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Rolamento: durante o rolamento um osso rola sobre o outro, e temos as seguintes características: • As superfícies são incongruentes. • Novos pontos de uma superfície encontram novos pontos na superfície oposta. • Nas articulações com a biomecânica normal o rolamento só ocorre em combinação com os movimentos de deslizamentos e giro porém quando o ro- lamento ocorre sozinho causa compressão nas superfícies do lado que o osso esta se movendo, o que pode provocar uma lesão articular, e uma separação no outro lado. • O deslizamento não ocorre sozinho devido as superfícies articulares não ser totalmente planas, ou seja, completamente congruente. • Diferentemente do rolamento, a superfície articular que se move influen- cia a direção do deslizamento, o que é chamado como regra convexo-côncava. • Quando a superfície articular que se move é convexa o deslizamento ocor- re na direção aposta à do movimento angular do osso. • Quando a superfície que se move é côncava o deslizamento ocorre na mes- ma direção do movimento angular do osso. • A regra do côncavo – convexo é importante para o terapeuta determinar a direção da força mobilizadora em técnicas de manipulação articular.. • Tração: durante o movimento de tração as superfícies articulares afastam- se uma da outra com as seguintes características: • Ocorre separação das superfícies articulares quando são puxadas distal- mente uma da outra. • Pode ocorrer tração no eixo longo do osso resultando em deslizamen- to caudal. • Pode ocorrer tração em ângulo reto onde resulta na separação articular propriamente dita. Compressão: durante a compressão uma superfície articular se aproxima uma da outra com as seguintes características: • A compressão causa diminuição no espaço articular entre as partes ósseas. • Ocorre normalmente nos membros inferiores e na coluna durante a sus- tentação do corpo. • Ocorre compressão com a contração muscular gerando estabilidade arti- cular, impedindo lesões articulares. • Com a compressão o líquido sinovial move-se para as estruturas articula- res avasculares nutrindo-as e lubrificando-as. • Cargas excessivas de compressão causam lesões articulares, principal- mente na cartilagem articular. Mobilização passiva Técnicas de aplicação • Escápula: • Elevação/depressão; • Prostração/ retração; • Rotação para cima/para baixo. • Ombro: • Flexão/Abdução e adução; • Rotação medial e lateral • Abdução horizontal e adução horizontal Exercício passivo de ADM de ombro – rotação medial e lateral. • Cotovelo: • Flexão e extensão. • Antebraço: • Pronação/Supinação. • Punho: • Flexão e extensão; • Desvio radial (abdução) e desvio ulnar (adução). • Quadril: • Flexão/extensão; • Adução/abdução; • Rotação medial e Lateral (figura 2.6); • Flexão e Extensão – quadril e joelho combinados. • Joelho: • Flexão/extensão • Tornozelo e pé: • Flexão dorsal e flexão plantar; • Inversão e eversão da articulação subtalar; • Flexão e extensão de dedos; • Adução e abdução de dedos. Exercício passivo de ADM em joelho – flexão Rotação de quadril com joelho flexionado em 90º (KISNER e COLBY, 2016) • Região cervical da coluna vertebral • Flexão – inclinação anterior • Extensão – inclinação para trás ou hiperextensão • Flexão lateral – inclinação lateral • Rotação Movimento de rotação • Região lombar da coluna vertebral • Flexão ( figura ao lado ) • Extensão • Rotaçâo Mobilização passiva • Mobilização articular e manipulação articular são técnicas da terapia manual usadas para modular a dor e tratar as disfunções articulares que limitam a ADM, abordando especificamente alterações na mecânica articular. A mecânica articular pode ser alterada em razão de dor, mecanismos de defesa muscular, derrame articular, contraturas ou aderências nas cápsulas articulares ou ligamento de suporte, ou desalinhamento das superfícies ósseas (KISNER e COLBY, 2016). • Dotados de um cérebro capaz de pensar fora do contexto e com “insights” originais, pessoas como Kaltenborn, Maitland, McKenzie, Stanley Paris, Bob Elvey e Brian Mulligan desenvolveram enfoques terapêuticos, que ajudam muitos pacientes e terapeutas na solução de seus problemas músculo esqueléticos. • Para o estudo dos movimentos dos componentes ósseos e articulares, • Kaltenborn baseou-se nos princípios da osteocinemática e na artrocinemática. • Kaltenborn distingue três principais movimentos do jogo articular: • Tração - é um