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Delirium AULA1

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Delirium – Conferência 1
Dr. Rodrigo
Perturbação da consciência e da cognição que se desenvolve em curto período de horas a dias com curso flutuante e evidência de condição médica precipitante. 
30% dos idosos hospitalizados, até 50% dos pacientes submetidos a cirurgias complexas. 20 a 80% dos pacientes em UTI, até 82% associados a ventilação mecânica. Principal grupo de risco: maiores de 65 anos, principalmente aqueles com declínio cognitivo. Aproximadamente 40% dos idosos hospitalizados. Mortalidade associada: 10 – 65%.
Fisiopatologia: neurobiologia de atenção – lesões de tronco encefálico, lesão de lobos frontal e parietal não dominantes, perda de julgamento. Lentificação difusa da atividade cortical, bem como alteração subcortical (tálamo, núcleos da base, formação reticular pontinha). Desequilíbrio de neurotransmissores no SNC – baixa de acetilcolina, aumento de dopamina.
Delirium deve ser diferenciado de demência. Déficit de atenção, perda do julgamento. Grande parte dos precipitantes são medicamentos. Se o paciente desenvolver o delirium os medicamentos deverão ser suspensos, principalmente anticolinérgicos.
Causado por desidratação, desnutrição, uso de múltiplas drogas, alcoolismo, antecedente de AVEI, fraturas/traumas.
Fatores precipitantes: tóxico-metabólica, hipóxia, distúrbios metabólicos, cirurgias cardíacas e ortopedia, dor, Admissão em UTI, privação de sono. Medicamentos – hipnóticos, opiáceos, drogas anticolinérgicas, analgésicos, combinação de múltiplas drogas, meningite, infecção e sepse.
UTI: poucas são humanizadas, monitores apitam o tempo inteiro, respirador, muitas agulhadas por dia, sondas.
Evitar quinolona em idoso – precipita delírio. Evitar anti-colinérgicos (inibem a produção de acetilcolina).
Disfunção cognitiva: perda de memória, desorientação, alucinação auditiva ou visual, simples ou complexa, distúrbios da fala.
Desenvolve-se em horas a dias, durando até meses (principal diferença das demências), pode apresentar pródromo, principalmente hiperativo. Pacientes idosos podem abrir o quadro de doenças sistêmicas com delirium.
Hiperativa: agitação, comportamento combativo, desorientação e confusão após administração de sedativos.
Hipoativa: diminuição da atividade psicomotora.
Diagnóstico é clínico: flutuação no nível de consciência, alteração cognitiva com distratibilidade e desorientação, instalação em curto período de tempo.
Testes clínicos: testes de atenção a beira leito – vigilância da letra A (letra aleatórias, pedindo ao idoso para emitir um sinal a cada letra A), reconhecimento de figuras (se não reconhecer 2 figuras está desatento – verificar se não há déficit visual), sequencia numérica (números aleatórios, e o idoso tem que lembrar a sequência até 5 números). Testes de diagnóstico a beira leito – CAM (leva em consideração 4 critérios – curso flutuante de início agudo, desatenção, pensamento desorganizado, alteração do nível de consciência).
Exames complementares (necessários apenas para o diagnóstico de doenças que causaram do delírio). Identificar causas precipitantes: exames gerais, por imagem.
Tratamento: prevenção primária – corrigir distúrbios metabólicos, tratamento de infecções, despertar diário nos pacientes sedados, evitar restrições no leito (não amarrar o paciente ao leito), respeitar ciclo sono/vigília, permitir utilização de óculos e equipamentos auditivos, quando necessário.
Tratamento farmacológico: Haloperidol (Haldol) (agitação com agressividade) – droga de escolha; Dose de ataque: 2,5 – 5mg, podendo ser repetida a cada 15 – 20min. Dose máxima: até 50mg/dia. Associação com BZD, no delirium hiperativo. Efeitos adversos: hipotensão, sintomas extrapiramidais, espasmos laríngeo, hipertermia maligna.
Neurolépticos atípicos (quadro de agitação sem agressividade); benzodiazepínicos; antidepressivos.

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