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Sistema Tributário Nacional - Lei 5172 de 25.10.1966

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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966
 I. Disposições Gerais
1. Sistema Tributário Nacional é regido pela Emenda Constitucional nº 18, Lei nº
5.172, de 25/10/66 e leis complementares:
Federais;
Estaduais;
Municipais;
Constituições: Federal
 Estaduais
Resoluções do Senado. (Art. 2º)
Nota - A Constituição Federal de 1967 contém, no Titulo I, o Capítulo V – do Sistema
Tributário – que abrange os arts. 18 a 28.
2. Tributo:
a. Definição – toda prestação pecuniária:
compulsória
em moeda ou nela avaliável
que não constitua sanção de ato ilícito
instituída em lei
cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada. (Art. 3º)
b. Natureza Jurídica:
1º - é determinada pelo fato gerador;
2º - não se qualifica por:
- denominação
- características formais
- destinação legal do produto da arrecadação. (Art. 4º, I e II)
c. classificação:
- impostos;
- taxas;
- contribuições de melhoria; (Art. 5º)
- contribuições parafiscais, com restrições constitucionais.
 II. Competência tributária
1. A atribuição constitucional de competência tributária compreende:
- competência legislativa plena;
- com as limitações constitucionais;
- com as limitações orgânicas no Distrito Federal e Municípios (Art. 6º, caput)
Normas –
1ª - A competência legislativa pertence à entidade pública a que tenha sido distribuída a
receita respectiva, no todo ou em parte; (Art. 6º, parágrafo único)
2ª - A competência é indelegável, salvo quando conferida por uma entidade a outra,
para:
- arrecadar ou fiscalizar tributos;
- executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas. (Art. 7º, caput)
3ª - A atribuição de competência:
- compreende garantias e privilégios processuais que competem à entidade que a
conferir; (Art. 7º, § 1º)
- é revogável por ato unilateral. (Art. 7º, § 2º)
4ª - Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito
privado, do encargo ou função de arrecadar tributos. (Art. 7º, § 3º)
5ª - O não-exercício da competência não a defere a entidade pública diversa daquela a
que a Constituição a tenha atribuído. (Art. 8º)
 III. Limitações da Competência Tributária
1. É vedado:
a. instituir ou majorar tributos em que a lei o estabeleça; (Art. 9º, I)
b. cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data inicial
do exercício financeiro respectivo; (Art. 9º, II)
c. cercear o tráfego interestadual ou intermunicipal de pessoas ou mercadorias por
meio de tributos com tais características; (Art. 9º, III)
d. cobrar imposto sobre:
1º - patrimônio, renda ou serviços de entidades públicas e autárquicas (quando inerentes
aos seus objetivos, excluídos os serviços públicos concedidos); (Art. 9º, IV, alínea a,
arts. 12 e 13)
2º - templos; (Art. 9º, IV, alínea b)
3º - patrimônios, rendas ou serviços de partidos políticos e instituições educativas e
assistenciais, atendidos os requisitos legais; (Art. 9º, IV, alínea c)
4º - papel de imprensa; (Art. 9º, IV, alínea d)
Obs. Em todos esses casos, é assegurada, às entidades neles referidas, a
responsabilidade por recolhimento na fonte e cumprimento de obrigações por terceiros;
(Art. 9º, § 1º)
e. à União, instituir tributo que não seja uniforme em todo território nacional ou que
importe distinção ou preferência em favor de determinado Estado ou Município
(extensivo às autarquias); (Art. 10)
f. aos Estados, Distrito Federal e Municípios, estabelecer diferença tributária entre
bens de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou do seu destino (extensivo às
autarquias). (Art. 11)
2. Isenções – mediante lei especial e tendo em vista o interesse comum, a União pode
instituir isenção de tributos federais, estaduais e municipais, para os serviços públicos
que conceder. (Art. 12, parágrafo único)
3. Empréstimos compulsórios:
a. Somente de competência da União nos seguintes casos excepcionais:
- guerra externa;
- calamidade pública;
- conjuntura do poder aquisitivo; (Art. 15, I, II e III)
b. exigências, para a lei:
- prazo;
- condições. (Art. 15, parágrafo único)
 IV. Impostos
1. Definição – é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. (Art. 16)
2. Competência:
- da União para instituir nos territórios os impostos atribuídos aos Estados; (Art. 18, I)
- são instituídos, cumulativamente, os impostos municipais e estaduais quando se
trata de territórios, Distritos Federal e Estado não dividido em Municípios. (Art. 18,
II)
3. Classificação:
Anexo (ver)
4. Distribuição de receitas tributárias:
a. São objeto de distribuição:
1º - imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza; (Art. 83)
2º - imposto sobre produtos industrializados, excluído o incidente sobre fumo e bebidas
alcóolicas; (Art. 83)
3º - imposto sobre propriedade territorial rural; (Art. 85)
4º - imposto sobre operações relativas a combustíveis, lubrificantes etc. (Art. 95)