procedimento passivo translatório com o qual através de um estiramento se produz a separação dos ossos. A direção deste movimento é perpendicular ao plano de tratamento. • Compressão - é o procedimento oposto ao anterior. Se realiza de maneira perpendicular ao plano de tratamento e através dele se comprime as superfícies articulares. A presença de dor ao realizar este procedimento indica a lesão articular • Deslizamento - é um movimento passivo translatório retilíneo de um osso e em consequência se produz um deslizamento retilíneo entre as faces articulares. A direção do movimento é paralela ao plano de tratamento (e não à superfície articular). Esta prova se realiza para um teste de mobilidade passiva da articulação e também como técnica de mobilização • No tratamento de uma articulação hipomóvel, aplicam-se as técnicas de deslizamento. O movimento deve ser aplicado na direção de restrição do deslizamento. É básico determinar qual é esta direção. Com esta finalidade, • Kaltenborn aplica duas provas: • 1. Teste de deslizamento (método direto): realizam-se os movimentos translatórios passivos em todas as direções do movimento articular para determinar diretamente qual destes está restrito. Cada articulação tem seu procedimento específico. • 2. Regra Convexo-côncava (método indireto): a determinação da direção do deslizamento restrito pode se obter ao aplicar a regra convexo-côncava. A regra geral a seguir deve ser: * mobilizar o osso com a superfície articular convexa na direção oposta a direção de restrição * mobilizar o osso com a superfície articular côncava na mesma direção da direção de restrição (PILAT, 2016). • Já no método Mailland O tratamento está indicado para pacientes com disfunções neuromusculoesqueléticas (podendo estar envolvidas as articulações periféricas e/ ou da coluna vertebral, além da articulação temporomandibular – ATM). Porém, essas técnicas são preferencialmente usadas para tratamento de disfunções da coluna vertebral. • O exame físico compreende a aplicação de movimentos vertebrais oscilatórios passivos e acessórios (artrocinemáticos) nas articulações para tratar a dor e a rigidez de natureza mecânica. As técnicas procuram a restauração dos movimentos articulares e são classificados de acordo com a sua amplitude. Assim, as mobilizações podem ser classificadas em 5 graus, sendo 1 a de menor deslize e 5 a de maior grau de deslizamento. • O Conceito Mulligan® surgiu tem como um de seus “princípios” o de que “falhas posicionais” limitam movimentos fisiológicos e causam dor. • As técnicas do Conceito Mulligan® foram desenvolvidas para reparar essas pequenas falhas, fazendo uso de técnicas que envolvem a combinação de mobilização articular acessória associada ao movimento fisiológico ativo de forma indolor. O resultado esperado é o alivio imediato da dor e o aumento do arco de movimento (MULLIGAN, 2016). • Para que as técnicas e os conceitos de mobilização e manipulação sejam usadas efetivamente como tratamento, o profissional precisa conhecer e ser capaz de examinar a anatomia, a artrocinemática e a patologia dos sistemas neurológico e musculoesquelético,e identificar quando essas técnicas são indicadas ou quando outras técnicas seriam mais efetivas para recuperação da mobilidade perdida Exercícios terapêuticos ativo assistidosO envolvimento do paciente nos cuidados pessoais deve começar assim que a pessoa for capaz de compreender e aprender o que fazer. Mesmo com fraqueza ou paralisia, o paciente pode aprender como mover a parte comprometida e ser instruído sobre a importância do movimento dentro de parâmetros seguros. Após uma cirurgia ou lesão traumática, a técnica de ADM autoassistida é usada para proteger os tecidos em cicatrização. Uma variedade de dispositivos, assim como o uso do membro não comprometido, pode ser usada para alcançar as metas de ADM passiva ou auto assistida. Formas de exercícios de ADM auto assistidos: • Manual; • Com equipamentos: bastão, escada de dedos. Polias, prancha com rodas, dispositivos para exercícios recíprocos. Diretrizes para ensino de exercícios de ADM auto assistidos: • Oriente o paciente sobre a importância do movimento; • Ensine o paciente o alinhamento e a estabilização corporais corretos; • Observe o desempenho do paciente e corrija movimentos compensatórios ou perigosos; • Se for usado equipamento, certifique-se de ter eliminado todos os riscos para que a aplicação seja segura; Exercícios