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Data: 10/10/2016 Direito Processual do Trabalho Puc Coréu – noite Conceito de substituição processual . A substituição processual, também chamada de legitimidade extraordinária, consiste na possibilidade de alguém ir a juízo postular em nome próprio direito alheio. Na substituição processual, o substituto age em nome próprio, é parte, atua pela sua pessoa para defender interesse de outrem. Assim, percebemos que, a legitimidade extraordinária não só fica adstrita a substituição processual no pólo ativo da lide, como também ao passivo, na medida em que possibilita a defesa de direito alheio. Significa que o substituto não é titular do direito afirmado na pretensão, ou não corresponde aquele que dela resiste. No processo do trabalho a substituição processual é exercida pelo sindicato. Este não pode substituir a categoria, pois a função do sindicato é representar a categoria em juízo e fora dele. 2. Distinção entre substituição e representação processual . No processo do trabalho a substituição processual é exercida pelo sindicato. O referido instituto não se confunde com a representação processual, pois o representante não é parte, ele apenas atua em nome daquele que representa, defende direito de outrem em nome alheio. 3. Quem exerce a substituição no processo do trabalho? Vantagens e desvantagens . A substituição no direito do Trabalho é exercida pelos sindicatos. A substituição não poder ser ampla, já que poderá provocar prejuízo à negociação coletiva. Esse prejuízo decorre pois o sindicato, pode, em vez de negociar coletivamente, propor ação postulando como substituto processual, ele não tem poderes superiores ao do Ministério Público, pois defende a categoria e não a sociedade. 4. O inciso III do art.. 8º da CF/88 consagra hipótese de representação ou substituição processual? Justifique Consagra a hipótese de substituição pois este diz que “ Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais e administrativas”, sendo o conceito de substituição processual. 5. Quais são os principais dispositivos legais que autorizam substituição processual na legislação ordinária . Por muito tempo, principalmente, a jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho foi refratária em admitir que o mencionado dispositivo consagrava a substituição processual pelo sindicato, sob o argumento que o sindicato somente poderia substituir processualmente os membros da categoria mediante autorização de lei infraconstitucional. Este entendimento foi até normatizado pelo TST com a súmula nº310. Posteriormente, diante de vários posicionamentos do Supremo Tribunal Federal em sentido contrário a súmula nº310 do TST, o próprio Tribunal Superior acabou por cancelando a disposição, sendo que a atual jurisprudência trabalhista entende que o inciso III, do art.8º da CF consagrou a substituição processual do sindicato de forma ampla no processo do trabalho. Os dispositivos que consagram a substituição processual na legislação ordinária são os seguintes: parágrafo único do art. 872 da CLT, § 2º do art.195 da CLT, o art. 3º da lei nº 8.073/90 e o art. 82 da lei 8.078/90.
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