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1)Dois supostos assaltantes foram mortos, na sexta-feira, depois que teriam tentado invadir a casa de uma família na cidade de Palhoça (SC) ... Eles começaram a lutar na garagem até que Cecília teria encontrado uma pedra e acertado a cabeça do criminoso. Em depoimento à Polícia de Palhoça, o pedreiro Ézio confirmou que depois que sua mãe acertou o assaltante, ele ainda o golpeou na cabeça várias vezes, usando uma pedra e um martelo até se certificar que ele estaria morto. O outro suspeito, Márcio Leandro dos Santos, 25 anos, ouviu os gritos do suposto companheiro e entrou desarmado na garagem. Ele teria sido cercado pelos moradores da casa. Luiz Metz, 58 anos, e seus filhos Marcos, 19 anos, e Paulo Mertz, 34 anos. Depois de luta corporal, o suposto assaltante teria sido estrangulado dentro de um banheiro (http://noticias.terra.com.br/). Assinale a afirmação INCORRETA: A) A conduta de Ezio está abarcada pela justificante da legítima defesa. B)Se Márcio Leandro entrou em luta para poder fugir dos moradores que tentavam estrangulá- lo, agia em legítima defesa própria. Se ele entrou em luta para salvar seu companheiro do excesso na conduta de Ézio que se iniciara em legítima defesa, agiu em legítima defesa de terceiro e, se vivo, não responderia por lesões corporais eventualmente ocasionadas. C )A conduta de Cecília está abarcada pela justificante da legítima defesa. D) Se Márcio Leandro tentava fugir quando foi cercado pelos moradores, seu homicídio não estará abarcado pela justificante da legítima defesa, uma vez que já havia cessado a agressão injusta, e os autores responderão pelo crime. E) A teor do parágrafo único do artigo 23 do Código Penal, Ézio responderá pelo excesso em sua conduta, havendo, em qualquer caso deste artigo, uma conduta dolosa, que apenas será punida a título culposo se o limite do moderado (ou do necessário) no uso dos meios foi ultrapassado culposamente. 2) (Concurso para Delegado de Polícia/PR / Elaborado pela UC/UFPR / Aplicado em 22.07.2007) As causas de exclusão de ilicitude, previstas no artigo 23 do Código Penal, devem ser entendidas como cláusulas de garantia social e individual. Sobre as excludentes, considere as seguintes afirmativas: 1. Atua em legítima defesa quem repele ataque de pessoa inimputável ou de animal descontrolado. 2. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 3. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato mediante a existência de perigo atual, involuntário e inevitável. 4. O estrito cumprimento do dever legal pressupõe que o agente atue em conformidade com as disposições jurídico-normativas e não simplesmente morais, religiosas ou sociais. Assinale a alternativa correta. A) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras B) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras C) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras D) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras E )Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras 3) XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO Carlos e seu filho de dez anos caminhavam por uma rua com pouco movimento e bastante escura, já de madrugada, quando são surpreendidos com a vinda de um cão pitbull na direção deles. Quando o animal iniciou o ataque contra a criança, Carlos, que estava armado e tinha autorização para assim se encontrar, efetuou um disparo na direção do cão, que não foi atingido, ricocheteando a bala em uma pedra e acabando por atingir o dono do animal, Leandro, que chegava correndo em sua busca, pois notou que ele fugira clandestinamente da casa. A vítima atingida veio a falecer, ficando constatado que Carlos não teria outro modo de agir para evitar o ataque do cão contra o seu filho, não sendo sua conduta tachada de descuidada. Diante desse quadro, assinale a opção que apresenta a situação jurídica de Carlos A) Carlos atuou em estado de necessidade e não deve responder pela morte de Leandro. B) Carlos atuou em estado de necessidade putativo, razão pela qual não deve responder pela morte de Leandro C) Carlos atuou em estado de necessidade defensivo, devendo responder, porém, pela morte de Leandro D) Carlos atuou em legítima defesa de seu filho, devendo responder, porém, pela morte de Leandro 4) (EXAME OAB / SC - 1999) A. com dolo de homicídio, fere mortalmente