com bastão Quando um paciente tem controle muscular voluntário em um membro superior, mas precisa de condução ou motivação para completar a ADM de ombro ou cotovelo, um bastão (vara de cortina, cano de PVC, bengala) pode ser usado para assistência Escada de dedos O exercício de escalar a parede (ou usar um dispositivo como a escada de dedos) pode dar ao paciente um reforço objetivo, e desse modo, motivação para realizar exercícios de ADM de ombro. O braço pode ser usado em flexão ou ab- dução (figura 2.10). Polias elevadas Se os exercícios forem ensinados de forma correta, sistemas de polias podem ser usados efetivamente para assistir os movimentos de um membro comprometido funcionalmente na realização de exercícios de ADM. Tem sido comprovado que a polia utiliza uma atividade muscular significativamente maior que a ADM assistida pelo fisioterapeuta e por aparelhos de mobilização passiva contínua. É uma forma de assistência que deve ser usada apenas quando a atividade muscular for desejada. Exrcícios de Willians e Mackenzie Antes de desenvolver um plano de tratamento e escolher a intervenção, avalie e documente os achados do exame do paciente, incluindo história, revisão de órgãos e sistemas e os testes e medidas específicos, além de pleno conheci- mento das atividades diárias do indivíduo. Dentro desse contexto, apresentaremos diretrizes para a intervenção fisio- terapêutica junto a comprometimentos da coluna vertebral. Educar o paciente: envolver o paciente em todas as atividades, para que aprenda o autocuidado. Informar o paciente sobre o progresso esperado e precauções. Diminuir os sintomas agudos: modalidades da eletrotermofototerapia, re- cursos manuais (massoterapia, tração, mobilização e/ou manipulação), conforme a necessidade. Repouso intercalado com caminhadas breves. Desenvolver percepção e controle do alinhamento vertebral: treinamento cinestésico; movimentos cervicais e escapulares, inclinações pélvicas, controle da coluna neutra. Utilizar procedimentos para desenvolver e reforçar o controle da postura na posição sentada, em pé, andando e realizando atividades funcionais. Orientar o paciente sobre a relação entre postura comprometida e os sinto- mas: praticar posições e movimentos para experimentar o controle dos sinto- mas em várias posturas. Ensinar uma biomecânica corporal segura: exercícios funcionais para pre- paro de uma mecânica corporal segura (agachamentos, avanços, estender os braços para várias direções, empurrar/puxar objetos, erguer e virar cargas com a coluna estável). adaptar o ambiente de trabalho, casa e recreação. Aprender a lidar com o estresse e métodos de relaxamento: exercícios de relaxamento e alívio da sobrecarga postural. Favorecer a ativação neuromuscular e o controle dos músculos estabilizado- res: técnicas de ativação dos músculos segmentares profundos: • Região lombar da coluna vertebral: manobra de “encolher a barriga”, con- tração de multifídio; avançar nas repetições, enfatizando a resistência muscu- lar à fadiga; evoluir para exercícios mais elaborados de força; • Região cervical da coluna vertebral: movimentos suaves da cabeça para a frente e para trás; • Estabilização básica: com movimentos ativos de membros superiores e inferiores e evolução para exercícios dinâmicos de fortalecimento, com resis- tência à fadiga, enfatizando as metas funcionais. Desenvolver hábitos de exercícios saudáveis para automanutenção: inte- grar, na vida cotidiana, um programa de preparo físico, exercícios regulares e mecânica corporal segura (KISNER E COLBY, 2016). Podemos observar que a educação na saúde associada à conscientização corporal e às intervenções específicas levam a resultados efetivos em compro- metimentos agudos e crônicos da coluna vertebral. Apresentaremos algumas propostas de intervenção, pois além dos exercícios de alongamento e fortale- cimento específicos para a coluna vertebral, temos alguns protocolos já vali- dados e a reeducação postural global, já apresentada no capítulo anterior, com uma visão de alongamento muscular. O tratamento é desenvolvido em grande parte pela extensão, sendo que a flexão também poderia ser incorporada, de acordo com o mecanismo da lombalgia e com a fase do tratamento. O método tem como principal explicação as desordens biomecânicas causadas por posturas, exercícios ou atividades inadequadas, causando, posteriormente, alterações estruturais da coluna lombar. Sendo que, através