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* PSICODRAMA Jacob Levy Moreno * JACOB LEVY MORENO (1889 -1974) Nasceu em Bucareste (Romênia), no ano de 1889; Quando tinha 5 anos de idade sua familia se mudou para Viena; Moreno foi um psiquiatra romeno, de origem judaica, que estudou Medicina em Viena entre os anos de 1909 e 1917. * No início da Faculdade de Medicina reunia crianças formando grupos de brincadeiras de improvisação. Depois trabalhou com um grupo de prostitutas, utilizando técnicas grupais. Em 1912, fundou o Teatro Vienense da Espontaneidade, onde começou a formar suas idéias da Psicoterapia de Grupo e do Psicodrama. * O grande ato público de Moreno, foi no Teatro Komödien Haus. Ao se abrir a cortina, havia uma coroa numa cadeira de veludo, espaldar alto e dourado, como um trono real. O tema utilizado por ele, era a busca de uma nova ordem de coisas, buscando no público os que tivessem espírito de liderança, sendo o rei por algum momento no qual o júri seria o resto da platéia. * Quando lançou o "Jornal Vivo", onde as pessoas a partir das notícias de jornais locais realizavam uma dramatização, criou a raiz do Sociodrama. Transformou os atores profissionais fiéis ao seu trabalho em "egos-auxiliares". Assim, Moreno vai desenvolvendo seu trabalho, transformando o Teatro da Espontaneidade em Teatro Terapêutico e este no Psicodrama Terapêutico. * Em 1925 foi morar nos EUA onde desenvolveu e sistematizou suas descobertas: a socionomia. Esta teoria de estudo se divide em sociometria, sociodinâmica e a sociatria. Socionomia é composta pelo estudo do grupo e suas relações. Sociometria pretende medir as relações entre os membros do grupo, evidenciando as preferências e evitações presentes nas relações grupais. Moreno desenvolveu o teste sociométrico com objetivo de mensurar e visualizar as relações existentes em um grupo. A sociodinâmica busca entender a dinâmica do grupo. Sociatria trata as relações grupais utilizando três métodos: o Sociodrama, a Psicoterapia de grupo e o famoso Psicodrama. * Morre em 14 de Maio de 1974, com 85 anos, pedindo para gravar em sua sepultura: "Aqui jaz aquele que abriu as portas da psiquiatria à alegria." * Fundamentos Teóricos Psicodrama é uma piscoterapia de grupo, em que a representação dramática é usada como ferramenta para explorar a psique humana e seus vínculos emocionais. Utiliza como pontos básicos de sua teoria o conceito de espontaneidade-criatividade, a teoria dos papéis, a psicoterapia grupal. A ação dramática permite insights profundos por parte do protagonista e do grupo, a respeito do significado dos papéis assumidos. Para Moreno, toda ação é interação por meio de papéis. * Espontaneidade: capacidade de agir de forma natural, congruente com o momento e criativa. Tele: percepção e comunicação objetiva das situações e das relações entre as pessoas. Empatia: capacidade de se colocar no lugar do outro em determinada situação. Co-inconsciente: fantasias, vivências e sentimentos comuns a duas ou mais pessoas no grupo. Matriz de identidade: características pessoais que se constiuem a partir das vivências das primeiras relações. Esta possui três etapas de formação que vão auxiliá-lo a criar as técnicas dramáticas. * Fases / Técnicas Dramáticas Indiferenciação Eu-Tu: como quando o criança precisa que alguém faça algo por ela, porque ela ainda não consegue fazer. Esta é a técnica do duplo. Reconhecimento do Eu-Tu: como quando a criança se olha no espelho e não se reconhece através da imagem. Esta é a técnica do espelho. Reconhecimento do Eu: é quando ocorre a tomada do papel do outro havendo a inversão de papéis. Esta é a técnica da inversão de papéis. * Metodologia Psicodramática Dividimos o Psicodrama em três etapas: aquecimento (inespecífico e específico), dramatização e compatilhamento. Aquecimento: momento preparatório inicial, onde o Coordenador se preocupa em facilitar ao grupo que se conscientize da necessária disponibilidade para convivência entre todos naquele espaço e momento, e se focalize no tema ou objetivo que os reúne nessa ocasião. Corresponde a certa suspensão do mundo externo, para dedicação àquele contexto e àquelas pessoas e construção do mundo grupal. Nessa fase é comum que o Coordenador utilize técnicas psicodramáticas de aquecimento para promover preparação corporal e mental dos participantes para o que se propõem. O término dessa fase caracteriza-se pelo fato de as pessoas se mostrarem confortáveis, disponíveis e atentas umas-com-as-outras, e principalmente envolvidas com a temática ou proposta que justifica aquela reunião. * Dramatização: etapa onde o tema ou objetivo é especialmente abordado e focalizado. O Coordenador neste momento facilita a emergência dos conteúdos do grupo relativos à proposta que os reúne, cuidando para que o foco seja privilegiado. Propõe técnicas facilitadoras para que o grupo se mantenha focalizado nos objetivos daquela reunião. É o momento-ápice do encontro porque agora a proposta é abordada com envolvimento emocional e ação propriamente dita (dramatização), construída com a participação e contribuição total do grupo. É a grande obra grupal desse encontro. * Compartilhamento: fase que requer certo esfriamento das emoções mais tocantes promovidas pela dramatização. Esse distanciamento facilita nova visão por parte das pessoas, sobre o que acabaram de construir e viver. Estas avaliam e compartilham entre si as ressonâncias em seu mundo interno e as prováveis repercussões em sua vida, que conseguem apreender nesse preciso instante. É a oportunidade da trocas e aprendizagens recíprocas e também a hora da despedida afetiva, pois o encontro está se finalizando. E significa para os participantes, certa preparação para passagem-de-volta ao mundo externo reconhecendo-se enriquecidos com alguma nova aquisição. * Elementos da Dramatização Cenário: espaço onde acontece a produção e nele podem-se representar fatos simples da vida cotidiana, sonhos, delírios, alucinações. Protagonista: o protagonista pode ser um indivíduo, uma dupla ou um grupo. É aquele que no Psicodrama protagoniza seu próprio drama, representando a si mesmo e seus personagens Diretor: é o terapeuta que dirige o grupo ou a cena, orientando a encenação e sugerindo determinados papéis, guiando o protagonista para chegar à cena com espontaneidade. Público: é o grupo terapêutico.
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