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Me âni a - 4300151 Noturno, primeiro semestre de 2013 Segunda prova � Gabarito 24/06/2013 NOME: Justi�que todas as suas respostas, deixando laro o seu ra io ínio e as ontas que o levaram a suas respostas. Há uma folha extra para ras unho no �nal, que não será orrigida e não deve ser desta ada. Adote, sempre que ne essário, a a eleração da gravidade g = 10 m/s2. Se o problema for literal, a resposta deve ser dada em função de g mesmo. Tempo de prova: 90 minutos. 1. (1,5) Considere a situação des rita na �gura: Um orpo de massa m, preso a uma orda ideal de ompri- mento ℓ, des reve um movimento ir ular num plano verti al, no sentido indi ado no desenho. Responda às três questões abaixo, justi� ando suas respostas. m l v (a) Quando o orpo está na passando pela posição da �gura, atuam no orpo (i) a força peso, que é verti al e aponta para baixo, (ii) a tração da orda, que é radial e aponta para o entro do ír ulo e (iii) a força entrífuga, que também é radial mas tem sentido oposto ao da tração, ou seja, do entro para o orpo. Falso ( X ) Verdadeiro ( ) Justi� ativa: Não há a força entrífuga; essa é uma força � tí ia ou força de inér ia, que deve ser olo ada quando um problema de dinâmi a é estudado em um referen ial não iner ial que gira � sem ela a segunda lei de Newton deixa de valer nesses sistemas de referên ia. (b) A resultante das forças que atuam no orpo tem ne essariamente a direção radial, pois o movimento é ir ular. Falso ( X ) Verdadeiro ( ) Justi� ativa: Em ummovimento ir ular a resultante tem a direção radial apenas se o módulo da velo idade for onstante, ou seja, se o movimento ir ular for uniforme. Nos demais asos ( omo do exemplo a ima), a resultante tem, além da omponente radial ( entrípeta) uma omponente tangen ial. ( ) Além da força peso e da tração, há ne essariamente uma força atuando na direção tangen ial no sentido indi ado pela �e ha no desenho. Falso ( X ) Verdadeiro ( ) Justi� ativa: Só a força peso e a tração apli ada pela orda atuam neste orpo. Não hã ne essidade de uma força no sentido do movimento. Muitos orpos se movem em direções diferentes das forças resultantes, pois é o vetor a eleração, não o vetor velo idade que tem a direção (e sentido) da resultante. 1 2. (1,0) Suponha que um vaso aia do alto de um edifí io e se espatife sobre o hão. Responda as questões abaixo e justi�que suas respostas. (a) No momento do impa to, o solo exer e uma força sobre o blo o (responsável por freá-lo e eventualmente quebrá-lo) e o vaso exer e uma força sobre o solo. Embora a massa desses orpos (vaso e Terra) seja muito diferente, o módulo dessas forças é igual. Falso ( ) Verdadeiro ( X ) Justi� ativa: Essas forças são um par ação e reação, portanto tem o mesmo módulo. (b) Analisando as imagens de um �lme gravadas por a aso a partir do elular de um morador que estava na janela do prédio no momento que o vaso aiu, a polí ia on luiu que a velo idade do vaso era onstante. Há ertamente algo errado om a on lusão da polí ia, pois a força peso age o tempo todo no orpo, a elerando-o para baixo. Falso ( X ) Verdadeiro ( ) Justi� ativa: A força peso não é a úni a força a agir no orpo. Há a força de resistên ia do ar. A velo idade onstante não signi� a que não há forças atuando, mas que a resultante destas é nula. Neste aso, o módulo da força de resistên ia do ar deve ser igual ao da força peso, e estas forças devem ter a mesma direção mas sentidos ontrários. 2 3. (2,0) Considere os orpos de massas m1 = 1 kg, m2 = 3 kg e m3 = 6 kg, amarrados um ao outro através de uma orda inextensível e de massa desprezível, omo mostra a �gura abaixo. O atrito entre os blo os e a superfí ie de apoio é desprezível, assim omo a massa da polia. ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ ������������������������ 1 3 2 (a) Desenhe ada um dos orpos e indique as forças que atuam em ada um deles. Quais dessas forças são pares ação e reação? 