dessas, o tratamento será conduzido para a alteração específica (LEMOS; SOUZA; LUZ, 2005). É um método não-invasivo que em muitos casos permite ao paciente de curar-se. É suficiente apenas um controle por semana para verificar: a evolução dos sintomas, a imparcialidade na execução dos exercícios e a modificação do tratamento. A ginástica postural ou os exercícios para dor lombar podem ser : Flexão – quando os ombros chegam perto dos joelhos. Extensão – consiste em estender a coluna para trás como para olhar para cima. Rotação em flexão – consiste em levantar as pernas em posição supina (deitado com a barriga para cima) e girar o quadril para um lado. Escorregar de lado – se inclina a coluna para um lado ou outro com os braços estendidos ao longo do corpo. Como é classificada a dor que se origina na coluna vertebral? • Derangement • Disfunção • Postural Muitas vezes, quando o paciente e o terapeuta falam do método McKenzie, se pensa sempre no movimento de extensão para a coluna e pescoço, mas às vezes é necessário realizar rotações, flexões ou movimentos laterais combinados. A avaliação é necessária para compreender o tipo de dor na coluna, quais movimentos podem reduzir a intensidade dos sintomas e quais podem aumentar. A síndrome do derangement é a mais comum, significa o deslocamento de uma parte do disco vertebral que dificulta o movimento. Se o paciente está sofrendo de dor ciática, a dor resulta da coluna vertebral lombar e irradia ao longo do nervo ciático até o pé. No caso de cruralgia (inflamação do nervo femoral) a dor manifesta-se na coluna, no abdômen direito ou esquerdo, na virilha e interno da coxa até o joelho. Alguns movimentos repetitivos e posições melhoram os sintomas ou centralizam-nos, ou seja, se a forte dor também se estende para o membro inferior,com a terapia desaparece na coxa e perna, e permanece somente na zona lombar. Este é um excelente resultado, embora o desconforto a nível da coluna aumente em intensidade e se torne muito forte, muitas vezes o paciente tem uma maior amplitude de movimento. Outros movimentos, no entanto, podem causar um agravamento dos sintomas, ou seja, um agravamento da dor nos membros inferiores ou uma irradiação da dor para o pé. Neste último caso, é necessário alterar o exercício ou a posição a manter. A maioria dos pacientes se sente bem com posições e exercícios de extensão, mas existem alguns pacientes que pioram. A síndrome da disfunção afeta os pacientes com: tecidos moles encurtados, cicatrizes ou aderências que em determinados movimentos se alongam e causam uma pontada ou um incômodo. Os sintomas ocorrem na última parte de determinados movimentos, por exemplo uma disfunção em flexão provoca desconforto somente quando os joelhos estão muito perto dos ombros. A dor permanece pelo menos 6 semanas e pode não ser constante. Em repouso, o paciente está sempre bem. O tratamento consiste na repetição dos movimentos que provocam a dor, até que os tecidos tornam-se mais elásticos. A síndrome postural está presente em pacientes com idade inferior a 30 anos, é causado pela manutenção de posturas que alongam os tecidos moles. Geralmente, essa dor é causada por uma posição de assento incorreta com a cabeça inclinada para a frente, hipercifose dorsal e lordose lombar reduzida. Os indivíduos afetados por esta síndrome têm um estilo de vida sedentário ou praticam esportes e quando terminam a atividade se sentam em uma posição errada. Após a atividade física, é mais fácil haver esses distúrbios porque os tecidos são facilmente deformáveis. Em repouso os pacientes não sentem os sintomas. A fisioterapia McKenzie consiste de: correção postural, exercícios para serem feitos durante o dia e mudança de alguns hábitos do paciente. Técnica para região lombar Exercício para região dorsal O terapeuta pode aplicar forças adicionais: mobilizações ou manipulação se os exercícios realizados pelos pacientes não foram suficientes. É importante definir um programa de tratamento personalizado porque pode haver diferenças importantes entre pacientes que sofrem da mesma síndrome. Algumas pessoas podem sentir dor ou desconforto quando estão em pé, enquanto outros podem ter dificuldades a permanecer em determinadas posições por muito tempo. Muitas vezes, quando o paciente e o terapeuta falam do método McKenzie, se pensa sempre no movimento de extensão para a coluna e pescoço, mas às vezes é necessário realizar rotações, flexões