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P R O F . N A R A A N D R A D E O Ser Humano nas diferentes abordagens da Psicologia Visão do Homem Moderno Homem = ser natural ou ser histórico? Seminério (1992) destaca que existe um choque entre a visão de homem como um ser natural e, portanto, possuidor de uma natureza humana dependente de leis universais ou como um ser histórico que constrói e se constrói. Na Psicologia, como afirma Carvalho (1976), a concepção de homem e seu lugar, na natureza, parece ser um dos focos de divergência entre as “Psicologias”. Principais teorias da psicologia nos séc. XX Behaviorismo Psicanálise Gestalt Cognitivismo/ Neuropsicologia cognitiva Psicologia Sócio-histórica /Psicologia Cultural Psicologia evolucionista Psicologia Humanista Psicologia Existencialista Behaviorismo Precursor do Behaviorismo: Ivan P. Pavlov (1849-1936) Condicionamento Respondente Consiste na transferência de uma resposta associada a um estímulo para outro, que inicialmente não a provocava O organismo é passivo na produção da resposta Corrente psicológica cujo objeto de estudo é o comportamento observável no homem e nos animais O homem é percebido como um organismo que responde a estímulos provenientes do meio exterior de uma forma mais ou menos “automática” Behaviorismo toda ação observável e que pode ser medida Comportamento Principais Fundamentos: Empirismo: a fonte de todo conhecimento é a experiência sensorial. Determinismo: qualquer evento é resultado de um grupo de determinadas condições e variáveis Manipulação científica: conclusões decorrentes de experimentos científicos Quase todos os comportamentos característicos do ser humano são aprendidos O homem é “produto do meio”. A aprendizagem torna-se a área de maior interesse . Behaviorismo Primeiro Estágio: John B. Watson: Um estímulo provoca sempre a mesma resposta Não só seria possível prever os comportamentos, mas igualmente controlar a produção destes comportamentos. A hereditariedade é ignorada e apenas se valoriza a influência social Ao estudar apenas o observável fica limitada o estudo dos processos cognitivos Iniciou estudos de condicionamento do bebê (Watson, 1919): “O bebê não é mais que um pedaço de barro que pode ser moldado e trabalhado pelas mãos de um mestre artesão” Estágios do Behaviorismo Segundo Estágio (Décadas de 30 a 60): O estudo da aprendizagem constitui o foco principal da Psicologia Frederic Skinner: dedica-se ao estudo de respostas, buscando descreve-la e não em explicá-la. Preocupou-se pelo estudo do controle dos comportamentos observáveis, deixando de lado os “estados internos” O seu método consistiu na investigação compreensiva de um único indivíduo. Desenvolveu a Teoria do Condicionamento Operante Estágios do Behaviorismo O mundo é algo já construído, a realidade é um fenômeno objetivo e o meio pode ser manipulado O comportamento é controlado por suas consequências, pelos estímulos que segue às respostas. Comportamento Operante Estágios do Behaviorismo Todas as coisas que fazemos e que têm um efeito sobre o ambiente ou operam sobre ele Não são automáticos e não se relacionam com estímulos conhecidos. Ex.: caminhar, andar de bicicleta, ler, estudar, etc. De acordo com o condicionamento operante, manipulando os elementos presentes no ambiente (os estímulos) pode-se controlar o comportamento: fazer com que aumente o diminua a frequência com que ele aparece; extingui-lo; fazer com que apareça em situações adequadas. Estágios do Behaviorismo Reforço: Fator que torna provável o aumento de frequência de uma resposta Negativo Positivo Qualquer estímulo que, quando acrescentado à situação, aumenta a probabilidade de ocorrência da resposta Qualquer estímulo que, quando retirado da situação, aumenta a probabilidade de ocorrência da resposta Contínuo Intermitente Quando se reforça um comportamento cada vez que ele ocorre Quando um comportamento é reforçado de forma descontínua Estágios do Behaviorismo Punição: operação de se apresentar um estímulo aversivo (aquele que aumenta a probabilidade de uma resposta que o remova), ou de se retirar um estímulo reforçador positivo de modo contingente a uma dada resposta, acarretando a diminuição temporária da freqüência dessa mesma resposta. Extinção: É a negação do reforço com o propósito de eliminar ou enfraquecer um repertório comportamental. Para que isto aconteça, é necessário retirar do ambiente as consequências que mantém o comportamento. Terceiro Estágio (Sócio-behaviorismo, 1960 -1990): Destaca-se pelo retorno do estudo dos processos cognitivos. O enfoque continua na observação do comportamento manifesto. Albert Bandura: busca observar o comportamentos dos indivíduos durante a interação, acreditando na existência do processo cognitivo no indivíduo. Uso da modelação (observação, imitação e integração de comportamentos) Estágios do Behaviorismo Reforço Vicário As pessoas podem aprender quase todos os tipos de comportamento sem receberam diretamente qualquer reforço. Podemos antecipar e avaliar as consequências observados em outras pessoas, mesmo não passando pela experiência Estágios do Behaviorismo A aprendizagem social processa-se por meio da socialização, que ocorre desde o nascimento até a morte. Auto-eficácia: Percepção que o indivíduo tem da sua própria autoestima e a competência que tem de lidar com os problemas da vida. “Quanto mais intensa a persistência diante impedimentos e obstáculos, mais elevados são a moral e a capacidade de recuperação diante do estresse e maior a realização de proezas” (Bandura, 2001, p. 14) Estágios do Behaviorismo Sigmund Freud (1856- 1939) Pai da Psicanálise " S e é v e r d a