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Aula 02 - Classificação das doenças ocupacionais

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DOENÇAS OCUPACIONAIS 1 
 ........................................................... 2 Aula 2: Classificação das Doenças Ocupacionais
 ................................................................................................... 2 Introdução
 ..................................................................................................... 4 Conteúdo
Apresentação dos sistemas de classificação das doenças ocupacionais ............... 4 
Método de classificação por Bernardino Ramazzini ................................................... 4 
Método de classificação por Ivar Oddone e colaboradores ...................................... 5 
Método de classificação por Richard Schilling (1984) ................................................ 5 
Método de classificação pela Classificação Legal Brasileira (Lei nº 8.213/91) ........ 6 
A construção normativa das doenças relacionadas ao trabalho ............................. 7 
Detalhes da consolidação normativa ............................................................................ 8 
Lista de doenças relacionadas ao trabalho ................................................................ 10 
Lista de doenças relacionadas ao trabalho ........................................................ 10 
Como consultar e interpretar a Classificação Legal Brasileira das doenças 
relacionadas ao trabalho? .............................................................................................. 35 
Impactos das doenças ocupacionais ........................................................................... 36 
Dados do INSS .................................................................................................................. 38 
Notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador ................................ 38 
Definição do nexo causal ............................................................................................... 39 
Repercussões que doenças e agravos podem causar na vida do indivíduo........ 40 
Impactos na vida do trabalhador .................................................................................. 41 
Atividade Proposta........................................................................................................... 42 
 ............................................................................................. 43 Aprenda Mais
 ................................................................................................ 44 Referências
 .................................................................................. 46 Exercícios de fixação
Notas ........................................................................................................................................... 52 
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 55 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 2 
 
Introdução 
Em nosso segundo encontro, teremos como foco principal o entendimento dos 
diferentes sistemas de classificação das doenças relacionadas ao trabalho 
considerando os critérios adotados para sua definição. Nessa direção, serão 
detalhadas suas características quanto aos agentes causadores das doenças, 
formas de reunião destas em grupos semelhantes e exemplos das doenças 
pertencentes a cada sistema criado. 
 
A importância desses sistemas de classificação será considerada a partir da 
reflexão das diferentes metodologias de agrupamento das doenças nos grupos 
distintos, dos elementos de semelhança entre os sistemas e, também, da 
relevância da adoção de algum dos sistemas ou vários deles combinados para a 
organização das ações e serviços de saúde do trabalhador em geral. 
 
Especificamente no caso do Brasil, diferenciaremos os tipos de doenças 
ocupacionais segundo a lista do Ministério da Saúde e da Previdência Social 
ajustada aos termos taxionômicos da Classificação Estatística Internacional de 
Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10) e o que essa escolha 
representa para a atuação dos profissionais de saúde e para o trabalhador em 
si. 
 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 3 
Objetivo: 
1. Demonstrar os sistemas de classificação das doenças ocupacionais 
reconhecidos e utilizados em diferentes países e épocas, evidenciando suas 
principais características; 
2. Descrever sobre o impacto das doenças ocupacionais na vida e na saúde dos 
trabalhadores segundo suas principais repercussões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 4 
Conteúdo 
 
Apresentação dos sistemas de classificação das doenças 
ocupacionais 
Estamos avançando juntos pelos conceitos e aspectos importantes da Saúde do 
Trabalhador, e agora iniciaremos nossa segunda aula conhecendo os sistemas 
de classificação das doenças ocupacionais, tentando entender os critérios de 
definição de cada um dos modelos e a importância da sua utilização. 
 
Pois bem, na aula passada vimos que os sistemas utilizados, sejam eles quais 
forem, partem de uma mesma necessidade, ou seja, reunir processos 
patológicos semelhantes e separar os distintos, entendendo os danos e agravos 
ocasionados ou afetados pela função laboral para melhor identificá-los e assistir 
os trabalhadores atingidos por esses processos. 
 
Método de classificação por Bernardino Ramazzini 
Vejamos: o início desse método de classificação foi proposto por Bernardino 
Ramazzini (1700), que utilizava o raciocínio empírico para sistematizar grupos 
de patologias relacionadas ao trabalho, considerando a natureza da função e o 
grau de relação com o trabalho em si. Assim, segundo Mendes (2003), o 
referido médico italiano que foi o primeiro a se preocupar com essa 
categorização funcional considerava dois grupos distintos de doenças 
ocupacionais, a saber: 
 
Classificação de Ramazzini (1700) 
 
GRUPO I – Doenças profissionais, diretamente causadas pela “nocividade da 
matéria manipulada” (tecnopatias). 
 
GRUPO II – Doenças causadas pelas condições de trabalho, “posições forcadas 
e inadequadas”; “operários que passam os dias de pé, sentados, inclinados 
etc.” (mesopatias). 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 5 
Método de classificação por Ivar Oddone e colaboradores 
A contribuição de vários estudiosos da matéria, após Ramazzini, inclusive a do 
professor Ivar Oddone, proporcionou a revisão da classificação inicialmente 
consagrada e, também, promoveu comparação entre os modelos apresentados 
posteriormente pela OIT estabelecendo uma nova forma de categorizar as 
patologias do trabalho, destacando-as em quatro grupos, segundo os efeitos 
que promovem sobre a saúde dos trabalhadores. Vejamos o que propuseram: 
 
GRUPO I – Acidentes e doenças inespecíficas causadas por agentes nocivos 
ambientais que existiam também fora do ambiente do trabalho (luz, condições 
de ventilação, umidade, temperatura, barulho etc.). 
 
GRUPO II – Doenças inespecíficas e doenças profissionais causadas por agentes 
nocivos exclusivos do ambiente de trabalho (gases, poeiras químicas, vapores 
etc.). 
 
GRUPO III – Acidentes de trabalho, doenças inespecíficas e profissionais que 
são relacionadas com agentes físicos. 
 
GRUPO IV – Acidentes e doenças inespecíficas causadas por condições de 
trabalho que promovam estresse (ritmos acelerados excessivos, repetitividade, 
ansiedade etc.). 
 
Método de classificação por Richard Schilling (1984) 
Na Inglaterra, anos mais tarde, surge outra contribuição à classificação das 
doenças do trabalho oriunda do estudo de Schilling, resumida abaixo, que 
resolve utilizar como critério de agrupamento das patologias,sua relação com o 
trabalho, apresentando-as em três grupos. Conheçamos: 
 
GRUPO I – Trabalho como causa necessária (ex.: intoxicação por chumbo; 
silicose; doenças profissionais prescritas; outras). 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 6 
GRUPO II – Trabalho como fator de risco contributivo ou adicional, mas não 
necessário (ex.: doença coronariana; doença do aparelho locomotor; câncer; 
varizes dos membros inferiores; outras). 
 
GRUPO III – Trabalho como provocador de um distúrbio latente ou agravador 
de doença já estabelecida (ex: bronquite crônica; dermatite de contato 
alérgica; asma; doenças mentais etc.). 
 
 
Atenção 
 A classificação estabelecida por Schilling é uma das mais importantes na 
área, sendo considerada como base fundamental para diversos sistemas 
adotados em muitos países. Juntamente com as Convenções da OIT, serviu 
de modelo e foi sofrendo algumas reformulações ao longo do tempo para 
ajustar-se às necessidades legais de cada realidade local. 
 
Assim, no caso do Brasil, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), o 
estabelecimento de uma listagem de doenças relacionadas ao trabalho 
esteve relacionado, sobretudo, à necessidade de entender o adoecimento 
dos trabalhadores e organizar simultaneamente a rede de saúde como um 
todo e os serviços especializados em particular às demandas assistenciais 
(BRASIL, 2008). 
 
Método de classificação pela Classificação Legal Brasileira (Lei nº 
8.213/91) 
Veja o método de classificação criado pela Classificação Legal Brasileira (Lei nº 
8.213/91 - alterado pelo Decreto nº 6.957/2009). 
 
GRUPO I 
 
Classificação Legal Brasileira 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 7 
GRUPO II 
 
Doença Profissional é aquela “produzida ou desencadeada pelo exercício 
peculiar a determinada atividade e constante da relação...” (tecnopatia). 
 
Doença do trabalho é aquela “adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente, constante da relação mencionada...”. 
 
 
Atenção 
 Sobre esse contexto, é importante ressaltar que o processo de 
sistematização das doenças relacionadas ao trabalho e de reconhecimento 
pela legislação no caso brasileiro (e em qualquer país inclusive) devem 
andar lado a lado, determinando um movimento multidirecional de 
influência entre a área da saúde (Ministério da Saúde - MS), do trabalho 
(Ministério do Trabalho e Emprego - MTE), da PREVIDÊNCIA SOCIAL 
(Ministério da Previdência e Assistência Social - MPAS) e do meio 
ambiente (Ministério do Meio Ambiente - MMA) que venha subsidiar a 
adequada atuação dos profissionais de saúde no diagnóstico, tratamento 
e vigilância à saúde do trabalhador e ao mesmo tempo permitir a correta 
ação dos sistemas de proteção ao trabalhador nos âmbitos do direito 
previdenciário, trabalhista e ambiental. 
 