ou movimentos laterais combinados. A avaliação é necessária para compreender o tipo de dor na coluna, quais movimentos podem reduzir a intensidade dos sintomas e quais podem aumentar. Neuralgia cervicobraquial significa dor que se origina do pescoço e irradia para os dedos da mão. Em casos graves, é um distúrbio que pode invalidar o paciente, se podem encontrar pacientes com a mão acima da cabeça ou com o braço apoiado sobre uma tipoia que passa em volta do pescoço porque é a única posição que reduz os sintomas. Geralmente é menos irritante durante a noite, mas certos movimentos e algumas posições podem aumentar a intensidade dos sintomas. Quando efetuamos os exercícios de retração do pescoço podemos sentir uma forte sensação de estiramento ao longo da coluna vertebral dorsal, abaixo do pescoço. Este efeito de algo que “puxa” desaparece após algumas sessões de tratamento, isso mostra que o tratamento tem um efeito positivo no músculo e estruturas fasciais. Técnica para região cervical Freqüentemente, as pessoas referem-se a McKenzie como “o homem da extensão”, pois ele, para todas as dores lombares mecânicas, advoga o uso da extensão com exclusão de qualquer outro princípio de tratamento. É um conceito muito errônio. De acordo com McKenzie, há um momento que a coluna lombar deve ser estendida e um momento que ela deve ser flexionada. Em todas as circunstâncias de dor espinhal mecânica, é imperativo um exame perfeito para chegar ao diagnóstico correto, expondo a síndrome causadora dos sintomas. O tratamento a ser aplicado depende totalmente da síndrome a ser tratada. McKenzie dá ênfase na importância da repetição dos movimentos na avaliação e no tratamento, ele é original e único. Durante o exame, a simples execução de cada movimento de teste não exporá adequadamente a síndrome. É a avaliação do comportamento da dor durante e após os movimentos repetidos que tem o valor diagnóstico mais importante EXERCÍCIO 1 Deitado de Bruços Deite de bruços com os braços do lado do corpo e a cabeça virada para um lado. Fique nessa posição, faça algumas respirações profundas e então relaxe completamente por dois a três minutos. Você deve fazer um esforço consciente para tirar toda a tensão dos músculos da região lombar: sem esse relaxamento completo não há chance de eliminar qualquer distúrbio que possa estar presente nas articulações. Esse exercício é usado principalmente no tratamento da dor lombar aguda e é um dos exercícios de primeiros socorros. Ele deve ser feito uma vez no início de cada sessão de exercícios, e as sessões devem ser realizadas de seis a oito vezes por dia em espaços regulares de tempo. Isso significa que você deve repetir as sessões mais ou menos de duas em duas horas. Além disso, você deve deitar de bruços sempre que for repousar. Esse exercício é realizado como preparação para o Exercício 2. EXERCÍCIO 2 Deitado de Bruços em Extensão. Fique deitado de bruços. Coloque os cotovelos abaixo dos ombros de tal maneira que você fique apoiado nos antebraços. Durante esse exercício (assim como no Exercício 1) você deve começar fazendo algumas respirações profundas e depois deixar os músculos da região lombar relaxarem completamente. Você deve ficar nessa posição cerca de dois a três minutos. O Exercício 2 é usado principalmente no tratamento da dor lombar intensa e é um dos exercícios de primeiros socorros. Esse exercício deve ser feito sempre após o Exercício 1 e deve ser feito uma vez em cada sessão. Se você experimentar uma dor forte e crescente ao realizar esse exercício, existem certas medidas a serem tomadas antes que você possa continuar se exercitando. Elas serão discutidas no próximo capitulo, na seção Nenhuma Resposta ou Beneficio. Esse exercício é realizado como preparação para o Exercício 3. Exercício 3 Extensão Deitado Fique deitado de bruços. Coloque as mãos debaixo dos ombros com as palmas viradas para baixo. Você agora está pronto para iniciar o Exercício 3. Estique os cotovelos e empurre a metade superior do corpo para cima, o mais alto que a dor permitir. É importante que você relaxe completamente a pélvis, o quadril e as pernas enquanto você faz isso. Mantenha a pélvis, o quadril e as pernas relaxados e deixe a sua coluna lombar ceder. Uma vez mantida essa posição por um a dois segundos, você deve abaixar o seu corpo para a posição inicial. Cada vez que você repetir esse ciclo de movimentos, você deve tentar levantar a parte de