b. modalidades de distribuição:
1º - mediante convênios diretos; (Art. 83, parágrafo único)
2º - por constituição de fundos de participação:
- dos Estados e Distrito Federal;
- dos Municípios; (Art. 86)
c. condições estipuladas na lei:
- normas
- critérios
- cálculo
- pagamento
- comprovação da aplicação. (Cap. III, Seções I a IV)
 V. Legislação Tributária
Compreensão
1. Lei:
a. institui, extingue, majora ou reduz tributos; (Art. 97, I a II)
b. define o fato gerador; (Art. 97, III)
c. fixa alíquota do tributo e sua base de cálculo. (Art. 97, IV)
d. comina penalidade; (Art. 97, V)
e. estabelece as hipóteses de:
- exclusão
- suspensão
- extinção de créditos. (Art. 97, VI)
2. Tratados e Convenções Internacionais – revogam ou modificam a legislação
tributária interna. (Art. 98)
3. Decretos – limitam-se, em conteúdo e alcance, às leis respectivas. (Art. 99)
4. Normas Complementares:
atos normativos;
decisões de jurisdição administrativa;
práticas administrativas;
convênios. (Art. 100, I a IV)
5. Princípios Gerais:
a. de Vigência:
genéricos; (Art. 101)
específicos: sobre extraterritorialidade
sobre entrada em vigor (Art. 102)
b. de Aplicação:
aos fatos geradores; (Art. 105)
ao ato ou fato pretérito; (Art. 106)
c. de Interpretação:
1º - analogia
2º - princípios gerais:
- de direito público
- de direito tributário
3º - eqüidade. (Art. 108, I a IV)
6. Regras:
1ª - a modificação da base de cálculo que torne o imposto mais oneroso equipara-se à
majoração; (Art. 97, § 1º)
2ª - a atualização do valor monetário da base de cálculo não constitui majoração; (Art.
97, § 2º)
3ª - não é exigível, sob pretexto de analogia, imposto imprevisto; (Art. 108, § 1º)
4ª - não é dispensável, sobre pretexto de equidade, tributo devido; (Art. 108, § 2º)
5ª - os princípios gerais de direito privado não definem os efeitos tributários. (Art. 109)
Anexo (ver)
 VI. Crédito Tributário
1. Princípio – o crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma
natureza desta. Mas não a afetam as circunstâncias que o modificam, em sua extensão
ou seus efeitos, ou nas garantias ou nos privilégios a ele atribuídos. A efetivação ou as
garantias de crédito tributário regularmente constituído não podem ser dispensadas, sob
pena de responsabilidade funcional, ressalvados os casos previstos nesta lei, para a sua:
- modificação
- extinção
- suspensão de exigibilidade
- exclusão. (Arts. 139, 140 e 141)
2. Crédito Tributário:
a. Se constitui pelo lançamento; (Art. 142)
b. Suspende-se por:
- Moratória; depósito do seu montante integral;
- Reclamações e recursos;
- Concessão liminar de mandado de segurança; (Art. 191, I a IV)
c. Extingue-se por:
- pagamento;
- compensação;
- transação;
- remissão;
- prescrição e decadência;
- conversão de depósito em renda;
- pagamento antecipado e homologação de lançamento;
- consignação em pagamento;
- decisão administrativa irreformável;
- decisão judicial passada em julgado; (Art. 156, I a X)
d. exclui-se por:
- isenção;
- anistia. (Art. 175, I a II)
3. lançamento – é o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrênciado
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a
aplicação da penalidade cabível. (Art. 142, caput)
a. Procedimento administrativo:
- cria o vínculo e a obrigação;
- sob pena de responsabilidade funcional. (Art. 142, parágrafo único)
b. Efeitos:
1º - reporta-se à data da ocorrência do fato gerador; (Art. 144, caput)
2º - rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada;
(Art. 144, caput)
3º - salvo quando a legislação posterior:
- tiver instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização;
- tiver ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas;
- tiver outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste caso, para
atribuir responsabilidade a terceiros; (Art. 144,§ 1º)
c. Exceção – os efeitos indicados nos itens 1º e 2º não se verificam quando se trata de
impostos lançados por períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe
expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. (Art. 144, § 1º)
d. Alteração:
O lançamento só pode ser alterado em virtude de:
1º - impugnação do sujeito passivo;
2º - recurso de oficio;
3º - iniciativa de oficio da autoridade administrativa, nos seguintes casos:
- por determinação legal;
- quando a declaração não seja prestada por quem de direito, no prazo e nas formas
legais;
- quando a declaração prestada, por quem de direito, este não atende a pedido de
esclarecimento formulado pela autoridade administrativa;
- quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento
obrigatório da declaração;
- quando se comprove omissão ou inexatidão no exercício da atividade exercida pelo
obrigado;
- quando caiba aplicação de penalidade;
- quando o obrigado age com dolo, fraude ou simulação;
- quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não provado por ocasião de
lançamento anterior;
- por ato ilícito ou omissão da autoridade lançadora, no lançamento anterior. (Art.
