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Transcrição Histologia - Sistema Digestório

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Transcrição Histologia
Aula 1 - Sistema Digestório I: Cavidade Oral e Língua. 
Cavidade Bucal: Cavidade que recebe o alimento e inicia o processo de digestão. Nós temos ali na cavidade bucal, que vai receber o alimento, 2 órgãos distintos: os dentes e a língua. No início do tubo digestivo, inicia uma transição entre pele e mucosa . Epitélio estratificado pavimentoso queratinizado na parte externa, na face interna, nós temos uma mucosa cujo o epitélio é pavimentoso estratificado não queratinizado, esse epitélio é o mais predominante na cavidade bucal. Mas nós possuímos 3 diferentes epitélios na cavidade oral, revestindo a cavidade bucal. Nós temos o chamado revestimento bucal, chamado geral, encontramos na face interna do lábio, parede das bochechas e assoalho da boca, esse epitélio é estratificado pavimentoso não queratinizado. Temos o epitélio mastigatório, semelhante ao da pele, mas não encontramos os anexos epidérmicos como glândulas sebáceas, nós encontramos na maior parte do palato duro e revestindo as gengivas, que são áreas mais requisitadas mecanicamente. Nós vimos que quando o epitélio é mais requisitado ele envolve epitelizações para resistir essas forças mecânicas, no caso a queratina. Então o epitélio que reveste o palato duro, a maior parte e as gengivas é do tipo estratificado pavimentoso queratinizado, certo? E temos o epitélio sensorial gustativo que é aquele que encontramos na superfície superior ou dorsal da língua que é um neuroepitélio, que é responsável pela transformação de estímulos químicos em potencial elétrico que é mandado para o sistema nervoso para que haja a percepção gustativa. Ok? Bom, na cavidade oral nós temos ainda entre o palato hipoglosso e o palato faríngeo, nós temos uma proeminência, visível ao olho nu, que se trata da tonsila palatina, também chamada de amídala, que é um elemento localizado abaixo desse epitélio que é sustentado por tecido conjuntivo frouxo que é um epitélio no caso das mucosas chamados de lâmina própria ao contrário da derme lá no epitélio de revestimento da pele e nós encontramos tecido linfoide difuso organizado em nódulos linfoides. E áreas de epitélio vão se invaginar para dentro desse tecido conjuntivo adjacentes formando as criptas amidalinanas que em muitos casos contém processos inflamatórios, acumulam secreções ali que dão mal hálito dentro da cavidade oral, certo? E esse conjunto de substâncias é formado por restos alimentares como células escamadas da mucosa oral e células de defesa morta na tentativa de combater esses agentes microbianos na cavidade oral, ok? (cof) As amidalites são inflamações da mucosa dessa estrutura. Nós temos também outra amídala na região póstero-superior na nasofaringe, que também é chamada de adenoide. Então quem tem problema de adenoide e tem que remover a adenoide é pela remoção cirúrgica da tonsila faríngea. Nós temos também a tonsila lingual, que se localiza na base da língua, na região posterior da língua. Mas são elementos, esses, do sistema imunitário em associação com o sistema digestório. Por quê? (silêncio) Porque tem contato direto com o meio externo (Camilla Castro que respondeu), certo? E uma região susceptível à contaminação. Além disso existe uma flora bacteriana, ou microbiótopo bacteriano na boca que em condições normais não causa nenhum problema pro indivíduo. Mas em casos de uma baixa atividade no sistema imunológico, uma imunodeficiência ou uma imunossupressão medicamentosa ou não, essas bactérias mesmo não causando danos em condições normais podem gerar problemas bucais, certo. (Helenice pergunta das tonsilas) Temos bactérias em toda a cavidade oral. Também dentro dessas criptas ( das tonsilas), são conjunto de bactérias, que na verdade são chamadas de um conjunto microbiótopo bucal. São as bactérias que colonizam a cavidade bucal. Todo trato digestivo tem bactéria. O estômago em geral é mais resistente a colonização por causa do pH altamente ácido. E o ácido clorídrico tem uma atividade bactericida ou bacterostática. Mas algumas bactérias como a H. pylori, ela consegue colonizar o estômago, vivendo abaixo da camada de muco onde ali está protegida da ação do ácido e das enzimas digestivas também. Ocasionando vários problemas digestivos, inclusive a gastrite. (Du pergunta das tonsilas) Então, na amidalite frequente ocorre a retirada da tonsila palatina. A remoção da tonsila lingual é mais difícil, até porque seria necessário remover parte da língua, certo? Eu sei que existe em casos de câncer de língua, remoção da língua sendo extremamente limitante pro indivíduo uma vez que a língua participa do processo de mastigação e deglutição, certo? Bom, (cof cof) Nós temos na cavidade oral, nós não vamos tratar disso agora, como último conteúdo de sistema digestório, os órgãos associados ao trato digestivo, inclusive as glândulas salivares. As gandulas salivares, nós temos glândulas maiores e menores, localizadas no tecido conjuntivo subjacente ao epitélio que reveste a cavidade oral. As glândulas menores, seus ductos se abrem em vários pontos da cavidade oral de forma bem distribuída, também de forma heterogenia. E, nós temos também, 3 duplas de grandes glândulas salivares, que são as glândulas parótidas, as sublinguais e submaxilares. Essas sim, são glândulas que são observadas em pares e são glândulas revestidas por cápsula de tecido conjuntivo. O que não ocorre nas glândulas salivares menores. Elas não tem esse revestimento de conjuntivo e elas estão distribuídas difusamente pelo conjuntivo da lâmina própria, certo? E a gente vai tratar das glândulas salivares com mais detalhes no último conteúdo do sistema digestório. Bom, ok (cof, cof) Como é então esse epitélio de revestimento da cavidade oral, nós vamos falar primeiramente do revestimento da cavidade oral, em seguida da composição da língua e finalmente na aula de hoje, da organização dos dentes. Que vocês precisam saber, embora não serão dentistas. Certo? Bom, então nós temos aqui um corte histológico que representa a região exterior, né, externa, do lábio e a região interna do lábio. Então aqui nós temos o epitélio típico da pele: epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, observamos bem a camada de queratina, observamos o tecido conjuntivo e vários vasos sanguíneos. O conjuntivo principalmente é frouxo próximo ao epitélio e se torna cada vez mais denso não modelo por causa da organização das fibras de colágeno que vocês cansaram de ver comigo no semestre passado. Passando agora pra região interna do lábio, já dentro da cavidade oral, nós temos um epitélio bem mais espesso, Mas desprovido de queratina, o epitélio idêntico, só não tem queratina, e nós temos também (cof cof) um tecido conjuntivo mais espesso que o observado na base do epitélio da pele, certo? Por exemplo: nas regiões que estão submetidas a maiores forças mecânicas, como na região de gengiva e palato duro, eu tenho conjuntivo frouxo bem fino. Ele rapidamente se espessa e ele é contínuo com o periósteo do osso maxilar, certo? E no caso da gengiva ou osso maxilar ou da mandíbula. E essa fixação é extremamente importante pra garantir a estabilidade do tecido epitelial sobre sua base suporte, para resistir a essas forças mecânicas e ao atrito desse alimento durante a mastigação. (Breno pergunta quais lâminas nós temos no laboratório, puxa saco). Ok, qual é a organização básica da cavidade oral? Um epitélio de revestimento que é distinto dependendo da região que eu considero, certo? Epitelio de revestimento geral, epitélio mastigatório e epitélio sensorial, certo?Quer que repita a localização de cada um? De revestimento geral: eu tenho na região interna de lábio (face de revestimento), parede interna das bochechas, região ventral inferior da língua e assoalho da cavidade oral, também na região de palato mole. (cof cof) Já o epitélio mastigatório eu encontro revestindo as gengivas e maior parte do palato duro, e epitélio sensorial ou gustativo, revestindo a face dorsal da língua ou parte superior, certo? Esse epitélio que reveste a língua dorsalmente podeapresentar grau maior ou menor de queratinização dependendo da espécie, e também é de revestimento estratificado pavimentoso com maior ou menor grau de queratinização, ex: alimentos resistentes, como por exemplo boi, mastigação de celulose, grau elevado de queratina, ser humano tem queratinização mais leve, o gato tem grau de queratinização mais forte, função alimentar e de limpeza. Anelise, a mais sábia, perguntou sobre embaixo da língua, embaixo da língua é epitélio de revestimento geral, ok? Bom, esse tecido epitelial sempre repousa em lâmina própria, conjuntivo frouxo, mas na cavidade oral eu não encontro uma submucosa muito bem definida. E eu tenho quando eu falo de mucosa, eu me refiro a epitélio mais lâmina própria. Na cavidade oral a gente verifica que a mucosa se modifica quando vamos chegando na região de esôfago. Onde se verifica outra camada da mucosa, a muscular da mucosa, que define a transição entre lâmina própria e submocosa. Mas eu não encontro essa nítida separação na cavidade oral, esse tecido conjuntivo ele vai ser contínuo ao periósteo adjacente, esse conjuntivo denso modelado, ou contínuo com o conjuntivo da região de palato mole. Na região de palato mole eu não tenho osso. E onde esse conjuntivo frouxo se prende? Ele se prende na região central