A construção normativa das doenças relacionadas ao trabalho 
No entanto, nem sempre esse processo de sistematização das doenças 
relacionadas ao trabalho é devidamente planejado ou coordenado desde o seu 
princípio. Vejamos como ocorreu aqui no nosso país essa construção normativa: 
 
Processo de sistematização das doenças relacionadas ao trabalho 
 
Lei Federal nº 8.213/1991 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 8 
Tratou de regulamentar os planos de benefícios da Previdência Social e definiu 
em seu Artigo 19 que: “Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do 
trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados 
referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente 
ou temporária, da capacidade para o trabalho”. 
 
Lista – Anexo II 
Elaborou-se uma lista com identificação dos agentes patogênicos, Anexo II do 
Decreto nº 2.172/97 (alterada pelo Decreto nº 3.048/99) do Ministério da 
Previdência e Assistência Social (MPAS). 
 
Lista de doença 
Posteriormentea, a Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho foi publicada na 
Portaria/MS nº 1.339/1999 do Ministério da Saúde (MS). 
 
Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho 
A Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho (MS) foi adotada pelo Ministério 
da Previdência e Assistência Social (MPAS), regulamentando o conceito 
de doença profissional e de doença relacionada ao trabalho, segundo 
Lei nº 8.213/1991, constituindo o Anexo II do Decreto nº 3.048/1999, com 
assinaturas dos dois Ministérios. 
 
Detalhes da consolidação normativa 
Contextualizando essa consolidação normativa comentaremos adiante detalhes 
importantes, vejamos: 
 
A ausência de unicidade nas aplicações da lista entre as áreas da assistência 
social e da saúde causava divergências sobre diagnósticos, nexos de 
causalidade e critérios de definição de incapacidade para o trabalho, pois a 
mesma incluía os agentes patogênicos, mas não mencionava a correlação com 
as doenças ocasionadas ou influenciadas pela exposição a eles. 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 9 
O MS decide então liderar em 1998 a constituição de uma comissão técnica 
especializada que tinha a missão de revisar a LISTA em aplicação, comparar 
com as demais listas existentes em outros países, propor uma complementação 
de informação que permitisse identificar tanto o agente/fator de risco 
causador quanto a doença causada ou agravada, adotando ainda a taxonomia 
padronizada pela OMS. A “nova lista” passaria então a ser conhecida como Lista 
de “dupla entrada” (agente e doença), segundo Mendes (2003). 
 
A lista em vigor nessa ocasião a partir do Decreto nº 3.048/1999 tinha a 
finalidade de servir de referência técnica aos profissionais do INSS (MPAS) 
responsáveis pela verificação do nexo causal entre doença/agravo e o trabalho 
dos segurados pela entidade. E ao mesmo tempo, para o MS tinha a principal 
finalidade de orientar as ações epidemiológicas e atuação profissional na esfera 
clínica assistencial. 
 
A lista elaborada e adotada pelas duas instituições governamentais passa a se 
apresentar como anexos ao Decreto, da seguinte forma: 
• Lista A – Agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional relacionados 
com a etiologia de doenças profissionais e de outras doenças relacionadas ao 
trabalho. 
• Lista B - Doenças e respectivos agentes etiológicos ou fatores de risco de 
natureza ocupacional (CID-10). 
 
Esta nova lista não somente reúne os patógenos causadores das doenças 
profissionais ou do trabalho (27 agentes patogênicos) classificados por 
nocividade, mas aponta o tempo de exposição e relaciona as doenças a eles 
relacionadas chegando a um quantitativo de 200 entidades nosológicas 
específicas, permitindo a identificação (Anexos I – Lista A e Anexo B - II da 
legislação em referência) seja pelo agente nocivo/fatores de risco ou pela 
doença associada. As doenças estão identificadas segundo nomenclatura da 
Classificação Internacional de Doenças na sua edição de número 10 (CID-10). 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 10 
Lista de doenças relacionadas ao trabalho 
Como vimos, seguem abaixo as principais características da lista de doenças 
relacionadas ao trabalho, utilizada no nosso país: 
 
Conceito de “doença relacionada ao trabalho” 
 
Assume um conceito de “doença relacionada ao trabalho” mais ampliado 
reconhecendo tanto os profissionais quanto as doenças do trabalho. 
 
Ação coletiva de análise técnica 
 
Resultou de uma ação coletiva de análise técnica (colaboradores de entidades 
governamentais, acadêmicos, especialistas), melhores práticas de outros 
países, comparação entre outras listas, padronização de taxonomia (CID-10). 
 
Três grupos de doenças 
 
Incluios três grupos de doenças listadas por Schilling (1984). 
 
Agentes causais/fatores de risco 
 
Permite identificar tanto os agentes causais/fatores de risco quanto as doenças 
ou agravos, facilitando e padronizando a sua utilização. 
 
Sistema do tipo “misto” 
 
É um sistema do tipo “misto” que segue uma lista de doenças e admite que 
sejam incluídas doenças que não estavam então relacionadas. 
 
Lista de doenças relacionadas ao trabalho 
Vejamos em detalhes a LISTA A do Anexo II do Decreto n. 3.048/99: 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 11 
Lista A 
Agentes ou fatores de risco de natureza ocupacional relacionados com a 
etiologia de doenças profissionais e de outras doenças relacionadas com o 
trabalho 
 
