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RECURSOS CIVEIS

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RECURSOS CÍVEIS
FABRÍCIO DANI DE BOECKEL
Advogado. Mestre em Direito pela UFRGS. Graduado e Laureado pela UFRGS. Professor da UNISINOS. Palestrante. Autor de livros e artigos. Organizador de obras coletivas.
fabricioboeckel@via-rs.net
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		OBSERVAÇÃO
ESTE ARQUIVO CORRESPONDE AO “ROTEIRO” DE AULAS DE PROCESSO CIVIL II – 2ª PARTE – do Prof. Fabrício Boeckel
O MATERIAL EM PAUTA ESTÁ LONGE DE SER “SUFICIENTE”, NA MEDIDA QUE AS AFIRMAÇÕES ESCRITAS DEVEM SER TOMADAS EM CONJUNTO COM AS PONDERAÇÕES FEITAS DURANTE A EXPLANAÇÃO ORAL EM SALA DE AULA;
ADEMAIS, ESTE “ROTEIRO SIMPLIFICADO” NÃO TEM A PRETENSÃO DE ESGOTAR O EXAME DOS TEMAS, NEM DE SUBSTITUIR CONSULTA À DOUTRINA OU À LEI, TAMPOUCO CONSISTE NUM MEIO DE ESTUDO BASTANTE PARA A PROVA DE PROCESSO CIVIL II, EXIGINDO ESTUDO COMPLEMENTAR.
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DECISÕES JUDICIAIS
Despachos de mero expediente (irrecorríveis);
Decisões interlocutórias;
Sentenças (terminativas ou definitivas);
Decisões monocráticas do relator;
Acórdãos (decisões coletivas).
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JUSTIFICATIVA PARA A RECORRIBILIDADE
Insatisfação natural com julgamento único;
Falibilidade humana (correção dos erros);
Se não houvesse recursos, o arbítrio do julgador poderia se acentuar;
Reapreciação por magistrado(s) mais experiente(s), com maior conhecimento, geralmente por julgamento colegiado;
Confere maior segurança jurídica.
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ARGUMENTOS CONTRÁRIOS À RECORRIBILIDADE
Protela a solução, causando prejuízo a quem tem o direito;
Quanto mais próximo da prova, mais apto fica o juiz para decidir;
Torna mais caro o serviço jurisdicional;
Ainda que se admita a recorribilidade de algumas decisões, essa não deveria ser a regra.
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GRAUS E INSTÂNCIAS
Graus de jurisdição
Instâncias de julgamento
Juízo “a quo” e juízo “ad quem”
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DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
É obrigatório? Está incluído na garantia do devido processo legal (CF) ou lei infraconstitucional pode afastá-lo?
Desestímulo ao recurso (JEC + Novo CPC).
Sugestão de apelação “rotatória”.
Não se confunde com duplo grau obrigatório para a Fazenda Pública, salvo exceções.
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HONORÁRIOS RECURSAIS
(art. 85, § 11, do NCPC)
Majoração devido ao trabalho adicional;
Obediência aos limites mínimo e máximo;
Incentivo à recorribilidade responsável;
Elevação oficiosa, oriunda da lei;
Possibilidade de insurgência específica quanto à fixação dos honorários recursais (prejudicaria a buscada celeridade...).
Cumuláveis com sanções (ex: multa).
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ADMISSIBILIDADE E MÉRITO
ADMISSIBILIDADE: atendimento dos pressupostos/requisitos indispensáveis ao exame da matéria de fundo, que é objeto da irresignação.
MÉRITO: depois de “conhecido” (admitido) o recurso, analisa-se o cerne da insurgência  “provimento” ou não.
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JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE
Quando há um duplo controle: 
Admitido pelo órgão a quo, abre-se a via de acesso à instância ad quem. Caso contrário, só chegará à instância superior mediante a interposição de outro recurso para fazer subir a irresignação.
A admissibilidade do recurso pelo tribunal ad quem tem como consequência a passagem imediata ao exame do mérito.	
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JUÍZO DE MÉRITO (RECURSAL)
MÉRITO DO RECURSO x MÉRITO DA CAUSA 
ERROR IN IUDICANDO: má apreciação de uma questão de fato e/ou de direito; o objeto do juízo de mérito no recurso coincidirá com o objeto de cognição da instância inferior (ambos sobre a mesma matéria)  reforma da decisão, substituindo-a.
ERROR IN PROCEDENDO: o que se postula é a invalidação da decisão; o objeto do juízo de mérito no recurso será o próprio julgamento impugnado  anulação da decisão, sem substituição.
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REQUISITOS/PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE RECURSAL 
REQUISITOS INTRÍNSECOS: relativos à existência do poder de recorrer.
REQUISITOS EXTRÍNSECOS: relativos ao modo de manejar o recurso.
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REQUISITOS INTRÍNSECOS (1)
a) CABIMENTO: recorribilidade e adequação do recurso interposto (ou fungibilidade).
b) LEGITIMIDADE: procedimento recursal deve transcorrer com partes legítimas (reflexo das condições da ação). Também são legitimados, em certos casos, o MP (ainda que atuando como custos legis) e terceiros atingidos pela decisão.
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REQUISITOS INTRÍNSECOS (2)
c) INTERESSE: a análise do recurso tem que se mostrar necessária e útil ao recorrente  evita prolongamento inútil quando a parte pede algo já reconhecido.
Art. 488 do NCPC – interesse do réu beneficiado por decisão terminativa em recorrer para ser analisado o mérito, formando coisa julgada material. 
Perda superveniente do interesse recursal  EX: quando um agravo contra liminar ainda não foi julgado, mas a sentença já substituiu a decisão provisória (fala-se em “recurso prejudicado”). 
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REQUISITOS INTRÍNSECOS (3)
d) INEXISTÊNCIA DE FATOS EXTINTIVOS DO PODER DE RECORRER: 
Renúncia: desde que nasce a possibilidade de recorrer até que seja interposto o recurso ou ocorra outro fato extintivo (aquiescência). 
Aquiescência: parte que aceita expressa ou tacitamente a decisão; ato incompatível com a vontade de recorrer (sem a devida ressalva). 
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REQUISITOS INTRÍNSECOS (4)
e) INEXISTÊNCIA DE FATOS IMPEDITIVOS DO PROCEDIMENTO RECURSAL: (Marinoni e outros autores consideram “extrínseco”)
Desistência: independe de anuência do recorrido ou dos litisconsortes; é exercitada enquanto o recurso pende de julgamento. (não impede análise de questão com repercussão geral já reconhecida, ou julgamento de recursos repetitivos)
Sanção processual: proibição de falar nos autos (art. 77, § 7º, NCPC) e imposição de multas cujo pagamento seja requisito para interposição de recurso (salvo Fazenda e AJG). 
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REQUISITOS INTRÍNSECOS (5)
f) MOTIVAÇÃO: recurso tem que criticar a decisão fundamentadamente. 
Súmula 284 do STF - deficiência da fundamentação que não permite compreensão da controvérsia. 
Súmula 182 do STJ - inviável o recurso que deixa de atacar especificamente os fundamentos da decisão agravada. 
Art. 1021, § 1º, NCPC – p/ agravo interno.
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REQUISITOS EXTRÍNSECOS (1)
1) REGULARIDADE FORMAL: 
Discussão sobre a ausência de assinatura, por exemplo  repúdio ao formalismo. Ver quem elaborou a peça. Excepcionar casos de má-fé. 
Outros exemplos: recurso assinado por quem não tem procuração; documento obrigatório não anexado. 
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REQUISITOS EXTRÍNSECOS (2)
AINDA QUANTO À REGULARIDADE FORMAL:
Chance de sanar os vícios (5 dias), antes do decreto de inadmissibilidade;
STJ/STF pode desconsiderar ou permitir correção de vício formal de recurso tempestivo, se não for grave;
Arts. 76, 932 e 1029 do NCPC.
Derrubada Súmula 115 do STJ (ausência de procuração).
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REQUISITOS EXTRÍNSECOS (3)
2) PREPARO: 
Adiantamento das custas, salvo Gratuidade Judiciária, MP, U, EE, DF, MM e respectivas autarquias. 