de palato mole, que contém inúmeras fibras musculares estriadas, responsáveis pelo movimento mastigatório, ok? Bom, (Marcus pergunta do tecido conjuntivo da cavidade oral) sempre abaixo do epitélio você tem conjuntivo frouxo, só que vai variar a espessura desse conjuntivo frouxo. Na pele um pouco maior, na cavidade oral um pouco menor, logo ele vai se espessar pra fixar no periósteo. (Anelise pergunta sobre a muscular da mucosa) A muscular da mucosa é uma outra camada que faz parte da mucosa que eu só encontro na região média e inferior do esôfago, o que pode acontecer na cavidade oral é encontrar algumas fibras, como também é comum encontrar até no conjuntivo da pele, mas não formando uma camada definida. Bom, e aqui eu tenho duas imagens, imagens de palato duro e palato mole, onde existe uma transição de epitélio queratinizado para não queratinizado no próprio palato duro, o que mostra que ele não é totalmente revestido por epitélio queratinizado. Principalmente nas regiões anteiores da região de palato duro, principalmente as que estão em contato com o terço médio e a ponta da língua, que a língua repousa abaixo do palato duro. Quando nos alimentamos nós prensamos a língua sob o palato duro, consequentemente essa região anterior essa queratina é mais desenvolvida. A separação é mal definida. Certo? Cof, cof. Já no palato mole eu encontro esse epitélio livre de queratina, porque as forças mecânicas são menores. Podem perceber também uma diferença também no tecido conjuntivo mais denso em regiões de mais forças mecânicas, maior conteúdo de MEC. Falando agora dos órgãos presentes na cavidade oral, então a língua, é um orgão muscular que tem a função de atrito que auxilia na quebra mecânica do alimento e tem função de misturar, homogeneizar, com a cavidade oral e também participa do processo da deglutição. Sendo a primeira etapa um processo voluntário, porque ela é controlada por músculo esquelético. E uma segunda fase involuntária, a medida que o bolo é deslocado para trás na região de orofaringe, perto da abertura do esôfago, chega um momento que assume um controle uma musculatura lisa. Quando chega nessa região, vc vai engolir querendo ou não engolir o alimento. E a língua participa desse momento voluntário da deglutição. Bom, a língua tem duas faces distintas uma face com revestimento de epitélio simples, simples eu falo n osentido de função, tem função apenas de revestimento e a face com função sensorial, sueperior, trata-se de um neuroepitélio que nós encontramos células epiteliais modificadas que são capazes de modificar suas cargas no epitélio e ativar terminações nervosas aferentes, receptores sensorais da degustação. Bom, então aqui eu tenho a região anterior de língua, a base da língua onde eu encontro a tonsila lingual e lateralmente a tonsila palatina, a tonsila lingual eu identifico por essas estruturas invaginadas, que são invaginações do epitélio no tecido conjuntivo abaixo que apresenta o acúmulo de tecido linfoide que forma a tonsila lingual, certo? E eu tenho distribuído de forma heterongênea, projeções com formatos diferentes da mucosa da língua, essas projeções ou dobras da mucosa são chamadas papilas linguais. Eu tenho 4 tipos de papilas linguais, as papilas filiformes, fungiformes, foleadas e circunvaladas. Nessas papilas, na maioria delas eu encontro as estruturas que vão reconhecer os estímulos gustativos, as substâncias gustantes, essas estruturas são chamadas de botões gustativos e que eu não encontro em todas as papilas. Um tipo de papila que não tem botão gustativo não apresenta função sensorial, apenas função mecânica. Bom, e um grupo específico de papilas, na verdade dois grupos: as papilas circunvaladas e foleadas, elas ocupam regiões específicas da língua. As papilas circunvaladas formam uma região de V no terço posterior da língua. Cujo vértice é oposto ao forame cego. O forame cego é uma depressão da língua que representa a região de invaginação do epitélio no tecido conjuntivo subjacente e esse epitélio perdeu contato com a superfície. E ele vai dar origem no período embrionário à tireoide, certo? Então daqui partem as células em direção inferior para a direção anterior de traqueia que vão dar origem à glândula tireoidea, pelo fechamento desse canal migratório, nós temos o forame cego. Anteriormente, as maiores papilas da nossa língua as papilas circunvaladas dispostas em forma de V e nós temos de 7 a 12 papilas formando um V lingual, certo? Então essas papilas tem uma distribuição definida, e também as papilas foleadas que se distribuem de forma lateral de língua, papilas pouco desenvolvidas em ser humano, mas sendo bem desenvolvidas em coelhos e gatos, tendo um papel importante na percepção de substâncias gustantes. As demais papilas, as filiformes e funjiformes tem uma distribuição mais homogenia na língua. Papilas circunvaladas no V lingual, papilas foleadas nessas pregas paralelas, separadas por um sulco, essas ranhuras e a região dorsal ocupada mais uniformemente por papilas fungiformes e filiformes. Então aqui eu tenho um corte histológico de região lateral da língua mostrando a região de papilas foleadas que são na verdade dobras da mucosa ( ep + lâmina própria) separadas por depressões e na parede dessas papilas eu tenho botões gustativos, receptores sensoriais de gustação. Logo abaixo do epitélio eu tenho o conjuntivo que penetra na papila e um conjuntivo abaixo que contém glândulas seromucosas e serosas, essas glândulas são as glândulas salivares menores, algumas delas produzem secreção rica em glicoproteínas na família do muco (característica viscosa da saliva), proteínas em menor quantidade como por exemplo a Ig, nós temos anticorpos IgA, que é responsável pela defesa Imunológica das mucosas, por quê? Porque ela tem uma grande capacidade de resistir a ação da atividade enzimáitica. Mas eu também encontro a IgA em todas as secreções da mucosa (lágrima, traqueia, esôfago, útero, intestino). E eu também tenho outras enzimas secretadas pelas glândulas serosas como a amilase salivar e a lipase lingual, certo? Na região central de língua nós percebemos uma enorme quantidade de feixes musculares esqueléticos em corte longitudinal, oblíquo e transversal (sentido TOL, ASSIM QUE ELE DECOROU PRO CONCURSO PRA DAR AULA PRA GENTE). Anelise perguntou quem secretam as enzimas mesmo? As enzimas são secretadas pelas glândulas salivares menores, o ducto dessas glândulas se abre na superfície superior e inferior da língua, no caso dessas papilas foleadas se abrem nessas dobras do epitélio, também acontece nas circunvaladas. Então essa organização de fibras na língua nos mostra sua ação voluntária, porque esse musculo é controlado pelo Sistema nervoso somático. Mas eu também tenho um controle autonômicode fibras que penetram na língua, mas que controlam ações involuntárias, que ações involuntárias são essas? (cri, cri, cri). Você movimenta a língua quando tá lá dormindo? (Sons entranhos de encenação) Não! Entao essas fibras vão controlar a Secreção glandular, de toda a cavidade oral, das glândulas maiores ou menores, a partir d conjunto de ações simpáticas e parassimáticas que vão regular o tipo de secreção salivar e a quantidade, certo? É interessante que na maior parte do corpo o sistema nervoso simpático e parassimpático tem ação antagônica. Ex: coração, sistema digestório. Mas na língua eles atuam em conjunto, sinérgicos, os dois estimulam. O simpático estimula uma secreção menos líquida e mais viscosa, rica em glicoproteínas, então quando vc tá nervoso, você produz mais saliva (boca seca), saliva muito espessa, tipo boca colando, aconteceu comigo no concurso, (sons de encenação ÇOCORR), enquanto a atividade parassimpatica estimula a secreção de uma saliva menos viscosa, mais abundante e mais rica em enzimas. Então elas trabalham em conjunto, certo? Ok. E essas fibras musculares estriadas são importantes em termo de organização topográfica porque eu posso realizar um movimento mais amplo da língua (ex: enrolar a língua, determinação por fatores genéticos). Bom, então aqui nós observamos o conjuntivo e dentro dele as porções acinosas e tubulosas que representam as glândulas salivares menores (linguais)que se abrem na superfície do epitélio. Assim como na língua eu tenho essas glândulas, elas são encontradas em toda a cavidade oral e não são revestidas por conjuntivo, o conjuntivo da mucosa que vai revestir cada porção secretora individualmente. Entre o músculo esquelético eu tenho conjuntivo com adipocitos, glands. Mucosas (viscosa), rica em mucina e serosas (proteica), ricas em enzimas (amilase e lípase lingual. Então o processo digestivo começa na boca, certo? Igestão incial de açúcar, lipídio e triglecirédio, só que o ph da boca relativamente neutro, é ideal pra atividade da amilase, mas há pouca atividade da lípase, mas como ela vai se integrar ao bolo alimentar deglutido no ph acido do estomago ela é ativada e contribui de forma plena pra digestão. E além de nervos que penetram na língua pra controle de motricidade e secreção glandular, eu também posso encontrar corpos de neurônios, pertencem a gânglios nervosos do sistema autônomo parassimpático. Então a única estrutura que apresenta gânglios fora do sistema nervosa central são gânglios (grupos de corpos de neurônios) autonômicos simpáticos (longe do órgão que inervam) ou parassimpáticos (próximos ou dentro do órgão inervado), esses gânglios dentro dos órgão são chamados de intramurais, geralmente parassimpáticos. Então