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DESAFIO 6º SEMESTRE Agropecuaria Bom Gestor

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Introdução
O desafio Profissional proposto tem foco no desenvolvimento do profissional de administração sendo este norteado pelas disciplinas de Administração financeira e orçamentaria ,Administração da produção e operações, Administração de recursos humanos ,Sistemas de informação gerenciais planejamento e controle da produção ,disciplinas estas estudadas no 6º semestre do curso de Administração de 2017 com intuito de desenvolver o profissional de administração incentivando a iniciativa ,capacidade de identificação dos problemas, desenvolver a capacidade de realizar consultoria em gestão e Administração e a sua criatividade. O trabalho sugerido será desenvolvido em cinco passos, onde será realizado uma pesquisa para compreender o agronegócio a elaboração de um plano de produção, com base nos dados fornecidos como quantidades, insumos, dificuldades técnicas, desenvolvimento de pessoas, utilização de tecnologias de informação, otimização do tempo, ao final apresentaremos a demonstração de resultado do exercício deste projeto e verificar sua viabilidade.
O cenário deste trabalho gira em torno da empresa agropecuária Bom Gestor, onde os proprietários querem investir no plantio de cana de açúcar, café e gado dentre outros, devido ao bom momento do agronegócio (Gazeta do Povo 2017) porem decidem por planejar a viabilidade deste projeto. A empresa possui diversos colaboradores, maquinas e equipamentos e diversos parceiros aptos para realizar os trabalhos e para isso dispõem consideráveis 4500 hectares de terra outras informações disponíveis (Bueno, Wellington Desafio profissional de Administração 2017)
DESENVOLVIMENTO 
 Este trabalho foi dividido em cinco passos que juntos apresentam todos os dados para a análise dos pontos fortes e fracos e sua viabilidade conforme investimento e prazos informados pela empresa Agropecuária Bom Gestor quanto a viabilidade do projeto as culturas de soja e milho safrinha. 
Ciclo Produtivo da Soja e Milho; Plano de produção (Passo 01)
Segundo (Duarte2001) para o plantio da Soja existe uma preparação do solo efetuada anteriormente a introdução da semente no solo, portanto há necessidade de tempo para início do plantio. Já o milho safrinha, é plantado normalmente após a colheita de soja é levado a terra por meio de plantio direto onde não há a necessidade de preparo anterior do solo. Na prática, por não haver tempo suficiente para que se encerre toda a colheita da soja o milho safrinha é plantado ainda com a colheita da soja ocorrendo. Esta pressa é devido a busca por maior quantidade de grãos, pois quanto mais tardio o plantio menor quantidade de grãos e menor o retorno podendo até não compensar realizar o cultivo, pois as condições climáticas podem impedir que a planta se desenvolva de forma adequada prejudicando a produção.
Ciclo de Produção da Soja
 De acordo com (Nunes 2016) o ciclo da soja possui duas fases, chamadas Vegetativas (V) e Fase Reprodutiva (R), a fase Vegetativa tem subdivisões designados por letras VE (Emergência) e VC (Cotilédone) e são medidos por estágios por V1, V2...Vn de acordo com nós encontrados nas plantas a partir da fase Cotilédone, sendo que (n) varia em função das diferentes variedades e ambientes. Já na fase Reprodutiva, existem oito estágios sendo divididos em quatro partes sendo: R1e R2 relacionado ao Florescimento, R3 e R4 a vargem em desenvolvimento, R5 e R6 a semente em desenvolvimento, R7 e R8 está relacionado ao período de maturação da planta. Porem ao fim do ciclo R6 a planta atinge o seu ponto máximo sendo acima partir do R7 começa seu declínio.
 A fenologia da soja é uma espécie de calendário do desenvolvimento da planta que permite ao agricultor identificar em qual estágio se encontra a planta e qual melhor manejo para cada fase, sendo assim possível reduzir custo utilizando o produto correto no momento correto (Nunes 2016).