Alguns recursos exigem adimplemento de custas e porte de remessa e retorno (este jamais em autos eletrônicos), outros não. 
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REQUISITOS EXTRÍNSECOS (4)
 AINDA SOBRE O PREPARO:
Comprovação em regra simultânea à interposição  deserção, caso não recolhido em dobro ao ser intimado o recorrente. 
Quando há mera insuficiência do preparo, intima-se para complementar em 5 dias. 
Sem terceira chance;
Relator pode relevar se houver justo impedimento, concedendo 5 dias para pagar.
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REQUISITOS EXTRÍNSECOS (4)
3) TEMPESTIVIDADE: 
Prazo contado da intimação da decisão, fluindo a partir da audiência quando ali proferida. 
Podem ser substituídos por ciência inequívoca (carga, pedido de reconsideração, ...).	
Prazos recursais uniformizados em 15 dias (úteis), salvo Embargos Declaratórios (5 dias).	
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REQUISITOS EXTRÍNSECOS (5)
AINDA QUANTO À TEMPESTIVIDADE:
“RECURSOS PREMATUROS”: a decisão já existe, tanto que sobre ela houve recurso; finalidade é atendida e não há prejuízo (art. 218, § 4º).
Duplicação dos prazos em caso de litisconsórcio (salvo em autos eletrônicos), com advogados de escritórios distintos. Prazo
recursal só é em dobro quando a decisão provocar sucumbência de ambos os litisconsortes (Súmula 641 do STF). Dobro também para Fazenda Pública, MP, DPE.
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REMÉDIOS CONTRA DECISÕES JUDICIAIS (1)
RECURSOS (percorrer novamente): 
Dentro da mesma relação processual, antes da coisa julgada; 
Não acarreta outro processo, embora possa haver duplicação de “autos”.
Gera reforma do julgado, invalidação, esclarecimento ou integração.
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REMÉDIOS CONTRA DECISÕES JUDICIAIS (2)
AÇÕES AUTÔNOMAS DE IMPUGNAÇÃO:
Em geral, contra decisões transitadas em julgado ou simplesmente irrecorríveis;
Novo processo (ex: mandado de segurança; ação rescisória).
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EFEITOS DOS RECURSOS (1)
ABERTURA DO PROCEDIMENTO RECURSAL E RETARDAMENTO DAS PRECLUSÕES:
Interposição dá início ao “procedimento recursal”; provocação necessária.
Mantém acesa a discussão sobre a matéria impugnada. Não havendo recurso, a decisão teria tendência a se estabilizar (preclusão). 
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EFEITOS DOS RECURSOS (2)
EFEITO DEVOLUTIVO: 
Tarefa de reavaliação pela instância “ad quem”; “transferência de competência”.
“Tantum devolutum quantum appellatum” - debate na instância revisora terá por base a matéria objeto de insurgência (razões recursais).
Os limites da devolutividade são fornecidos pelo recorrente. 
O impedimento de que o órgão revisor vá além protege contra “reformatio in pejus”, e por outro lado respeita o princípio dispositivo.
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EFEITOS DOS RECURSOS (3)
EFEITO SUSPENSIVO: 
Adia a produção de efeitos e a necessidade de cumprimento de decisão “positiva”.
Suspensos são os efeitos da decisão judicial, não ela própria.
Pontes de Miranda: “... efeito suspensivo é mais efeito da recorribilidade do que do recurso”. Não é a partir da interposição do recurso que os efeitos da decisão ficam tolhidos.
(...)
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EFEITOS DOS RECURSOS (4)
(...) AINDA SOBRE O EFEITO SUSPENSIVO:
Pode decorrer diretamente da lei (preestabelecido) ou ficar a critério do juiz. 
Quando depende da discricionariedade, devem ser observados o risco de dano grave de difícil ou impossível reparação) decorrente do imediato cumprimento da decisão E a probabilidade de êxito do recurso.
(...)
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EFEITOS DOS RECURSOS (5)
(...) AINDA SOBRE O EFEITO SUSPENSIVO:
Art. 995 do NCPC – recursos em regra sem efeito suspensivo, exceto disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.
O efeito suspensivo protege quem sofreria os efeitos da atuação da decisão recorrida.
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EFEITOS DOS RECURSOS (6)
EFEITO ATIVO: 
Contra decisão de conteúdo “negativo” (não há o que suspender).
Questão de nomenclatura: “antecipação da tutela recursal”.
Relator prontamente concede o que fora postulado e indeferido na instância a quo.
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EFEITOS DOS RECURSOS (7)
EFEITO EXPANSIVO/EXTENSIVO:
Resultado do julgamento pode atingir outros atos do processo, e não apenas a parcela da decisão que foi diretamente impugnada OU partes (pessoas) alheias ao recurso. 
	(...)
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EFEITOS DOS RECURSOS (8)
(...) AINDA SOBRE O EFEITO EXPANSIVO/EXTENSIVO:
“Objetivo” quando modifica algo que tenha relação de prejudicialidade. Ex: reforma quanto à investigação de paternidade tem reflexos nos alimentos fixados.
“Subjetivo” quando atinge também outro sujeito que não o recorrente ou o recorrido. Ex: recurso de terceiro prejudicado pela decisão ou de litisconsorte que aproveita a seus pares. 
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EFEITOS DOS RECURSOS (9)
EFEITO TRANSLATIVO: 
Como regra geral, o efeito devolutivo limita a cognição do órgão ad quem, não podendo analisar outros tópicos além dos suscitados nas razões de recurso (no que favorecer ao recorrente).
O efeito translativo resulta de uma mitigação disso: juízo ad quem precisa examinar matérias de ordem pública, cuja apreciação deve ocorrer de ofício. 
(...)
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EFEITOS DOS RECURSOS (10)
(...) AINDA SOBRE O EFEITO TRANSLATIVO:
Temas que devem ser analisados em qualquer tempo e grau de jurisdição, ainda que nunca ventilados. Único pressuposto para isso é a interposição de recurso (ou reexame necessário).
EX: ausência de condição da ação, incompetência absoluta, etc.
(...)
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EFEITOS DOS RECURSOS (11)
(...) AINDA SOBRE O EFEITO TRANSLATIVO:
A idéia de processo colaborativo exige prévia chance de debate sobre a questão, em respeito ao contraditório, de forma a não surpreender as partes.
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EFEITOS DOS RECURSOS (12)
EFEITO SUBSTITUTIVO: 
O processo só pode ter um provimento final sobre cada assunto. 
Ocorre quando a decisão do recurso trata da mesma matéria objeto da decisão recorrida. 
Se o recurso não é admitido ou a decisão é apenas anulada, não há substituição.
	(...)
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EFEITOS DOS RECURSOS (13)
(...) AINDA SOBRE O EFEITO SUBSTITUTIVO:
Efeito substitutivo ocorre quando examinado o mérito recursal (e da causa), não importando se mantida ou reformada a decisão anterior.
A substituição pode ser parcial, quando não foram objeto do recurso todos os tópicos da decisão recorrida, ou quando em alguma parte não foi conhecido o recurso.
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JUÍZO DE RETRATAÇÃO
Possibilidade de o julgador alterar o decidido, especialmente em se tratando de decisões interlocutórias.
Possibilidade excepcional de retratação em julgamentos finais “precipitados” (ou sem resolução do mérito).
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REMESSA NECESSÁRIA (1)
CPC de 1939 chamava de “apelação necessária ou ex officio”.
O reexame necessário, porém, não é recurso: 
1) independe da vontade; 
2) não tem prazo para interposição; 
3) o efeito de sua preterição é a ineficácia provisória da decisão.
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REMESSA NECESSÁRIA (2)
Condiciona a eficácia de uma decisão a uma segunda análise, feita por órgão jurisdicional diverso. 
Enquanto não confirmada, sentença fica sujeita a condição suspensiva.
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REMESSA NECESSÁRIA (3)
A FAVOR: 
1) Valorização do interesse público (proteção ao erário); 
2) Volume de processos e deficiente estrutura pública.