uma fibra pré-ganglionar que penetra na língua e faz sinapses com esses neurônios que depois de ativados vão estimular as glands da língua. Ok? Entao a primeira papila que vamos estudar é a papila filiformes, que são projeções cônicas, alongadas, são projeções da mucosa gustativa então elas tem esse aspecto alongado formando uma espécie de pelugem. São predominantes na língua, sem atividade gustativa, sem botões gustativos. Mas, elas são envolvidas na função de atrito (raspagem do alimento), fragmentar e misturar, função mecânica, Distribuição homogênea principalmente na região central e anterior ao V lingual. Assim como todas as papilas somente são encontradas na região dorsal. São encontradas também na lateral, menos na parte das papilas foleadas. Projeções cônicas e alongadas da mucosa, epitélio e conjuntivo, são papilas em que o epitélio é queratinizado, devido a ação mecânica. Aqui já temos a papila fungiforme (formato de fungo), base estreita ápice dilatado. Papila maior, distribuída entre as papilas filiformes de forma homogênea, alguns trabalhos falam que elas concentram mais na região central da língua, mas isso varia de espécie para espécie, na espécie humana podemos observar a papila fungiforme com distribuição homogênea na região central da língua e elas sim, possuem botões gustativos. E esses botões são elementos do epitélio e não do conjuntivo. E abrange a espessura do epitélio. Não chega a entrar no conjuntivo. São esses botões gustativos que contêm as células gustativas que tem estruturas especificas para diferentes sensações gustantes que vão determinar os cinco sabores básicos que nós conseguimos perceber. São aquelas que geralmente inflamam, papila mais saliente e dolorida, são as fungiformes em processos inflamatórios pontuais da papila. Função mecânica e função sensorial, entre as papilas filiformes. A fungiforme tem também uma leve queratinização, também em humanos, o epitélio em geral é queratinizado. Na região de botões gustativos onde os botões se abrem, essa região não pode ser queratinizidade, se não há obstrução do polo gustativo, impedindo o contato da substância gustante. A fungiforme équeratinizada, mas é mais leve, pq ela não tem função mecânica. Sabores: doce, azedo, amargo, salgado, umame (glutamato de monossódio), é um sabor específico, não é um sabor salgado, por quê? Foi descoberto que elementos ricos em aminoácido glutamato esse sabor é percebido por um tipo específico de receptor, diferentes dos outros receptores. Bom, nessa imagem nós temos uma representação esquemática de uma papila circunvalada localizada no V lingual, a papila circunvalada aqui está ao lado de papilas filiformes e fungiformes. Eu percebo uma papila facilmente observada na língua. Ela apresenta uma base estreia e um ápice dilatado, geralmente acima das demais papilas e um vale, uma invaginação formada ao redor de toda a circunferência da papila pelo epitélio invaginado. Na parede desse vale, tanto da parede como da papila, como até mesmo da superfície da papila na região de epitélio, dentro desse epitélio eu tenho células epiteliais modificadas, na verdade são células mioepiteliais ( caracterísitcas de células de revestimento e do sistema nervoso) uma vez que elas podem gerar um potencial de ação, um impulso elétrico que as demais células não podem. Mas são células de origem epitelial. E eu observo esses pontos brancos dentro do epitélio e esses pontos brancos são os botões gustativos, como uma estrutura multicelular organizada em camadas de células semelhante a uma cebola, formato de cebola. Esse botão está dentro do epitélio. Então, Na parede da própria papila ou nas bordas desse fosso que circunda a papila eu tenho esses botões. E na verdade já foram identificados botões gustativos fora da língua, região de epiglote. Ainda bem que temos só na língua. Imagina se tivéssemos no canal Anal? É importante ter só na língua mesmo. (rebuliço generalizado) Ok, aqui temos um corte histológico da papila circunvalada, mostrando o vale profundo que vai circundar essa papila, essas estruturas claras são regiões de botões gustativos. Então eu tenho um epitélio pavimentoso queratinizado estratificado, com leve queratinização, conjuntivo da lamina própria, dentro desse conjuntivo eu tenho glândulas e próximo a esse conjuntivo abaixo das papilas circunvaladas eu geralmente encontro um tipo específico de glândulas, são glândulas tuboacinosas serosas, chamadas de glândulas de Von ebner ( né Abner, quase). O ducto dessas glândulas se abre dentro desse vale que circunda a papila circunvalada e essa glândula tem dupla função: como ela secreta uma saliva de forma contínua, esse fluxo vai recolher as estruturas alimentadas nesse vale, fazendo uma limpeza desses restos alimentares, permitindo que novas substâncias gustantes entrem em contato com os botões gustantes. Por que o primeiro prato de comida é mais gostoso que o segundo? Porque ele está associado com o processo de entupimento desse vale, então no segundo prato esse vale está cheio de partículas alimentares que entraram em contato com as papilas gustativas, pra sentir esse sabor, no segundo prato, a saliva deve fazer essa limpeza, de forma mais lenta o contato com as novas substâncias gustantes. Além disso essa substância serosa nos indica secreção proteica, na verdade essasecreção da glândula de Von Ebner é rica em lípase lingual, então a principal glândula de secreção da lípase lingual é a glândula de Von Ebener, que esyão na base do vale que circunda as papilas circunvaladas. Além disso, essa lípase lingual é muito importante pq ela impede a formação de uma camada hidrofóbica na superfície da papila, na verdade sobre o poro do botão Gustativo, pq a tendência é que as particulas hidrofóbicas principalmente da gordura vão formando um filme, uma capa hidrofóbica que vai dificultar o contato dessas substancias gustantes dissolvidas na saliva com os botões gustantes. Entçao impede a formação de um revestimento hidrofóbico sobre as papilas gustativas pq digere os lipídeos. O volume de secreção de glândula vai lavar os fragmentos que acumulam ali. Ok? Aqui um corte histológico das papilas foleadas mostrando os botões gustativos, em animais são mais definidas e quantidade grande de botões gustativos. Então eu vejo essas estruturas ovoides brancas representando os botões gustativos das papilas. Como esse botão se organiza, mas o importante é que ele se abra na superfície do epitélio, essa abertura se dá por orifício estreito chamado de poro gustativo, nesse poro as células gustativas, células neuroepiteliais que vão de fato captar os estímulos gustantes vão emitir microvilosidades curtas pra dentro desse orifício, para dentro do poro gustativo, nessas microvilosidades eu tenho os receptores gustantes do tipo TR1 e TR2, eles sim ao entrar em contato com a substancia gustante emitem uma cascata de sinalização celular que culmina com a despolarização da célula, que leva a formação de um impulso elétrico que leva a liberação de neurotransmissores da base da célula que está em contato com uma terminação nervosa sensorial que vai ser responsável por levar o estímulo ao SNC. A base das células gustantes entra em contato com fibras nervosas, que saem do epitélio e penetram no conjuntivo e vai pro SNC, mas não é a base de todas as células não. Nós temos aqui 3 tipos de células: a célula que faz contato com a fibra nervosa é a célula gustante que é receptora do estímulo gustativo. A glândula de Von Ebner é somente serosa. Então tá mostrando a organização do botão gustativo, então nós temos 3 tipos de células: a célula gustativa ( célula epitelial com função sensorial), a célula de sustentação e as células basais que fica na base. As células de sustentação e as células gustativas apresentam no citoplasma apical da célula junções de oclusão e as células gustativas possuem microvilosidades que se projetam para o poro gustativo na superfície da língua. Certo? Essas células basais são células tronco. Então elas sofrem mitose e dão origem as demais células do botão gustativo, tanto as gustativas como as de sustentação. As células de sustentação são encontradas em dois estágios evolutivos: células maduras e células em processo de maturação, certo? As células maduras alcançam o poro gustativo e as células em processo de maturação não. Elas vão se alongando até chegar ao poro gustativo. Queimar a língua vai inibir momentaneamente a geração dos potenciais elétricos para percepção do sabor. Atenua um pouco a percepção gustativa. As células do epitelio do trato digestivo se renovam com muita frequência, em geral, em locais com pressão maior, em volta de 6 dias, não sei falar especificamente do botão, pois são células neuroepiteliais, mas a célula que mais sobrevive do trato digestivo são as células enteroendócrinas que produzem hormônios, que duram cerca de 6 semanas, mais que isso elas não sobrevivem. O sabor é uma modalidade sensorial que não envolve apenas a gustação, ela envolve a olfação. Os estímulos olfatórios possuem estruturas nervosas que vão terminar próximo as regiões encefálicas que vão reconhecer os estímulos gustativos. É um estímulo complexo, com múltiplos elementos, são vias integradas, até a visão. Aqui, pessoal, tá mostrando justamente isso, as células do botão gustativo se apoiam em lamina basal que é perfurada por terminações sensoriais, então aqui eu tenho uma terminação nervosa sensorial que vai fazer sinapse com algum ponto da célula gustativa, geralmente base. E