 Segundo o Engenheiro Agrônomo Oliveira (2010) existe algumas informações sobre o cultivo da soja que deve ser levada em consideração pois existem vários controles a serem executados no decorrer do plantio, devido ao aparecimento de pragas que reduzem a produtividade.
 - É extremamente importante ao acompanhamento da plantação por um Agrônomo. 
 -As pragas de solo devem ser eliminadas antes do início da Safra 
 - Cada estágio da planta dura em torno de 5 a 7 dias.
 - A fase vegetativa dura entre 40 e 50 dias praticamente (1/3 do período total).
 -Fase reprodutiva da planta se inicia a partir dos 45 dias aproximadamente.
 - O potássio E a cobertura podem ser aplicados no estágio V3 e V4.
 - Dessecação e pré colheita realiza-se no estágio R7 e a colheita no estágio R8.
 - Pragas só podem ser eliminados em estágios específicos.
 -Na fase reprodutiva podem surgir as lagartas que aparecem na fase um V1 e acompanham a colheita até a fase R7causando desfolhamento da planta. A soja perde produtividade em torne de 30 % no vegetativo e 15% no reprodutivo.
 -Pode ocorrer também infestação de percevejo que sugam semente e somente são considerados pragas a partir da fase R3,onde as vagens começam a se formar. Não é necessário o controle antes do aparecimento das vagens.
 -As doenças podem aparecer em forma de fungos principalmente se o plantio for tardio. 
 -A adubação deverá ser feita no momento da semeadura por meio de sulco de plantio.
--No momento do plantio é ideal já estar controlada as ervas daninhas
-Controle de ervas daninhas com as plantas já formadas (principalmente herbicidas é o glifosato). A soja necessita de ter a tecnologia (RR), que faz tolerância ao herbicida.
_normalmente a aplicação para controle da erva naninha são sequenciais começando após 15 dias da semeadura onde se faz necessário a primeira aplicação e aos 30 dias onde ocorre a segunda aplicação. Este controle deve ser efetuado antes da fase V4.
-A primeira aplicação do fungicida deve ser feita no momento em que a quinta folha da planta é formada e uma segunda aplicação em um intervalo de 15 a 18 dias uma terceira aplicação se faz necessário em um intervalo menor é recomendado consulta a um agrônomo.
No quadro a seguir está representado o plano de produção não qual demonstra os momentos de cada atividade deverá ou poderá ser realizada o cultivo da soja.
QUADRO 01 – Plano de produção (Soja)
	 Eventos
	Mês
	Jul.
	Ago.
	Set.
	Out.
	Nov.
	Dez.
	Jan.
	Fev.
	Mar.
	Quinzena
	1º
	2º
	1º
	2º
	1º
	2º
	1º
	2º
	1º
	2º
	1º
	2º
	1º
	2º
	1º
	2º
	1º
	2º
	Preparo da terra
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Plantio/Fase
Vegetariana
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Fase Reprodutiva
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Colheita
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de Herbicida
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de fertilizante *
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de inseticida *
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de fungicida *
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Legenda: * Se necessário
Fonte: Elaborado pelo autor (Bueno 2017).
Para elaboração dos cálculos foram informados os seguintes valores Fornecidos pelo autor:
-Total da área a ser cultivada =4500 hectares.
-Empresa possui equipamentos suficientes para 800 hectares por semana ao custo de R$250,00 o hectare.
-Contratação de serviços de terceiros para realizar a atividade em 800hectares por semana tem custo de R$500,00 por hectares.
-Com equipamentos próprios o tempo para cobrir a área tem tempo estimado de 5,6 semanas.
-Dividindo a área ao meio para cobrir toda a área a ser produzido, a empresa levaria 2,8 semanas com seus equipamentos e parceiros.
-Devido a
incidência de pragas e a diversificação do plantio é necessário a utilização de equipamentos de parceiros.
No quadro a seguir é possível demostrar os custos com maquinas para cada fase do plantio de soja.
Quadro 02 - Custos com maquinas e equipamentos (soja)
	Utilização
	Equipamento próprio
(R$250,00/hectare)
	Equipamento de parceiros
(R$500,00/hectare)
	Total R$
	Preparo terra (R$)
(R$ 2.250,00/ha por equipamento)
	
