Buscar

ART.332 CP - RESUMO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Continue navegando


Prévia do material em texto

TRÁFICO DE INFLUÊNCIA – ART. 332 DO CÓDIGO PENAL 
Núcleo do tipo: Solicitar – deve ser entendido no sentido de pedir; exigir – significa impor, ordenar, determinar; cobrar – é atuar no sentido de ser pago, de receber; obter – importa em alcançar, conseguir. 
Todos esses comportamentos devem ser dirigidos no sentido de que o agente obtenha, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, que poderá ou não ter caráter econômico, podendo, também, tratar-se de uma prestação sexual, haja vista não haver qualquer limitação interpretativa para efeito de seu reconhecimento. Assim a vantagem ou promessa de vantagem pode ser de qualquer natureza, material ou moral. 
Bem jurídico protegido: é a tutela do prestígio da Administração Pública. 
Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa, inclusive o funcionário público. 
Sujeito passivo: é o Estado; secundariamente, a pessoa que foi vítima de um dos comportamentos praticados pelo sujeito ativo. 
Elemento subjetivo: é o dolo, não havendo previsão da modalidade culposa. A conduta deve ser praticada com o intuito de obter, para si ou para outrem, vantagem de qualquer ordem (elemento subjetivo específico).
Classificação doutrinária: crime comum, crime de ação múltipla, crime formal ou de consumação antecipada, crime de forma livre, crime comissivo (podendo, no entanto ser praticado via omissão imprópria, nos termos do art. 13§ 2º, do CP); instantâneo, monossubjetivo, unissubsistente ou plurissubsistente (dependendo, no caso concreto, da possibilidade ou não de fracionamento do iter criminis); crime formal (nas modalidades, solicitar, exigir ou cobrar, o crime se consuma com a mera atuação do agente, independente da obtenção da vantagem); crime material (na modalidade de conduta obter, há necessidade da efetiva obtenção da vantagem) transeunte. 
Consumação: consuma-se o delito no instante em que o agente, efetivamente, pratica qualquer dos comportamentos previstos pelo tipo penal constante no art. 332 do CP. Na modalidade obter, há necessidade da efetiva obtenção de vantagem (portanto, neste caso é crime material ou de resultado).
Tentativa: é possível, dependendo da possibilidade do fracionamento do iter criminis. 
Causa de aumento de pena: a pena é aumentada da metade, nos termos do art. 332 Parágrafo único, se o agente alega ou insinua que a vantagem é, também, destinada ao funcionário público. Importante frisar que a exasperante ocorre com a simples insinuação de que o funcionário público também receberá a vantagem. 
Exploração de prestígio: Se o agente solicita ou recebe dinheiro ou qualquer outra utilidade, a pretexto de influir em ato de juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário da justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha, o fato se subsumirá ao tipo penal constante do art. 357 do C. Penal, que prevê o delito de exploração de prestígio.
Ação penal: a ação penal é de iniciativa pública incondicionada.
Tráfico de influência em transação comercial internacional: se a conduta de solicitar, exigir ou cobrar, praticada pelo agente, for dirigida finalisticamente no sentido de obter, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto de influir um ato praticado por funcionário público estrangeiro no exercício de suas funções, o delito será aquele tipificado no art. 337-C do código Penal, em virtude da aplicação do princípio da especialidade. 
Tráfico de influência no Código Penal Militar – Decreto-Lei n. 1.001/69, art. 336.