na base da célula gustativa ocorre o acúmulo de neurotransmissores. Aí sim, o receptor presente nas microvilosidades entram em contato com a substancia gustante e geram um impulso elétrico que culmina na entrada de íons positivos, então o meio se despolariza, mais eletropositivo e induz a liberação dessas enzimas, geralmente os íons cálcio. Não sei se vocês perceberam mas o cálcio está em vários processos celulares e também no controle da motilidade, envolvido no citoesqueleto. Que elementos do citoesqueleto que controla esse tráfego de vesículas? Microtubulos e microfilamentos, ocorrendo a trnaslocação dessas vesículas até a membrana, fusão com a membrana e extrusão desse conteúdo de neurotransmissores para gerar o impulso gustativo na superfície terminal da estrutura sensorial. Então, porque que nós sentimos sabores distintos? Porque possuímos receptores específicos. Dependendo do tipo de célula estimulada vc vai ter estímulo diferente assim como a combinação dos receptores gustantes. E um outro alimento pode estimular vários sabores, gerando percepções diferentes. Em geral os botões exibem um tipo predominante de receptor. Mas em geral possuem especificidade. Aqui ta mostrando corte do botão, então nós temos células de sustentação e células neuroepiteliais, esses filamentos são microvilosidades, aqui temos os núcleos de células basais, que são células tronco. A pimenta tem um receptor específico (capsceicina?). É uma percepção sensorial geral, enquanto a gustação é uma percepção local. Então a pimenta arde na pele por causa dos receptores de capceicina na pele. As células basais normalmente são quiescentes, quando elas estão em repouso, elas tem um DNA mais condensado, núcleo mais hetrerocromático, só quando é ativada que esse DNA torna-se eucromático. Ou seja, o núcleo se descondensa. Só por curiosidade, uma modalidade sensorial, o frio, sabia que o estímulo do frio é o mesmo que é estimulado pelo mentol (bala de menta), existe um receptor para frio e mentol. Bom, aqui nós temos uma imagem de microscopia eletrônica do botão gustativo, nós obsevamos o núcleo e as microvilosidades que são curtas e vesículas escuras que vão incluir lisossomos e neurotransmissores necessários para ativar as fibras nervosas sensórias que vão penetrar na base do botão atravessando a lamina basal para realizar a sinapse. Quantas horas são ( hora de acabar a aula, ÇOCORR). Bom, quem falou da questão da gripe tá falando ali, então a modalidade sensorial precisa da sensação gustativa e de órgãos sensoriais olfatórios. Você perde percepção do sabor. A fome e a percepção de prazer com o alimento está na manifestação pra induzir a se alimentar mais, porque há necessidade de comida. Aí vem a sensação de fome. (Discussão sobre a gripe) dificuldade de informações olfatórias. O gosto está associado ao cheiro, mas o cheiro está associado ao gosto. Então CE pode estimular ao cheirar o alimento apenas receptores olfativos e não gustativos. Então temos 5 sabores e cada molécula gustativa atua em mecanismos distintos. Em geral substancias ácidas, devido a grande quantidade de substancias H+ que elas liberam e vão entrar nas células que possuem receptores e poros nessas células e nas dmais células não, aí vai perceber o ácido. O salgado tem grande quantidade de íons e as céluas que tem canais iônicos vão ativar as fibras de percepção. Enquanto doce é estimulado por açúcar, aldeído e álcool, enquanto amargo são outras substancias específicas e umami é o glutamato com receptores específicos também, gerando o 5º sabor que vai acentuar a percepção dos outros sabores ( Salgadinho Elma Chips – impossível comer só um, para o individuo comer mais). O molho de soja também é rico em glutamato, por isso que comida japonesa é gostosa. Acho que nem vai dar tempo de falar de dente. (OPACO) Bom, antes de falar disso, vou falar disso. Alguns estudos falamque sentimos todos os sabores em todas as partes, mas existe uma concentração de papilas para cada sabor em regiões específicas, então o mapeamento não significa que está restrito a essa região, mas é mais fácil captar naquela região. Então na ponta da língua é mais fácil perceber o sabor doce. Na região lateral o sabor salgado e próximo ao terço posterior também. Sabor amargo na lateral e o azedo próximo as papilas foleadas. Essa é a distribuição do mapa na gustação. E como esses sabores são percebidos, nós temos 2 receptores diferetes TR1 e TR2. Então ali eu tenho em verde, TR1 e Tr2 que quando se ligam ao gustante de diferentes tipos leva a ativação desse receptor acoplado a proína G intracelular (proteína trimérica) que em contato com a substância gustante e receptor. Leva a ativação da subunidade alfa com ATP que desprende e transloca até entrar em contato com o canal iônico que parte desse contato é ativado o canal. O sódio e cálcio entra, promove a despolarização da membrana, o cálcio entra para o mecanismo de translocação da vesícula em controle com o citoesqueleto, ocorre participação do sódio, em muitos casos ele que ativa os canais de cálcio. Esse canal iônico pode ser de cálcio ou sódio. Na geral o sódio entra e abre para cálcio. Ao entrar o cálcio ativa os elementos do citoesqueleto, e também o cálcio do RE, translocando o neurotransmissor. Ok? Cabou! (ufa) Klebin diz: alô galera!
Aula 03 – Trato Digestivo Superior
Hoje nós vamos terminar o trato digestivo superior começando com estomago e depois intestino delgado. Bom, então eu falei pra vocês na aula passada que o estomago tem 4 regiões anatomicamente distintas mas 3 regiões histologicamente diferentes. Essa diferença histológica é baseada em aspectos morfológicos, funcionais e composição química secretada pelas glândulas gástricas. Como que nos vamos diferenciar as regiões do estômago? A região de cárdia, a região de fundo ou corpo e a região de piloro. Nós temos que olhar a estrutura, mas além da estrutura, da morfologia glandular, nos temos uma porção diferenciada de células nas glândulas. Todas as glândulas vão ter todos os tipos celulares mas algumas glândulas, algumas regiões específicas ocorre o predomínio de um tipo celular sobre outro, o que vai dar uma característica típica na secreção dessas glândulas e nos vamos estudar justamente isso. Qual que seria o aspecto dessas glândulas ao corte histológico? Vocês estão vendo uma imagem típica ai, nos temos o epitélio de revestimento em que todas as células são secretoras de muco, ele invagina e da origem as glândulas. A porção inicial é apenas condutora é a fosseta gástrica e a porção inferior é a porção secretora, ela é tubulosa e pode ser ramificada e em corte histológico nos vamos observar em corte obliquo, transversal e longitudinal porque geralmente, a base dessas glândulas ela é modelada, então quando nos fazemos o corte vamos pegar essa porção secretora em diferentes posições. Mas lembrando que a glândula se estende ate a muscular da mucosa e não atravessa essa muscular da mucosa, certo? Então nós não vamos encontrar glândulas na submucosa porque termina na membrana mucosa, ok? Bom então nos temos três regiões histologicamente diferentes no estomago, a cárdia, corpo ou fundo e piloro. A cárdia, região de transição esôfago – estomago, possui glândulas que tem predomínio de células mucosas, células essas que vão produzir um muco rico em bicarbonato, muco alcalino, com objetivo de proteção. As glândulas do fundo e do corpo elas são especializadas na produção de acido clorídrico e pepsinogênio, da lipase e fator intrínseco, por causa da presença de células predominantemente oxínticas e principais. Já as glândulas do piloro são glândulas também produtoras de muco, um muco rico em substancias antimicrobianas e essa produção de muco com substancias como a granzima, a lisozima, é uma produção estratégica, por que? O piloro esta na interface entre estomago e intestino e o intestino é uma região do trato digestivo onde ocorre uma grande proliferação bacteriana, nada melhor então que existir glândulas que produzem substancias que vão combater essa microbiota que pode refluir do intestino para o estomago e depois produz uma serie de hormônios mas principalmente a gastrina, então as glândulas pilóricas são aquelas que produzem a maior parte dos hormônios que vão regular a função não só do estomago como do trato digestivo inferior. As células que produzem o muco alcalino sao as células cilíndricas? Sao células colunares mucosas, sao células semelhantes as células de revestimento do estomago mas a composição química desse muco muda um pouco porque é um muco bem alcalino e também tem uma quantidade de substancia antimicrobiana. Mas nao sao aquelas células que estão ali na região da cripta? Na região da cripta nao, na porcao secretora da glândula, as células da fosseta secretam um muco semelhante ao muco do revestimento que é o gelatinoso, ja as células da porcao secretora vao secretar esse muco especializado mas também secretam alguma quantidade de pepsinogenio e acido clorídrico. Eu nao estou falando que aquelas glândulas secretam apenas aqueles componentes que estão ali nao, todas vao secretar todos os componentes mas o que vai diferenciar é a quantidade desses componentes que a glândula secreta. Então as glândulas da cárdia principalmente muco alcalino, corpo e fundo pepsinogênio e acido clorídrico e piloro muco e hormônios, principalmente, mas nós temos todas as células na porção secretora de todas as glândulas independente da região considerada do órgão. Bom, e ai é importante nós