AGENTES ETIOLÓGICOS OU 
FATORES DE RISCO DE 
NATUREZA OCUPACIONAL 
DOENÇAS CAUSALMENTE RELACIONADAS 
COM OS RESPECTIVOS AGENTES OU 
FATORES DE RISCO (DENOMINADAS E 
CODIFICADAS SEGUNDO A CID-10) 
I - Arsênio e seus compostos 
asrsenicais 
1. Angiossarcoma do fígado (C22.3) 
2. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão 
(C34.-) 
3. Outras neoplasias malignas da pele (C44.-) 
4. Polineuropatia devida a outras agentes 
tóxicos (G52.2) 
5. Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1) 
6. Blefarite (H01.0) 
7. Conjuntivite (H10) 
8. Queratite e Queratoconjuntivite (H16) 
9. Arritmias cardíacas (I49.-) 
10. Rinite Crônica (J31.0) 
11. Ulceração ou Necrose do Septo Nasal (J34.0) 
12. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema 
Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) 
13. Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1) 
14. Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-) 
15. Hipertensão Portal (K76.6) 
16. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) 
17. Outras formas de hiperpigmentação pela 
melanina: "Melanodermia" (L81.4) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 12 
18. Leucodermia, não classificada em outra parte 
(Inclui "Vitiligo Ocupacional") (L81.5) 
19. Ceratose Palmar e Plantar Adquirida (L85.1) 
20. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.0) 
II - Asbesto ou Amianto 
1. Neoplasia maligna do estômago (C16.-) 
2. Neoplasia maligna da laringe (C32.-) 
3. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão 
(C34.-) 
4. Mesotelioma da pleura (C45.0) 
5. Mesotelioma do peritônio (C45.1) 
6. Mesotelioma do pericárdio (C45.2) 
7. Placas epicárdicas ou pericárdicas (I34.8) 
8. Asbestose (J60.-) 
9. Derrame Pleural (J90.-) 
10. Placas Pleurais (J92.-) 
III - Benzeno e seus homólogos 
tóxicos 
1. Leucemias (C91-C95.-) 
2. Síndromes Mielodisplásicas (D46.-) 
3. Anemia Aplástica devida a outros agentes 
externos (D61.2) 
4. Hipoplasia Medular (D61.9) 
5. Púrpura e outras manifestações hemorrágicas 
(D69.-) 
6. Agranulocitose (Neutropenia tóxica) (D70) 
7. Outros transtornos especificados dos glóbulos 
brancos: Leucocitose, Reação Leucemóide 
(D72.8) 
8. Outros transtornos mentais decorrentes de 
lesão e disfunção cerebrais e de doença física 
(F06.-) (Tolueno e outros solventes 
aromáticos neurotóxicos) 
9. Transtornos de personalidade e de 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 13 
comportamento decorrentes de doença, lesão 
e de disfunção de personalidade (F07.-) 
(Tolueno e outros solventes aromáticos 
neurotóxicos) 
10. Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático 
não especificado (F09.-) (Tolueno e outros 
solventes aromáticos neurotóxicos) 
11. Episódios depressivos (F32.-) (Tolueno e 
outros solventes aromáticos neurotóxicos) 
12. Neurastenia (Inclui "Síndrome de Fadiga") 
(F48.0) (Tolueno e outros solventes 
aromáticos neurotóxicos) 
13. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) 
14. Hipoacusia Ototóxica (H91.0) (Tolueno e 
Xileno) 
15. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) 
16. Efeitos Tóxicos Agudos (T52.1 e T52.2) 
IV - Berílio e seus compostos 
tóxicos 
1. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão 
(C34.-) 
2. Conjuntivite (H10) 
3. Beriliose (J63.2) 
4. Bronquite e Pneumonite devida a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores 
("Bronquite Química Aguda") (J68.0) 
5. Edema Pulmonar Agudo devido a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores ("Edema 
Pulmonar Químico") (J68.1) 
6. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema 
Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) 
7. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 14 
8. Efeitos Tóxicos Agudos (T56.7) 
V -Bromo 
1. Faringite Aguda ("Angina Aguda", "Dor de 
Garganta") (J02.9) 
2. Laringotraqueíte Aguda (J04.2) 
3. Faringite Crônica (J31.2) 
4. Sinusite Crônica (J32.-) 
5. Laringotraqueíte Crônica (J37.1) 
6. Bronquite e Pneumonite devida a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores 
("Bronquite Química Aguda") (J68.0) 
7. Edema Pulmonar Agudo devido a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores ("Edema 
Pulmonar Químico") (J68.1) 
8. Síndrome de Disfunção Reativa das Vias 
Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) 
9. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema 
Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) 
10. Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1) 
11. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) 
12. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.8.) 
VI - Cádmio ou seus compostos 
1. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão 
(C34.-) 
2. Transtornos do nervo olfatório (Inclui 
"Anosmia") (G52.0) 
3. Bronquite e Pneumonite devida a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores 
("Bronquite Química Aguda") (J68.0) 
4. Edema Pulmonar Agudo devido a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores ("Edema 
Pulmonar Químico") (J68.1) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 15 
5. Síndrome de Disfunção Reativa das Vias 
Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) 
6. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema 
Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) 
7. Enfisema intersticial (J98.2) 
8. Alterações pós-eruptivas da cor dos tecidos 
duros dos dentes (K03.7) 
9. Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-) 
10. Osteomalácia do Adulto Induzida por Drogas 
(M83.5) 
11. Nefropatia Túbulo-Intersticial induzida por 
metais pesados (N14.3) 
12. Efeitos Tóxicos Agudos (T56.3) 
VII - Carbonetos metálicos de 
Tungstênio sinterizados 
1. Outras Rinites Alérgicas (J30.3) 
2. Asma (J45.-) 
3. Pneumoconiose devida a outras poeiras 
inorgânicas especificadas (J63.8) 
VIII - Chumbo ou seus 
compostos tóxicos 
1. Outras anemias devidas a transtornos 
enzimáticos (D55.8) 
2. Anemia Sideroblástica secundária a toxinas 
(D64.2) 
3. Hipotireoidismo devido a substâncias 
exógenas (E03.-) 
4. Outros transtornos mentais decorrentes de 
lesão e disfunção cerebrais e de doença física 
(F06.-) 
5. Polineuropatia devida a outras agentes 
tóxicos (G52.2) 
6. Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1) 
7. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 16 
8. Hipertensão Arterial (I10.-) 
9. Arritmias Cardíacas (I49.-) 
10. "Cólica da Chumbo" (K59.8) 
11. Gota Induzida pelo Chumbo (M10.1) 
12. Nefropatia Túbulo-Intersticial induzida por 
metais pesados (N14.3) 
13. Insuficiência Renal Crônica (N17) 
14. Infertilidade Masculina (N46) 
15. Efeitos Tóxicos Agudos (T56.0) 
IX - Cloro 
1. Rinite Crônica (J31.0) 
2. Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas 
Crônicas (Inclui "Asma Obstrutiva", 
"Bronquite Crônica", "Bronquite Obstrutiva 
Crônica") (J44.-) 
3. Bronquite e Pneumonite devida a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores 
("Bronquite Química Aguda") (J68.0) 
4. Edema Pulmonar Agudo devido a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores ("Edema 
Pulmonar Químico") (J68.1) 
5. Síndrome de Disfunção Reativa das Vias 
Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) 
6. Bronquiolite Obliterante Crônica, EnfisemaCrônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) 
7. Efeitos Tóxicos Agudos (T59.4) 
X - Cromo ou seus compostos 
tóxicos 
1. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão 
(C34.-) 
2. Outras Rinites Alérgicas (J30.3) 
3. Rinite Crônica (J31.0) 
4. Ulceração ou Necrose do Septo Nasal (J34.0) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 17 
5. Asma (J45.-) 
6. "Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas 
complicações infecciosas" (L08.9) 
7. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) 
8. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) 
9. Úlcera Crônica da Pele, não classificada em 
outra parte (L98.4) 
10. Efeitos Tóxicos Agudos (T56.2) 
XI - Flúor ou seus compostos 
tóxicos 
1. Conjuntivite (H10) 
2. Rinite Crônica (J31.0) 
3. Bronquite e Pneumonite devida a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores 
("Bronquite Química Aguda") (J68.0) 
4. Edema Pulmonar Agudo devido a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores ("Edema 
Pulmonar Químico") (J68.1) 
5. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema 
Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) 
6. Erosão Dentária (K03.2) 
7. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) 
8. Fluorose do Esqueleto (M85.1) 
9. Intoxicação Aguda (T59.5) 
XII - Fósforo ou seus compostos 
tóxicos 
1. Polineuropatia devida a outras agentes 
tóxicos (G52.2) 
2. Arritmias cardíacas (I49.-) (Agrotóxicos 
organofosforados e carbamatos) 
3. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) 
4. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) 
5. Osteomalácia do Adulto Induzida por Drogas 
(M83.5) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 18 
6. Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose Devida 
a Drogas (M87.1); Outras Osteonecroses 
Secundárias (M87.3) 
7. Intoxicação Aguda (T57.1) (Intoxicação 
Aguda por Agrotóxicos Organofosforados: 
T60.0) 
XIII - Hidrocarbonetos alifáticos 
ou aromáticos (seus derivados 
halogenados tóxicos) 
1. Angiossarcoma do fígado (C22.3) 
2. Neoplasia maligna do pâncreas (C25.-) 
3. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão 
(C34.-) 
4. Púrpura e outras manifestações hemorrágicas 
(D69.-) 
5. Hipotireoidismo devido a substâncias 
exógenas (E03.-) 
6. Outras porfirias (E80.2) 
7. Delirium, não sobreposto à demência, como 
descrita (F05.0) (Brometo de Metila) 
8. Outros transtornos mentais decorrentes de 
lesão e disfunção cerebrais e de doença física 
(F06.-) 
9. Transtornos de personalidade e de 
comportamento decorrentes de doença, lesão 
e de disfunção de personalidade (F07.-) 
10. Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático 
não especificado (F09.-) 
11. Episódios Depressivos (F32.-) 
12. Neurastenia (Inclui "Síndrome de Fadiga") 
(F48.0) 
13. Outras formas especificadas de tremor 
(G25.2) 
14. Transtorno extrapiramidal do movimento não 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 19 
especificado (G25.9) 
15. Transtornos do nervo trigêmio (G50.-) 
16. Polineuropatia devida a outros agentes 
tóxicos (G52.2) (n-Hexano) 
17. Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1) 
18. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) 
19. Conjuntivite (H10) 
20. Neurite Óptica (H46) 
21. Distúrbios visuais subjetivos (H53.-) 
22. Outras vertigens periféricas (H81.3) 
23. Labirintite (H83.0) 
24. Hipoacusia ototóxica (H91.0) 
25. Parada Cardíaca (I46.-) 
26. Arritmias cardíacas (I49.-) 
27. Síndrome de Raynaud (I73.0) (Cloreto de 
Vinila) 
28. Acrocianose e Acroparestesia (I73.8) (Cloreto 
de Vinila) 
29. Bronquite e Pneumonite devida a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores 
("Bronquite Química Aguda") (J68.0) 
30. Edema Pulmonar Agudo devido a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores ("Edema 
Pulmonar Químico") (J68.1) 
31. Síndrome de Disfunção Reativa das Vias 
Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) 
32. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema 
Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) 
33. Doença Tóxica do Fígado (K71.-): Doença 
Tóxica do Fígado, com Necrose Hepática 
(K71.1); Doença Tóxica do Fígado, com 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 20 
Hepatite Aguda (K71.2); Doença Tóxica do 
Fígado com Hepatite Crônica Persistente 
(K71.3); Doença Tóxica do Fígado com 
Outros Transtornos Hepáticos (K71.8) 
34. Hipertensão Portal (K76.6) (Cloreto de Vinila) 
35. "Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas 
complicações infecciosas" (L08.9) 
36. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) 
37. "Cloracne" (L70.8) 
38. Outras formas de hiperpigmentação pela 
melanina: "Melanodermia" (L81.4) 
39. Outros transtornos especificados de 
pigmentação: "Profiria Cutânea Tardia" 
(L81.8) 
40. Geladura (Frostbite) Superficial: Eritema 
Pérnio (T33) (Anestésicos clorados locais) 
41. Geladura (Frostbite) com Necrose de Tecidos 
(T34) (Anestésicos clorados locais) 
42. Osteólise (M89.5) (de falanges distais de 
quirodáctilos) (Cloreto de Vinila) 
43. Síndrome Nefrítica Aguda (N00.-) 
44. Insuficiência Renal Aguda (N17) 
45. Efeitos Tóxicos Agudos (T53.-) 
XIV - Iodo 
1. Conjuntivite (H10) 
2. Faringite Aguda ("Angina Aguda", "Dor de 
Garganta") (J02.9) 
3. Laringotraqueíte Aguda (J04.2) 
4. Sinusite Crônica (J32.-) 
5. Bronquite e Pneumonite devida a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores 
("Bronquite Química Aguda") 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 21 
6. Edema Pulmonar Agudo devido a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores ("Edema 
Pulmonar Químico") (J68.1) 
7. Síndrome de Disfunção Reativa das Vias 
Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) 
8. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema 
Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) 
9. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) 
10. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.8) 
XV - Manganês e seus 
compostos tóxicos 
1. Demência em outras doenças específicas 
classificadas em outros locais (F02.8) 
2. Outros transtornos mentais decorrentes de 
lesão e disfunção cerebrais e de doença física 
(F06.-) 
3. Transtornos de personalidade e de 
comportamento decorrentes de doença, lesão 
e de disfunção de personalidade (F07.-) 
4. Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático 
não especificado (F09.-) 
5. Episódios Depressivos (F32.-) 
6. Neurastenia (Inclui "Síndrome de Fadiga") 
(F48.0) 
7. Parkisonismo Secundário (G21.2) 
8. Inflamação Coriorretiniana (H30) 
9. Bronquite e Pneumonite devida a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores 
("Bronquite Química Aguda") (J68.0) 
10. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema 
Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 22 
11. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.2) 
XVI - Mercúrio e seus 
compostos tóxicos 
1. Outros transtornos mentais decorrentes de 
lesão e disfunção cerebrais e de doença física 
(F06.-) 
2. Transtornos de personalidade e de 
comportamento decorrentes de doença, lesão 
e de disfunção de personalidade (F07.-) 
3. Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático 
não especificado (F09.-) 
4. Episódios Depressivos (F32.-) 
5. Neurastenia (Inclui "Síndrome de Fadiga") 
(F48.0) 
6. Ataxia Cerebelosa (G11.1) 
7. Outras formas especificadas de tremor 
(G25.2) 
8. Transtorno extrapiramidal do movimento não 
especificado (G25.9) 
9. Encefalopatia Tóxica Aguda (G92.1) 
10. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) 
11. Arritmias cardíacas) (I49.-) 
12. Gengivite Crônica (K05.1) 
13. Estomatite Ulcerativa Crônica (K12.1) 
14. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) 
15. Doença Glomerular Crônica (N03.-) 
16. Nefropatia Túbulo-Intersticial induzida por 
metais pesados (N14.3) 
17. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.1) 
XVII - Substâncias asfixiantes: 
Monóxido de Carbono, Cianeto 
de Hidrogênio ou seus derivados 
tóxicos, Sulfeto de Hidrogênio 
1. Demênciaem outras doenças específicas 
classificadas em outros locais (F02.8) 
2. Transtornos do nervo olfatório (Inclui 
"Anosmia") (G52.0) (H2S) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 23 
(Ácido Sulfídrico) 3. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) 
(Seqüela) 
4. Conjuntivite (H10) (H2S) 
5. Queratite e Queratoconjuntivite (H16) 
6. Angina Pectoris (I20.-) (CO) 
7. Infarto Agudo do Miocárdio (I21.-) (CO) 
8. Parada Cardíaca (I46.-) (CO) 
9. Arritmias cardíacas (I49.-) (CO) 
10. Bronquite e Pneumonite devida a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores 
("Bronquite Química Aguda") (HCN) 
11. Edema Pulmonar Agudo devido a produtos 
químicos, gases, fumaças e vapores ("Edema 
Pulmonar Químico") (J68.1) (HCN) 
12. Síndrome de Disfunção Reativa das Vias 
Aéreas (SDVA/RADS) (J68.3) (HCN) 
13. Bronquiolite Obliterante Crônica, Enfisema 
Crônico Difuso ou Fibrose Pulmonar Crônica 
(J68.4) (HCN; H2S) 
14. Efeitos Tóxicos Agudos (T57.3; T58; T59.6) 
XVIII - Sílica Livre 
1. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão 
(C34.-) 
2. Cor Pulmonale (I27.9) 
3. Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas 
Crônicas (Inclui "Asma Obstrutiva", 
"Bronquite Crônica", "Bronquite Obstrutiva 
Crônica") (J44.-) 
4. Silicose (J62.8) 
5. Pneumoconiose associada com Tuberculose 
("Sílico-Tuberculose") (J63.8) 