d e q u e a c a u s a ç ã o d a s e n f e r m i d a d e s h i s t é r i c a s s e e n c o n t r a n a s i n t i m i d a d e s d a v i d a p s i c o s s e x u a l d o s p a c i e n t e s , e q u e o s s i n t o m a s h i s t é r i c os s ã o a e x p r e s s ã o d e s e u s m a i s s e c r e t o s d e s e j o s r e c a l c a d o s , a e l u c i d a ç ã o c o m p l e t a d e u m c a s o d e h i s t e r i a e s t a r á f a d a d a a r e v e l a r e s s a s i n t i m i d a d e s e d e n u n c i a r e s s e s s e g r e d o s . “ ( F r e u d , 1 9 7 7 ) . Psicanálise Psicanálise Estudos sobre a histeria (Breuer & Freud, 1985): sintomas anatomicamente inviáveis, sua gênese requer explicações psicológicas Método Catártico: os sintomas neuróticos resultariam de processos inconscientes que desapareceriam ao tornar-se conscientes (Ana O. - Breuer). Da hipnose à associação livre (Freud) Psicanálise Determinismo psicológico: não há descontinuidade nos eventos mentais. Estes, conscientes ou não, são influenciados por fatos que os precederam no passado e são ligados uns aos outros “Aparelho psíquico”: dividido em instâncias com funções específicas que estão interligadas entre si Visão energética do funcionamento psíquico Psicanálise Instinto (Instinkt) Esquema de comportamento herdado, próprio de uma espécie - pouco varia de um indivíduo para outro Pulsão (Trieb) Processo dinâmico que consiste numa pressão ou força (carga energética) que faz o organismo tender para um objetivo.X FONTE: excitação corporal/estado de tensão) Não estão localizadas nem no corpo e nem no psiquismo, mas na fronteira entre os dois. Tem como fonte o Id META: suprimir o estado de tensão que reina na fonte pulsional. Dar ao organismoo satistaçãção PRESSÃO: quantidade de energia que é usada para satisfazê-la OBJETO: qualquer coisa, ação ou expressão graças ao qual a pulsão pode atingir a sua meta. Pulsão de vida (EROS) Pulsão de morte (THÂNATOS) responsáveis pela sobrevivência do indivíduo e da espécie (pulsões eróticas) representada pelas ligações amorosas que estabelecemos com o mundo, com as outras pessoas e com nós mesmos Caracterizada pela agressividade (auto ou hetero) Compulsão à repetição Movimento de retorno à inércia Psicanálise A pulsão de vida e a pulsão de morte estão conectadas, fundidas e onde há pulsão de vida, há pulsão de morte. Psicanálise • As nossas motivações são pulsionais. • A não libertação das energias pulsionais acumuladas (na maior parte das vezes pela intervenção do superego) gera conflitos • Existe um conjunto de mecanismos de defesa do ego que permitem resolver os conflitos intrapsíquicos: • Sublimação • Deslocamento • Projeção • Formação reativa • Regressão, etc. Psicanálise ID Conteúdos instintivos, hereditários + conteúdos recalcados ao longo da história de vida do indivíduo (desejos inconscientes) reservatório da energia psiíuica, onde estão as pulsões. É ele que fornece energia e satisfaz as exigências do Ego e do Superego. Características do Id Caótico e Desorganizado: Leis lógicas não se aplicam a ele. Impulsos contraditórios coexistem lado a lado, sem que um anule ou diminua o outro. Atemporal: Fatos que ocorreram no passado convivem paralelamente com fatos que ocorreram recentemente. Orientado pelo princípio do prazer: seu objetivo é reduzir a tensão sem levar em consideração os atrasos, adiamentos e o outro. Busca a satisfação imediata e não leva em conta a realidade. Psicanálise EGO Desenvolvido com o passar da vida do indivíduo. Sistema que estabelece equilíbrio entre as exigências do Id e do Superego Obedece ao principio da realidade. Tem por objetivo ajudar o Id a satisfazer suas pulsões, porém de forma racional, planejada, escolhendo lugares, objetos e momentos socialmente aceitos. Muitas elementos coincidem com o consciente, mas há, no Ego, também conteúdos inconscientes (por ex. mecanismos de defesa) O Ego, portanto, exerce função de síntese, contato e defesa. “Quando o Ego submete-se ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele.” Psicanálise SUPERGO Exerce função crítica e normativa. Censura das pulsões (sociedade/cultura) Forma-se a partir da resolução do Complexo de Édipo, a partir da interiorização das imagens idealizadas dos pais. Age conscientemente e também inconscientemente Responsável pela auto-estima, consciência moral e sentimentos de culpa. Em relação ao Ego pode-se dizer que o superego age como modelo e obstáculo. Modelo com relação ao ideal e obstáculo com relação ao proibido. Princípio do prazer Princípio da realidade Pulsões agem no sentido de busca de prazer e evita o desprazer (prazer causado pela redução da tensão, desprazer causado pelo acúmulo de tensão produzida no interior do aparelho psíquico). Processos de socialização. A satisfação passa a considerar adiamentos e atrasos, porém desta maneira se mostra mais segura e provoca menor risco para a integridade do indivíduo. Psicanálise Psicanálise: conclusão caractezia-se como uma corrente da Psicologia que busca o fundamento oculto dos comportamentos e dos processos mentais, com o objectivo de descobrir e resolver os conflitos intra-psíquicos geradores de sofrimento psíquico sexualidade infantil: o psiquismo humano forma-se a partir dos conflitos que, desde o nascimento, confrontam os instintos sexuais (a Líbido) e a realidade. Mesmo os nossos actos voluntários, resultantes de uma deliberação racional, estão dependentes de uma fonte motivacional inconsciente. Lacan Melaine Klein Lacan Pichón Winnocott Melman “[O ser humano é] ao mesmo tempo, totalmente biológico e totalmente cultural” (Morin, 2001) Obrigada!
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