B., que é levado a um hospital. Operado em condições de emergência, B. tinha boas probabilidades de sobrevivência, não fosse por insuficiência renal de que era portador havia vários anos, e que determinou complicações no pós operatório, causa imediata de sua morte. De acordo com nosso Código Penal, A) A responde por lesão corporal grave B) responde por lesão corporal seguida de morte (homicídio preterdoloso). C) responde por homicídio consumado D) responde por homicídio tentado 5) Alfredo, um bombeiro de serviço, ao atender a um chamado sobre um incêndio numa casa, ao chegar ao local e iniciar o salvamento de um morador o reconhece como um antigo desafeto, preferindo deixa-lo a própria sorte ao tempo que é devorado pelas chamas. Considerando que o referido morador vem a morrer e que Alfredo tinha condições de salvá-lo e nada fez, analisando sua omissão, defina sua responsabilidade penal. Justifique. 6) Bebeto e sua namorada Val foram a uma festa na casa de Bia. Durante a festa, sem que Val percebesse, Bebeto aproveita-se da distração de todos e subtrai um anel de ouro de Bia a fim de presenteá-lo a Val. Alguns dias após a festa Bebeto decide fazer uma surpresa a Val e lhe dá o referido anel. Entretanto, no momento em que Val coloca o anel no dedo o reconhece e, sem comentar nada com Bebeto decide devolvê-lo à amiga sem deixar indícios de que foi seu amado o responsável pelo furto. Desta forma, sob o pretexto de conversar sobre a festa Val combina um almoço na casa de Bia e ao chegar lá deixa o anel na pia do banheiro da amiga. Diante dos fatos narrados, com base nas leituras do material indicado no plano de aula e pelo seu professor, é correto afirmar que Bebeto não será responsabilizado pelo delito de furto, pois não houve lesão ao patrimônio de Bia, já que o anel foi devolvido por sua namorada? 7) Marcos, um terrível traficante, dirigindo seu carro reconhece um antigo desafeto seu numa moto parado no sinal de trânsito. Na intenção de matá-lo ou, ao menos, causar-lhe grave lesão, joga o carro sobre ele, atingindo-o, causando sua queda e lesões corporais graves. Porém, o que Marcos não sabia é que o referido motociclista estava emparelhado a um carro também parado no sinal e iniciava um assalto com a arma apontada para a vítima por de baixo da jaqueta. Com isso, Marcos acabou repelindo uma injusta agressão, porém, sem saber. Analisando os elementos constitutivos das descriminantes responda qual seria a responsabilidade penal de Marcos. Este poderia alegar alguma excludente de ilicitude? Justifique sua resposta. 8)Leandro, um policial militar em serviço, ao se deparar com dois elementos suspeitos na iminência de furtar um veículo efetua voz de prisão. Porém, um deles saca uma arma e dispara contra o policial, o qual a fim de repelir a agressão efetua dois disparos, os quais atingem, causando a morte do ladrão. O segundo, diante do flagrante tenta fugir, mas o policial corre atrás dele mandando que pare e diante da recusa de parar, Leandro efetua um disparo em sua perna, causando uma lesão corporal permitindo a sua prisão. Com isto, analisando as duas situações, defina a responsabilidade penal de Leandro. Justifique sua resposta analisando as descriminantes. Justifique sua resposta. 9) Um determinado grupo de meliantes sequestra a mulher e os dois filhos de "A", gerente debanco, e exige que o mesmo os auxilie num roubo que farão contra a agência bancária em que trabalha. Visando proteger sua família, "A" acaba auxiliando no referido roubo. (Defensoria Pública GO 2010) Neste caso, porém, "A" deve ser absolvido, em virtude da existência manifesta de causa excludente da: A) culpabilidade do agente, qual seja, a inexigibilidade de conduta diversa. B )culpabilidade do agente, qual seja, a inimputabilidade. C)culpabilidade do agente, qual seja, a falta de consciência da ilicitude. D) ilicitude do fato, qual seja, a legítima defesa de terceiros. E) ilicitude do fato, qual seja, o estado de necessidade de terceiros. 