6. Síndrome de Caplan (J99.1; M05.3) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 24 
XIX - Sulfeto de Carbono ou 
Dissulfeto de Carbono 
1. Demência em outras doenças específicas 
classificadas em outros locais (F02.8) 
2. Outros transtornos mentais decorrentes de 
lesão e disfunção cerebrais e de doença física 
(F06.-) 
3. Transtornos de personalidade e de 
comportamento decorrentes de doença, lesão 
e de disfunção de personalidade (F07.-) 
4. Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático 
não especificado (F09.-) 
5. Episódios Depressivos (F32.-) 
6. Neurastenia (Inclui "Síndrome de Fadiga") 
(F48.0) 
7. Polineuropatia devida a outros agentes 
tóxicos (G52.2) 
8. Encefalopatia Tóxica Crônica (G92.2) 
9. Neurite Óptica (H46) 
10. Angina Pectoris (I20.-) 
11. Infarto Agudo do Miocárdio (I21.-) 
12. Ateroesclerose (I70.-) e Doença 
Ateroesclerótica do Coração (I25.1) 
13. Efeitos Tóxicos Agudos (T52.8) 
XX - Alcatrão, Breu, Betume, 
Hulha Mineral, Parafina e 
produtos ou resíduos dessas 
substâncias, causadores de 
epiteliomas primitivos da pele 
1. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão 
(C34.-) 
2. Outras neoplasias malignas da pele (C44.-) 
3. Neoplasia maligna da bexiga (C67.-) 
4. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) 
5. Outras formas de hiperpigmentação pela 
melanina: "Melanodermia" (L81.4) 
XXI - Ruído e afecção auditiva 
1. Perda da Audição Provocada pelo Ruído 
(H83.3) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 25 
2. Outras percepções auditivas anormais: 
Alteração Temporária do Limiar Auditivo, 
Comprometimento da Discriminação Auditiva 
e Hiperacusia (H93.2) 
3. Hipertensão Arterial (I10.-) 
4. Ruptura Traumática do Tímpano (pelo ruído) 
(S09.2) 
XXII - Vibrações (afecções dos 
músculos, tendões, ossos, 
articulações, vasos sangüíneos 
periféricos ou dos nervos 
periféricos) 
1. Síndrome de Raynaud (I73.0) 
2. Acrocianose e Acroparestesia (I73.8) 
3. Outros transtornos articulares não 
classificados em outra parte: Dor Articular 
(M25.5) 
4. Síndrome Cervicobraquial (M53.1) 
5. Fibromatose da Fascia Palmar: "Contratura 
ou Moléstia de Dupuytren" (M72.0) 
6. Lesões do Ombro (M75.-): Capsulite Adesiva 
do Ombro (Ombro Congelado, Periartrite do 
Ombro) (M75.0); Síndrome do Manguito 
Rotatório ou Síndrome do Supraespinhoso 
(M75.1); Tendinite Bicipital (M75.2); 
Tendinite Calcificante do Ombro (M75.3); 
Bursite do Ombro (M75.5); Outras Lesões do 
Ombro (M75.8); Lesões do Ombro, não 
especificadas (M75.9) 
7. Outras entesopatias (M77.-): Epicondilite 
Medial (M77.0); Epicondilite lateral ("Cotovelo 
de Tenista"); Mialgia (M79.1) 
8. Outros transtornos especificados dos tecidos 
moles (M79.8) 
9. Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose Devida 
a Drogas (M87.1); Outras Osteonecroses 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 26 
Secundárias (M87.3) 
10. Doença de Kienböck do Adulto (Osteo-
condrose do Adulto do Semilunar do Carpo) 
(M93.1) e outras Osteocondro-patias 
especificadas (M93.8) 
XXIII - Ar Comprimido 
1. Otite Média não supurativa (H65.9) 
2. Perfuração da Membrama do Tímpano (H72 
ou S09.2) 
3. Labirintite (H83.0) 
4. Otalgia e Secreção Auditiva (H92.-) 
5. Outros transtornos especificados do ouvido 
(H93.8) 
6. Osteonecrose no "Mal dos Caixões" (M90.3) 
7. Otite Barotraumática (T70.0) 
8. Sinusite Barotraumática (T70.1) 
9. "Mal dos Caixões" (Doença da 
Descompressão) (T70.4) 
10. Síndrome devida ao deslocamento de ar de 
uma explosão (T70.8) 
XXIV - Radiações Ionizantes 
1. Neoplasia maligna da cavidade nasal e dos 
seios paranasais (C30-C31.-) 
2. Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão 
(C34.-) 
3. Neoplasia maligna dos ossos e cartilagens 
articulares dos membros (Inclui "Sarcoma 
Ósseo") 
4. Outras neoplasias malignas da pele (C44.-) 
5. Leucemias (C91-C95.-) 
6. Síndromes Mielodisplásicas (D46.-) 
7. Anemia Aplástica devida a outros agentes 
externos (D61.2) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 27 
8. Hipoplasia Medular (D61.9) 
9. Púrpura e outras manifestações hemorrágicas 
(D69.-) 
10. Agranulocitose (Neutropenia tóxica) (D70) 
11. Outros transtornos especificados dos glóbulos 
brancos: Leucocitose, Reação Leucemóide 
(D72.8) 
12. Polineuropatia induzida pela radiação (G62.8) 
13. Blefarite (H01.0) 
14. Conjuntivite (H10) 
15. Queratite e Queratoconjuntivite (H16) 
16. Catarata (H28) 
17. Pneumonite por radiação (J70.0 e J70.1) 
18. Gastroenterite e Colites tóxicas (K52.-) 
19. Radiodermatite (L58.-): Radiodermatite 
Aguda (L58.0); Radiodermatite Crônica 
(L58.1); Radiodermatite, não especificada 
(L58.9); Afecções da pele e do tecido 
conjuntivo relacionadas com a radiação, não 
especificadas (L59.9) 
20. Osteonecrose (M87.-): Osteonecrose Devida 
a Drogas (M87.1); Outras Osteonecroses 
Secundárias (M87.3) 
21. Infertilidade Masculina (N46) 
22. Efeitos Agudos (não especificados) da 
Radiação (T66) 
XXV - Microorganismos e 
parasitas infecciosos vivos e 
seus produtos tóxicos 
(Exposição ocupacional ao 
agente e/ou transmissor da 
1. Tuberculose (A15-A19.-) 
2. Carbúnculo (A22.-) 
3. Brucelose (A23.-) 
4. Leptospirose (A27.-) 
5. Tétano (A35.-) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 28 
doença, em profissões e/ou 
condições de trabalho 
especificadas) 
6. Psitacose, Ornitose, Doença dos Tratadores 
de Aves (A70.-) 
7. Dengue (A90.-) 
8. Febre Amarela (A95.-) 
9. Hepatites Virais (B15-B19.-) 
10. Doença pelo Vírus da Imunodeficiência 
Humana (HIV) (B20-B24.-) 
11. Dermatofitose (B35.-) e Outras Micoses 
Superficiais (B36.-) 
12. Paracoccidiomicose (Blastomicose Sul 
Americana, Blastomicose Brasileira, Doença 
de Lutz) (B41.-) 
13. Malária (B50-B54.-) 
14. Leishmaniose Cutânea (B55.1) ou 
Leishmaniose Cutâneo-Mucosa (B55.2) 
15. Pneumonite por Hipersensibilidade a Poeira 
Orgânica (J67.-): Pulmão do Granjeiro (ou 
Pulmão do Fazendeiro) (J67.0); Bagaçose 
(J67.1); Pulmão dos Criadores de Pássaros 
(J67.2); Suberose (J67.3); Pulmão dos 
Trabalhadores de Malte (J67.4); Pulmão dos 
que Trabalham com Cogumelos (J67.5); 
Doença Pulmonar Devida a Sistemas de Ar 
Condicionado e de Umidificação do Ar 
(J67.7); Pneumonites de Hipersensibilidade 
Devidas a Outras Poeiras Orgânicas (J67.8); 
Pneumonite de Hipersensibilidade Devida a 
Poeira Orgânicanão especificada (Alveolite 
Alérgica Extrínseca SOE; Pneumonite de 
Hipersensibilidade SOE (J67.0) 
16. "Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas 
complicações infecciosas" (L08.9) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 29 
XXVI - Algodão, Linho, 
Cânhamo, Sisal 
1. Outras Rinites Alérgicas (J30.3) 
2. Outras Doenças Pulmonares Obstrutivas 
Crônicas (Inclui "Asma Obstrutiva", 
"Bronquite Crônica", "Bronquite Obstrutiva 
Crônica") (J44.-) 
3. Asma (J45.-) 
4. Bissinose (J66.0) 
XXVII - Agentes físicos, 
químicos ou biológicos, que 
afetam a pele, não considerados 
em outras rubricas 
1. "Dermatoses Pápulo-Pustulosas e suas 
complicações infecciosas" (L08.9) 
2. Dermatite Alérgica de Contato (L23.-) 
3. Dermatite de Contato por Irritantes (L24.-) 
4. Urticária Alérgica (L50.0) 
5. "Urticária Física" (devida ao calor e ao frio) 
(L50.2) 
6. Urticária de Contato (L50.6) 
7. Queimadura Solar (L55) 
8. Outras Alterações Agudas da Pele devidas a 
Radiação Ultravioleta (L56.-): Dermatite por 
Fotocontato (Dermatite de Berloque) (L56.2); 
Urticária Solar (L56.3); Outras Alterações 
Agudas Especificadas da Pele devidas a 
Radiação Ultravioleta (L56.8); Outras 
Alterações Agudas da Pele devidas a 
Radiação Ultravioleta, sem outra 
especificação (L56.9) 
9. Alterações da Pele devidas a Exposição 
Crônica a Radiação Não Ionizante (L57.-): 
Ceratose Actínica (L57.0); Outras Alterações: 
Dermatite Solar, "Pele de Fazendeiro", "Pele 
de Marinheiro" (L57.8) 
10. "Cloracne" (L70.8) 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 30 
11. "Elaioconiose" ou "Dermatite Folicular" 
(L72.8) 
12. Outras formas de hiperpigmentação pela 
melanina: "Melanodermia" (L81.4) 
13. Leucodermia, não classificada em outra parte 
(Inclui "Vitiligo Ocupacional") (L81.5) 
14. Úlcera Crônica da Pele, não classificada em 
outra parte (L98.4) 
15. Geladura (Frostbite) Superficial: Eritema 
Pérnio (T33) (Frio) 
16. Geladura (Frostbite) com Necrose de Tecidos 
(T34) (Frio) 
 