145, I a III e art. 149, I a IX)
e. só é válida em relação a um mesmo sujeito passivo, quando o fato gerador ocorrido
posteriormente à sua introdução. (Art. 146)
f. Modalidades:
- com base em declaração do obrigado; (Art. 147, caput)
- por iniciativa de oficio da autoridade administrativa; (Art. 149)
- por homologação, pela autoridade, da atividade exercida pelo obrigado, quando este,
por determinação legal, tem o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame
daquela autoridade; (Art. 150, caput)
g. Homologação:
- faz com que o pagamento antecipado extinga o crédito; (Art. 150, § 1º)
- se antecipada por atos praticados pelo obrigado ou terceiro, para extinção total ou
parcial do crédito, não lhes reconhece influência sobre a obrigação tributária, mas os
considera na apuração do saldo porventura devido e na imposição de penalidade;
(Art. 150, §§ 2º e 3º)
- terá prazo especificado nas leis específicas para os tributos que dependem desta
modalidade de lançamento, mas, se a lei for omissa, o prazo será de 5 anos a contar
da data da ocorrência do fato gerador dando-se por homologado o lançamento e
extinto o crédito, salvo quando ocorre ato ilícito. (Art. 150, § 4º)
4. Moratória:
a. há duas modalidades de concessão:
1 - em caráter geral:
- pela pessoa jurídica de direito público competente para instituir o tributo;
- pela União; (Art. 152, I, alínea a e b)
2 - em caráter individual, por despacho previamente autorizado em lei; (Art. 152, II)
b. extensão:
- a determinada região;
- a determinada classe ou categoria de sujeitos passivos; (Art. 152, parágrafo único)
c. requisitos:
- prazo;
- condições de concessão;
- outros: tributos a que se aplica, número de prestações e seus vencimentos, garantias
exigidas; (Art. 153, I a III, alíneas a, b e c)
d. abrangências:
1º - créditos definitivamente constituídos:
- à data da lei;
- à data do despacho;
- com lançamento já notificado; (Art. 154, caput)
2º - não aproveita aos casos de omissão ou de ato ilícito, não gerando, nesta hipótese,
direito adquirido, e sendo o crédito cobrado com acréscimo de juros, com ou sem
penalidades; (Art. 155 e incisos)
e. distinções:
- débito prescrito não pode ter moratória revogada;
- não se considera tempo de decurso da prescrição o que corre da concessão à
revogação, em caso de aplicação da penalidade. (Art. 155, parágrafo único)
5. Pagamento:
a. Prazo: em princípio, 30 dias após a notificação, podendo a legislação tributária fixar
outro prazo; (Art. 160, caput)
b. Local: na repartição do domicílio do devedor, podendo a legislação tributária fixar
outro local; (Art. 159)
c. Antecipação: permite concessão de desconto, na forma da lei expressa; (Art. 160,
parágrafo único)
d. Parcial:
- não prescreve pagamento das demais prestações; (Art. 158, I)
- o crédito é acrescido de juros de mora, e penalidades e medidas de garantia, se a lei
determinar; (Art. 161, caput)
- os juros são de 1% ao mês, salvo se a lei dispuser de modo diverso; (Art. 161, § 1º)
e. total: não presume pagamentos de outros créditos referentes ao mesmo ou outros
tributos; (Art. 158, II)
f. modo:
1º - em moeda;
 - cheque;
 - vale postal;
Obs. – É permitida, nestes casos, a exigência de garantias.; (Art. 162, I, § 1º)
2º - em estampilha;
- papel selado;
- processo mecânico.