conhecermos a morfologia das glândulas, morfologia regional, pra podermos identificar diferencialmente qual região se trata do estomago, então as glândulas da cardia sao diferentes das glândulas do fundo e do corpo que sao diferentes das glândulas do piloro, certo? Quais sao as características das glândulas da cardia? Primeiro, aqui ta mostrando a transição de um epitélio estratificado pavimentoso para um epitélio típico da mucosa gástrica, epitélio este que se invagina. Logo apos o termino do esôfago inicia-se uma faixa estreita de 1 a 2 cm de espessura que é a região de cardia, ja no estomago. Nessa região de cardia o epitélio abruptamente ele passa de estratificado a simples e ele começa a se invaginar pra formar as glândulas da cardia, percebam aqui na região da linha do esôfago que eu tenho glândulas na mucosa, que são as glândulas esofágicas da cárdia, e também tenho glândulas na submucosa, que são as glândulas esofágicas, certo? Ja na região de estomago iniciando a cárdia eu nao tenho mais as glândulas da submucosa eu tenho apenas glândulas tubulosas, ramificadas, da membrana mucosa do estomago, que sao as glândulas gástricas da cárdia ou glândulas cárdicas, ok? Essas glândulas tem uma fosseta longa, na verdade a fosseta e a porção secretora tem um tamanho relativamente semelhante mas a porção secretora ela é ramificada e na base em geral ela é enovelada, então quando eu faço o corte da glândula eu vou obter cortes longitudinais, oblíquos e transversais, dessa glândula, certo? Então características da glândula: uma fosseta nao muito longa, uma porção secretora tubulosa, ramificada e enovelada. Isso nós vamos utilizar para comparar com as demais glândulas. Bom, ja as glândulas do corpo e do fundo nós temos uma fosseta curta, mas uma porção secretora muito longa que em geral essa porcao secretora ela é ramificada, principalmente na região de base, na região mais alta da porcao secretora ela em geral nao se ramifica, se ramifica apenas na base e a base nao é enovelada, qual que é a diferença principal? É uma fosseta gástrica curta e a porção secretora longa, certo? E ai nos temos as células da parede da glândula gástrica secretando seus diversos produtos e o interessante é que aqui, como que as células da superfície do estomago vao capitar aquele bicarbonato necessário para produzir aquele muco alcalino protetor do estomago? Por causa de um fluxo sanguíneo que vai da porção secretora das glândulasem direção ao epitélio, é bem interessante, então enquanto as células parietais secretam Cl- e H+ no lumen da glândula e bicarbonato no sentido oposto, pro conjuntivo e subsequentemente pros vasos sanguíneos da lamina própria, esse sangue agora rico em bicarbonato ele assume um trajeto ascendente em direção ao epitélio e ai sim esse sangue rico em bicarbonato ele é utilizado pelas células do estomago para produzir o muco alcalino, que vai proteger contra a agressão do suco gástrico. Então nós temos dois tipos de agressão basicamente: a agressão ácida e a agressão das enzimas digestivas, lipase e pepsina, pepsina essa que vai ser ativada por hormônio ativo da pepsina a partir do contato entre HCl e pepsinogênio ok? Já as glândulas do piloro elas tem uma característica oposta as das glândulas do corpo e do fundo. Elas tem uma fosseta gástrica longa, mais longa do que a porção secretora, porção secretora esta ramificada principalmente na base. Então o que vai diferenciar principalmente é o tamanho, a dimensão da fosseta com a porção secretora, principalmente comparando as glândulas do corpo e fundo com do piloro. A gente observa as ramificações a partir de quando a gente enxerga a porção secretora separadas do restante da glândula. Na verdade é um indicativo de ramificação. Bom, duvidas? Então aqui a gente observa a glândula gástrica, a lâmina própria circundante, e essas glândulas indo ate a porção próxima a muscular da mucosa. Corpo e fundo porção secretora curta, fosseta longa, região de cárdia, fosseta relativamente curta mas porção secretora muito enovelada, e a região de piloro fosseta longa e porção secretora mais curta e ramificada, certo? Todas as glândulas na base existe uma ramificação, a diferença é que na cárdia a porção terminal das glândulas elas também se enovelam. Bom agora nós começamos trato digestivo inferior, desde intestino delgado até o canal anal. Bom, então vamos la: trato digestivo inferior. Início no duodeno, primeira porção do intestino delgado, e término no canal anal, ok? Nós vamos agora estudar as diferenças regionais que nós encontramos ao longo do trato digestivo inferior, lembrando que o padrão de organização ele se repete desde o terço distal do esôfago até canal anal, a organização geral mas existe algumas peculiaridades que nós vamos discutir a respeito. Bom, características básicas anatômicas ne, o intestino delgado é dividido em três segmentos, duodeno, jejuno e íleo. O duodeno tem cerca de 25 cm de comprimento, o jejuno cerca de 5 a 6m e o íleo com cerca de 1m de comprimento, porção terminal do intestino delgado. A conexão de estômago com intestino delgado se da pela região de piloro onde nos temos aqui uma válvula, a válvula pilórica. Essa válvula pilórica ela é formada pelo espessamento da musculatura circular da parede do piloro, essa musculatura circular ela é a musculatura intermediária que está entre longitudinal que é mais externa e a obliqua que é a mais interna. Nessa região existe um esfíncter funcional e anatômico, espessamento da camada circular de musculo liso da parede pilórica. Então ali, por estímulos neuroquímicos e mecânicos ocorre o controle da abertura e do fechamento da válvula pilórica, consequentemente o controle do vazamento gástrico que pode ser estimulado ou retardado por estímulos nervosos. Bom, e na porção terminal do intestino delgado, na região de íleo, ocorre a transição do íleo para a primeira porção do intestino grosso, uma porção em fundo cego, que é o ceco. Nessa região de transição existe uma válvula chamada esfíncter ileocecal, então aqui ta mostrando, porção terminal de íleo, e porção inicial de ceco, então nessa região pra controlar o vazamento do intestino delgado para o interior do intestino grosso existe um esfíncter que é o esfíncter ileocecal dado também pelo espessamento da musculatura lisa da parede do intestino delgado, também por estímulos neuroquímicos ocorre o controle desse esfíncter, então quando o bolo alimentar, o material digerido, chega na região de íleo, o estiramento da parede do esfíncter, ocorre com a ativação de neurônios que estão na parede do próprio íleo, do plexo mioentérico, que dispara um reflexo local que leva a abertura da válvula ileocecal e ai o lançamento desse material ainda líquido pro interior do intestino grosso, certo? Pra continuar o processo, na verdade, não para continuar o processo digestivo, porque o processo digestivo ele termina no intestino delgado. O intestino delgado é o sitio final da digestão dos nutrientes, o que vai acontecer no intestino grosso é a absorção da maior parte da agua desse material lançado e vai haver a fermentação desse material digerido e a formação do bolo fecal, a medida que ele transita da porção inicial até a terminal do intestino grosso, ele passa de líquido, a pastoso, em seguida, semissólido, certo? Duvidas? Ah, o interessante é o seguinte, quando o material alimentar chega no termino do íleo, o íleo ele é distendido e por isso ele se abre, quando esse material chega agora no intestino grosso, é ao contrário, esse estiramento ele cessa no intestino delgado e agora quem começa a se estirar é o intestino grosso, é o mecanismo oposto de controle neural desencadeado por estímulo mecânico, ocorre agora o fechamento da válvula ileocecal, porque agora quem vai ser distentido é o intestino grosso e não mais o intestino delgado. Ok, aqui nos temos para relembrar aquele padrão típico de organização do trato digestivo. Então no intestino delgado nós também encontramos a membrana mucosa, formada pelo epitélio de revestimento, lâmina própria e muscular da mucosa. Um detalhe que eu nao falei na organização geral quando comecei la no esôfago foi que a própria musculatura muscular da mucosa ela também é dividida em duas camadas, uma faixa circular interna e longitudinal externa, so que ela é tao fina que a gente nao consegue perceber essa separação em subcamadas, então aqui nos temos a muscular da mucosa uma subcamada interna circular e uma subcamada mais externa um pouco longitudinal. Nao se preocupem com isso porque nós não conseguimos ver claramente no microscópio. Abaixo dessa membrana mucosa nós temos a submucosa, em seguida a muscular externa, ai sim nós conseguimos ver nitidamente a separação da muscular circular interna e longitudinal externa, e externamente nós temos a região da serosa, peritônio visceral, que nos pontos em que o peritônio visceral ele vai envolver a alça intestinal e ele se encontra, vai dar origem ao mesentério, o mesentério ele vai ser formado por duas pregas que se unem de peritônio visceral e dentro dessas pregas nós temos o conjuntivo que vai servir de ponte de passagem pra vaso sanguíneo, vasos linfáticos e nervos, nervos estes do sistema nervoso autônomo extrínseco, que vai penetrar e vai fazer contato com sistema nervoso intrínseco do intestino, que eu vou falar com mais detalhes pra vocês, essa diferença de sistema nervoso autônomo. E, tanto na região de lamina própria, quanto de submucosa, nós podemos encontrar tecido linfoide, ou difuso, ou