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REMESSA NECESSÁRIA (4)
CONTRA: 
1) Quebra isonomia processual (reexame unilateral, sem reforma que piore a situação do ente público) Súmula 45 do STJ: defeso agravar condenação da Fazenda em reexame necessário.
2) Aumenta custo do processo (tempo e $); 
3) Irreal presunção de despreparo dos profissionais que patrocinam a defesa dos entes públicos. 
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REMESSA NECESSÁRIA (5)
HIPÓTESES DE CABIMENTO (art. 496 do NCPC):
Sentença proferida: contra U, EE, DF, MM e respectivas autarquias e fundações de direito público; julgar procedentes, total ou parcialmente, embargos à execução fiscal.
Outrora coube em caso de anulação de casamento.
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REMESSA NECESSÁRIA (6)
OUTRA HIPÓTESE DE CABIMENTO: 
Mandado de segurança: direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data; ilegalidade ou abuso de poder; ato ou omissão praticados por autoridade”.
Sentença concessiva da ordem está sujeita a reexame necessário (independente de quem seja a autoridade impetrada). 
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REMESSA NECESSÁRIA (7)
MAIS UMA HIPÓTESE DE CABIMENTO:
Ação popular: cidadão legitimado a “reprimir atividade comissiva ou omissiva da Administração Pública”.
Quando extinta ou julgada improcedente (mesmo que parcialmente), deve haver reexame.
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REMESSA NECESSÁRIA (8)
EXCEÇÕES:
Art. 496, § 3º - exclui as demandas em que o “prejuízo” líquido e certo ao erário público for inferior a:
 
- 1000 sal. mín. (União);
- 500 sal. mín. (Estados e Capitais); 
- 100 sal. mín. (Munic. não capitais);
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REMESSA NECESSÁRIA (9)
EXCEÇÕES (continuação):
§ 4º do art. 496 - sentenças amparadas em súmula de tribunal superior, acórdão do STJ ou STF em recursos repetitivos ou em assunção de competência, e ainda se entendimento coincidiu com orientação vinculante no âmbito admin. do próprio ente público. 
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REMESSA NECESSÁRIA (10)
PROCEDIMENTO:
Próprio julgador de 1ª Instância deve remeter os autos ao Tribunal; caso não o faça, Presidente do Tribunal deve avocar os autos.
Qualquer das partes pode requerer, pois ambas são interessadas (na eficácia da decisão).
Procedimento no segundo grau é semelhante à apelação, inclusive admitindo, por analogia, o julgamento monocrático. 
Não gera honorários “recursais”.
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DIREITO INTERTEMPORAL EM MATÉRIA DE RECURSOS
Recorribilidade se rege pela lei em vigor no momento em que a decisão é publicada (excepcionam-se os casos em que o próprio órgão competente para julgamento é extinto, sem indicação de substituto).
Quanto ao procedimento cabível, vale a lei nova desde o momento em que iniciou sua vigência (imediata incidência das normas supervenientes nos processos em curso, mas evitando surpresa – Ex: honorários recursais). 
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ENUNCIADOS ADMINISTRATIVOS - STJ (1)
2. “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016) devem ser exigidos os requisitos de admissibilidade na forma nele prevista, com as interpretações dadas, até então, pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça.”
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ENUNCIADOS ADMINISTRATIVOS - STJ (2)
3. “Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma do novo CPC.”
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ENUNCIADOS ADMINISTRATIVOS - STJ (3)
4. “Nos feitos de competência civil originária e recursal do STJ, os atos processuais que vierem a ser praticados por julgadores, partes, Ministério Público, procuradores, serventuários e auxiliares da Justiça a partir de 18 de março de 2016, deverão observar os novos procedimentos trazidos pelo CPC/2015, sem prejuízo do disposto em legislação processual especial.”
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ENUNCIADOS ADMINISTRATIVOS - STJ (4)
5. “Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no CPC/1973 (relativos a decisões publicadas até 17 de março de 2016), não caberá a abertura de prazo prevista no art. 932, parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC.”
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ENUNCIADOS ADMINISTRATIVOS - STJ (5)
6. “Nos recursos tempestivos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de março de 2016), somente será concedido o prazo previsto no art. 932, parágrafo único, c/c o art. 1.029, § 3º, do novo CPC para que a parte sane vício estritamente formal.”
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ENUNCIADOS ADMINISTRATIVOS - STJ (6)
7. “Somente nos recursos interpostos contra decisão publicada a partir de 18 de março de 2016, será possível o arbitramento de honorários sucumbenciais recursais, na forma do art. 85, § 11, do novo CPC.”
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PRINCÍPIOS 
Duplo grau; taxatividade; unirrecorribilidade (salvo ED, RESP e REXT); fungibilidade; motivação; voluntariedade (opção por recorrer e possibilidade de desistência); consumação (preclusão, impossibilidade de interpor outro recurso contra a decisão, mas atenuada pela chance de emenda/correção); vedação à reformatio in pejus.
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FUNGIBILIDADE RECURSAL
Previsão expressa no CPC de 1939.
Fungibilidade quando não houvesse má-fé ou erro grosseiro (dúvida objetiva).
Aproveitamento do recurso inadequado (preponderância do conteúdo sobre a forma).
Respeito ao prazo do recurso correto (agora facilitado pela unificação de prazos).
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REPERCUSSÃO GERAL
Atualmente, criou-se esse filtro à admissibilidade de Recursos Extraordinários.
Interesses supraindividuais envolvidos (importância do recurso transcende o plano meramente individual, subjetivo), a justificar a atuação de uma instância que deve ser excepcional.
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RECURSO ADESIVO (1)
Os recursos das partes em geral são independentes, e cada litigante pode livremente desistir do seu, sem que isso prejudique a outra parte. 
O adesivo é uma exceção a essa regra, pois um recurso fica atrelado ao outro.
Legitimidade para recorrer adesivamente fica limitada ao “recorrido”.
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RECURSO ADESIVO (2)
Subordinado ao principal (inadmissão, deserção ou desistência);
Pressupõe sucumbência recíproca (desvinculação temática);
Sujeita-se às mesmas regras de admissibilidade, preparo e julgamento;
Interposto no prazo para resposta;
Interposto perante a autoridade competente para receber o recurso principal;
Cabimento restrito a APELO, RESP e REXT.
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SUCEDÂNEOS RECURSAIS
Rol exemplificativo (e questionável...):
Mandado de Segurança;
Habeas Corpus;
Correição Parcial;
Pedido de Reconsideração...
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RECURSOS DE FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA X DE FUNDAMENTAÇÃO LIVRE
RECURSOS DE FUNDAMENTAÇÃO LIVRE: basta a irresignação da parte para que o recurso seja cabível, admitindo-se qualquer motivo para tanto, como a simples “injustiça” da decisão.
RECURSOS DE FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA: a lei arrola os tipos de vício da decisão que permitem o uso de determinado recurso, não sendo ele admissível por outros motivos.
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APELAÇÃO CÍVEL (1)
Em regra contra SENTENÇA (decisão que finaliza a fase cognitiva ou executiva em 1º Grau);
Agora também ataca decisões interlocutórias não agraváveis (situação do antigo Agravo Retido – agora sem preclusão, abordado em preliminar do Apelo) [art. 1009, NCPC];
“Ex-Agravo Retido” suscitado em contrarrazões abre 15 dias para recorrente se manifestar.
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APELAÇÃO CÍVEL (2)
Não importa se a sentença analisou o mérito ou não.
Não cabe contra (1ª) sentença parcial de mérito (arts. 356, §5º, e 1015, II, NCPC);
O fato de não ser dotada da via instrumental atrapalha a continuação do procedimento.
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APELAÇÃO CÍVEL (3)
Cabe quando questões que seriam em regra objeto de agravo integraram capítulo da sentença.
Importa a natureza do ato decisório, e não o rótulo de “sentença”. 
Não cabe contra decisão que julga Liquidação de Sentença, nem contra mera exclusão de litisconsorte.
