalta que é por meio da brincadeira que a criança se comporta de forma diferente de seu comportamento diário. Ou seja, as crianças utilizam as brincadeiras como ponte capaz de ligar suas necessidades para aproximá-lo do mundo adulto. Na verdade, o autor quer explicar que, ao passo que as crianças vão crescendo e se desenvolvendo emocionalmente e cognitivamente, começam a procurar outras pessoas para fazer parte de suas brincadeiras. Essa percepção que a criança vai adquirindo com que ela perceba a presença do outro e comece a respeitar regras e limites.
Portanto a brincadeira é um recurso que possibilita a transição da estreita vinculação entre significados e objetos. Na brincadeira, a criança ainda utiliza um objeto concreto para promover a separação entre significados e objeto. Ela só é capaz de operar, por exemplo, com o significado de cavalo utilizando um objeto como pedaço de madeira, que lhe permite a mesma ação possível com um cavalo real. Por fim, a brincadeira tem um papel fundamental na formação da criança, pois valoriza o fator social e cria situações imaginarias que incorporam elementos de contexto cultural adquirido por meio da interação e da comunicação com outros indivíduos. A brincadeira é um lugar de construção de culturas fundado nas interações sociais entre as crianças. É também suporte da sociabilidade. 
CONSIDERAÇÕES
Percebemos que o brincar favorece a autoestima, a interação com os colegas e, sobretudo, a linguagem interrogativa, proporcionando situações de aprendizagem que desafiam seus conhecimentos, estabelecidos fazendo destes elementos novos esquemas de cognição. Por meio da brincadeira, a criança aprende a agir e desenvolve autoestima, o que possibilita descobertas e estimula a exploração e a criatividade. Além disso, o ato de brincar pode incorporar valores morais e culturais e uma serie de aspectos a ajudam a moldar suas vidas, como crianças e como adultos. Brincando a criança pode acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhe são importantes e significativos, e o modo como ela brinca revela o seu mundo interior, proporcionando-lhe que aprenda fazendo, realizando dessa forma, uma aprendizagem significativa.
	Podemos concluir que o ambiente de Educação Infantil proporciona um ambiente de interações sociais construtivas para que as crianças do local tenham possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem. Assim quando os pais e profissionais entendem que no processo de desenvolvimento de uma criança estão envolvidos cuidados além das aprendizagens que se realizam interações com outras crianças com adultos e com objetos que ficam no meio físico e sócio, passa a ver entre instituições de educação e família um relacionamento de confiança e respeito, no qual quem ganha é a criança principalmente, pois ela poderá crescer se desenvolver e aprender além de desenvolver uma auto- estiam, elevada, superando conflitos e desafio são longo de sua vida futura.
	E através deste trabalho de pesquisa podemos observar mais de perto, tais comprovações de que as brincadeiras ajudam e obtém resultados positivos em seu desenvolvimento escolar além de oportunizar momentos calorosos e de interação com outros colegas. 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica: Técnicas e jogos pedagógicos. 5 edição. São Paulo: Loyola, 1990.
ASSIS, Muriane Sirlene Silva de. Praticas de Cuidado e de educação na instituição de Educação Infantil: O olhar das professoras. In: ANGOTTI, Maristela (Org.) Educação Infantil Para que, para quem e por quê? Campinas: Alínea, 2006.
HUIZINGA, John. Homo Ludens: O jogo como elemento de cultura. 2. Edição São Paulo: Perspectiva, 1990.
OLIVEIRA, Amauri de Formação Profissional em educação física e a realidade escolar. Revista CREF 9/ PR, Curitiba ano 1, nº 7 p 7 e 11 Junho. 2002
PIAGET, A formação da simbologia na criança Rio de Janeiro: Zahár, 1978.
PIAGET, A formação da simbologia na criança Rio de Janeiro: Zahár, 1977.
PINTO, L.M. S. de M. Educação Física: dos jogos e do prazer. Presença Pedagógica. Belo Horizonte,V, 1.N. P 42, Julho/Agosto. 2004.
SANTOS, Santana Marli Pires dos: Brinquedoteca, Sucata vira brinquedo, Porto Alegre: Artes médicas, 1995.
VALSINERER, J. (2000) Culture and development. In j. valsener ( E.d) < culture and human development. ( pp. 48- 62) Londres: Sage
VIGOTSKY, L.S . A formação social da mente. Martins fontes, 1987.
VIGOTSKY, Lev Semenovich. O papel do brincar no desenvolvimento: A formação social da mente. São Paulo:Martins Fontes.1991.

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