 562.500
	
1.125.000
	
1.687.500
	Plantio/aplicação Fertilizantes (R$2.250/ha por equipamento)
	
 562.500
	
 1.125.000
	
1.687.500
	Colheita 
(R$2.250,00/ha
 por equipamento)
	
 562.500
	
 1.250.000
	
1.687.500
	Aplicação de Herbicida
(R$2.250,00/ha por equipamento) *
	
 1.125.000
	
 2.250.000
	
3.375.000
	Aplicação de inseticida e fungicida
(R$2.250,00/ha por equipamento) **
	
1.125.000
	
 2.250.000
	
3.375.000
	
TOTAL (R$)
	
R$ 3.937.500,00
	 R$7.875.000,00
	
R$ 11.812.500,00
Legenda: * Para fins de planejamento foram consideradas duas aplicações.
 ** Para fins de planejamento foram consideradas duas aplicações e os dois produtos sendo plicados juntos.
Fonte: Dados fornecidos pelo autor (Bueno 2017).
CICLO PRODUTIVO DO MILHO SAFRINHA
Conforme informações coletadas no Embrapa (2006), o milho é uma cultura com muitas variáveis pois depende da qualidade da semente, condições climáticas no decorrer do seu desenvolvimento. Segundo Embrapa (2006) os estágios fenológicos ocorrem em cinco etapas descritas a seguir.
Germinação e emergência: Período entre a semeadura até o surgimento da plântula do milho, com duração variada de acordo com as condições climáticas e podem durar de 5 a 15 dias. Observação nesta fase começa o surgimento de ervas daninhas que disputam lugar com o milho.
 Crescimento Vegetativo: período de formação completa da segunda folha até o florescimento do milho tem duração de 8 a 10 semanas após a emergência.
Florescimento: . Este é o período de polinização e início da frutificação do milho, normalmente tem duração de 4 a 8 dias.
 Frutificação: Período entre a fecundação até o enchimento dos grãos tem duração entre 40 a 60 dias.
Maturação: A Maturação fisiológica ocorre ao final do período de frutificação e compreende o momento ideal para a colheita. Esta fase pode ser identificada visualmente observando a formação total de uma camada preta que ocorre ao longo da espiga. 
Conforme informação fornecida pelo Embrapa (2016).a utilização de herbicidas é uma das forma de controle ,porem ser aplicado na fase pós emergente ,onde há crescimento de ervas daninhas .Contudo a aplicação do herbicida deve ocorrer até o fim da fase vegetativa para que não atinjam o florescimento e frutificação não seja contaminado.
O método do plantio direto é o mais indicado para a cultura do milho safrinha, pois a aproveita os resíduos deixados pela cultura da soja, além de economizar tempo para o plantio ocorra a quanto antes. A definição do plantio diretos está ligado ao fato da terra não ser revirada inserindo a semente em sulcos com profundidade suficiente para ser germinada. (Cruz,et al.2016).
Sobre a fertilização, ela ocorrerá no momento do plantio onde os elementos são inseridos junto á semeadura. Este tipo de fertilização passa a ser ideal uma vez que o solo encoberto por matéria orgânica da cultura anterior (Cruz,et al.2016).
Na cultura de milho a praga não tem tempo certo para aparecer em qualquer momento do plantio, normalmente as sementes tem proteção contra insetos para que fiquem protegidas até o período de 10 a 15 dias após a emergência. Os fatores climáticos contribuem para o aparecimento de pragas assim como existem as pragas naturais como a lagarta de cartucho que contribuem para a diminuição da quantidade de grãos sendo assim é extremamente recomendado ao acompanhamento de toda plantação por um agrônomo (Freitas.2015).
No quadro a seguir será apresentado o plano no qual demostra em qual período a atividade poderá/deverá ser realizado cultivo do milho safrinha.
QUADRO 03 -Plano de produção (Minho safrinha)
	Mês
	Mar
	Abr
	Mai
	Jun
	Quinzena
	1º
	2º
	1º
	2º
	1º
	2º
	1º
	2º
	Plantio/Fase
Vegetariana
	