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APELAÇÃO CÍVEL (4)
Interposição perante o juízo a quo;
Razões em anexo para o juízo ad quem;
Recebimento (protocolo) e intimação para contrarrazões no juízo de origem (que não faz mais qualquer juízo de admissibilidade);
Remessa à segunda instância  analisa admissibilidade e também o mérito (se for o caso).
Relator (eventual decisão monocrática); sessão de julgamento, com sustentação oral.
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APELAÇÃO CÍVEL (5)
Art. 932, III a V, do NCPC – hipóteses de decisão monocrática.
Causa madura (autoriza tribunal a avançar): sentença terminativa; ou incongruente com os limites do pedido ou da causa de pedir; ou se verificar omissão na decisão inferior, incluindo falta de fundamentação; ou ainda se reformar prescrição ou decadência. 
Não necessita de requerimento para essa apreciação; evitar surpresa, porém.
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APELAÇÃO CÍVEL (6)
CONTRA SENTENÇA LIMINAR (arts. 331 e 332, NCPC): 
permite retratação;
cita-se o réu (se o julgamento apreciou ou não o mérito) para oferecer contrarrazões; 
sem apelo, réu é intimado do trânsito em julgado.
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APELAÇÃO CÍVEL (7)
Endereçamento;
Partes e qualificações (?);
Exposição de fato e de direito;
Razões do pedido de reforma ou nulidade + pedido de nova decisão;
Preparo recursal (salvo AJG, ente público ou ECA) .
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APELAÇÃO CÍVEL (8)
Recebimento no duplo efeito, em regra.
Exceções no § 1º do art. 1012 do NCPC (e nos arts. 199-A e 199-B do ECA – adoção e destituição do poder familiar)  só devolutivo (permite execução provisória):
Condenação a prestar alimentos;
Se decisão confirmou, concedeu ou revogou tutela provisória;
Se decretada interdição;
(...)
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APELAÇÃO CÍVEL (9)
Mesmo nas hipóteses não dotadas de efeito suspensivo pode-se requerê-lo:
Se antes da distribuição do apelo  dirigir requerimento para o Tribunal, ficando prevento o relator; 
Se depois da distribuição  dirigir já para o relator.
Considera-se probabilidade de provimento ou, sendo relevante a fundamentação, o risco de dano grave ou de difícil reparação.
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APELAÇÃO CÍVEL (10)
Permite amplo reexame dos fatos e do direito (nos limites do recurso) – RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO LIVRE.
Todas as questões suscitadas e debatidas no processo
podem ser consideradas, mesmo que a sentença não as tenha julgado (expressamente), desde que relativas ao capítulo impugnado.
Matérias antes não alegadas só podem ser trazidas se houve obstáculo de força maior.
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APELAÇÃO CÍVEL (11)
Processamento em Primeira Instância e remessa ao Tribunal.
Tarefas do relator (art. 932 do NCPC), dentre elas a possibilidade de decisão monocrática.
Sessão de Julgamento, com leitura do Relatório, sustentação oral (a começar pelo recorrente), parecer do MP (se for o caso) e votos dos Desembargadores. 
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INTERPOSIÇÃO DA APELAÇÃO
		 Prática (1)
Direcionamento:
	Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1ª Vara Cível Especializada em Família da Comarca de São Leopoldo. 
			 (juízo a quo)
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INTERPOSIÇÃO DA APELAÇÃO
		 Prática (2)
PARTES E PROCESSO DE ORIGEM: 
	
	FULANO DE TAL, bras., solt., médico, CI ....., CPF....., residente e domiciliado em ........, representado por seu procurador no fim assinado, não se conformando com a R. Sentença proferida nos autos da AÇÃO DE DIVÓRCIO DIRETO nº ......, movida por BELTRANA DA SILVA, (...qualificação...), tempestivamente vem, com fulcro no art. 1009 e seg. do NCPC, interpor ...
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INTERPOSIÇÃO DA APELAÇÃO
		 Prática (3)
	... APELAÇÃO, consoante RAZÕES RECURSAIS anexas.
	Nessas circunstâncias, comprova em anexo o pagamento do preparo, e
	REQUER seja recebido o presente Apelo (dotado de efeito devolutivo e suspensivo), intimando-se a apelada para oferecer contrarrazões (se quiser), por fim remetendo-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul para julgamento.
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INTERPOSIÇÃO DA APELAÇÃO
		 Prática (4)
	Nestes Termos,
	P. e E. Deferimento.
	São Leopoldo, 25 de maio de 2016.
	pp.
		 NOME DO ADVOGADO – OAB.....
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 RAZÕES DE APELAÇÃO
		 Prática (1)
Colenda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.
FULANO DE TAL, por seu procurador signatário, vem apresentar RAZÕES DE APELAÇÃO, nos autos da AÇÃO DE DIVÓRCIO DIRETO Nº ....., que lhe foi movida por BELTRANA DA SILVA, nos termos que seguem:
*
 	RAZÕES DE APELAÇÃO
		 Prática (2)
1)DESCREVER SUMARIAMENTE A DEMANDA, 
	OS ARGUMENTOS DE DEFESA E 
	A SENTENÇA RECORRIDA (sem prejuízo de outros atos que se mostrem relevantes).
2)FUNDAMENTAÇÃO FÁTICA E/OU JURÍDICA PARA O PROVIMENTO DO RECURSO (crítica à decisão recorrida)  possibilidade de divisão em subitens.
*
 	RAZÕES DE APELAÇÃO
		 Prática (3)
3)REQUER seja admitido o presente Apelo e, quanto ao mérito, PEDE seja provido o recurso, para o fim de reformar a R. Sentença de fls., julgando improcedentes os pedidos formulados na petição inicial, com natural inversão dos ônus sucumbenciais, como medida de Justiça. (se a inconformidade é parcial, delimitar melhor o pleito recursal)
	São Leopoldo, 25 de maio de 2016.
	pp.
		 NOME DO ADVOGADO – OAB.......	 
*
RECURSO ORDINÁRIO (1)
Ação em geral de competência originária de Tribunal.
Possibilidade de STJ ou STF atuar como espécie de “Segunda Instância”.
Efeito devolutivo amplo, como se Apelação fosse  fatos e direito podem ser discutidos.
Efeito suspensivo pode ser requerido (quase irrelevante, pois em geral se volta contra decisão denegatória ou de improcedência).
Interposição e contrarrazões em regra no tribunal de origem, mas depois sobe sem juízo de admissibilidade.
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RECURSO ORDINÁRIO (2)
Para o STF (art. 1027, NCPC + art. 102, II, CF)
Recurso contra decisão denegatória proferida por Tribunal Superior (como única instância) em mandado de segurança, habeas data ou mandado de injunção; 
CF: Ou contra decisão que julga crimes políticos, ou contra decisão denegatória de habeas corpus proferida em única instância por Tribunal Superior. 
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RECURSO ORDINÁRIO (3)
Para o STJ (art. 1027, NCPC + art. 105, II, CF)
RECURSO CONTRA DECISÃO: 
Denegatória de mandado de segurança julgado em única instância por TRF ou TJ; 
Também cabe quando forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional, e de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no Brasil (contra o julgado do juiz federal singular – os agravos cabíveis contra decisões interlocutórias também vão para o STJ).
CF: Ou denegatória de habeas corpus julgado em única ou última instância por TRF ou TJ;
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RECURSO INOMINADO – JECível Estadual (1)
“Recurso” apenas quando proferida sentença (irrecorribilidade em separado das decisões interlocutórias).
Turma Recursal composta por 3 juízes togados que atuam no Primeiro Grau.
Necessidade de representação por advogado.
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RECURSO INOMINADO – JECível Estadual (2)
Prazo de 10 dias para interposição e também para resposta.
Preparo pode ser feito até 48 horas depois da interposição do recurso.
Desestímulo ao recurso (incidência de custas e honorários advocatícios).
Efeito só devolutivo, podendo ser concedido efeito suspensivo para evitar dano irreparável.
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EMBARGOS DECLARATÓRIOS
NO JECível Estadual
Mesmas hipóteses de cabimento previstas no NCPC (antes previa a “dúvida”, mas não o “erro material”). 
