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RESUMO Propriedade Intelectual,Direito e Ética (Estácio)

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Decreto Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 – Código Penal 
Artigo 18 - I (crime doloso) e II (crime culposo)  
 
● CRIME DOLOSO 
Toda ação consciente é conduzida pela decisão da ação, quer dizer, pela real consciência do 
que se quer pela decisão de realizar um ato. Conduta é um comportamento voluntário que tem 
como fim causar um resultado, sendo indispensável a verificação do conteúdo da vontade do 
autor do fato, ou seja, o fim que estava contido na ação. 
 
● CRIME CULPOSO 
- Imprudência: caracteriza-se quando o agente atua com precipitação, afoitamente, sem as 
devidas cautelas. 
- Negligência: é a inércia psíquica, a indiferença do agente, que, mesmo podendo tomar os 
cuidados e cautelas exigíveis, não o faz por displicência ou preguiça mental.  
- Imperícia: é a falta de conhecimento teórico ou prático no exercício de arte ou profissão.  
 
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 
 
CÓDIGO PENAL 
 
 
  Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do 
ofendido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
  § 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Público, dependendo, quando a lei o 
exige, de representação do ofendido ou de requisição do Ministro da Justiça. (Redação dada pela 
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
  § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida mediante queixa do ofendido ou de quem 
tenha qualidade para representá-lo. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 
 
AÇÃO PENAL PÚBLICA 
 
São lesados direitos dos indivíduos e da 
sociedade. 
Cabe ao Estado o “jus puniendi” (direito 
de punir). 
 
AÇÃO PENAL PRIVADA 
 
O direito do ofendido se sobrepõe ao 
interesse público.  
O Estado transfere ao particular o “jus 
acusationis” (direito de acusar).  
 
 
 
FIQUE ATENTO 
 
★ Toda ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente a declara privativa do 
ofendido. 
 
Em nossa Constituição Federal encontramos mandamento que diz competir 
privativamente ao Ministério Público promover a ação penal pública – Artigo 129, 
I[1], CF, mediante denúncia. 
 
As ações penais de iniciativa privada são aquelas promovidas mediante queixa do 
ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. 
 
1 
São exemplos de representantes do ofendido: os pais, os tutores e os curadores, 
segundo dispõe a legislação civil. 
★  
 
 Calúnia 
 
Art. 138 - Caluniar alguém, 
imputando-lhe falsamente 
fato definido como crime: 
 
  Pena - detenção, de 
seis meses a dois anos, e 
multa. 
 
  § 1º - Na mesma 
pena incorre quem, sabendo 
falsa a imputação, a propala 
ou divulga. 
 
  § 2º - É punível a 
calúnia contra os mortos. 
 Difamação   
 
Art. 139 - Difamar alguém, 
imputando-lhe fato ofensivo 
à sua reputação: 
 
  Pena - detenção, de 
três meses a um ano, e 
multa. 
 
 Injúria 
 
 Art. 140 - Injuriar alguém, 
ofendendo-lhe a dignidade 
ou o decoro: 
  Pena - detenção, de 
um a seis meses, ou multa. 
  § 1º - O juiz pode 
deixar de aplicar a pena: 
  I - quando o 
ofendido, de forma 
reprovável, provocou 
diretamente a injúria; 
  II - no caso de 
retorsão imediata, que 
consista em outra injúria. 
  § 2º - Se a injúria 
consiste em violência ou vias 
de fato, que, por sua 
natureza ou pelo meio 
empregado, se considerem 
aviltantes: 
  Pena - detenção, de 
três meses a um ano, e 
multa, além da pena 
correspondente à violência. 
 