Fonte: Ministério da Fazenda. Decreto no. 3.048/99. 
 
 
 
A LISTA B, que trata das doencas vinculadas aos agentes1 e riscos ocupacionais 
apresenta exemplos de exposicao laboral. Vejamos como exemplo o GRUPO I 
da CID-10: 
 
Lista B (Redação dada pelo Decreto nº 6.957, de 9 de setembro de 
2009) 
Doenças infecciosas e parasitárias relacionadas com o trabalho (Grupo I da 
CID-10) 
 
DOENÇAS 
AGENTES ETIOLÓGICOS OU FATORES DE 
RISCO DE NATUREZA OCUPACIONAL 
I - Tuberculose (A15-A19.-) Exposição ocupacional ao Mycobacterium 
 
1
 As doenças e respectivos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional 
listados são exemplificativos e complementares. 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 31 
tuberculosis (Bacilo de Koch) ou 
Mycobacterium bovis, em atividades em 
laboratórios de biologia, e atividades 
realizadas por pessoal de saúde, que 
propiciam contato direto com produtos 
contaminados ou com doentes cujos 
exames bacteriológicos são positivos 
(Z57.8) (Quadro XXV) 
Hipersuscetibilidade do trabalhador 
exposto a poeiras de sílica (Sílico-
tuberculose) (J65.-) 
II - Carbúnculo (A22.-) 
Zoonose causada pela exposição 
ocupacional ao Bacillus anthracis, em 
atividades suscetíveis de colocar os 
trabalhadores em contato direto com 
animais infectados ou com cadáveres 
desses animais; trabalhos artesanais ou 
industriais com pêlos, pele, couro ou lã. 
(Z57.8) (Quadro XXV) 
III - Brucelose (A23.-) 
Zoonose causada pela exposição 
ocupacional a Brucella melitensis, B. 
abortus, B. suis, B. canis, etc., em 
atividades em abatedouros, frigoríficos, 
manipulação de produtos de carne; 
ordenha e fabricação de laticínios e 
atividades assemelhadas. (Z57.8) (Quadro 
XXV) 
IV - Leptospirose (A27.-) 
Exposição ocupacional a Leptospira 
icterohaemorrhagiae (e outras espécies), 
em trabalhos expondo ao contato direto 
com águas sujas, ou efetuado em locais 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 32 
suscetíveis de serem sujos por dejetos de 
animais portadores de germes; trabalhos 
efetuados dentro de minas, túneis, 
galerias, esgotos em locais subterrâneos; 
trabalhos em cursos d’água; trabalhos de 
drenagem; contato com roedores; 
trabalhos com animais domésticos, e com 
gado; preparação de alimentos de origem 
animal, de peixes, de laticínios, etc.. 
(Z57.8) (Quadro XXV) 
V - Tétano (A35.-) 
Exposição ao Clostridium tetani, em 
circunstâncias de acidentes do trabalho na 
agricultura, na construção civil, na 
indústria, ou em acidentes de trajeto 
(Z57.8) (Quadro XXV) 
VI - Psitacose, Ornitose, Doença 
dos Tratadores de Aves (A70.-) 
Zoonoses causadas pela exposição 
ocupacional a Chlamydia psittaci ou 
Chlamydia pneumoniae, em trabalhos em 
criadouros de aves ou pássaros, atividades 
de Veterinária, em zoológicos, e em 
laboratórios biológicos, 
etc.(Z57.8) (Quadro XXV) 
VII - Dengue [Dengue Clássico] 
(A90.-) 
Exposição ocupacional ao mosquito (Aedes 
aegypti), transmissor do arbovírus da 
Dengue, principalmente em atividades em 
zonas endêmicas, em trabalhos de saúde 
pública, e em trabalhos de laboratórios de 
pesquisa, entre outros. 
(Z57.8) (Quadro XXV) 
VIII - Febre Amarela (A95.-) 
Exposição ocupacional ao mosquito (Aedes 
aegypti), transmissor do arbovírus da 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 33 
Febre Amarela, principalmente em 
atividades em zonas endêmicas, em 
trabalhos de saúde pública, e em trabalhos 
de laboratórios de pesquisa, entre outros. 
(Z57.8) (Quadro XXV) 
IX - Hepatites Virais (B15-B19.-) 
Exposição ocupacional ao Vírus da Hepatite 
A (HAV); Vírus da Hepatite B (HBV); Vírus 
da Hepatite C (HCV); Vírus da Hepatite D 
(HDV); Vírus da Hepatite E (HEV), em 
trabalhos envolvendo manipulação, 
acondicionamento ou emprego de sangue 
humano ou de seus derivados; trabalho 
com "águas usadas" e esgotos; trabalhos 
em contato com materiais provenientes de 
doentes ou objetos contaminados por eles. 
(Z57.8) (Quadro XXV) 
X - Doença pelo Vírus da 
Imunodeficiência Humana 
(HIV) (B20-B24.-) 
Exposição ocupacional ao Vírus da Imuno-
deficiência Humana (HIV), principalmente 
em trabalhadores da saúde, em 
decorrência de acidentes pérfuro-cortantes 
com agulhas ou material cirúrgico 
contaminado, e na manipulação, 
acondicionamento ou emprego de sangue 
ou de seus derivados, e contato com 
materiais provenientes de pacientes 
infectados. (Z57.8) (Quadro XXV) 
XI - Dermatofitose (B35.-) e 
Outras Micoses Superficiais (B36.-) 
Exposição ocupacional a fungos do gênero 
Epidermophyton, Microsporum e 
Trichophyton, em trabalhos em condições 
de temperatura elevada e umidade 
(cozinhas, ginásios, piscinas) e outras 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 34 
situações específicas de exposição 
ocupacional. (Z57.8) (Quadro XXV) 
XII - Candidíase (B37.-) 
Exposição ocupacional a Candida albicans, 
Candida glabrata, etc., em trabalhos que 
requerem longas imersões das mãos em 
água e irritação mecânica das mãos, tais 
como trabalhadores de limpeza, lavadeiras, 
cozinheiras, entre outros. (Z57.8) (Quadro 
XXV) 
XIII - Paracoccidioidomicose 
(Blastomicose Sul Americana, 
Blastomicose Brasileira, Doença de 
Lutz) (B41.-) 
Exposição ocupacional ao Paracoccidioides 
brasiliensis, principalmente em trabalhos 
agrícolas ou florestais e em zonas 
endêmicas. (Z57.8) (Quadro XXV) 
XIV - Malária (B50 - B54.-) 
Exposição ocupacional ao Plasmodium 
malariae; Plasmodium vivax; Plasmodium 
falciparum ou outros protozoários, 
principalmente em atividades demineração, construção de barragens ou 
rodovias, em extração de petróleo e outras 
atividades que obrigam a entrada dos 
trabalhadores em zonas endêmicas 
(Z57.8) (Quadro XXV) 
XV - Leishmaniose Cutânea 
(B55.1) ou Leishmaniose Cutâneo-
Mucosa (B55.2) 
Exposição ocupacional à Leishmania 
braziliensis, principalmente em trabalhos 
agrícolas ou florestais e em zonas 
endêmicas, e outras situações específicas 
de exposição ocupacional. (Z57.8) (Quadro 
XXV) 
 
Fonte: Ministério da Fazenda. Decreto no. 3.048/99, alterado pelo Decreto no. 6.96 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 35 
Como consultar e interpretar a Classificação Legal Brasileira das 
doenças relacionadas ao trabalho? 
Se tomarmos como exemplo a Tuberculose (doença infectocontagiosa), 
veremos como identificar tanto o agente causador quanto a 
entidade nosológica: 
 
Agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional 
XXV - Microorganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxicos 
(Exposição ocupacional ao agente e/ou transmissor da doença, em profissões 
e/ou condições de trabalho especificadas). 
 
Doenças causalmente relacionadas com os respectivos agentes ou 
fatores de risco (denominadas e codificadas segundo a CID-10) 
1.Tuberculose (A15-A19.-) 
2.Carbúnculo (A22.-) 
3.Brucelose (A23.-) 
4.Leptospirose (A27.-) 
5.Tétano (A35.-) 
6.Psitacose, Ornitose, Doença dos Tratadores de Aves 7.(A70.-) 
8.Dengue (A90.-). 
 
Na Lista A podemos identificar no Quadro XXV os agentes etiológicos dentre 
os quais está o relacionado causalmente à Tuberculose (A15-A19), ou seja, 
“Microrganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxicos 
(Exposição ocupacional ao agente e/ou transmissor da doença, em profissões 
e/ou condições de trabalho especificadas)”. 
 
Doenças 
I - Tuberculose (A15-A19.-). 
 
Agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza ocupacional 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 36 
Exposição ocupacional ao Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch) ou 
Mycobacterium bovis, em atividades em laboratórios de biologia, e atividades 
realizadas por pessoal de saúde, que propiciam contato direto com produtos 
contaminados ou com doentes cujos exames bacteriológicos são positivos 
(Z57.8) (Quadro XXV) Hipersuscetibilidade do trabalhador exposto a poeiras de 
sílica (Sílico-tuberculose) (J65.-). 
 
Na Lista B, a Tuberculose (A15-A19), doença pertencente ao Grupo I da 
CID-10, observemos que há citação dos agentes etiológicos responsáveis pela 
patologia, risco ocupacional e faz citação da posição relacionada na Lista A 
(Quadro XXV). 
 
 
Atenção 
 Mas e o que todas essas classificações significam? Será que são 
essenciais em si mesmas? Como entendermos a coexistência de 
sistemas de classificação e/ou de sistemas adaptados? 
Bem, existem muitas classificações adotadas, que se 
caracterizam por serem fixas a uma lista predefinida e por isso 
são denominadas “fechadas” (exemplo do que ocorre na 
França); outros sistemas, como caso do Brasil, que são mistos, 
por aceitarem revisões sistemáticas e novas inclusões de 
doenças e, ainda, aqueles de países como os Estados Unidos que 
adotaram uma definição mais ampliada e genérica (“aberto”) 
que admite uma relação entre doença e trabalho baseada em 
critérios menos restritos. 
 