 
Erros materiais corrigíveis de ofício.
Oposição em 5 dias (até oralmente).
“Interrompem” prazo para outro recurso.
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OUTROS REMÉDIOS IMPUGNATIVOS NO JECível Estadual
Cabimento de Recurso Extraordinário (STF).
Não cabimento de Recurso Especial (STJ).
Mandado de Segurança: competência da Turma Recursal Cível (Súmula 376, STJ).
Nos JECs Federais cabe recurso imediato sobre decisão que aprecia medida cautelar.
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ANTIGOS AGRAVOS - RETIDO E DE INSTRUMENTO (1)
Cabimento contra “decisões” interlocutórias.
RETIDO como “regra”, de 2005 a 2016.
	Agravo retido perturbava menos; era interposto perante o prolator da decisão; o processamento se dava no mesmo juízo; reiterado nas razões/contrarrazões de Apelo.
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ANTIGOS AGRAVOS - RETIDO E DE INSTRUMENTO (2)
Agravo retido independia de preparo.
Não precisava instruir com cópias (inserido nos autos já existentes).
No caso de decisões proferidas em audiência, o agravo retido deveria ser interposto de imediato, oralmente.
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ANTIGOS AGRAVOS - RETIDO E DE INSTRUMENTO (3)
AGRAVO DE INSTRUMENTO ANTES DE 2016:
USO DEVERIA SER EXCEPCIONAL:
Perigo de lesão grave e de difícil reparação;
Quanto aos efeitos do apelo;
Para prosseguir trâmite de recurso não admitido;
Outros casos previstos em lei.
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AGRAVO DE INSTRUMENTO SEGUNDO O NCPC (1)
Abolido Agravo Retido  sem preclusão; sem necessidade de protesto; recorre ao final.
Agravo de Instrumento cabível contra certas decisões interlocutórias, e também em face de sentença parcial.
Rol taxativo do art. 1015, incisos e parágrafo único (liquid., exec., cumprim. e invent.) do NCPC: uso de sucedâneos? (se teratológica...)
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AGRAVO DE INSTRUMENTO SEGUNDO O NCPC (2)
Recurso dirigido ao juízo ad quem (em regra lá entregue, mas podendo ser protocolizado no 1º grau, enviado pelos correios com AR, ou por fax – no último caso só refere as cópias, juntando-as com o original).
Formação de novos autos. 
Sendo eletrônicos os autos, apenas precisa juntar prova do preparo (não outros docs.).
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AGRAVO DE INSTRUMENTO SEGUNDO O NCPC (3)
INSTRUÍDO COM CÓPIAS: 
Obrigatórias (inicial, contestação, petição que causou decisão; procurações, decisão agravada, intimação ou outro meio idôneo para aferir tempestividade, preparo). + facultativas (peças úteis, no caso).
Advogado declara eventual inexistência de documento, sob responsabilidade pessoal.
5 dias para complementar (art. 932, NCPC) – vale também para outros vícios do Agravo.
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AGRAVO DE INSTRUMENTO SEGUNDO O NCPC (4)
Nomes (qualificação!) das partes 
(previsão de intimação pessoal do agravado sem procurador, p/ resposta).
Nomes e endereços dos advogados das partes.
Necessidade de melhor situar os julgadores quanto à controvérsia.
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AGRAVO
DE INSTRUMENTO SEGUNDO O NCPC (5)
PODERES DO RELATOR:
a) Não admitir.
b) Prover (só após contrarrazões) ou negar provimento.
c) Conceder efeito suspensivo ou ativo (fundado receio de iminente lesão grave e de difícil reparação + fundamentação relevante).
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AGRAVO DE INSTRUMENTO SEGUNDO O NCPC (6)
d) Determinar a intimação do agravado para responder (e juntar documentação), querendo.
e) Se for o caso, dar vista ao MP.
 Inclusão em pauta 1 mês após intimação do agravado?! Normalmente sem sustentação oral, exceto se versar sobre tutela provisória.
 
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AGRAVO DE INSTRUMENTO SEGUNDO O NCPC (7)
Art. 1018, NCPC - Depois da interposição, se não forem eletrônicos os autos, agravante tem 3 dias para, no juízo de origem:
Apresentar cópia do recurso;
Comprovar a interposição;
Arrolar os documentos anexados.
 Facultatividade ou obrigatoriedade? 
O descumprimento, se arguido e provado, leva à inadmissibilidade.
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AGRAVO DE INSTRUMENTO SEGUNDO O NCPC (8)
Possibilidade de retratação pelo juízo a quo.
O pedido de reconsideração, contudo, nem interrompe nem suspende o prazo recursal.
Reconsideração torna prejudicado o agravo.
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 AGRAVO DE INSTRUMENTO
		 Prática (1)
	ENDEREÇAMENTO:
	Excelentíssimo Senhor Desembargador Relator - Colenda Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.
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 AGRAVO DE INSTRUMENTO
		 Prática (2)
	FULANO DE TAL(...qualificação completa...), por seu procurador no fim assinado, não se podendo conformar, data maxima venia, com a respeitável Decisão proferida pelo Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 3ª Vara Cível da Comarca de Tramandaí, que determinou a exclusão do réu FRIGORÍFICO SALAME do polo passivo da
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 AGRAVO DE INSTRUMENTO
		 Prática (3)
	AÇÃO INDENIZATÓRIA Nº 074/1.16.0004422-7, movida pelo ora agravante contra
	XIS DO GORDO e FRIGORÍFICO SALAME LTDA. (...qualificação completa de ambos...), tempestivamente vem interpor
	AGRAVO DE INSTRUMENTO para ver reformada tal Decisão, consoante razões a seguir expostas:
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 AGRAVO DE INSTRUMENTO
		 Prática (4)
1)	A DECISÃO AGRAVADA E A NECESSIDADE DE REFORMA/INVALIDAÇÃO: explicitação do litígio e da decisão proferida, com fundamentação fática e de direito que leve à sua reforma/invalidação.
2) CABIMENTO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO (E DE EVENTUAL ANTECIPAÇÃO DA TUTELA RECURSAL): possibilidade de abordagem em separado.
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 AGRAVO DE INSTRUMENTO
		 Prática (5)
3)	PROCURADORES DAS PARTES:
O agravante está representado nos autos pelo advogado ora signatário (Daniel Jackson), inscrito na OAB/RS sob o nº 5.812, com escritório profissional na av. Ipiranga, nº 410, cj. 301, em Porto Alegre-RS.
O agravado tem como seus procuradores os advogados Fábio Wandercleisson, OAB/RS 19.517, e Diogo Guterrez, OAB/RS 24.242, ambos com escritório profissional na rua Dante Barone, nº 422, em Butiá-RS. 
*
 AGRAVO DE INSTRUMENTO
		 Prática (6)
4) DOCUMENTOS ANEXADOS:
O agravante oferece, em anexo, cópia dos documentos obrigatórios exigidos pelo art. 1017, inciso I e § 1º, do NCPC, assim como de todo o restante da documentação que lhe parece útil para permitir aos Eminentes Desembargadores um perfeito esclarecimento acerca das circunstâncias relevantes para julgar o Recurso.
Segue, abaixo, a relação dos documentos que acompanham o presente escrito, os quais representam cópias fiéis e autênticas dos originais constantes dos autos de origem:
Doc. 1 – (...) (...)
*
AGRAVO DE INSTRUMENTO
		 Prática (7)
Diante de todo o exposto, com fundamento no art. 1015 e seguintes do NCPC e em todo o mais cabível na espécie,
REQUER seja liminarmente suspensa a Decisão que determinou a exclusão do réu FRIGORÍFICO SALAME, mantendo tal demandado no polo passivo do processo até o julgamento final do presente Agravo.
*
AGRAVO DE INSTRUMENTO
		 Prática (8)
REQUER a oportuna intimação da parte agravada para que, querendo, responda ao presente Agravo no prazo legal.
PEDE seja ao final provido o Recurso para reformar integralmente a R. Decisão guerreada, no sentido de reconhecer a legitimidade passiva “ad causam” do réu FRIGORÍFICO SALAME, determinando que o mesmo permaneça no polo passivo. 