 
 Calúnia 
 
Crime comum, podendo ser 
praticado por qualquer 
pessoa, nada impedindo a 
coautoria ou participação. O 
sujeito passivo é o ser 
humano, pois apenas ele 
pode praticar fato definido 
como crime e a ele se 
imputar falsamente essa 
conduta delituosa. Dessa 
forma, não existe a 
possibilidade de se ​praticar o 
crime de calúnia contra 
pessoa jurídica. 
 Difamação 
 
Crime comum, podendo ser 
praticado por qualquer 
pessoa. O sujeito passivo é 
qualquer pessoa, inclusive 
menores e doentes mentais. 
O texto legal refere-se a 
“alguém”, porque não é 
abrangida pelo Código Penal 
a difamação contra a pessoa 
jurídica. Assim, não há crime 
de difamação quando a 
ofensa atinge pessoalmente 
dirigentes da pessoa jurídica. 
 Injúria 
 
De todas as infrações penais 
que visam proteger a honra, 
é a considerada a menos 
grave. Porém, poderá se 
transformar na mais grave 
infração penal contra a 
honra quando consistir na 
utilização de elementos 
referentes à raça, à cor, à 
etnia, à religião, à origem ou 
à condição de pessoa idosa 
ou portadora de deficiência, 
tendo a denominação de 
“injúria preconceituosa”.  
 
 
 
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 
 
CÓDIGO PENAL 
 
Divulgação de segredo 
  Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de 
correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa 
produzir dano a outrem: 
  Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
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  § 1º Somente se procede mediante representação. (Parágrafo único renumerado pela 
Lei nº 9.983, de 2000) 
  § 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilosas ou reservadas, assim 
definidas em lei, contidas ou não nos sistemas de informações ou banco de dados da 
Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
  Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 
2000) 
 
● SUJEITO ATIVO​: o destinatário ou detentor, legítimo ou ilegítimo, da 
correspondência ou do documento. 
● SUJEITO PASSIVO​: o remetente, o autor do documento, o destinatário.  
● CONDUTA TÍPICA:​ divulgar, por qualquer forma, o segredo inscrito no documento ou 
correspondência. 
● OBJETO MATERIAL​: documento particular, qualquer escrito fixado por  
uma pessoa para transmitir algo juridicamente relevante. 
 
 
 
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 
 
CÓDIGO PENAL 
 
Violação do segredo profissional 
 
 Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que tem ciência em razão de 
função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a 
outrem: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 
 
VIOLAÇÃO DE SEGREDO PROFISSIONAL​ :Agente revela segredo sem justa 
causa.Revelação tem a capacidade de produzir dano a outrem.Relação de confiança 
quebrada.Não-cumprimento dos deveres de fidelidade e lealdade. 
 
 
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 
 
CÓDIGO PENAL 
 
Furto 
 Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha 
valor econômico. 
 
Roubo 
 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à 
impossibilidade de resistência: 
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 
 
 
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Aula 4: Noções de Direito do Trabalho e Direito Civil 
 
 
DECRETO-LEI N.º 5.452, 
DE 1º DE MAIO DE 1943 
 
 ​ Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo 
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. 
 
DECRETO-LEI N.º 5.452, 
DE 1º DE MAIO DE 1943 
 
 ​ Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza 
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
 
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de 
trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 
 
 - O direito social ampara apenas o trabalho humano pessoal. Os serviços prestados por 
pessoajurídica não podem ser objeto de um contrato de trabalho.  
 
 - Para que se inicie a aplicação de todas as consequências jurídicas previstas, não é 
suficiente a celebração do contrato de trabalho (verbal ou escrito). É necessário o efetivo trabalho. 
 
 - Nas relações de trabalho, temos a subordinação do empregado a ordens do empregador, 
colocando à disposição deste sua força de trabalho. 
 
 
 ​DESÍDEA 
 
Falta culposa, e não dolosa, ligada à negligência. 
 
Prática de atos como comportamento inadequado, 
ausências ou produção imperfeita. 
Excepcionalmente configura em um só ato culposo 
muito grave; se doloso ou querido, pertencerá a 
outra das justas causas.  
 