cima do corpo um pouco mais alto, para que no final a sua coluna seja estendida ao máximo, com os seus braços esticados o máximo possível. Uma vez que os braços estejam esticados, relaxe as costas por um segundo ou dois deixando-as ceder, acentuando assim a curva da coluna. Essa acentuação da curva é a parte mais importante do exercício e pode ser mantida por mais de dois segundos se você sentir que a dor está reduzindo ou centralizando. Esse é o procedimento de primeiros socorrosmais útil e eficaz no tratamento da dor lombar aguda. Esse exercício pode também ser usado para tratar a rigidez da coluna lombar e prevenir a reincidência da dor lombar depois que você se recuperar completamente. Quando usado tanto no tratamento da dor como no da rigidez, o exercício deve ser realizado dez vezes por sessão e as sessões devem ser realizadas de seis a oito vezes por dia. Se por acaso não houver resposta ou se ocorrer aumento da dor ao realizar esse exercício, existem certas medidas a serem tomadas antes que você possa continuar se exercitando. Elas serão discutidas no próximo capítulo, na seção Nenhuma Resposta ou Benefício. EXERCÍCIO 4 Extensão em pé Fique de pé com os pés ligeiramente separados. Coloque as suas mãos na região da cintura com os dedos apontando para trás. Você agora está pronto para iniciar o Exercício 4. Dobre o tronco para trás na altura da cintura o máximo possível, usando as mãos como apoio. É importante manter os joelhos esticados enquanto você faz isso. Após ficar nessa posição por um segundo ou dois, você deve retornar à posição inicial. Cada vez que repetir esse ciclo de movimentos, você deve tentar dobrar um pouco mais para trás para que no final você consiga alcançar a extensão máxima possível. Quando você estiver com dor aguda, esse exercício poderá substituir o Exercício 3 se as circunstâncias impedirem você de se exercitar na posição deitada. Esse exercício, entretanto, não é tão eficaz quanto o Exercício 3. Quando você estiver totalmente recuperado e não apresentar mais dor lombar, esse exercício é a sua principal ferramenta na prevenção de futuros episódios de dor lombar. Como uma medida preventiva, repita esse exercício de tempos em tempos sempre que você ficar trabalhando na posição dobrada para frente. Faça o exercício antes que os sintomas apareçam. Exercício 5 Flexão Deitado Deite de costas com os joelhos dobrados e os pés apoiados na cama ou no chão. Você agora está pronto para iniciar o Exercício 5. Traga ambos os joelhos em direção ao peito. Coloque ambas as mãos em volta dos joelhos e gentil mas firmemente puxe os joelhos em direção ao peito o máximo que a dor permitir. Após manter essa posição por um ou dois segundos, você deve abaixar as pernas e voltar à posição inicial. É importante que você não levante a cabeça durante o exercício, nem estique as pernas quando voltar à posição inicial. Cada vez que repetir esse ciclo de movimentos, você deve tentar puxar os joelhos um pouco mais perto do peito para que no final você consiga alcançar a flexão máxima possível. Nesse estágio os joelhos podem chegar a encostar no peito. Esse exercício é usado no tratamento da rigidez da coluna lombar, que pode ter se desenvolvido a partir do aparecimento da lesão ou da dor. Os tecidos lesados, ao cicatrizar, podem ficar encurtados e menos flexíveis: agora é necessário restaurar a sua elasticidade e função completa, realizando os exercícios de flexão. Esses exercícios devem ser começados com cautela. No início você deve fazer somente cinco a seis repetições por sessão e as sessões devem ser repetidas três a quatro vezes por dia. Como você deve ter percebido, esses exercícios eliminam a lordose quando você puxa os joelhos ao peito. Assim, para eliminar qualquer distúrbio que possa ocorrer, os exercícios de flexão devem ser seguidos de uma sessão do Exercício 3 – Extensão Deitado. Você pode interromper o Exercício 5 quando puder puxar os joelhos ao peito sem produzir tensão ou dor. Você pode então passar ao Exercício 6. Exercício 6 Flexão sentado Sente na beirada de uma cadeira firme com os joelhos e os pés bem separados e deixe as mãos ficarem entre as pernas. Você agora está pronto para iniciar o Exercício 6. Dobre o tronco para frente e encoste as mãos no chão. Volte imediatamente à posição inicial. Cada vez que repetir esse ciclo de movimentos, você deve tentar dobrar o tronco um pouco mais para baixo para que você alcance a flexão