Impactos das doenças ocupacionais 
Reflexões finais sobre os sistemas de classificação das doenças apresentados. 
Veja quais são elas: 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 37 
1ª reflexão 
Apesar de já termos comentado anteriormente sobre a extrema importância da 
categorização da natureza dos agravos e doenças, acidentes de trabalho, seus 
agentes nocivos e condições de risco associadas, é interessante refletirmos que 
a adoção de sistemas de classificação se justifica, sobretudo, por facilitar e 
estruturar as ações de controle e prevenção para tentarmos minimizar os riscos 
ocupacionais e a incidência de eventos nocivos e perdas humanas atreladas à 
atividade laboral. 
 
2ª reflexão 
Na medida em que os processos produtivos, laborais, estão em constante 
mudança, sendo a expressão das novas atividades profissionais, ambientes e 
condições de trabalho, as próprias listas precisam acompanhar esse processo 
permanente se adaptando às novas realidades (novos riscos, agentes nocivos e 
doenças ou agravos). 
 
Para começarmos a tratar dos impactos das doenças ocupacionais de forma 
global, vamos refletir sobre a relevância pública das doenças que afetam os 
trabalhadores em todo o mundo. 
 
Segundo dados da OIT (2013), são aproximadamente 2,34 milhões de pessoas 
que morrem anualmente no mundo, seja por acidente ou por doenças 
relacionadas à atividade laboral e, ainda, outras 160 milhões de outros casos 
levam a danos ou agravos à saúde (não mortais). Essa verdadeira epidemia que 
se revela em grande perda humana também representa um grande valor de 
investimento econômico em assistência à saúde, proteção e indenizações 
previdenciárias, que denotam em uma perda de 4% do PIB mundial, cerca de 
2.8 bilhões de dólares. 
 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 38 
No Brasil, as estatísticas oficiais reunidas através do SINAN – Sistema de 
Informação de Agravos de Notificação (2007 a 2013) do Ministério da Saúde 
mostram que a problemática aqui também é expressiva, com um número 
crescente de agravos e doenças relacionadas ao trabalho, sendo os acidentes 
com exposição a material biológico e os grave e fatais os mais incidentes, 
segundo os gráficos a seguir. 
 
Dados do INSS 
Dados do INSS do ano de 2007 também evidenciam a magnitude do problema 
de saúde e social. Foram registrados como acidentes de trabalho naquele ano, 
aproximadamente 653, 1 mil, sendo 49,3% ocasionados no setor de indústrias, 
45,6% no setor de serviços e o restante em atividades não conhecidas ou 
definidas. 
 
O mesmo instituto governamental informa que em 2007, considerando os 50 
códigos de CID, tiveram maior incidência: 
 
Ferimento do punho e da mão (S61), dorsalgia (M54) e fratura ao nível do 
punho ou da mão (S62) com, respectivamente, 11,5%, 7,8% e 6,4% do total. 
 
Já com relação às chamadas doenças do trabalho os campos da estatística 
oficial foram a sinovite e tenossinovite (M65), lesões no ombro (M75) e 
dorsalgia (M54), com 20,3%, 17% e 7,6% do total, respectivamente. 
 
Notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador 
A notificação compulsória de agravos à saúde do trabalhador no nosso país foi 
determinada, ainda que tarde, pela Portaria nº 777/ GM de 28 de abril de 2004. 
A partir de 2014, as Portarias nº 1.271, de 06 de junho e nº 1.984, de 12 de 
setembro do mesmo ano incluíram os agravos, acidentes e doenças 
relacionadas ao trabalho na lista de notificação compulsória nacional em 
unidades de saúde denominadas integrantes da rede sentinela (basicamente os 
Centros de Referencia de Saúde do Trabalhador, no caso do Estado de São 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 39 
Paulo, segundo CVS - Centro de Vigilância a Saúde do Estado de São Paulo), o 
que certamente contribuiu para o incremento quantitativo e qualitativo das 
estatísticas. Por ano no Brasil, segundo as informações de notificação, ocorrem 
quase 160.000 casos de agravos e doenças relacionadas ao trabalho. 
 
Nesse momento, em que mostramos o impacto das doenças ocupacionais, é 
relevante fazermos um apartado para tratar o tema da determinacao do nexo 
de causalidade em caso de acidente, agravo e doenças relacionadas ao 
trabalho, por esta ser uma etapa vital do enfrentamento da problemática do 
impacto desses eventos na vida do trabalhador. 
 
Definição do nexo causalPois bem, como e quando ocorre a definição do nexo causal frente a um 
evento como o acidente, agravo ou doença relacionada ao trabalho? O que a 
legislação determina? Quem tem essa responsabilidade? 
 
INSS 
Lei Federal nº 8.213/91 – no caso de acidente de trabaho era atestada pelo 
médico perito do INSS após a emissão pela CAT (Comunicado de Acidente de 
Trabalho) pela empresa ou pela comprovação do nexo causal por parte do 
trabalhador. As doenças também eram atestadas pelo INSS, para finalidade de 
concessão de benefícios previdenciários. 
 
NTP 
Decreto nº 3.048/99 (Previdência Social) – antes da alteração (Decreto 
nº 6.042/07) o médico do INSS atestava o nexo causal pela avaliação individual 
do caso em si (CID x ocupação do trabalhador), chamado de Nexo Técnico 
Previdenciário (NTP). 
 
 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 40 
CNAE 
Lei nº 11.430/06 – alterou o NTP e o médico do INSS realizava a avaliação 
do nexo causal considerando a atividde da empresa (CNAE), relacionando-a ao 
CID e aos agentes etiológicos correlacionados. Essa abordagem mais ampliada, 
de cunho coletivo, passou a configurar uma análise mais epidemiológica e não 
unicamente individualizada. Estava consolidado então o Nexo Técnico-
Epidemiológico- NTEP (INSS, 2007). 
 
NTEP 
A constatação do NTEP, no entanto, não confere de forma irrestrita e 
automática o direito ao beneficio ou declaração de incapacidade laboral. Ainda 
assim, o médico períto do INSS (profisisonal capacitado e autorizado à elaborar 
o diagnóstico e atestar nexo causal), tem como responsabilidade avaliar se 
cabe o reconhecimento da condição de incapacidade para o trabalho e, 
consequente direito a benefício previdenciário (NETO, 2007). 
 
 
Atenção 
 Por todo esse cenário, é compreensivel que os impactos das 
doenças ou agravos provocados pelo trabalho sejam inúmeros, 
complexos, objetivos, mas ao mesmo tempo manejem certa 
subjetividade, uma vez que impactam na vida como um todo do 
indivíduo trabalhador (que sofre cada qual de uma maneira 
particular) e podem ser avaliadas no campo do individual (vida 
do prórprio trabalhador afetado) quanto do coletivo (empresa, 
previdencia social, unidade familiar, entre outros). 
 
Repercussões que doenças e agravos podem causar na vida do 
indivíduo 
Segundo Mendes (2003), são muitas as repercussões que doenças e agravos 
podem determinar na vida do indivíduo, sendo elas relacionadas ou não ao 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 41 
trabalho. Mas aqui tentaremos correlacioná-las ao contexto das doenças 
ocupacionais, então observe as definições da Organização Mundial de Saúde: 
 
Repercussões que doenças e agravos podem causar na vida do indivíduo 
 
Disfunção ou Deficiência: “anormalidade ou perda da estrutura ou função 
psicológica, fisiológica ou anatômica”; 
 
Incapacidade: “qualquer redução ou falta da capacidade de realizar uma 
atividade de maneira que seja considerada normal para o ser humano, ou que 
esteja dentro do espectro considerado normal”. Esta seria uma repercussão 
resultante de uma disfunção ou incapacidade ocorrida anteriormente. 
 
Impactos na vida do trabalhador 
E os impactos na vida do trabalhador são muitos... 
 
Perda da mão de obra, perda econômica, morte, incapacidade parcial, 
incapacidade total, mudança de posto de trabalho, sofrimento, desemprego, 
transtornos psicológicos, queda de rendimento familiar, perda de status social, 
aposentadoria antecipada. Todos esses exemplos podem ser situações de 
múltiplos impactos na vida dos trabalhadores. 
 
Não podemos nos esquecer de que tratar da saúde das pessoas requer uma 
visão biopsicossocial do processo saúde-doença e entendimento do ser humano 
inserido em suas múltiplas dimensões da vida em toda a sua complexidade! 
 