 ​ VIOLAÇÃO DE SEGREDO 
 
Segredo é todo fato, ato ou coisa que, de uso ou 
conhecimento exclusivo da empresa, não possa ou 
não deva ser tornado público, sob pena de causar um 
prejuízo. 
 
É desnecessário que seja declarado como segredo, 
basta que assim possa ser ​deduzido.   
Confira esta DECISÃO JUDICIAL: 
Não é ilícita a prova assim obtida, visando a demonstrar justa causa para a despedida 
decorrente do envio de material pornográfico a colega de trabalho. Inexistência de afronta 
ao art. 5º, incisos X, XII e LVI, da Constituição Federal.  
(Fonte: PROC. Nº TST-RR-613/2000-013-10-00.7) 
 
CONTRATOS 
 
A “função social do contrato” acentua a diretriz de “sociedade de direito” e por 
identificação dialética guarda intimidade com o princípio da “função social da 
propriedade”, prevista na Constituição. 
 
Princípio da propriedade: conjunto de deveres, exigidos nas relações jurídicas. 
 
Princípio da boa-fé: reflete uma regra de conduta e consubstancia a eticidade orientadora da 
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construção do Código Civil.  
 
A referência a contrato de adesão sugere, por conceituação legal, espécie e não gênero. 
 
 
 
A referência a contrato de adesão sugere, por conceituação legal, espécie e não gênero. 
 
Não existe um contrato de adesão, existem contratos celebrados por adesão.  
 
O ofertante não pode privar o aderente de direito resultante da natureza do negócio ao qual 
este aderiu. 
 
As partes podem ajustar os contratos, verificando, para esse fim, as normas que disciplinam 
os contratos típicos.  
 
A lei proíbe a estipulação de pacto sucessório, não se permitindo cogitar de sucessão futura. 
 
 
É uma declaração unilateral de vontade. 
 
Assume caráter de obrigatoriedade, salvo cláusula expressa. 
 
É a força que vai determinar uma série de movimentos por parte do solicitado. 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 
Mas o que é Desídia? O que significa? Vamos à raiz da palavra para compreender plenamente 
o seu entendimento, a palavra desídia vem do latim “desidere” (estar ocioso); 
posteriormente consultando o Dicionário Aurélio temos os seguintes verbetes relacionados: 
o desleixo, a desatenção, a preguiça, a negligência, a indolência. 
 
O empregador pode despedir o empregado improdutivo, por negligência, má vontade, 
desinteresse, falta de exação no cumprimento do dever. 
 
Como características da desídia, temos: a negligência, a imperícia e a imprudência. Vejamos 
o que cada uma dessas características tem a dizer: 
 
Negligência: é a falta de cumprimento do empregado para com seus deveres, é a omissão dos 
deveres, ao qual está obrigado a cumprir; como exemplo podemos citar: O empregado que 
falta ao trabalho, sem que exista qualquer motivo, justificativa e comunicação ao 
empregador. Podemos considerar que é o empregado indisciplinado. 
 
Imperícia: é a falta de habilidade em exercer a função, é a ignorância e inexperiência do 
empregado. No ordenamento jurídico trabalhista é a falta de prática ou a ausência de 
conhecimentos que se mostram necessários para o exercício de uma profissão ou de uma 
arte qualquer. Comete imperícia o ordenhador que, por falta de conhecimentos em ordenha 
mecânica, provoca danos no equipamento. 
 
Imprudência: é a falta da devida atenção, é a imprevidência, o descuido. Provoca 
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imprudência o motorista de ônibus que por falta da devida atenção causa abalroamento. É 
sem dúvida um ato desidioso, pois, em virtude de sua falta de atenção, ocorreu um mal que 
poderia ter sido evitado. 
 
Entretanto, não devemos confundir a desídia com o dolo, a vontade de causar o dano. 
Quando o empregado deseja realmente provocar danos com o intuito de prejudicar o 
empregador, ele comete o ato de improbidade, que é a má fé, é o ato desonesto; então muita 
atenção para não cometer esse engano. O empregado que comete a desídia não tem o desejo 
de causar dano, ele não deseja causar prejuízo, entretanto ele o comete por seus atos de 
negligência, imperícia, imprudência, desinteresse pela atividade laboral. 
 