organizado em nódulos linfoides bem definidos, alguns deles aqueles ativados podem representar centros germinativos típicos que nós ja vimos, que nos indica a ativação das células B em plasmócitos. Entao a muscular da mucosa tem duas camadas e a muscular externa tem duas camadas, só no estomago nós encontramos três camadas. Tanto na muscular da mucosa, quanto na muscular externa voce tem as camadas circular interna e longitudinal externa e na região de duodeno a gente tem o ducto biliar se abrindo na porcao inicial do trato digestivo, onde a secreção biliar, armazenada na vesícula biliar, e o suco pancreático, ambos serão lançados ali na região de duodeno através desse ducto biliar, e a gente vai estudar melhor esse ducto quando falarmos dos órgãos associados ao trato digestivo. Alguma duvida em relação a organização geral? So relembrando que a serosa ela é interrompida nos pontos que eu tenho contato próximo das alças intestinais, certo? Uma outra região que a gente nao encontra serosa,é na região de contato entre duodeno e pâncreas, o duodeno ele faz uma volta ao redor do pâncreas, e ele se prende ao pâncreas por meio de uma adventícia. Então toda vez que eu tenho contato entre vísceras no abdome, eu nao tenho serosa, eu tenho adventícia. A serosa é muito fina, formada de uma camada de tecido conjuntivo frouxo e tem o revestimento de mesotélio, a adventícia nao, ela é mais espessa, geralmente tecido conjuntivo denso não modelado, e nao tem revestimento de mesotélio. O mesotélio é um tecido epitelial simples pavimentoso, seria análogo ao endotélio do vaso sanguíneo, também tem origem mesodérmica, mas é o epitélio típico de revestimento das membranas serosas, então eu encontro mesotélio na pleura, no pericárdio e peritônio. Ja o mesentério por exemplo, ele é formado por duas laminas de serosa, por que ele tem conjuntivo no meio, mesotelio de um lado e mesotelio do outro. Bom, o intestino delgado, além de ser o sitio terminal da digestão dos alimentos, também inicia o processo de absorção dos nutrientes, quase todos os nutrientes são absorvidos ao longo do intestino delgado a medida que esse material ta se locomovendo do duodeno ate o íleo. Para facilitar esse processo digestivo nós observamos diferentes especializações na parede do duodeno, que vai aumentar a área de superfície e favorecer a absorção, tanto de nutrientes, quanto também da agua. Então a maior parte da agua ela também é absorvida no intestino delgado. Algumas pessoas pensam que a maior parte da agua é absorvida no grosso, mas não é. Realmente é no intestino delgado. O que acontece é que o grosso ele é especializado na absorção de agua e eletrólitos, mas não quer dizer que ele absorve a maior partes desses elementos. Então aqui nós temos uma representação do intestino delgado e a primeira estrutura, a primeira especialização que vai contribuir para aumentar a área de absorção, são as pregas circulares, que são essas dobras, são pregas que podem ter formato circular, em meia lua, ou elicoidal e fazem proeminência da luz do intestino e na verdade são dobras da mucosa e da submucosa do intestino. Então observando aqui macroscopicamente nós percebemos essas pregas, algumas pregas abrangem toda extensão e outras apenas uma porção. Essas pregas inicialmente constituem a primeira estrutura que tem objetivo de aumentar a absorção da superfície intestinal. Essas pregas são observadas principalmente na região de jejuno e menos nas regiões de duodeno e íleo, ok? Nas regiões de transição você pode encontrar um pouco mais, na região mais distantes de jejuno, essas pregas tendem a diminuir em tamanho e em numero, principalmente na região intermediaria do intestino delgado. Bom, segunda estrutura com objetivo de aumentar a absorção intestinal são as vilosidades, vilosidades estas que eu não encontro no intestino grosso, então, se eu observo uma vilosidade eu ja sei que se trata do intestino delgado. As pregas são formadas por mucosa e submucosa, e sob essas pregas encontramos essas projeções digitiformes do epitélio e da lamina própria, então, a vilosidade é uma projeção digitiforme do epitélio + lamina própria, não inclui nessas vilosidades a muscular da mucosa nem a submucosa, embora algumas células musculares lisas possam ser observadas dentro da lamina própria das vilosidades, mas não formando uma camada continua como a muscular da mucosa. Então segunda especialização intestinal: vilosidades intestinais. As vilosidades são estruturas realmente com formato de dedo, os livros trazem que as vilosidades da região do duodeno, elas tem um formato mais alongado, e a medida que elas vão se aproximando o íleo essas projeções vão se tornando mais baixas e mais alargadas, como uma folha de bananeira. Mas é muito difícil conseguir diferenciar essas duas morfologias, essa diferença entre as vilosidades de duodeno até chegar no íleo elas são sutis. No capitulo tem uma representação mostrando essas vilosidades intestinais. Parece que o intestino delgado é revestido por um tapete, essas cerdas do tapete são as vilosidades intestinais. Nao confundam então as vilosidades intestinais com as microvilosidades, quando eu tenho a vilosidade, projeção do epitélio e dentro lâmina própria, nessa lâmina própria eu tenho uma arteríola, se ramificando em capilares fenestrados e em seguida esses capilares se unem para formar uma vênula, que desce e leva o que foi absorvido pelos capilares fenestrados, e entre a vasculatura sanguínea, entre os capilares sanguíneos, eu tenho um único capilar central que é o vaso linfático chamado de ducto ou vaso lacteal, a gente vai ver melhor a distribuição da vasculatura das vilosidades intestinais. Nao confundam as vilosidades com as microvilosidades, lembre-se que as vilosidades são revestidas por epitélio, simples e prismático, dentre as células desse epitélio, vaaaarias, nós ja estudamos dois tipos: caliciformes e os enterócitos, os enterócitos tem na superfície apical as suas microvilosidades, essas microvilosidades formam a última estrutura com objetivo de aumentar a absorção intestinal, na verdade são essas microvilosidades que dão a contribuição pra esse aumento na superfície de absorção. Certo? Então a vilosidade é projeção da parede intestinal, as microvilosidades são projeções da membrana apical dos enterócitos que revestem as vilosidades, ok? Aqui eu tenho uma representação dessas microvilosidades, além delas próprias contribuírem pra aumentar a superfície de absorção, elas tem cadeias glicídicas acopladas a lipídeos ou proteínas de membrana que formam o glicocalice muito desenvolvido na superfície dos enterócitos, e esse glicocálice, ele também aumenta a área da superfície intestinal, não de absorção, mas favorece esse processo de digestão terminal dos nutrientes. Então, juntamente com esse glicocalice, e eles podem também fazer parte de proteínas de membrana, como por exemplo as dissacaridases e as dipeptidases, então após a digestão, quase terminal das proteínas e dos açucares esses elementos são fragmentados em dissacarídeos, dipeptideos, que eles terminam seu processo de digestão e as unidades fundamentais são separadas, os aminoácidos e os monossacarídeos, a partir da ação das dipeptidases e dipeptidases associadas a membrana da célula, que em geral são glicoproteínas que participam da formação desse glicocalice. Certo? Tambem tem uma função de proteção mecânica, porque como sao cadeias de carboidrato tem uma atracao grande pela agua que formam esse gel lubrificante aqui na superfície da célula, certo? Alguns trabalhos vem mostrando que esse glicocálice esta envolvido com várias doenças infecciosas, então algumas bactérias elas teriam a capacidade de reconhecer os segmentos das cadeias glicídicas desse glicocálix e se aderir a ele favorecendo o processo de penetração na parede do intestino, ok? Então tem fator positivo mas também alguns microorganismos se utilizam dessa estrutura para subverter a função do órgão e instalar um processo patológico. Entao aqui nós temos os vários graus, as varias estruturas para aumentar a absorção intestinal. Primeiro as pregas circulares, as vilosidades e as microvilosidades. E aqui nós observamos a contribuição de cada estrutura para esse aumento da superfície de absorção intestinal. Quando nós acrescentamos as pregas nós aumentamos 3x a área de absorção da superfície, quando nós acrescentamos as vilosidades 30x e as microvilosidades 600x comparando com uma estrutura apenas cilíndrica, se nao tivesse nenhuma dessas estruturas adaptativas. Então eu percebo aqui que só o cilindro a área seria menos de 0,5 metros quadrados. Então essas estruturas potencializam muito esse processo absortivo. Além das características que nós vimos das vilosidades, existem algumas células musculares lisas que vão desde a muscular da mucosa, algumas células musculares lisas penetram na lamina própria da vilosidade e elas são importantes. A vilosidade ela fica se mexendo pra la e e pra cá igual um cílio? Não, mas elas, a partir da contração dessas células e também da muscular da mucosa, elasexecutam movimentos muito suaves que nós chamamos de movimentos de acomodação, então a medida que flui o bolo alimentar essas vilosidades elas ficam se movendo suavemente e conseguem se adaptar e acomodar aquele bolo alimentar, fazendo com que a maior parte possível daquele bolo alimentar esteja em contato direto com a superfície das vilosidades e consequentemente com a área de absorção. Certo? Bom, nós temos penetrando nessa lamina