10)Mévio e Tício, ambos com 22 anos, estavam treinando para o campeonato brasileiro de Jiu- jitsu. Durante o treino, por orientação do treinador, Tício desferiu um golpe que causou ofensa à integridade física do Mévio. Considerando que a conduta causadora do dano está regulamentada nas normas da modalidade esportiva referida, marque a resposta correta: A) Tício não deverá ser responsabilizado criminalmente porque agiu sob obediência hierárquica. B) Tício não deverá ser responsabilizado criminalmente porque agiu no exercício regular de direito. C )Tício não deverá ser responsabilizado criminalmente porque agiu no estrito cumprimento do dever legal. D) Tício deverá responder pela contravenção penal de vias de fato porque praticou fato típico, ilícito e culpável. E) Tício deverá responder pelo delito de lesão corporal porque praticou fato típico, ilícito e culpável. 10) VII Exame Unificado - OAB - Larissa, senhora aposentada de 60 anos, estava na rodoviária de sua cidade quando foi abordada por um jovem simpático e bem vestido. O jovem pediu-lhe que levasse para a cidade de destino, uma caixa de medicamentos para um primo, que padecia de grave enfermidade. Inocente, e seguindo seus preceitos religiosos, a Sra. Larissa atende ao rapaz: pega a caixa, entra no ônibus e segue viagem. Chegando ao local da entrega, a senhora é abordada por policiais que, ao abrirem a caixa de remédios, verificam a existência de 250 gramas de cocaína em seu interior. Atualmente, Larissa está sendo processada pelo crime de tráfico de entorpecente, previsto no art. 33 da lei n. 11.343, de 23 de agosto de 2006. Considerando a situação acima descrita e empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente, responda: qual a tese defensiva aplicável à Larissa? 11) O erro do tipo essencial escusável exclui a: A) Culpabilidade B) Ilicitude C )Punibilidade D)Tipicidade 12) Zeca, da janela de seu apartamento, no segundo andar do prédio em que reside, efetua dois disparos de arma de fogo contra Antonio seu desafeto que passava na rua, pretendendo lesioná- lo. Por erro na execução, um projétil acerta o automóvel de Lucia que estava estacionado próximo ao local; o outro projétil acerta Frida, uma transeunte, produzindo-lhe a morte. Cabe salientar que Antônio não sofreu qualquer lesão. Ante o exposto, consoante o disposto no Código Penal Brasileiro, de que forma será aplicada a responsabilidade jurídico-penal à conduta do atirador, face à ocorrência de todos os resultados lesivos apresentados? Responda com base nos estudos realizados sobre os institutos diferenciadores do Erro na Execução. 13) Marioscleide acaba de dar a luz a seu filho Mirosmar, que, muito debilitado, foi transferido para UTI neonatal. Porém, Marioscleide estava sob a influência de Estado Puerperal, decidindo ceifar a vida de seu filho. Assim, Marioscleide dirigiu-se a UTI Neonatal e matou uma criança por asfixia acreditando ser este seu filho. Porém, realizadas as investigações, o Delegado de Polícia apurou que, na verdade, Marioscleide matou Gildivan, filho de Givonete. Pergunta-se: Qual Crime foi cometido por Marioscleide? Responda a questão justificadamente a luz da teoria do Erro no Direito Penal. Dados Relevantes - Legislação Pertinente: HOMICÍDIO SIMPLES: Art. 121. Matar alguem: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. INFANTICÍDIO Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos. 14) A e B caçavam marrecos. Em dado momento, A aponta sua espingarda na direção de uma marreca e dispara um tiro, vindo a atingir B que estava agachada a sua frente e que, apesar de alertado por A, levantou-se no momento do tiro. Concluída a instrução, o juiz condena A por homicídio culposo, sustentando ter ocorrido: (Concurso Magistratura/RS-2003) A) erro do tipo essencial B)erro de proibição C )aberratio ictus D) aberratio Criminis E) crime pulativo por erro de tipo 15) Jonas, após efetuar duas facadas em Marcos na intenção de matá-lo, mas sem que tenha atingido ainda nenhum ponto fatal, lembra de uma dívida que a vítima ainda tinha consigo e decide interromper a investida, impossibilitando, assim, a ocorrência do resultado morte. Diante disto, a partir dos estudos realizados sobre iter criminis é correto afirmar que a conduta de Jonas caracteriza tentativa de homicídio? Responda de forma objetiva e fundamentada bem como diferencie os institutos da tentativa, desistência voluntária e arrependimento eficaz e seus respectivos consectários penais. 