	
	
	
	
	
	
	
	Florescimento/frutificação
	
	
	
	
	
	
	
	
	Colheita
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de Herbicida
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de fertilizante *
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aplicação de inseticida *
	
	
	
	
	
	
	
	
Legenda: * Se necessário
Fonte: Elaborado pelo autor (Bueno2017).
O autor forneceu valores conforme quadro abaixo para o cálculo dos custos do plantio (milho Safrinha).
-Total da área a ser plantada = 4500 hectares.
-A empresa possui equipamento que podem realizar atividade em 800 hectares por semana a custo de R$250,00 por hectare.
-Podem ser contratados serviços de terceiros que podem realizar atividade em 800 hectares por semana a custo de R$ 500,00 por hectare.
-Para cobrir toda a área a ser produzida, a empresa levaria 5,6 semanas, apenas com seus equipamentos próprios.
-Dividindo a área ao meio, para cobrir toda a área a ser produzida, a empresa levaria 2,8 semanas com seus equipamentos mais os equipamentos de um parceiro.
Conforme já mencionado o plantio de milho safrinha é uma corrida contra o tempo, serão necessários utilização de equipamentos próprios e também equipamentos de um parceiro contratado.
No quadro 4 será possível observar os custos com maquinas equipamentos para cada fase da safrinha.
04 - Custos com maquinas e equipamentos (Milho safrinha)
	Utilização
	Equipamento próprio
(R$250,00/hectare)
	Equipamento de parceiros
(R$500,00/hectare)
	Total R$
	Preparo terra (R$)
(R$ 2.250,00/ha por equipamento)
	
 562.500
	
1.125.000
	
1.687.500
	Colheita 
(R$3.000,00/ha p equip. próprio) 
(R$1.500,00/ha p equip. parceiro)
	
 750.000
	
 750.000
	
1.500,00
	Aplicação de Herbicida
(R$2.250,00/ha por equipamento) *
	
 1.125.000
	
 2.250.000
	
3.375.000
	Aplicação de inseticida e fungicida
(R$2.250,00/ha por equipamento) **
	
1.125.000
	
 2.250.000
	
3.375.000
	
TOTAL (R$)
	
R$ 3.562.500,00
	 R$6.375.000,00
	
R$ 9.937.500,00
Legenda: * Para fins de planejamento, foram consideradas duas aplicações.
Fonte: Dados fornecidos pelo autor (Bueno2017)
2.2Estimativas de Consumo de insumos á Soja e ao Milho (Passo02)
O planejamento é de suma importância para prever gastos e verificar a viabilidade da materialização do projeto.No quadro 05 a seguir serão apresentados os insumos por hectare.
Quadro 05 estimativas de custo de insumos por hectare.
	 Custo de insumos por hectare -Soja
	Insumo
	Custo por Hectare
	Semente
	R$150,50
	Fertilizante
	R$478,81
	Corretivos
	R$174,35
	Herbicidas
	R$110,52
	Inseticidas
	R$133,11
	Fungicidas
	R$115,92
	TOTAL
	R$1.164,21
Fonte: Embrapa- Comunicado técnico 211 1º edição (2016 p.3)
Foram disponibilizados dados que indicam uma expectativa de produção de no mínimo 3,3 toneladas por hectare de soja equivalente a 55 sacas (60kg/ha)
 (Bueno 2017
 No quadro 06 será apresentado o custo por saca de soja.
 Quadro 06 –Custo de insumos por saca (60Kg) de soja
 