Obs. – Sem direito, nestes casos, à restrição por motivo de erro, a não ser nas hipóteses
legais e quando for causado pela autoridade. (Art. 162, II, § 4º)
6. Simultaneidade de débitos:
Existindo simultaneidade 2 (dois) ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo
para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes
tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade
administrativa competente para receber o pagamento determinará a respectiva
imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem que se segue: (Art. 163, caput)
- em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria e, em segundo lugar, aos
decorrentes de responsabilidade tributária; (Art. 163, I)
- primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos;
(Art. 163, II)
- na ordem crescente dos prazos de prescrição; (Art. 163, III)
- na ordem decrescente dos montantes. (Art. 163, IV)
7. Consignação judicial: a importância do crédito tributário pode ser consignada
judicialmente pelo sujeito passivo, nos seguintes casos: (Art. 164, caput)
a. de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou
de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; (Art. 164, I)
b. de subordinação do recebimento, ao cumprimento de exigências administrativas,
sem fundamento legal; (Art. 164, II)
c. de exigência, por ,mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico
sobre um mesmo fato gerador:
- a consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar;
(Art 164, § 1º)
- julgada improcedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a
importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação
no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das
penalidades cabíveis.(Art. 164, § 2º)
8. Prescrição:
a. qüinqüenal:
- para constituir o crédito tributário; (Art. 173, caput)
- para cobrar o crédito tributário; (Art. 174, caput)
b. conta-se, no primeiro caso:
- ou do 1º dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ser efetuado;
(Art. 173, I)
- ou da data em que se tornar definitiva a decisão que anular, por vício formal, o
lançamento anteriormente efetuado; (Art. 173, II)
c. interrompe-se pelos meios hábeis de direito, (Art. 174, parágrafo único, I a IV)
9. Isenção:
a. por lei que especifique:
- condições e requisitos;
- os tributos a que se aplica;
- prazo de duração, se houver;
- regionalidade, se ocorrer; (Art. 176 e parágrafo único)
b. extensão: a impostos, exceto os instituídos posteriormente à concessão; (Art. 178)
d. por despacho, quando não concedidapela lei em caráter geral, a requerimento em
que prove o atendimento às exigências legais; e renovável, quando se tratar de tributo
lançado por período certo de tempo; (Art. 179 e § 1º)
revogável, pois não gera direito adquirido. (Art. 179, § 2º)
10. Anistia:
- alcança infrações anteriores, por força de lei, em caráter geral ou não, e neste caso, o
requerimento com as provas de atendimento às exigências legais; (Art. 180 e 182,
caput)
- não alcança crimes, contravenções e atos ilícitos; (Art. 180, I)
- revogável, pois não gera direitos adquiridos; (Art. 182, parágrafo único)
11. Restituição:
a. verifica-se em caso de imposto indevido, quando:
- por evidente inexistência, nulidade ou extinção no todo ou em parte, do crédito
tributário, em face da lei e da natureza e circunstâncias do fato gerador; (Art. 165, I)
- por erro de pessoa ou de alíquota; (Art. 165, II)
- por força de decisão judiciária; (Art. 165, III)
b. condições:
- provas de direito pessoal ou de autorização de terceiro; (Art. 166)
- tratamento proporcional sobre os juros e penalidades pecuniárias que, porventura,
tenham sido impostos; (Art. 167, caput)
- influências de juros não-capitalizáveis até a data da restituição e a partir da coisa
julgada e definitiva; (Art. 167, parágrafo único)
- se não tiver prescrito o direito à restituição por decurso de 5 anos; (Art. 168, caput)
c. prescreve em dois anos a açao anulatória da decisão que negar a restituição; (Art.
169, caput)
12. Compensação – admissível pela reciprocidade de crédito, segundo os princípios
comuns, calculando-se os juros, quando couber, para efeito de desconto, quando se trata
de créditos vincendos. (Art. 170, caput)
13. Transação – admissível, para terminação de litígio; (Art. 171, caput)
14. Remissão – admissível, por motivos econômicos e por eqüidade; não gerando direito
adquirido, revogável. (Art. 172 e parágrafo único)
15. Garantias de crédito tributário:
- são previstas em lei; (Art. 183, caput)
- não alteram a sua natureza nem a da obrigação tributária; (Art. 183, parágrafo único)
- só não recaem sobre os bens declarados impenhoráveis, pelo direito comum. (Art.