16) Alberto, um rico empresário, contratou os serviços do segurança Marcos para proteger seu patrimônio e integridade física. No contrato firmado entre ambos destacava-se a cláusula que obrigava Marcos a expor-se ao limite, arriscando a própria vida, para salvar o patrão de perigo direto e iminente. Todavia, durante uma viagem de rotina, o monomotor particular do empresário, pilotado por ele próprio, sofreu uma pane e os dois passaram a disputar o único paraquedas existente na aeronave. Valendo-se de seu vigor físico, o segurança contratado impôs-se facilmente frente a seu opositor e logrou êxito em abandonar o aparelho, determinando, em consequência, a morte trágica do contratante. Com base nos estudos realizados sobre ilicitude e suas causas excludentes é correto afirmar que Marcos: a) não será responsabilizado pela morte de Alberto, pois não era exigível que atuasse de forma diversa diante do perigo real e concreto, sendo, portanto, excluída a culpabilidade de sua conduta. b) por tratar-se de agente garantidor, não poderá alegar qualquer tese defensiva com vistas à exclusão de ilicitude de sua conduta, sendo, portanto, responsabilizado pela morte de Alberto, consoante o disposto no art.24,§1º, do Código Penal. c) por tratar-se de agente garantidor, poderá alegar como tese defensiva ter agido em legítima defesa com vistas à exclusão da ilicitude de sua conduta, consoante o disposto no art.25, caput, do Código Penal. d) por tratar-se de agente garantidor, poderá alegar como tese defensiva ter agido em estado de necessidade com vistas à exclusão da ilicitude de sua conduta, consoante o disposto no art.24, caput, do Código Penal. 17)Ao passar próximo ao estoque de uma loja de roupas, um dos vendedores viu que havia ali um incêndio de grandes proporções. Naquela situação, correu em direção à porta do estabelecimento que, por ser estreita, estava totalmente obstruída por um cliente que entrava no local. Desconhecendo o incêndio e achando que estava sofrendo uma agressão, o cliente reagiu empurrando o vendedor, que lhe desferiu um soco. Os empurrões do cliente, assim como a agressão do vendedor produziram recíprocas lesões corporais de natureza leve. Na hipótese, é CORRETO a)que o vendedor agiu em estado de necessidade e o cliente, em legítima defesa putativa. b)que o vendedor agiu em estado de necessidade putativo e o cliente, em legítimadefesa. c)que o vendedor agiu em legítima defesa e o cliente, em estado de necessidade. d)que o vendedor agiu em legítima defesa putativa e o cliente, em estado de necessidade putativo. 18) Para repelir a arremetida de um cão feroz, o agente usa uma arma de fogo matando o animal. O animal tinha sido instado ao ataque pelo seu dono, o que era do conhecimento do agente. O agente praticou o fato em estado de necessidade. b)em legítima defesa. c)em exercício regular de direito. d)em inexigibilidade de outra conduta.Para salvar sua vida, M. C. mata um cão feroz que, por instinto, o atacava. Neste caso, M. C. agiu acobertado pela seguinte excludente da ilicitude: legítima defesa. b)estado de necessidade. c)estrito cumprimento do dever legal d)exercício regular de direito. Roalda vinha dirigindo seu carro quando, em uma descida, percebeu que vinha em sua direção, na traseira de seu veículo, um enorme caminhão desgovernado, em face de ter perdido a capacidade de frenagem. Para salvar a sua vida, Roalda jogou o seu automóvel para o acostamento, colidindo com uma condução escolar, que estava estacionada aguardando uma criança. Logo, a conduta de Roalda frente à colisão com o veículo estacionado constituiu: estado de necessidade defensivo. b)estado de necessidade agressivo. c)legítima defesa real. d)legítima defesa putativa. e)exercício regular do direito. 21)Henrique é dono de um feroz cão de guarda, puro de origem e premiado em vários concursos, que vive trancado dentro de casa. Em determinado dia, esse cão escapou da coleira, pulou a cerca do jardim da casa de Henrique e atacou Lucas, um menino que brincava na calçada. Ato contínuo, José, tio de Lucas, como única forma de salvar a criança, matou o cão. Nessa situação hipotética, José agiu em legítima defesa de terceiro. 