	 CUSTO DE INSUMOS POR HECTARE -SOJA
	Custo de insumos por hectare
	 R$ 1.1164,21
	Total de sacas por hectare
	 55
	Custo de insumos por saca
	 R$21,17
 Fonte: Elaborado pelo autor (Bueno2017)
 
 No próximo quadro de número 07 serão apresentados os insumos necessários e o custo por hectare de cada produto á cultura do Milho Safrinha.
Quadro 07 – Estimativa de custo de insumos por hectare -MILHO
 
	 Custo de insumos por hectare -Milho
	Insumo
	Custo por Hectare
	Semente
	R$340,00
	Fertilizante
	R$480,52
	Herbicidas
	R$40,50
	Inseticidas
	R$101,18
	TOTAL
	R$962,20
 Fonte Embrapa- Comunicado técnico 214,1º edição (2016.p.2)
 Foram disponibilizados dados que indicam a expectativa de uma produção média de no mínimo 110 sacas (60KG) por hectare ou 6,6 toneladas/há fonte
 (Bueno 2017p5) sendo apresentado no quadro a seguir de número 08 o custo de insumos por saca de milho.
 
 QUADRO 08- Custo de insumos por saca (60Kg) de milho
	 Custo de insumos por hectare -Milho
	Custo de Insumo por hectare
	R$962,20
	Total de sacas por hectare
	110
	Custo de insumo por saca
	R$8,75
2.3. Principais funções desempenhadas pelos trabalhadores rurais para culturas como milho e soja. (Passo 03)
 A chegada das máquinas no meio produtivo rural se confunde com o período da revolução industrial, no século XVIII, quando as máquinas não só deram origem às indústrias nas cidades como modernizou as técnicas da agricultura nas fazendas e sítios. Foi nesse momento em que entraram em cena as primeiras semeadeiras, colheitadeiras e os tratores. 
Foi devido à mecanização da agricultura, juntamente à revolução verde – termo que compreende as evoluções tecnológicas agrárias -, que a produção rural ganhou rapidez e melhor custo benefício, contribuindo até para uma maior oferta de matérias e bens para exportação. 
É através da mecanização do campo que o produtor tem conseguido, ao longo dos anos, melhor adequar o solo para plantação, assim como fazer a manutenção da lavoura e aprimorar o plantio e a colheita com eficiência e otimização do tempo. 
Graças a essa automatização do campo que as fábricas de máquinas, tratores e outros equipamentos rurais tiveram crescimento acentuado. Com isso, as indústrias desse segmento puderam estender suas unidades fabris, ampliar suas linhas de produção e, assim, gerar mais postos de trabalho. 
Se por um lado os profissionais que atuam em fábricas de máquinas e equipamentos para o campo comemoraram mais oportunidades de emprego, os trabalhadores rurais e pequenos agricultores perderam espaço com a mecanização agrária. 
Em muitas propriedades rurais a substituição do homem do campo pela máquina tomou dimensões estratosféricas, gerando, inclusive, o desemprego estrutural – aquele que se dá quando um posto de trabalho se torna inexistente. 
Somente entre os anos de 2011 e 2012, o número de oportunidades de trabalho no campo caiu em 756 mil, segundo dados do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ou seja, tal indicativo é a constatação de que há um incontrolável crescimento do desemprego no campo. 
Também de acordo com o IBGE, somente 14,2% de todos os atuais empregos no País correspondem à agricultura. Já em 2004, ainda segundo o Instituto, esse percentual chegava a 20,4%. 
A automatização da produção rural chegou também a contribuir com o êxodo rural – que compreende a saída em massa da população agrária para outras regiões em busca de melhores condições de vida. No Brasil, esse fenômeno ocorreu predominantemente na segunda metade do século XX. 
Assim sendo, o trabalhador rural que deseja garantir sua vaga de emprego, deve buscar se especializar para ficar em condições de atender às necessidades impostas pela constante presença da tecnologia. 