própria, na região central, um vaso linfático, com a parede muito delgada e termina em fundo cego, esse é o vaso ou ducto lacteal, da vilosidade intestinal. A maior parte dos elementos lipídicos absorvidos pelos enterócitos e que cai na lamina própria eles vão penetrar na circulação linfática e não na circulação sanguínea, então a circulação linfática da vilosidade intestinal ela é especializada na captação dos elementos lipídicos da dieta, certo? Inclusive os quilomicrons, que são proteínas complexas formadas pelas próprios enterocitos quando ele conjunta proteínas no reticulo endoplasmático liso com triglicerídeos e ácidos graxos e pequenas parcelas de colesterol absorvidos na dieta, ai esse lipídeos, seus núcleos são globulares, sao formados dentro da própria célula, liberados na lamina própria e penetram no capilar linfático, e quando ocorre a mistura desse elementos hidrofóbicos com pequenas quantidades de agua, forma-se uma substancia leitosa, que vai circular pelo sistema linfático até ser lançado na circulação sanguínea até ser lançado na região dos grandes ductos linfáticos do tórax, tanto é que quando vocês, futuramente forem fazer uma punção subclávia, a subclávia ela ta muito perto da pleura, na região de ápice do pulmão e também ta perto da abertura desses ductos maiores desses ductos linfáticos, é muito comum na punção subclávia, perfurar a pleura e perfurar esses ductos, e ai que que acontece? Gera o que nós chamamos de quilotorax, que é o extravasamento desse conteúdo linfático pra dentro do espaço interpleural, e ele se acumula ali, e quando o medico faz a drenagem, a toracocentese, pra fazer a punção desse liquido, o liquido que sai é um leite, branco mesmo, devido ao grande conteúdo de gordura proveniente do intestino que transita pelos vasos linfáticos ate serem lançados na circulação sanguínea, ok? Bom, na região da base das vilosidades, na base das vilosidades a lamina própria, e na transição de lamina própria e submucosa nós temos o plexo linfático desenvolvimento, então a partir desse plexo, ele capta toda a linfa que vem do ducto lacteal e em seguida os vasos penetram na muscular e vao caminhar na parede intestinal rumo ao mesentério, onde ele alcança vasos linfáticos maiores. Entre esse vaso lacteal nós temos a vasculatura sanguínea, então, uma arteríola traz sangue arterial ate a vilosidade, seguida essa arteríola se ramifica em capilares do tipo fenestrado, que vao absorver a maior parte dos alimentos não hidrofóbicos da dieta, proteínas e carboidratos principalmente e em seguida, apos a absorção eles vao se unir e formar uma vênula que desce a vilosidade em direção à lamina própria e submucosa, onde o encontro dessas regiões, lamina própria e submucosa, encontro um plexo vascular sanguíneo desenvolvido, da mesma forma esse plexo atravessa a musculatura e migra em direção ao mesentério, certo? As grandes veias mesentéricas que vao drenar todo esse conteúdo sanguíneo do intestino. E na região de submucosa e na região muscular, entre as camadas de musculo liso, eu encontro esse elementos de sistema nervoso, intrínseco ao intestino, que na submucosa esse neurônios formam o plexo mucoso e nas camadas de musculo liso o plexo mioentérico. Aqui ta mostrando esse corte histológico, quem nao conhece essa distribuição de vasos na vilosidade imaginaria que essa vilosidade ela rasgou ou que a movimentação e por isso esse espaço entre a vilosidade, mas na verdade não é porque o que ta sendo mostrado aqui é justamente o vaso lacteal, no centro da vilosidade, então nós temos nas nossas laminas aqui as imagens dessas glândulas. Percebam que realmente a parede do vaso linfático ela é muito fina, é difícil ate mesmo de identificar o revestimento endotelial dos vasos linfáticos, certo? É como se fosse uma cavidade escavada no conjuntivo e essa cavidade é revestida por endotélio, mas nós não conseguimos identificar nitidamente uma parede como nos vasos sanguíneos, uma parede que separa esses vasos. Nós temos aqui epitélio de revestimento, borda estriada, lamina própria, vaso lacteal. Nessa imagem da pra mostrar uma característica que nós estudamos superficialmente quando vimos epitélio, mas aqui a gente vai estudar com detalhamento maior. Entre as vilosidades, a vilosidade é uma projeção pra dentro do lumem do intestino, ja na base das vilosidades, entre elas, nós temos uma projeção no sentido oposto, o epitélio ele continua em direção a lamina própria, ele invagina formando uma estrutura tubulosa chamada de cripta intestinal, que é uma glândula tubulosa mucosa, certo? Então enquanto a vilosidade é uma projeção luminal, a cripta intestinal é uma projeção epitelial no sentido oposto, uma invaginação, formando essas glândulas tubulosas que tem uma característica secretória típica de glândulas mucosas, além de produzir outras substancias. Então é so voce lembrar, a cripta é uma invaginação do epitélio em direção a lamina própria, terminando próximo da muscular da mucosa, mas diferente das glândulas gástricas elas nao sao ramificadas, sao estruturas tubulares simples, e na parede dessas criptas eu tenho os elementos celulares típicos da vilosidade, como os enterocitos e as células caliciformes, mas eu também tenho outros tipos celulares que nós não estudamos ainda, eu encontro em maior quantidade nas criptas comparando com o epitélio das vilosidades, eu encontro células tronco com alta taxa de divisão celular pra reconstituir o epitélio intestinal que renova a cada 6 a 7 dias, certo? Essas células tronco em geral elas se encontram na altura do terço médio ou base da glândula, e ai, quando as células da vilosidade elas são perdidas, elas morrem e descamam e são lançadas pra dentro da luz do intestino, a células tronco da glândula de dividem e aquelas que são comprometidas com a linhagem de células caliciformes e enterócitos elas vão migrar superiormente para reformular a vilosidade que perde constantemente suas células. E nós temos também células endócrinas chamadas de células enteroendocrinas, aqui essas células enteroendócrinas, no estomago alguns autores também chamam de enteroendócrina, porque elas sao as mesmas células, so que pela posição que estão no estomago, nao é correto falar enteroendocrina, seria mais correto falar células do sistema neuroendócrino difuso, ai sim, independente da região do trato digestivo que eu encontrar, elas sempre seriam chamadas de células do sistema neuroendócrino difuso. Mas as vezes vocês vão encontrar elas chamadas indiscriminadamente de células enteroendocrinas. Eu não encontro essas células apenas no trato digestivo, lá no epitélio de revestimento da arvore respiratória eu também encontro essas células endócrinas, mas lá não são chamadas de celular endócrinas, são chamadas de células do sistema neuroendócrino difuso. Sao essas células com a polaridade invertida, os grânulos de secreção de acumulam no citoplasma basal, e na base da glândula nos temos um tipo especial de célula, que também é exócrina, um outro exemplo de glândula exócrina unicelular, ate agora a única glândula unicelular que nós estudamos, sao as células caliciformes, sao as células de Panett, que sao células piramidais na base das criptas intestinais e essas criptas eu encontro desde o intestino delgado ate o intestino grosso eu tenho essas invaginaçoes do epitélio, mas no grosso eu nao tenho vilosidade, mas cripta tem. Essas células acumulam vesícula de secreção no citoplasma que sao ricas em substancias antimicrobianas, sao as defensinas e as lisozimas, a defensina em geral atua formando poros na membrana plasmática das bactérias, a lisozima digerindo a paredecelular das bactérias, em conjunto elas vao formar poros hidrofílicos, que permite a entrada de grande quantidade de eletrólitos e agua nas bactérias, causando a lise dessas bactérias. Certo? E além disso, elas produzem uma citocina, o fator de necrose humoral, que desencadeia processos inflamatórios, processos imunológicos, consequentemente esses processos inflamatórios, com a migração de células de defesa naquela região leva a destruição desses microorganismos que por ventura venham invadir a parede do intestino, então essas células trabalham numa primeira linha de defesa intestinal, em razão da microbiana. Então aqui nos temos a base de criptas intestinais, e essas células com citoplasma todo granuloso sao as células de Panett, certo? Então produzem as defensinas, lisozimas e fator de necrose humoral, uma molécula pro-inflamatoria. Ok? Bom e essa imagem ela serve mais pra exemplificar esse processo de renovação da mucosa, tanto gástrica a esquerda, quando intestinal. Então as células como elas sao agredidas quimicamente, fisicamente, continuamente, a taxa de renovação ela é alta, então a maior parte das células tronco ela se encontram na região de istmo e corpo das glândulas. No caso so intestino delgado as células vao se perdendo por descamação ou por morte celular e as células tronco da cripta, elas se multiplicam e diferenciam e ascendem pra dar origem as células que revestem as vilosidades e algumas delas permanecem na cripta pra renovar as células criptais, como as neuroendócrinas e células de Panett. Essa imagem mostra as células de Panett, aqui nós temos células grandes, com muitas vesículas, grânulos acidófilos, no seu citoplasma apical, então nao vá querendo encontrar células de Panett na vilosidade porque é uma célula típica da cripta, célula neuroendócrina eu posso encontrar nas vilosidades, mas principalmente na cripta. 