22)Considere que um estuprador, no momento da consumação do delito, tenha sido agredido pela vítima que antes tentara subjugar. A vítima, então, de posse de uma faca, fere e imobiliza o agressor, mas, pensando ainda estar sob o influxo do ataque, prossegue na reação, infligindo-lhe graves ferimentos. Nessa situação, não é cabível ao estuprador invocar legítima defesa em relação à vítima da tentativa de estupro, porquanto aquele que deu causa aos acontecimentos não pode valer-se da excludente, mesmo contra o excesso. “A”, querendo causar a morte de “B”, descarrega contra este sua arma de fogo, atingindoo por seis disparos. “B”, socorrido por populares e levado ao prontosocorro, é submetido à cirurgia de emergência e sobrevive. Das alternativas a seguir, assinale a correta, acrescentando ao texto dado a seguinte informação: ao perceber que “A” estava atirando em sua direção, “B”, mesmo lesionado pelos disparos, sacou de sua arma e repeliu a agressão, atingindo mortalmente o agressor. “B” não praticou crime, pois agiu em legítima defesa. b) “B” praticou homicídio culposo, em razão de estar no estrito cumprimento do dever legal. c) “B” praticou homicídio culposo, em razão de estar em legítima defesa. d) “B” não praticou crime, pois agiu no exercício regular de direito.24)Policial que, encontrando-se em situação de troca de tiros com delinquente, acerta um deles causando- lhe a morte, poderá ter excluída a ilicitude pela causa justificante: estado de necessidade b)legítima defesa c)exercício regular de direito d)estrito cumprimento do dever legal O policial militar Efigênio estava efetuando uma ronda, quando se deparou com dois elementos que se agrediam, um deles já bastante ferido. Solicitou que parassem de brigar, mas eles não o atenderam. Apesar do PM portar um bastão, que seria suficiente para contê- los, efetuou um disparo com sua arma de fogo para o ar, haja vista o local não ser habitado. Entretanto, o agressor que estava em vantagem não se intimidou e partiu em sua direção para agredi-lo, ocasião em que Efigênio efetuou um disparo contra o agressor, causando- lhe lesões, que o levaram a permanecer durante trinta e cinco dias em coma. Pode-se, então, afirmar que o policial militar Efigênio: a)praticou o crime de homicídio doloso tentado, pois obrou em excesso doloso da legítima defesa. b)praticou o crime de homicídio culposo tentado, pois obrou em excesso culposo da legítima defesa. c)praticou o crime de lesão corporal grave, pois obrou em excesso doloso da legítima defesa. d)praticou o crime de lesão corporal grave, pois obrou em excesso culposo da legítima defesa. e)não praticou crime, pois obrou nos estritos limites da legítima defesa. oaquim, mediante um soco desferido contra o rosto da frágil Maria, obrigou-a a assinar um cheque no valor de R$ 5.000,00, utilizando-o para saldar uma dívida em um comércio, sabendo que não existia tal importância no banco. O cheque foi depositado e devolvido. Assim,Maria: praticou o crime de estelionato (fraude no pagamento pormeio de cheque). b)não praticou crime, pois estava sob coação física irresistível. c)não praticou crime, pois estava sob coação moral irresistível. d)não praticou crime, pois estava sob estado de necessidade. e)não praticou crime, pois estava sob legítima defesa. 27) Com relação às causas de exclusão de ilicitude, assinale a afirmativa correta. O inimputável por não ter consciência de seu agir, não pode alegar legítima defesa. b)Aquele que anteriormente provocou o agressor, não pode alegar legítima defesa. c)O agente que culposamente criou a situação de perigo, não pode alegar ter atuado em estado de necessidade para se livrar daquela situação perigosa. d)Aplicada a teoria da tipicidade conglobante, houve o esvaziamento de todas as causas de exclusão de ilicitude. e)Aquele que mata um cachorro que o atacava por ordem de terceira pessoa, pode alegar a presença da excludente da legítima defesa. 28) suponha que, para se defender da injusta agressão de Abel, Braz desfira tiros em direção ao agressor, mas erre e atinja letalmente Caio, terceiro inocente. Nessa situação, Braz não responderá por delito algum, visto que a legítima defesa permanece intocável. 