Dentre as principais funções desempenhadas por trabalhadores rurais, sem dúvidas são as relacionadas ao manuseio de implementos agrícolas e dentre eles destacam-se as apresentadas no quadro a baixo: 
Funções desempenhadas na cultura de soja e milho.
	FUNÇÃO 
	HABILIDADE 
	Agrônomo 
	- Planejar e supervisionar a aplicação de princípios e processos básicos da produção agrícola, favorecendo-se da biologia, química e física, aos estudos específicos sobre o solo, clima e culturas diversas. 
	Operador de Trator e Implementos 
	- Dirigibilidade do trator; 
- Capacidade de manusear os implementos que podem ser atrelados ao trator, quais sejam: carreta, grade de arrasto, pulverizadores, semeadoras, colheitadeiras, picadeiras, capinadeiras, roçadeiras; 
- Capacidade de realizar manutenção básica dos materiais. 
	Operador de Pulverizador 
	- Dirigibilidade do pulverizador; 
- Capacidade técnica de operar os sistemas eletrônicos; 
- Capacidade de preparar as soluções e abastecer o equipamento; 
- Capacidade de realizar manutenção básica. 
	Operador de colheitadeira 
	- Dirigibilidade da máquina; 
- Capacidade técnica de operar os sistemas eletrônicos; 
- Capacidade de realizar manutenção básica. 
	Motorista de carreta/caminhão 
	- Dirigibilidade da carreta/caminhão (deverá possuir Carteira Nacional de Habilitação) 
2.4 Tecnologia da informação –Sistemas de gestão (Passo 4)
Atualmente, constata-se que o conhecimento dos dados operacionais é essencial para a administração de qualquer empresa. O sistema de informação vem como uma ferramenta para dar auxílio aos produtores rurais na administração de suas propriedades. O sistema de informação pode ser definido como um conjunto organizado de pessoas, hardware, software, redes de comunicação e recursos de dados que coletam, transformam e disseminam informações em uma organização. 
Existe um componente essencial que torna o sistema mais útil, o feedback, que quando integrado oferece resultados do desempenho desse sistema podendo ser aplicado medidas para melhorá-lo. 
A implantação de sistemas de informação consolidou-se e se tornou imprescindível em vários seguimentos para administração do seu negócio e na hora da tomada de decisão. No agronegócio não foi diferente, segmento que se torna cada vez mais estratégico, representativo no segmento econômico, social e ambiental. 
O sistema de informação tem como função facilitar os processos e atividades diretamente e indiretamente ligados a cadeia produtiva do agronegócio, sendo 
que as pessoas que atuam junto à propriedade deve ter um conhecimento na área de TI. 
O agronegócio é um conjunto de fatores geradores de riquezas extraídas de recursos naturais e renováveis, sendo dividido em três fases: antes da porteira, dentro da porteira e depois da porteira. O sistema de informação pode ser aplicado nessas três fases, podendo trabalhar individualmente ou interagir entre estes segmentos. 
O segmento antes da porteira contempla toda a cadeia produtiva de pesquisas, desenvolvimento, serviços e fornecimento da matéria-prima essencial à produção agrícola. O sistema de informação antes da porteira pode auxiliar na tomada de decisão, no gerenciamento da produção industrial, na automação de vendas, no setor de contábil e financeiro, nos recursos humanos e no setor de marketing. 
O segmento dentro da porteira é onde se encontra o empresário rural ou fazendeiro, que é responsável por agregado de valor em termos econômicos, sendo que o país é hoje um forte exportador de commodities, oriundo do trabalho desse empreendedor rural. O sistema de informação pode auxiliar dentro da porteira nas atividades agropecuária, no controle de custos de equipamentos e materiais diretos. 