máxima possível e a sua cabeça fique o mais perto possível do chão. O exercício pode ser feito mais eficazmente se você segurar os tornozelos com as mãos e puxar o tronco um pouco mais para baixo. O Exercício 6 só deve ser começado após uma semana de prática do Exercício 5, quer ele tenha produzido ou não resultado satisfatório na redução da rigidez ou da dor. No início você deve fazer somente cinco a seis repetições por sessão; e as sessões devem ser repetidas três a quatro vezes ao dia e devem sempre ser seguidas do Exercício 3. EXERCÍCIO 7 Flexão Em Pé Fique em pé com ereto com os pés separados. Deixe os braços soltos do lado do corpo. Você agora está pronto para iniciar o Exercício 7. Dobre o corpo para frente e escorregue os dedos pelas pernas o máximo que você puder alcançar confortavelmente. Volte imediatamente à posição ereta em pé. Cada vez que repetir esse ciclo de movimentos, você deve tentar dobrar o tronco um pouco mais para baixo para que ao final você alcance o grau máximo possível de flexão e as pontas dos seus dedos fiquem o mais perto possível do chão. O Exercício 7 só deve ser começado após duas semanas de realização do Exercício 6, quer ele tenha produzido ou não resultado satisfatório na redução da rigidez ou da dor. No início, você deve fazer somente cinco a seis repetições por sessão; as sessões devem ser repetidas uma a duas vezes ao dia e devem sempre ser seguidas do Exercício 3. Por um período de três meses a partir de quando você ficou livre da dor o Exercício 7 nunca deve ser realizado nas primeiras quatro horas do dia. Willians O Dr. Paul Williams desenvolveu seu método, observando que a maioria dos pacientes que apresentavam dores lombares crônicas, pos- suíam alterações degenerativas esqueléticas secundárias a lesões dos discos intervertebrais. Também acreditava que o homem forçava seu corpo para se manter ereto, levando a uma deformação da coluna, redistribuindo o peso pelo corpo nas proximidades dos discos intervertebrais da coluna cervical e lombar, essa permanência do homem em pé, aumentaria a lordose lombar, compri- mindo a parte posterior do disco (L1 a S1), acelerando o processo degenerativo. Utiliza como princípio do tratamento exercícios de flexão da coluna e quadril. Com o propósito de reduzir a dor e estabilizar o tronco, desenvolve ativamente os músculos flexores e alonga passivamente os músculos extensores lombo sa- cros. Williams dá muito enfoque na questão da inclinação posterior da pelve, sendo essencial para obter ótimos resultados no tratamento Os exercícios de flexão de Williams (figura 5.2) são bastante utilizados para o tratamento de grande variedade de problemas lombares. Em muitos casos, o método é utilizado quando a causa da desordem ou as características não são bem compreendidas. Constantemente os exercícios são ensinados com modificações pró- prias dos terapeutas. Qualquer modificação dos exercícios deve ser feita sob muita consideração da ação muscular, porque os exercícios que violam o mecanismo de inclinação posterior da pelve, podem ser suficientes para prolongar os sintomas clínicos. Os exercícios em geral visam o fortalecimento dos músculos abdominais, glúteos e o alongamento de parte da cadeia posterior (LEMOS; SOUZA; LUZ, 2005). Posição inicial Exercício 1 Com as costas apoiadas sobre uma superfície dura, e com os joelhos dobrados, encolha a barriga e contraia os músculos das nádegas. Permaneça por 30 segundos e relaxe. Repita esse exercícios até 10 vezes. Posição inicial Exercício 2 Deitado na posição inicial, contraia os músculos abdominais, cruze os braços sobre o peito,levan- te a cabeça e leve o queixo em direção ao peito. Mantenha-se nessa posição durante 20 segundos. Relaxe. Repita esse exercício até 10 vezes. Posição inicial Exercício 3 Deitado na posição inicial, levante um joelho em direção ao tórax, alternadamente (direito e esquerdo). Ao mesmo tempo, levante a cabeça e os ombros do chão como no exercício 2. Mantenha esta posição durante 20 segundos. Relaxe. Repita esse exercício até 10 vezes. Posição inicial Exercício 4 Deitado na posição inicial, puxe os dois joelhos em direção ao tórax e, ao mesmo tempo, levante a cabeça e o ombro do chão. Mantenha esta posição durante 20 segundos. Relaxe. Repita esse exercício até 10 vezes. Há também uma série de exercícios para alongamento da cadeia posterior, com provável analgesia.
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