*
AGRAVO DE INSTRUMENTO
		 Prática (9)
	Nestes Termos, 
	P. e E. Deferimento.
	Porto Alegre, 27 de maio de 2016.
	pp.	
*
AGRAVO INTERNO (1)
Principal hipótese de cabimento: contra o julgamento monocrático de recurso (pelo relator), para levar ao Colegiado.
Prazo de 15 dias para interpor, criticando concretamente a decisão monocrática.
Relator pode se retratar, ou então simplesmente vota, juntamente com os demais, sem poder se limitar a reproduzir a decisão monocrática.
*
AGRAVO INTERNO (2)
O agravo interno reconhecido por UNANIMIDADE como manifestamente inadmissível ou improcedente sujeita o agravante a multa de 1% a 5% do valor atualizado da causa, em favor do agravado.
Interposição de novo recurso fica condicionada ao depósito da multa (Fazenda Pública e beneficiário de AJG só pagarão ao final).
*
AGRAVO DE ADMISSÃO 
PARA SUBIDA DE RECURSOS EXCEPCIONAIS – REsp e RExt (art. 1042, NCPC) 	recurso ressuscitado pela Lei 13.256/2016.
Prazo também de 15 dias; sem preparo; intimação para resposta e chance de retratação.
Não cabe o agravo se a decisão estiver fundada na aplicação de entendimento firmado em repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.
*
EMBARGOS DECLARATÓRIOS (1)
Contra qualquer decisão (final ou interlocutória, singular ou coletiva).
Interrupção do prazo para interposição de outros recursos, para ambas as partes. Em regra sem efeito suspensivo, salvo concessão excepcional.
“Oposição” dos Embargos Declaratórios em 5 dias.
*
EMBARGOS DECLARATÓRIOS (2)
Não tem por finalidade a alteração do julgado, muito menos a melhoria da decisão “em prol” do embargante.
Purificação do julgado: omissão (mesmo que sobre ponto não suscitado antes, sobre o qual deveria haver apreciação de ofício), obscuridade, contradição ou erro material.
*
EMBARGOS DECLARATÓRIOS (3)
O cabimento dos Embargos de Declaração é vinculado à indicação de algum dos vícios previstos em lei.
A contradição deve ser “interna ao julgado”.
Utilização para prequestionamento.
*
EMBARGOS DECLARATÓRIOS (4)
Independe de preparo.
Possibilidade de reiteração dos Embargos.
Sem previsão legal para resposta, em regra, salvo:
Efeitos infringentes/modificativos (excepcionalmente)  obediência ao contraditório  contrarrazões em 5 dias.
*
EMBARGOS DECLARATÓRIOS (5)
Se modificada a decisão e a parte adversa já tiver interposto outro recurso, embargado é intimado para emendar em 15 dias, querendo. Se não alterada a decisão, nem é preciso ratificar o recurso anterior.
Embargos Declaratórios contra decisão monocrática podem ser recebidos como Agravo Interno (fungibilidade), com 5 dias para emenda pelo recorrente.
*
EMBARGOS DECLARATÓRIOS (6)
Multa de até 2% do valor atualizado da causa se forem manifestamente protelatórios (ex officio).
Elevação para até 10% se reiterada a conduta  depósito da multa passa a ser condição para interposição de outros recursos.
Proibida terceira oposição sucessiva, se os dois E.D. anteriores foram protelatórios.
*
 EMBARGOS DECLARATÓRIOS
			Prática (1)
ENDEREÇAMENTO:
	Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 7ª Vara Cível da Comarca de Porto Alegre.
 (prolator da decisão embargada, independentemente da instância)
*
 EMBARGOS DECLARATÓRIOS
		 Prática (2)
MARINA PINHEIRO, por seu procurador no fim assinado, em
EMBARGOS DECLARATÓRIOS relativos à R. Decisão da fl. 76, proferida nos autos do
PROCESSO Nº 1.16.0003177-5, movido contra
GILNEI RODRIGUES, tempestivamente vem dizer e requerer o seguinte:
*
 EMBARGOS DECLARATÓRIOS
		 Prática (3)
1)Breve narrativa referente
ao processo e exposição do decidido;
2)Indicação de omissão, obscuridade, contradição e/ou erro material demonstração de cabimento dos embargos declaratórios.
3)Conveniência de ”sugerir” a forma segundo a qual o vício deve ser sanado.
*
 EMBARGOS DECLARATÓRIOS
		 Prática (4)
Diante do exposto, com fundamento nos arts. 1022 e seguintes do novo Código de Processo Civil, opõe os presentes Embargos Declaratórios, que 
 
REQUER sejam recebidos e providos, para o efeito de sanar a omissão apontada acima, a fim de esclarecer se os alimentos foram fixados apenas em favor dos filhos ou se também em proveito da divorcianda (embargante).
*
 EMBARGOS DECLARATÓRIOS
		 Prática (5)
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Porto Alegre, 02 de junho de 2016.
pp.
		 NOME DO ADVOGADO – OAB.......
*
EXEMPLO DE CABIMENTO DOS EMBARGOS DECLARATÓRIOS
	Milene Sábados moveu, contra Ronaldo Natálio, Ação de Divórcio com Partilha dos bens adquiridos na constância do casamento (dois veículos de valores iguais: um Corsa e um Pálio) e pedido de alimentos em proveito dos dois filhos do casal, que estão sob a guarda da mãe. Ao julgar o feito, o Juiz de Direito da 8ª Vara de Família da Comarca de Porto Alegre decidiu: “... julgo parcialmente procedente a ação movida por Milene Sábados contra Ronaldo Natálio, decretando o divórcio do casal, ficando a cônjuge virago com a guarda das crianças. Diante da tenra idade de cada um dos filhos, arbitro alimentos no valor de R$300,00. Quanto aos bens, o veículo Corsa ficará para o varão. Considerando que a sucumbência da autora foi mínima, limitada apenas ao valores dos alimentos fixados, deverá a mesma arcar integralmente com as custas processuais e com honorários sucumbenciais, estes no valor de R$1.500,00 em favor do patrono da parte adversa.” 
*
OS ANTIGOS EMBARGOS INFRINGENTES (1)
Art. 530 do CPC/1973 - REVOGADO: “Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.”
*
OS ANTIGOS EMBARGOS INFRINGENTES (2)
Era recurso e tinha que ser interposto (15 dias);
Julgamento no TJRS em regra pelo Grupo;
Efeito devolutivo (e o suspensivo) só abrangia a matéria acolhida pelo voto vencido que manteria a decisão anterior;
Quando parcial o desacordo, havia prazo para embargos infringentes e depois para o próximo recurso;
Interposição era indispensável para esgotar a discussão nas vias ordinárias (p/ RESP ou REXT).
*
EXTINÇÃO DOS ANTIGOS EMBARGOS INFRINGENTES
NOVO CPC:
Decisão não-unânime em apelação, mantendo ou reformando a sentença.
APLICA-SE TAMBÉM a decisão por maioria que: 
a) julga procedente ação rescisória – p/ Grupo; b) reforma sentença parcial de mérito via agravo de instrumento.
NÃO CABE EM REEXAME NECESSÁRIO.
*
TÉCNICA DE JULGAMENTO APLICÁVEL – art. 942, NCPC
Julgamento terá prosseguimento com mais julgadores, viabilizando reversão do resultado (e inclusive retratação);
Em tese pode continuar na mesma sessão;
Chance de sustentação oral perante os novos julgadores;
Não é recurso, não gera sucumbência recursal e acórdão só é lavrado ao final.
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EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA (1)
Arts. 1043 e 1044 do NCPC  Serve para uniformização interna da jurisprudência do STJ e do STF.
Decisão de órgão fracionário do STJ ou do STF, proferida em RESP ou REXT, que diverge de julgado em regra de outro órgão do mesmo Tribunal – ambos de mérito, ou um de mérito e outro que não conheceu do recurso mas apreciou a controvérsia.
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EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA (2)
Possibilidade de confrontar teses jurídicas veiculadas em julgamento de recurso e de ações de competência originária.