O segmento depois da porteira é representado pelas agroindústrias, atravessadores, distribuidores e comércio em geral. O sistema de informação depois da porteira pode auxiliar na logística, nas exportações e nas aplicações de políticas fiscais e aduaneiras. 
O Planejamento de Controle da Produção (PCP) atualmente é realizado por muitas empresas utilizando os Sistemas de Informações Gerenciais (SIG), pois facilita o controle sobre a quantidade, momento ideal sobre quais produtos produzir. Para o bom desempenho da indústria, é crucial que informações corretas sejam disponibilizadas para as tomadas de decisões (BUENO. 2017, p.7). 
O ERP (Enterprise Resource Planning) é uma ferramenta
que integra diversos módulos interligados entre si. Cada módulo é de responsabilidade de um setor da empresa, sendo que este software pode ser criado de acordo com a necessidade da empresa. O ERP é uma evolução do MRP-I (Material Requirements Planning) e MRP-II (Manufacturing Resource Planning), porém, o ERP não veio substituir estes últimos, mas sim integrá-los. O MPR-I, quando da sua criação, era utilizado para atender às necessidades do planejamento da movimentação dos materiais dentro da empresa. Já o MPR-II, que veio após o MPR-I, incorporou o planejamento da necessidade da manufatura, mão de obra, equipamentos, e o tempo disponível para vender, produzir e entregar. Como dito, o ERP integrou os módulos e permitiu que novos módulos fossem criados, integrados e interligados de acordo com a necessidade, inclusive para atender as obrigações legais quanto à apresentação dos demonstrativos obrigatórios. Assim sendo, os sistemas de informações gerenciais são consideradas para a melhor transmissão de ordens de produção, controle de insumos, estoques, área financeira, contábil dentre outros (BUENO. 2017. p.7). 
Sugere-se aos proprietários da empresa Bom Gestor Agropecuária a aquisição de um ERP com a integração dos seguintes módulos: 
ADMINISTRATIVO – envolvendo a área de compras, recebimentos de mercadorias, vendas, faturamento, emissão de nota fiscal e controle de estoques. 
FINANCEIRO – controle de contas a pagar, contas a receber e fluxo de caixa. 
FISCAL/CONTÁBIL – livros fiscais, contabilidade, Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) contábil, SPED fiscal e ativo imobilizado. 
OPERACIONAL – controle de prazos, necessidade de insumos, controle de manutenção de máquinas equipamento para verificação de disponibilidade e controle de custos. 
2.5 Demonstração do Resultado do Exercício –DRE (Passo05)
3. CONCLUSÃO
4. CONSIDERAÇÔES FINAIS
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bueno ,Wellington Desafio Profissional de Administração 
www.anhanguera.edu.br 
Acesso 07/09/2017
https://www.agrolink.com.br
NUNES, José Luís da Silva
Características da soja
Acesso 15/09/2017
Embrapa Viabilidade econômica da cultura da soja na safra 1016/2017
https://www.cnpt.embrapa.br
Embrapa Viabilidade econômica do milho Safrinha 2017 
https://www.cnpt.embrapa.br
Época de aplicação de herbicidas na cultura milho
Manejo das Pragas iniciais no milho safrinha
https://www.pioneersementes.com.br
https://www.cnpt.embrapa.br
Acesso 09/09/2017 e 10/09/2017
Desafio da gestão empresarial 
https://destaques-empresariais.com/2017os desafios -da-gestão-empresarial
Acesso 13/09/2017
https://www.estudokids.com.br/mecanizacao-do-campo-fatores-positivos-e-negativos/ . Acesso em: 17/10/2017. 
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/efeitos-mecanizacao-campo.htm. 
Acesso em: 17/10/2017. 
http://agronegociointerior.com.br/sistema-de-informacao-no-agronegocio/. 
Acesso em: 20/10/2017. 
http://inceres.com.br/as-vantagens-do-uso-da-tecnologia-no-agronegocio/. 
Acesso em: 20/10/2017.

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