Aqui mostrando célula enteroendocrina, célula que no geral ela se cora menos que as demais, são células da base do epitélio, algumas abertas, algumas fechadas, abertas aquela que alcança o lúmen intestinal e fechada aquela que não alcança, e como essa coloração ela é inexpecifica nós nao conseguimos ver bem os grânulos, mas existe um pontilhado bem fininho na base da célula que representa os grânulos contendo os hormônios secretados para a lamina própria, no sentido oposto do lumen glandular, que apos cair na lamina própria esses hormônios seguem para os vasos sanguíneos onde sao distribuídos para a parede do intestino, podendo regular a função das células localmente, pelo mecanismo paracrino, no qual esse hormônio de difunde aqui no conjuntivo atuando sobre as células próximas, o mecanismo endócrino haveria penetração do hormônio em vaso e através desse vaso alcançaria regiões um pouco mais distantes mas ainda na parede intestinal, certo? E algumas dessas células ainda conseguem afetar o mecanismo endócrino de células mais distantes. O pâncreas por exemplo sofre influencia dessas secreções dessas células enteroendócrinas, assim como a vesícula biliar. Ao longo de todo trato digestivo nos temos essas células enteroendocrinas e que compõe o primeiro mecanismo de regulação da função gastrointestinal, nos temos la no piloro, as glândulas gástricas pilóricas elas as células que produzem gastrina elas atuam sob as célula parietais, estimulando a secreção do acido, mas também sob a própria parede do estomago, estimulando a motilidade da musculatura lisa, a contração e o esvaziamento gástrico e estimulando a renovação do epitélio gástrico, então sao efeitos da gastrina, gastrina esta que nao atua somente na parede do estomago, então temos um efeito paracrino e como efeito endócrino, através dos vasos sanguíneos, essa gastrina chega ate o pâncreas e estimula a secreção de insulina que vai ser produzida ali, consequentemente estimula a reabsorção da glicose pela célula. Nós temos aqui também o duodeno, células S e células I, S produtoras de secretina e I produtoras de colecitocinina, ambas células endócrinas, com função local e função a distancia, a secretina atua sobre o pâncreas exócrino, estimulando a secreção de suco pancreático dentro do intestino delgado e pâncreas endócrino estimulando as ilhotas a secretarem insulina. Então as células do duodeno, assim como jejuno e íleo, nos temos outras células endócrinas, no duodeno nos temos uma concentração maior de células secretoras de colecistocinina e secretina, com acao paracrina e endócrina. Qual que seria a acao da colecistocinina? A colecistocinina atua estimulando o esvaziamento da vesícula biliar. Então esse hormônio leva a uma contração da musculatura lisa da parede da vesícula biliar, que vai propelir a bile que ta armazenada ali pra dentro do intestino delgado, pra região de duodeno, pra emulsificar gorduras. Tem efeito também sobre as ilhotas pancreáticas estimulando a produção de insulina. A secretina tem efeito também endócrino no pâncreas, estimulando a secreção de insulina, outro hormônio, e estimulando a porção exócrina do pâncreas a produzir o suco pancreático rico em bicarbonato. Pra que isso? Pra neutralizar a acidez do conteúdo alimentar que chega do estomago, certo? Fazendo com que esse conteúdo atinja um pH por volta de 8 que é o ph ótimo para certas enzimas contidas no suco pancreático, que vai terminar o processo digestivo iniciado la atrás. Certo? Então aqui ta mostrando um resuminho da função desses hormônios, gastrina, colecistocinina, secretina, local onde ocorre a produção e ação. Agora, tem essa questão interessante do sistema nervoso, da regulação neural, da motilidade e secreção do trato digestivo, o primeiro mecanismo de regulação, endócrino é complementar ao mecanismo neural, tanto a motilidade e a secreção do trato digestivo, quanto a motilidade e secreção dos órgãos associados a ele. Nós temos dois componentes nervosos que regulam essa função gastrointestinal, o sistema nervoso extrínseco e o intrínseco. O extrínseco ele é dividido em dois ramos, o simpático e o parassimpático. O sistema nervoso simpático e o parassimpático eles derivam lá do sistema nervoso central, encéfalo e medula espinal, e vão emitir fibras nervosas, nervos, que vão agir a distancia pela parede do intestino, por isso que são extrínsecos, eles penetram na parede do intestino mantendo contato do intestino com SNC. Certo? Por via de regra, o sistema nervoso simpático produz noradrenalina, e o parassimpático acetilcolina. No sistema digestivo, o simpático inibe a função digestiva enquanto o parassimpático estimula a função do sistema. Então quando nós nos alimentamos, por exemplo, nós sentimos a necessidade logo em seguida de evacuar? Isso é porque existe uma ativação parassimpática que vai estimular o peristaltismo, a motilidade e excreção no trato digestivo, só de nós sentirmos o cheiro do alimento, observarmos o alimento, ocorre ativação de áreas do cérebro, que tem associação com áreas do SNA, só neste estimulo eles já levam a ativação parassimpática. Também o indivíduo muito nervoso, que tem uma hiperativação simpática, pela grande liberação de adrenalina, ele ocorre a constipação intestinal, diminui a secreção e diminui a motilidade, o trato digestivo “congela”. A acetilcolina, por mecanismo emocionais, ativa o parassimpático no lugar do simpático, ai o individuo tem aquelas diarreias emocionais, em vésperas de provas é muito comum. Então, o estímulo da acetilcolina e da noradrenalina é regulado pelo sistema nervoso central, pela vi autonômica, regula de forma neural a atividade intestinal. Mas existem variações de respostas de individuo para individuo. Tem pessoas que o medo, ele pode levar a ativação de sistema parassimpático, ai o individuo borra nas calças. Mas em geral a ativação do simpático inibe o trato digestivo. Bom, os dois ramos, simpático e parassimpático, eles vão fazer contato com neurônios que estão dentro do intestino, que formam aqueles dois plexos, submucoso, os neurônios que estão na submucosa, mioentérico, os neurônios que estão entre as camadas de musculo circular interno e longitudinal externo,que vai formar o plexo mioentérico. Essa é a terceira divisão do sistema nervoso autônomo, num sistema nervoso instrinseco a parede do intestino, certo? Mas que esta em contato com o sistema nervoso extrínseco, ambos funcionam de forma sinérgica, conjunta. Mas, interessante é que se houver uma perda de contato do intestino com o sistema nervoso autônomo extrínseco, numa lesão por exemplo, romper o nervo, o principal regulador neural do trato digestivo é dado pelo intrínseco, e menos pelo extrínseco, embora o extrínseco também contribua. Então se tiver algum problema com o autônomo extrínseco e intrínseco da conta, por mecanismos reflexos que sao gerados no próprio intestino, vocês vao estudar na fisiologia. E essa imagem representa o sistema nervoso entérico, então nós temos aqui vilosidades, as criptas intestinais na base das vilosidades, mucosa, muscular da mucosa, lamina própria e submucosa, na submucosa nós temos esses neurônios, que sao interconectados e formam o plexo submucoso, logo abaixo da submucosa, nos temos a primeira camada de musculo liso, que é a circular interna e logo em seguida a longitudinal externa, entre essas camadas temos mais neurônios interligados entre si e com os neurônios da submucosa, esses neurônios aqui formam o plexo mioenterico. Esse forma o sistema nervoso entérico, que esta em contato com o sistema nervoso extrínseco autônomo, que tem origem no SNC, principalmente tronco cefálico e medula espinal, o controle ele é dado principalmente, a muscular da mucosa é controlada pelo plexo submucoso e a muscular externa pelo plexo mioenterico, e a secreção das glândulas, secreção das criptas intestinais também é regulada por esses neurônios, nao somente a motilidade intestinal.

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