Embora a lei não exija, neste caso, é recomendável que haja uma gradação nas punições, 
somente sendo configurada a justa causa, após a repetição destas faltas e a aplicação de pelo 
menos uma advertência verbal no empregado. 
 
CARACTERIZAÇÃO E CONCLUSÃO: 
 
Incorre na falta grave do presente estudo o empregado que: 
 
1) Imotivadas e repetidas vezes falta ao serviço; 
 
2) Motorista profissional que, agindo com imprudência, venha a causar acidente de trânsito; 
 
3) Vigia que abandona seu posto de serviço e deixa com isso que sejam desviados bens do 
empregador; 
 
4) Quem persiste na prática ou omite atos entendidos como faltosos; 
 
5) Quem demonstra desinteresse pelo serviço e pela imagem da empresa, cometendo ato 
imprudente, no qual põe em risco a própria vida ou a de terceiros; 
 
6) Aquele que, agindo com negligência, acarreta danos materiais ao empregador; 
 
7) Quem, ao chegar no trabalho, não inicia, ou se inicia não dá prosseguimento às suas 
funções no período diário, atrasando a produção, ou deixando de produzir o limite diário 
estipulado pela empresa. 
 
"EMENTA: Rescisão Contratual - Justa Causa - Desídia - Caracterização - A desídia 
caracteriza-se pela prática habitual de atos que infringem o bom andamento das tarefas a 
serem executadas, tais como a impontualidade, faltas ao serviço, imperfeições na execução 
do trabalho, abandono do local de trabalho durante a sua jornada, etc. (TRT10ª R. - RO 
4.147/97 - 1ª T. - Relª Juíza Terezinha Célia Kneipp Oliveira - DJU 24.04.1998)". 
 
"EMENTA: MOTORISTA RODOVIÁRIO - JUSTA CAUSA - DESÍDIA - NÃO OBSERVÂNCIA DAS 
NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA - GRADATIVOS DESLIZES - A prudência e a 
direção defensiva de motorista rodoviário dever de ofício, conforme Normas Gerais de 
Circulação e Conduta estabelecidas pelo Detran, não sendo razoável manter uma distância 
média de 2,5m de outro veículo, em rodovia interestadual, em horário noturno, quando a 
norma específica recomenda seja mantida "uma distância segura frontal e lateral dos 
demais veículos compatível com o clima, velocidade, piso e as condições locais", 
evitando-se, assim a ocorrência dos indesejáveis acidentes de trânsito. Olvidando-se o 
recorrente dessas diretrizes, além de ter sido comprovado nos autos, que o mesmo já 
estivera envolvido em situações que colocaram em risco não só a segurança dos usuários do 
transporte coletivo por ele dirigido, bem como daqueles que trafegavam em carros 
6 
particulares nas referidas estradas, correta a penalidade que lhe foi aplicada, porquanto 
fruto do somatório de ações imprudentes e negligentes efetivadas nas rodovias 
interestaduais. Certo que as advertências recebidas pelo motorista em face das 
irregularidades detectadas, por si só, não servem como causa definitiva capaz de ensejar a 
justa causa aplicada. No entanto, dão à exata dimensão da responsabilidade do autor, 
enquanto motorista de coletivo interestadual, e levam a concluir que sua dispensa não 
decorreu de um simples acidente, por negligência, que em sede trabalhista configura desídia 
nos termos do art. 483, "e" da CLT. Em verdade, seus gradativos deslizespermitiram à 
reclamada aplicar-lhe a drástica punição, que ora resta mantida. Recurso desprovido. 
(TRT3ª R. - 3ª T. - 01149-2002-032-03-00-4 RO Rel. Juíza Maria Cristina Diniz Caixeta - 
DJMG 26.07.2003)". 
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