29)De acordo com o Código Penal, são inimputáveis a)os que cometem o crime sob emoção ou paixão. b)aqueles que cometem o crime em legítima defesa, estado de necessidade ou estrito cumprimento do dever legal. c)apenas os menores de 18 (dezoito) anos. d)aqueles que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, eram inteiramente incapazes de determinarem-se de acordo com o entendimento da ilicitude do fato. e)aqueles que, em virtude de perturbação de saúde mental, não eram inteiramente capazes de entender o caráter ilícito do fato. 30) Em cada uma das alternativas a seguir, há uma situação hipotética seguida de uma afirmação que deve ser julgada. Assinale a alternativa em que a afirmação está correta. Pedro cercou sua casa de fios elétricos sem nenhuma indicação visível. Antônio, tarde da noite, tentou entrar na casa de Pedro e acabou falecendo em virtude da descarga elétrica sofrida. Nessa situação hipotética, por constituir o referido ofendículo uma situação de legítima defesa, Pedro não poderá sofrer nenhuma reprimenda por parte do Direito Penal. b)João flagrou sua esposa, Maria, com um amante chamado José, na frente da casa em que moravam, em um condomínio fechado do Distrito Federal. Diante desse fato, reagiu dando tiros em José, que veio a falecer em decorrência disso. Nessa situação hipotética, não se admite a legítima defesa da honra, pois o Código Penal faz distinção expressa entre os direitos passíveis de proteção pelo instituto da legítima defesa. c)Marcos contratou Bruno como segurança particular de sua filha Camila. Em uma tarde de sábado,em uma rua movimentada da cidade, Camila foi alvo de uma tentativa de sequestro. Marcos, que estava no local do ocorrido, não reagiu porque temeu por sua própria vida. Nessa situação hipotética, é possível inferir que Bruno não tinha o dever legal de enfrentar o sequestrador, pois a abnegação em face do perigo só é exigível quando corresponde a um especial dever jurídico, advindo de lei, jamais de um contrato de trabalho. d)Lúcia estava furtando em um supermercado quando foi flagrada pelo segurança do estabelecimento. Na tentativa de segurá-la até a chegada da polícia, o referido segurança agrediu Lúcia, que, imediatamente, revidou com socos e pontapés. Nessa situação hipotética, é perfeitamente possível o entendimento de que houve legítima defesa sucessiva. e)Maria foi obrigada pelo seu marido a manter com ele conjunção carnal. Nessa situação hipotética, é correto entender que o marido de Maria não cometeu nenhum crime, posto que há a configuração do exercício regular de direito. 31)Agentes de um distrito policial montaram barreira policial rotineira, com o objetivo de encontrar drogas ilícitas. Um motociclista, ao passar pela barreira, não atendeu ao sinal de parada determinado por um agente, pois estava sem capacete e não possuía licença para conduzir aquele veículo. Ato contínuo, três policiais efetuaram disparos de pistola contra o motociclista, que faleceu em consequência das lesões provocadas pelos disparos. Com referência a essa situação hipotética, assinale a opção correta. a)Por agirem no estrito cumprimento do dever legal, os agentes não devem responder pela morte do motociclista. b)Os policiais devem responder pelo crime de homicídio consumado. c)Os policiais só iriam se beneficiar da excludente do estrito cumprimento do dever legal se a barreira tivesse sido montada em local com altos índices de violência. d)Por serem policiais, os agentes devem responder por tentativa de homicídio. e) Por terem agido em legítima defesa, os agentes não devem responder pela morte do motociclista. 32) Afim de produzir prova em processo penal, o Juiz de Direito de determinada comarca encaminha requisição à Delegacia de Polícia local, ordenando que seja realizada busca domiciliar noturna na casa de um réu. O Delegado de Polícia designa, assim, uma equipe de agentes para o cumprimento da medida, sendo certo que um dos agentes questiona a legalidade do ato, dado o horário de seu cumprimento. O Delegado confirma a ilegalidade. No entanto, sustenta que a diligência deve ser realizada, uma vez que há imposição judicial para seu cumprimento. Com base apenas nas informações constantes do enunciado, caso os agentes efetivem a busca domiciliar noturna: a) não agirão criminosamente, uma vez que atuam no estrito cumprimento do dever legal. b)agirão criminosamente. c)não agirão criminosamente. em virtude de coação moral irresistível. d)não agirão criminosamente, já que há mera obediência hierárquica. e)não agirão criminosamente, pois amparados pelo estado de necessidade. 