Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Cícero Da República (parte 1) Santana do Livramento, 17 de maio de 2011 Marco Túlio Cícero (106 a.C. a 43 a.C.) Estadista Filósofo Cientista político Constitucionalista Advogado Membro da classe da ordem equestre Apresentou as grandes obras gregas aos romanos Inimigo de Marco Antônio, foi assassinado em 43 a.C. Importância do amor pátrio Escolha do trabalho em lugar do ócio Triunfo da virtude bem público como motor do trabalho Arte como ciência melhor arte: governar a república “De onde procede a piedade? De quem a religião? De onde o direito das gentes? E o que se chama civil, de onde? De onde a justiça, a fé, a equidade, o pudor, a continência, o horror ao que é infame e o amor ao que é louvável e honesto? De onde a força nos trabalhos e perigos?” (Cícero in Os Pensadores, pg. 286) Os responsáveis por isso são aqueles que utilizam a educação para passar tais costumes e os sancionam como leis Antes o orador do que o filósofo (caso este conduza os homens ao império da lei) Importância do “perito em negócios públicos” para o governo das cidades Abnegação patriótica “A pátria não nos gerou nem educou sem esperança de recompensa de nossa parte, e só para nossa comodidade e para procurar retiro pacífico para a nossa incúria e lugar tranquilo para o nosso ócio, mas para aproveitar, em sua própria utilidade, as mais numerosas e melhores faculdades das nossas almas, do nosso engenho, deixando somente o que a ela possa sobrar para nosso uso privado.” Não se deve fugir da obrigação cívica se se pode combater o mal na república, há a obrigação de se fazê-lo Manutenção da república: responsabilidade dos homens bons A obrigação, contudo, é daqueles que tiveram a chance de chegar na alta posição em que se encontram Importância dos clássicos: para o líder que buscar apoio na filosofia, deve-se escolher os autores consagrados Importância primordial da administração pública Gestor mais habilidoso: aquele que une a arte da oratória com o pensamento correto em prática política Diálogo entre Cipião Africano, Tuberão e seus amigos “Dois sóis”: exemplo de fenômenos inalcançáveis em compreensão para os seres humanos ou indiferentes à sua vida (Sócrates) Problema do eclipse: como ensinar a verdade aos homens incultos? Conhecimento: noção da própria insignificância no mundo Noção da insignificância como motor para a expansão da mente e a conquista “Feliz o homem que pode verdadeiramente gozar do bem universal, não por mandamento das leis, mas em virtude de sua sabedoria; não por um pacto civil que com ele se queira celebrar, mas pela natureza mesma que dá a cada um.” (Tuberão) O dever cívico deve vir independentemente de se encontrar prazer em desempenhá-lo Lélio: qual a razão, porém, de nos preocuparmos com o que ocorre em lugares tão distantes se não desejamos entender o que acontece aqui (guerra civil romana)? O primeiro fenômeno, se existir, é impossível de se entender. O segundo é desejável e, entendido, deve ser resolvido Quais as artes úteis à república? A atividade profissional deve ser evolutiva em relação aos antecessores República “reunião que tem seu fundamento no consentimento jurídico e na utilidade comum” (Cipião Africano) A espécie humana não nasceu para o isolamento, mas para a sociabilidade Para que perdure, a coisa pública deve ser sempre regida pela autoridade inteligente Três tipos de governo: monarquia, aristocracia (os escolhidos) e popular Qualquer um deles pode ser aceitável, embora não perfeito O inimigo não é a forma de governo, mas deixar-se levar pelas paixões Problemas nas formas de governo Monarquia – população com pouca participação no direito comum Aristocracia – pouca liberdade da população Poder popular – dificuldade de se encontrar (e aplicar) o mérito “Quase sempre o pior governo resulta de uma confusão da aristocracia, da tirania facciosa do poder real e do popular, que às vezes faz sair desses elementos um Estado de espécie nova.” (Cipião Africano) esperança de melhoria Melhor forma de governo combina os três acima: Liberdade como resultado da soberania popular No mínimo, a igualdade de direitos deve prevalecer entre os membros de uma mesma república Mérito Como identificar o homem de mérito? perigo da falsa aristocracia “Não há no mundo espetáculo mais triste que uma sociedade em que o valor dos homens é medido pelas riquezas que possuem.” (Cipião Africano) Aristocracia como fiel da balança Qual o melhor regime político? Monarquia: afeição Aristocracia: sabedoria Democracia: liberdade Deve-se buscar, portanto, 1) a igualdade, 2) a firmeza e 3) um poder “eminente e real” (combinação dos três modelos) República forma mais próxima da perfeição: como deve ser sua constituição?
Compartilhar