3 N 3 p3 T2 2 p 2 N 2 T1T2 1 T1 p 1 + + + São pares ação e reação as forças ~T2 e ~T ′2 que atuam nos blo os 2 e 3 respe tivamente. Na maior parte dos livros-texto as forças ~T1 e ~T ′1 também são apresentadas omo um par ação - reação. No entanto o aluno mais atento notará que neste aso, embora estas forças tenham o mesmo módulo, não tem a mesma direção e sentidos opostos, omo previsto pela ter eira lei de Newton. Justi� a-se em geral essa ontradição dizendo que a orda tem a função de mudar a direção da força, e, em sendo ideal, não muda o seu módulo. Vo ê verá no urso de dinâmi a de orpos rígidos e �uidos que, nesse aso, a polia também deve ser ideal, ou seja, ter massa desprezível perto das demais massas do sistema. Em uma situação real, na qual a massa da polia é diferente de zero, além das direções diferentes, | ~T1| 6= | ~T ′ 1 | e estas forças laramente não são um par ação - reação. Como no nosso aso a massa da polia é desprezível (≈ 0), | ~T1| = | ~T ′1|. (b) Aplique a segunda lei de Newton a ada um dos orpos e es reva as equações que de�nem o movimento de ada um deles. p1 − T1 = m1 a (1) T1 − T2 = m2 a (2) T2 = m3 a (3) N2 = p2 (4) N3 = p3 (5) ( ) Resolva as equações do item (b) e en ontre a a eleração do onjunto e a tensão na orda que une o orpo 2 ao orpo 3. As equações (4) e (5) de�nem o valor das forças normais: N2 = 30 N e N3 = 60 N. Somando as equações (1), (2) e (3) en ontramos a; substituind a em (3) en ontramos T2: p1 = m1 g = (m1 +m2 +m3) a =⇒ a = 1 m/s 2 (6) T2 = m3 a =⇒ T2 = 6 N. (7) (d) Se o orpo de massa m3 fosse su� ientemente pesado, é possível que o sistema �que parado? Justi�que. Não. Se m3 → 0, a→ m1 m1 +m2 g que é sempre 6= 0. 3 4. (1,5) Um orpo de massaM = 2 kg está suspenso por uma orda que passa por uma polia omo é mostrado na �gura abaixo. Determine a força resultante no blo o (módulo, direção e sentido!) e a tensão na orda em ada uma das situações abaixo, justi� ando suas respostas: (a) O orpo sobe om velo idade onstante de 4 m/s. (b) O orpo sobe om a eleração onstante de 4 m/s 2 . ( ) O orpo des e om a eleração onstante de 4 m/s 2 . m (a) Se a velo idade do orpo é onstante, a resultante das forças que nele atuam é zero, portanto T = M g = 20 N. (b) Se o orpo sobe om a eleração onstante igual a 4 m/s 2 , a resultante das forças é verti al e aponta para ima; seu módulo é: T −M g = M a =⇒ T = M (g + a) = 28 N. ( ) Se o orpo des e om a eleração onstante igual a 4 m/s 2 , a resultante das forças é verti al e aponta para baixo; seu módulo é: M g − T = M a =⇒ T = M (g − a) = 12 N. 4 5. (2,0) Uma as a ilíndri a de raio R = 2 m gira em torno de seu eixo verti al om velo idade onstante ω = 3 rad/s. Uma aixa de massa M = 0, 36 kg está apoiada sobre a superfí ie do ilindro, girando junto om ele, de forma solidária. (a) Desenhe todas as forças que atuam na aixa. (b) Qual o módulo da força normal que a parede do ilindro exer e sobre a aixa? ( ) Qual o valor do módulo da força de atritopara que o blo o não es orregue? (d) Determine o valor mínimo de ω para que a aixa �que presa à parede do ilindro, sem es orregar, sabendo que o oe� iente de atrito estáti o entre a parede e a aixa é µe = 0, 3. (e) O que o orreria om a força de atrito se o valor de ω fosse aumentado em relação à ωmin? Explique. ω (a) Agem a força peso, a força de atrito e a força normal: ω Fat N p (b) A Normal é a força responsável pela omponente entrípeta da resultante: N = M ω2R = 6, 48 N. ( ) Se o blo o não ai, a resultante das forças na direção verti al é zero: Fat =M g = 3, 6 N. (d) Fat ≤ µeN = µeM ω 2R; a situação limite o orre quando: Fat = µeN = µeM ω 2 minR = M g =⇒ ω 2 min = g µeR =⇒ ωmin = √ g µeR = √ 100 6 rad/s. 5 6. (2,0) Um orpo de massa m en ontra-se em equilíbrio, pendurado em um �o de omprimento 2L, através de uma argola, omo mostra a �gura abaixo. (a) Desenhe todas as forças que atuam na argola. Tm Tm T1T2 H 2D LL m p θ (b) Cal ule a tensão no �o, em função de m, L, D. Note que H = √ 1− (D/L)2 L. Na direção x: T1 cos θ = T2 cos θ =⇒ T1 = T2 = T. Na direção y: 2T sen θ = mg =⇒ T = mg 2 sen θ omo sen θ = H L = √ 1− (D/L)2 temos: T = mg 2 √ 1− ( D L )2 ( ) Supondo que a tensão máxima que o �o suporta é igual a duas vezes o peso do orpo, qual a distân ia máxima 2D entre os dois pontos de suspensão do �o para que ele não arrebente? Dê suas respostas em função de m e L; o �o que liga o orpo à argola é bem mais resistente e não arrebentará primeiro. Se Tmax = 2mg então: 2mg = mg 2 √ 1− ( D L )2 =⇒ √ 1− ( D L ) 2 = 1 4 =⇒ ( D L ) 2 = 15 16 =⇒ D = √ 15 16 L 2D = √ 15 4 L 6
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