33) Diego e Júlio César, que exercem a mesma função, estão trabalhando dentro de um armazém localizado no Porto de Salvador, quando se inicia um incêndio no local em razão de problemas na fiação elétrica. Existe apenas uma pequena porta que permite a saída dos trabalhadores do armazém, mas em razão da rapidez com que o fogo se espalha, apenas dá tempo para que um dos trabalhadores saia sem se queimar. Quando Diego, que estava mais próximo da porta, vai sair, Júlio César, desesperado por ver que se queimaria se esperasse a saída do companheiro, dá um soco na cabeça do colega de trabalho e passa à sua frente, deixando o armazém. Diego sofre uma queda, tem parte do corpo queimada, mas também consegue sair vivo do local. Em razão do ocorrido, Diego ficou com debilidade permanente de membro. Considerando apenas os fatos narrados na situação hipotética, é correto afirmar que a conduta de Júlio César a) configura crime de lesão corporal grave, sendo o fato típico, ilícito e culpável. b) está amparada pelo instituto da legítima defesa, causa de exclusão da ilicitude. c) configura crime de lesão corporal gravíssima, sendo o fato típico, ilícito e culpável. d) está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da ilicitude. e) está amparada pelo instituto do estado de necessidade, causa de exclusão da culpabilidade. 34) Agirá em estado de necessidade o motorista imprudente que, após abalroar um veículo de passageiros, causando-lhes ferimentos, fugir do local sem prestar socorro, para evitar perigo real de agressões que possam ser perpetradas pelas vítimas. 35) Rivaldo ateou fogo em seu apartamento para receber o seguro correspondente. No entanto, não conseguiu sair do imóvel pelas portas e tentou escapar pela janela, com a utilização de uma corda, juntamente com a sua empregada Nair. A corda começou a romper-se e, em face da existência de perigo atual e inevitável para sua vida, fez Nair desprender-se da corda, cair e morrer, o que permitiu que descesse até o solo. Nesse caso, Rivaldo não agiu em estado de necessidade, porque era razoável exigir-se o sacrifício do direito próprio em situação de perigo. b)agiu em estado de necessidade, porque não podia de outra forma salvar-se da situação de perigo. c)não agiu em estado de necessidade, porque a situação de perigo foi provocada por sua vontade. d)agiu em estado de necessidade, porque o perigo era atual e inevitável. e)agiu em estado de necessidade, porque o perigo era eventual e abstrato. 36) Acerca das questões de tipicidade, ilicitude (ou antijuridicidade) e culpabilidade, bem como de suas respectivas excludentes, assinale a opção correta. a)A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade são causas excludentes de ilicitude. b)O erro de proibição é causa excludente de ilicitude. c)Há excludente de ilicitude em casos de estado de necessidade, legítima defesa, em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício regular do direito. d)Há excludente de tipicidade em casos de estado de necessidade, legítima defesa, exercício regular do direito e estrito cumprimento do dever legal. e)A inexigibilidade de conduta diversa e a inimputabilidade são causas excludentes de tipicidade. 37) O agente que pratica fato típico em estrito cumprimento do dever legal a)não comete crime, pois sua conduta não é culpável. b)não comete crime, pois sua conduta não é ilícita. c)comete crime, mas terá sua pena atenuada. d)comete crime, mas estará isento de punibilidade. 38)Quem pratica ato ilícito para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se, age em a)estado de necessidade. b)exercício regular de um direito. c)legítima defesa. d)vias de fato. 39) Gertrudes, para ir brincar o carnaval, deixou dormindo em seu apartamento seus filhos Lúcio, de cinco anos de idade, e Lígia, de sete anos de idade. As crianças acordaram e, por se sentirem sós, começaram a chorar. Os vizinhos, ouvindo os choros e chamamentos das crianças pela janela do apartamento, que ficava no terceiro andar do prédio, arrombaram a porta, recolheram as crianças e entregaram-nas ao Conselho Tutelar. Logo, pode-se afirmar que Gertrudes deve responder pelo crime de a)perigo a vida ou saúde de outrem e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em legítima defesa de terceiros. b)abandono de incapaz e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em legítima defesa de terceiros. c)perigo a vida ou saúde de outrem e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em estadode necessidade de terceiros. d)abandono de incapaz e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em estado de necessidade de terceiros. e)pelo crime de abandonomaterial e os vizinhos não praticaram crime, pois estavam agindo em estado de necessidade exculpante de terceiros.