184)
16. Presunção – presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, por
sujeito passivo em débito com a Fazenda Pública, exceto quando ressalvados bens
suficientes para pagá-lo; (Art. 185, caput)
17. Preferência – o crédito tributário prefere a qualquer outro, exceto os créditos
decorrentes da legislação do trabalho; não se sujeitando a concurso, exceto quando
concorrem créditos de pessoas jurídicas de direito público. (Art. 186 e 187)
18. Ordem – nesta última hipótese, a ordem de preferência é a seguinte:
- União;
- Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pro rata;
- Municípios, conjuntamente e pro rata. (Art. 187, I a III)
19. Quitação – exigida para homologação judiciária em :
- inventário e arrolamento; (Art. 189, caput)
- liquidação judicial e voluntária por pessoas jurídicas de direito privado; (Art. 190)
- concessão de concordata e extinção das obrigações do falido; (Art. 191)
- julgamento de partilha ou adjudicação, bem como em celebração de contrato com
entidades públicas e aceitação de proposta em concorrência pública. (Art. 192 e 193)
 VII. Administração Tributária
Compreende: Fiscalização;
 Dívida Ativa;
 Certidões Negativas. (Título IV, Cap. I, II e III)
1. Fiscalização:
a. é regulada na legislação tributária, quanto à competência e os poderes das
autoridades administrativas; (Art. 194, caput)
b. aplica-se a todas as pessoas; (Art. 194, parágrafo único)
c. importa na obrigação de exibição de todas as mercadorias, livros, arquivos,
documentos, papeis e efeitos comerciais e fiscais. (Art. 195, caput)
d. é autorizada a quaisquer diligências, mediante lavratura do termo e prazo máximo
de conclusão; (Art. 196, caput)
e. cria obrigação para o sujeito passivo e terceiros de fornecer todas as informações,
inclusive:
- serventuários de oficio,
- instituições financeiras,
- administradores de bens,
- corretores, leiloeiros, despachantes oficiais,
- inventariantes,
- síndicos, comissários, liquidatários,
- quaisquer outras entidades ou pessoas, em razão de atividade profissional, exceto
quando ocorre a hipótese de sigilo autorizado ou determinado em lei. (Art. 197, I a
VII)
Observação: - Por requisição judiciária, bem como por mútua assistência entre as
Fazendas Públicas, podem os funcionários destas prestarem ou permutarem as
informações requisitadas, no interesse da justiça ou para boa execução da atividade
fiscalizadora. (Art. 198, caput)
- Auxilio de Força – as autoridades administrativas federais poderão requisitar o
auxilio da força pública federal, estadual ou municipal, e reciprocamente, quando
vítimas de embaraço ou desacato no exercício de suas funções, ou quando
necessário à efetivação de medida prevista na legislação tributária, ainda que não se
configure fato definido em lei como crime ou contravenção. (Art. 200)
2. Dívida Ativa:
a. Definição – constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza,
regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o
prazo fixado para pagamento pela lei ou por decisão final proferida em processo
regular; (Art. 201, caput)
b. Presunção – a dívida ativa goza de presunção juris et de jure quanto à sua liquidez e
certeza e só pode ser elidida por prova inequívoca; (Art. 204 e parágrafo único)
c. Termo de inscrição, e também a respectiva certidão, deverá conter, sob pena de
anulabilidade, as seguintes indicações:
- o nome do devedor, e sendo o caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que
possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
- a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
- a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em
que seja fundado;
- a data em que foi inscrita;
- sendo o caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
(Art. 202, I a V)
3. Certidões Negativas:
- mediante requerimentos com itens;
qualificação completa;
ramo de negócios
período a que se refere;
- entrega em 10 dias; (Art. 205 e parágrafo único)
- dispensa de prova de quitação; assegurada para prática de ato indispensável para
evitar caducidade de direito, mantida a responsabilidade tributária. (Art. 207)
 VIII. Disposições Finais e Transitórias
1. “Fazenda Publica” – expressão genérica. (Art. 209)
2. Prazos – são contínuos, na forma do direito comum. (Art. 210, caput)
3. Assistência para aplicação da lei – incumbe ao Conselho Técnico de Economia e
Finança do Ministério da Fazenda. (Art. 211)
4. Consolidação da legislação vigente – por decreto, no prazo de 90 dias, a contar de
25.10.1966. (Art. 212)
5. Convênios – deverão ser celebrados entre estados e entre municípios de uma mesma
região geo-econômica para uniformização de alíquotas. (Art. 213 e parágrafo único)
6. O Poder Executivo promoverá a realização de convênios com os estados, para
excluir ou limitar a incidência do imposto sobre operações relativas à circulação das
mercadorias, no caso de exportação para o exterior. (Art. 214)
7. A lei estadual pode autorizar o Poder Executivo a reajustar, no exercício de 1967, a
alíquota de imposto a que se refere o artigo 52, dentro de limites e segundo critérios por
ela estabelecidos. (Art. 215)
8. O Poder Executivo proporá as medidas legislativas adequadas a possibilitar, sem
compressão dos investimentos previstos na proposta orçamentária de 1967, o
cumprimento do disposto no artigo 21 da Emenda Constitucional nº 18, de 1965. (Art.
216)

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