Divergência pode ser quanto à aplicação do direito material ou processual.
Divergência pode ser interna (da própria turma), desde que tenha mudado mais de metade de sua composição.
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EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA (3)
No STJ:
Rito regulado pelo Regimento Interno: sem efeito suspensivo; competência da Seção ou do Órgão Especial.
Interposição dos Embargos de Divergência interrompe o prazo para qualquer das partes interpor REXT.
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EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA (4)
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE:
15 dias para a interposição;
Divergência configurada em casos semelhantes (comprovar a existência do julgado paradigma e comparar os casos).
	Intimação para que o embargado impugne no prazo de 15 dias, se for o caso ouvindo-se depois o MP.
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EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA (5)
No STF: divergência em relação a julgamento da outra Turma ou do Plenário. 
Procedimento regulado pelo Regimento Interno do STF, similar ao do STJ nesse assunto (diferença no que tange ao prazo para impugnação – se fosse 10 dias criaria desigualdade, razão pela qual isso está superado).
*
RECURSOS “EXCEPCIONAIS” (1)
Recurso Especial (STJ) e Recurso Extraordinário (STF).
“Recursos de estrito direito” – impossibilidade de reexame de prova (Súmula 7 do STJ e Súmula 279 do STF). 
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RECURSOS “EXCEPCIONAIS” (2)
Objetivos maiores do que o simples interesse das partes envolvidas:
Harmonização do Direito;
Valorização da jurisprudência como fonte de Direito;
Respeito ao ideal federativo.
	Última palavra em matéria constitucional ou infraconstitucional (possibilidade de interposição simultânea dos dois recursos – RESP e REXT – são julgados nesta ordem, em regra).
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RECURSOS “EXCEPCIONAIS” (3)
Pressupostos de admissibilidade (além dos “gerais”):
Causa definitivamente julgada nas instâncias ordinárias (esgotamento da via recursal ordinária);
Prequestionamento (necessidade de contraditório + atuação dos Tribunais Superiores como uniformizadores das decisões). Súmula 356 do STF.
*
RECURSOS “EXCEPCIONAIS” (4)
Duplo juízo de admissibilidade: (Vice-) Presidente do Tribunal que proferiu a decisão recorrida e órgão “ad quem”.
Efeito apenas devolutivo: não impede, em regra, a execução do julgado (salvo se concedido efeito suspensivo excepcionalmente: por quem faz o 1º juízo de admissibilidade, até ser publicada a decisão que admite o recurso; depois disso, requerimento é dirigido para a instância Superior/Suprema).
Prazo de 15 dias - cabe recurso adesivo.
*
RECURSOS “EXCEPCIONAIS” (5)
A interposição do recurso é feita no Tribunal “a quo”;
Também lá ocorre a intimação do recorrido para, querendo, apresentar contrarrazões, bem como o 1° juízo de admissibilidade;
Caso não admitido pelo Tribunal “a quo”, pode ser interposto agravo (art. 1042, NCPC) para provocar a subida do recurso (interposição perante o prolator da Decisão recorrida).
*
RECURSOS “EXCEPCIONAIS” (6)
Necessidade de exposição dos fatos e do direito;
Demonstração de cabimento do recurso (“recursos de fundamentação vinculada”);
Razões do pedido de reforma ou invalidação da decisão.
No caso do REXT, é preciso demonstrar também a “repercussão geral” da matéria.
*
RECURSO ESPECIAL (1)
Competência do STJ.
Cabimento do RESP contra decisão proferida em única ou em última instância por TJ ou TRF que (CF, art. 105, III):
Contrariar ou negar vigência a tratado ou a lei federal;
Julgar válido ato de governo local (estadual ou municipal) contestado em face de lei federal;
Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
*
RECURSO ESPECIAL (2)
Uniformiza interpretação das leis federais. 
Necessidade de indicação da(s) alínea(s) que fundamenta(m) o recurso.
É imprescindível a indicação do dispositivo legal alegadamente violado.
No caso de dissídio jurisprudencial, não se trata de uniformizar as decisões de um mesmo Tribunal (Súmula 13 do STJ).
*
RECURSO ESPECIAL (3)
A demonstração do dissídio jurisprudencial exige que os casos comparados tenham por base a mesma realidade fática  “cotejo analítico” entre os casos.
Comprovação da divergência mediante certidão,
cópia autenticada ou menção ao repositório de jurisprudência onde a “decisão paradigma” foi encontrada.
*
RECURSO ESPECIAL (4)
Além do simples dissídio, é fundamental demonstrar que o entendimento trazido agora à comparação é o que deve preponderar (juízo de admissibilidade x juízo de mérito).
“Conhecimento” do recurso é algo que não garante o seu “provimento”.
*
RECURSO ESPECIAL (5)
Recursos repetitivos  vários recursos tratando da mesma questão jurídica:
Presidente do Tribunal de origem admite um ou alguns recursos representativos da controvérsia, encaminhando-os ao STJ (os outros ficam suspensos).
Se o Tribunal de origem não agir assim, o Relator (no STJ) poderá determinar a suspensão dos processos que versem sobre idêntica questão de direito.
*
RECURSO ESPECIAL (6)
(continuação sobre recursos repetitivos):
Admite-se a manifestação de quem demonstre interesse na controvérsia.
Intervenção do Ministério Público.
Julgamento por Seção ou Corte Especial do STJ.
*
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (1)
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE:
Difuso (norte-americano)  todo magistrado analisa a constitucionalidade das normas em cada caso concreto; efeitos “inter partes”.
Concentrado (austríaco)  criação de um Tribunal com finalidade precípua de apreciar a constitucionalidade das leis e demais atos normativos (STF para normas federais e estaduais; Tribunal Estadual para as normas municipais); análise abstrata, direta, com efeitos “erga omnes”.
*
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (2)
O Brasil adota um modelo híbrido de controle de constitucionalidade.
Além de exercer o controle concentrado, o STF também uniformiza as decisões tomadas de modo difuso a respeito de questão constitucional (pela via do REXT).
*
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (3)
Cabimento (CF, art. 102, III)  contra decisão de única ou última instância que:
Contrariar dispositivo da CF;
Declarar inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
Julgar válida lei (ou ato) de governo local contestado em face da CF;
Julgar válida lei local contestada em face de lei federal (tema de divisão de competências é pautado na CF).
*
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (4)
REPERCUSSÃO GERAL: pressuposto de admissibilidade (demonstrada em preliminar; só analisável pelo STF).
Questões devem transcender o plano meramente individual, subjetivo.
Relevância sob o ponto de vista social, econômico, político e jurídico (ou contrariedade a súmula/jurisprudência dominante do STF, ou ainda se decisão reconheceu inconstitucionalidade de lei federal ou tratado).
*
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (5)
Para ser recusado o REXT, é necessário que 2/3 dos ministros votem nesse sentido.
Não reconhecida a repercussão geral, a decisão valerá para todos os recursos sobre a mesma matéria.
Possibilidade de REXTs repetitivos...
*
RECURSO EXTRAORDINÁRIO (6)
Tramitação do REXT semelhante à do RESP:
entregue na instância “a quo”;
efeito em regra só devolutivo;
 duplo juízo de admissibilidade, etc.
*
ORDEM DOS PROCESSOS 
NO TRIBUNAL (1)
Apelo e agravo: decisão em regra tomada pela Câmara/Turma, com voto de 3 magistrados.
Relator: funções “preparatórias” (determinar intimações, eventual produção de prova, etc.), análise de tutela provisória, mais elaboração de relatório e do primeiro voto.
*
ORDEM DOS PROCESSOS 
NO TRIBUNAL (2)
Sessão de julgamento (publicação da pauta no órgão oficial com 5 dias de antecedência): relatório, sustentação oral de 15 minutos pelo recorrente e depois pelo recorrido (se o recurso admitir – NCPC, art. 937 – e se o interessado fizer prévia inscrição), parecer do MP (se for o caso) e depois começa a votação.
Possibilidade de pedido de vista pelo julgador que não se ache habilitado para decidir.
*
ORDEM DOS PROCESSOS 
NO TRIBUNAL (3)
Na sessão ocorre o julgamento de dezenas/centenas de processos  1º os com sustentação, depois os pedidos de preferência, após os com julgamento já iniciado anteriormente e por fim os demais.
Depois o Acórdão de cada processo é redigido definitivamente (c/ “Ementa”) e então publicado.
O Relator do Recurso não será o Redator do Acórdão se sua posição restar vencida.
*
ORDEM DOS PROCESSOS 
NO TRIBUNAL (4)
Poderes do Relator (art. 932, NCPC):
Homologar acordo, etc.
Não conhecer de recurso manifestamente inadmissível, prejudicado ou “imotivado”.
Negar ou dar provimento monocraticamente quando o recurso ou a decisão for contrário(a) a: súmula do STF, STJ ou do próprio tribunal; acórdão do STF ou STJ em recurso repetitivo; entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.
Decidir incidente de desconsideração da personalidade jurídica instaurado no tribunal. (…)
*
ORDEM DOS PROCESSOS 
NO TRIBUNAL (5)
Decisão monocrática atacável por agravo interno.
Antes de não admitir o recurso, 5 dias para recorrente sanar o vício ou complementar documentação.
Para dar provimento a recurso monocraticamente, só após contrarrazões.
Fato relevante superveniente ao recurso  dar 5 dias às partes, mesmo que examinável de ofício.
*
ORDEM DOS PROCESSOS 
NO TRIBUNAL (6)
Quando pendentes Agravo de Instrumento e Apelação, o Agravo deve ser julgado antes.
Preliminares/admissibilidade são analisadas antes do mérito. O magistrado vencido quanto às preliminares também vota sobre o mérito.
Tribunal pode converter o julgamento em diligência para suprir vício sanável.
*
INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA – art. 947 e ss., NCPC (1)
Cabível quando o julgamento de recurso, remessa necessária ou processo de competência originária envolver “relevante questão de direito, com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos”.
Serve para prevenir ou compor a divergência entre Câmaras ou Turmas.
*
INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA (2)
Relator propõe, de ofício ou provocado, que o julgamento ocorra por Colegiado previsto no Regimento Interno.
Tal Colegiado analisa se há interesse público na assunção de competência, e, na hipótese afirmativa, julga o caso.
Todos os juízes e órgãos fracionários ficam vinculados ao posicionamento (salvo revisão da tese).
*
INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE (1)
CF, art. 97: Só pela maioria absoluta dos membros do Tribunal (ou do seu Órgão Especial) pode ser declarada inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.
Súmula Vinculante nº 10 do STF: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.”
*
INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE (2)
NCPC, art. 948: Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público arguida em controle difuso  relator ouve MP e partes, submetendo questão à Câmara.
Se acolhida pela Câmara/Turma a arguição de inconstitucionalidade, é submetida a Plenário ou Órgão Especial (salvo se estes ou o Plenário do STF já tiverem se pronunciado anteriormente).
*
INCIDENTE DE ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE (3)
Presidente do Tribunal marca sessão de julgamento, dando chance de manifestação às pessoas jurídicas de direito público responsáveis pela edição do ato atacado e a quem teria legitimidade para propor ADIN ou ADC (art. 103, CF), sem prejuízo de outros órgãos ou entidades.
*
INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (1)
Instaurado para o caso de haver (art. 976, NCPC):
A) efetiva repetição de processos com controvérsia sobre a mesma questão só de direito +
B) risco à isonomia ou à segurança jurídica.
Instauração é pedida ao presidente do tribunal: pelo juiz ou relator (ofício), pelas partes, MP ou Defensoria (petição), instruindo com documentos necessários a provar o cabimento.
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INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (2)
Se não for requerente, MP deve intervir.
Desistência ou abandono do processo não tranca julgamento de mérito do incidente (MP assume titularidade nesse caso). 
Não cabe o incidente se um dos tribunais superiores já afetou recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.
Incidente sem custas.
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INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (3)
Ouve-se as partes/interessados, incluindo pessoas/órgãos/entidades com interesse.
Órgão previsto no Regimento Interno julga o incidente (firmando a tese jurídica) e também o próprio recurso, a remessa necessária ou processo de competência originária.
Instauração e julgamento (1 ano) com ampla divulgação, com registro eletrônico no CNJ.
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INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (4)
Colegiado competente examina se incidente é admissível, para então o relator:
Suspender os processos pendentes que tramitam no Estado/Região;
Pode requisitar informações a órgãos em cujo juízo tramita o processo;
Intima MP para manifestação em 15 dias.
 EVENTUAL TUTELA URGENTE, durante a suspensão, é pleiteada na origem.
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INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (5)
Ordem no julgamento: após relatório, sustentação oral das partes, do MP e demais interessados. 
Acórdão deve analisar todos os fundamentos suscitados (favoráveis ou contrários) relativos à tese jurídica discutida.
TESE FIXADA aplica-se a todos processos que versem sobre idêntica questão de direito (sob jurisdição do tribunal – incluindo Juizados Especiais) e aos casos futuros (salvo revisão)  inobservância autoriza RECLAMAÇÃO.
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INCIDENTE DE RESOLUÇÃO DE DEMANDAS REPETITIVAS (6)
Revisão da tese: de ofício ou por iniciativa do MP ou da Defensoria.
Cabe RESP ou REXT do acórdão sobre o mérito do incidente  nesse caso tais recursos terão efeito suspensivo, e a repercussão geral do REXT é presumida  se apreciado o mérito do recurso, tese jurídica adotada por STF/STJ torna-se aplicável em todo o País, nos processos que versem sobre idêntica questão de direito.
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RECLAMAÇÃO – art. 988 e seguintes do NCPC (1)
Legitimidade ativa da parte ou do MP.
Finalidade de preservar a competência do tribunal, ou garantir a autoridade de suas decisões, ou garantir observância de súmula vinculante e de decisão do STF em controle concentrado de constitucionalidade, ou observância de acórdão de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência.
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RECLAMAÇÃO (2)
Não cabe quando transitada em julgado a decisão reclamada, ou quando não esgotadas as instâncias ordinárias se a reclamação buscar garantir observância de acórdão de REXT com repercussão geral reconhecida ou de REXTs/RESPs repetitivos. 
É julgada pelo Órgão cuja competência se pretenda preservar, ou cuja autoridade se queira garantir.
Dirigida ao Presidente do Tribunal, com documentação necessária à prova.
Distribuição preferencialmente ao Relator do processo principal.
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RECLAMAÇÃO (3)
Autoridade que praticou ato impugnado presta informações em 10 dias.
Relator pode suspender o processo ou o ato impugnado para evitar dano irreparável.
Beneficiário do ato impugnado é citado para contestar em 15 dias (qualquer interessado pode também impugnar o pedido). 
MP (se não for autor) tem vista por 5 dias.
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RECLAMAÇÃO (4)
A procedência da reclamação fará com que seja cassada a decisão exorbitante de seu julgado ou determinada outra medida adequada à solução da controvérsia.
Presidente do Tribunal ordena imediato cumprimento da decisão (acórdão é lavrado depois).
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HABEAS CORPUS EM MATÉRIA CÍVEL
Coerção ilegal que restrinja o direito de ir e vir.
Cabimento, basicamente, nos casos de prisão civil do alimentante. Essa decisão, contudo, também pode ser atacada por Agravo de Instrumento.
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CORREIÇÃO PARCIAL (1)
COJE/RS, art. 195 – “A correição parcial visa à emenda de erros ou abusos que importem na inversão tumultuária de atos e fórmulas legais, na paralisação injustificada dos feitos ou na dilatação abusiva de prazos, quando, para o caso, não haja recurso previsto em lei.”
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CORREIÇÃO PARCIAL (2)
Prazo de 5 dias  petição instruída com documentos, inclusive para comprovar a tempestividade.
Antes de distribuída a correição será processada pelo Presidente do Tribunal ou por um de seus Vices.
Magistrado presta informações no prazo de 10 dias, salvo urgência.
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