 
 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 42 
Atividade Proposta 
Assista ao vídeo Entre o pó e o fôlego da vida, produzido pela Fundacentro, 
que trata de agentes ambientais na moagem de pedras de mármore no 
Município de Cachoeiro de Itapemirim e Região e seus impactos na saúde dos 
trabalhadores, onde foi possível qualificar os ambientes de trabalho por meio de 
um checklist aplicado a 36 empresas do setor. A partir do resultado da pesquisa 
apresentado no vídeo, você deverá ser capaz de problematizar as questões a 
seguir e correlacionar os conteúdos apreendidos na nossa segunda aula. Qual o 
valor da segurança e saúde do trabalho dessas pessoas que produzem essa 
riqueza para o país? Quais os riscos da atividade? Como é possível evitar os 
riscos à saúde das pessoas envolvidas nessa atividade? 
 
Chave de resposta: O vídeo explica os riscos ocupacionais existentes na 
ocupação referida, citando os principais problemas de saúde relacionados a 
esses agentes nocivos e apresenta o resultado das avaliações médicas 
realizadas em 246 trabalhadores de diferentes empresas, mostrando os 
principais achados clínicos e laboratoriais, indicando a incidência de patologias 
diagnosticadas em trabalhadores que atuam em diferentes etapas do processo 
da moagem das pedras. Também analisa as condições de trabalho, relaciona 
aos riscos laborais e salienta as possíveis causas de acidentes e outros agravos 
à saúde. Indica quais seriam as formas de proteção ao trabalhador que atua 
nessa atividade produtiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 43 
Aprenda Mais 
 
Material complementar 
 
 
Para saber mais sobre a classificação e impacto das doenças ocupacionais, leia os materiais: 
A prevenção das doenças profissionais, disponível em nossa biblioteca virtual. 
 
Para saber mais sobre Doenças relacionadas ao trabalho, leia o Manual de Doenças 
Relacionadas ao Trabalho, disponível em nossa biblioteca virtual. 
 
• Previdência Social: Lei Federal nº 8.213/91 e Decreto nº 3.048, de 06.05.1999 e nº 6.042, 
de 12.02.07; 
• No âmbito da Saúde: Portaria nº 1.339, de 18.11.1999, do Ministro da Saúde, que institui a 
“Lista de Doenças Relacionadas ao Trabalho”; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 44 
Referências 
BRASIL. Instituto Nacional do Seguro Social - INSS. Instrução Normativa 
INSS/PRES Nº 16, 27 mar. de 2007 – DOU, 30 mar. 2007. Disponível em: 
http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/38/INSS-
PRES/2007/16_1.htm 
 
BRASIL. Lei 8213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os planos de 
benefícios de previdência social e dá outras providencias. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm - Acesso 
em: 19 jan. 2015. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de 
Ações Programáticas e Estratégicas. Lista de Doenças Relacionadas ao 
Trabalho: Portaria nº 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/doencas_relacionadas_t
rabalho_2ed_p1.pdf 
http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port99/GM/GM-
1339.html. Acesso em: 20 jan. 2015. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Coordenação Geral de Saúde do Trabalhador – 
CGSAT/DSAST/SVS/MS. Informe de Saúde do Trabalhador. Brasília: 
Ministério da Saúde, 2014. 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 1.984, de 12 de setembro de 
2014. Dispõe sobre a lista nacional de doenças e agravos de notificação 
compulsória. Disponível em: 
file:///C:/Users/Cmoura/Documents/Estacio%20de%20S%C3%A1/
Portaria%20GM_MS%20N%C2%BA%201984%2012_09_2014%20-
%20LNC_VS%20(1).pdf . Acesso em: 20 jan. 2015. 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 45 
CHAGAS, Ana Maria de Resende; SALIM, Celso Amorim; SERVO,Luciana 
Mendes Santos (Org.). Saúde e segurança no trabalho no Brasil: aspectos 
institucionais, sistemas de informação e indicadores. 2. ed. São Paulo: IPEA: 
Fundacentro, 2012. 391 p. 
 
D. NETO, J. A. Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg., Belo Horizonte, v. 46, n. 76, p. 
143-153, jul./dez. 2007. 
 
MENDES, René (Org.). <b<name />Patologia do trabalho (atual. e ampl.). Rio 
de Janeiro: Atheneu, 2003. v. 1 e 2. 
 
OIT. A prevenção das doenças profissionais. Edição: Abril 2013 ISBN: 978-
989-8076-84-7. Disponível em: 
http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/gender/doc/saf
eday2013%20final_1012.pdf. Acesso em: 20 jan. 2015 . 
 
PASTORE, J. Gastos do Brasil com acidentes de trabalho superam conta de 100 
bilhões. Correio Brasiliense, Brasília. 07 nov. 2011. Disponível em: 
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2011/
11/07/internas_economia,277289/gastos-do-brasil-com-acidentes-
de-trabalho-superam-conta-de-r-100-bilhoes.shtml . Acesso em: 20 jan. 
2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 46 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Assinale abaixo a alternativa que não apresenta ao menos um critério utilizado 
por algum dos sistemas de classificação (os quais discutimos em aula) para 
categorizar as doenças relacionadas ao trabalho. Marque somente uma 
alternativa. 
a) Natureza da função laboral. 
b) Grau de exposição ao agente nocivo causador da patologia relacionada ao 
trabalho. 
c) Relação com o trabalho e seus efeitos sobre a saúde do trabalhador. 
d) Tempo de exposição ao agente ou fator de risco relacionado com a presença de 
comorbidades. 
e) Grau de participação do trabalho na promoção da doença. 
 
Questão 2 
De que forma a classificação de Schilling contribuiu para o entendimento do 
adoecimento do trabalhadores? 
a) Esta classificação trouxe como critério central a relação da doença o trabalho, 
listando as doenças de acordo com o papel do trabalho em sua gênese e 
definindo assim a diferença entre as doenças causadas por ele e aquelas 
influenciadas por ele. 
b) Contribuiu muito pouco, pois apresentou critério de classificação que já estava 
em uso pelo sistema proposto por Ramazzini. 
c) Sua maior contribuição foi a novidade relacionada àquelas doenças que eram 
anteriormente consideradas como acidentes de trabalho, as intoxicações 
agudas. 
d) Este sistema foi inovador apenas por reclassificar as doenças em três grupos ao 
invés de dois, propostos por Ramazzini. 
e) Não contribuiu para entendimento do adoecimento mas sim do grau de 
exposição como fator de risco para a ocorrência das doenças ocupacionais. 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 47 
Questão 3 
O que mudou no contexto brasileiro das doenças ocupacionais a partir do 
Decreto nº 3.048/99? Marque as alternativas corretas. 
a) Definiu para cada agente as doenças correspondentes, bem como para cada 
doença os agentes causadores. 
b) Adotou pela primeira vez o CID como codificação das doenças citadas, sendo o 
primeiro país a considerar esse sistema de codificação internacional da OMS. 
c) Provocou alteração da Lei Federal que estava em vigor mudando 
completamente os critérios de estabelecimento do nexo causal. 
d) Nada mudou na aplicação prática da lei para fins de diagnóstico, tratamento e 
de benefícios previdenciários. 
e) Provocou a revogação do Decreto nº 2.172/97 e o seu novo anexo II manteve 
a lista original com os agentes patogênicos relacionando-os com a etiologia das 
doenças ocupacionais e de outras apenas relacionadas ao trabalho. 
 
Questão 4 
Quais as principais finalidades dos sistemas de classificação adotados em 
muitos países do mundo? 
a) Finalidade legal, na medida em que listam as doenças que exclusivamente 
estão associadas a processos de trabalho nocivos. 
b) O principal objetivo é codificar as diversas doenças existentes e evidenciar a 
qual agente está relacionada de forma específica. 
c) Regulamentar em todos os países as ações de proteção legal ao trabalhador. 
d) Minimizar os custos dos benefícios concedidos aos trabalhadores segurados e 
que adoecem por doenças que são classificadas como ocupacionais sem ter 
nexo causal estabelecido. 
e) Entender os danos e agravos ocasionados ou afetados pela função laboral para 
melhor identificá-los e orientar a assistência aos trabalhadores atingidos por 
esses processos, auxiliando ações de promoção e prevenção. 
 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 48 
Questão 5 
Marque a alternativa correta sobre a instituição governamental e o seu papel 
principal no âmbito da Saúde do Trabalhador. 
a) Ministério do Trabalho e Emprego – fiscalizar as empresas privadas no 
cumprimento da legislação trabalhista. 
b) Ministério da Saúde (SUS) – assistência à saúde do trabalhador. 
c) Previdência Social (INSS) – perícia médica, reabilitação profissional e 
pagamento de benefícios aos segurados. 
d) Ministério do Meio Ambiente – não desempenha nenhum papel relevante. 
e) Ministério da Educação – formação profissional na área educativa em parceria 
com o MTE. 
 
Questão 6 
Os impactos das doenças ocupacionais na vida do trabalhador podem ser 
considerados multidimensionais. Por quê? 
a) Porque causam prejuízos orgânicos que impossibilitam a normal execução das 
atividades laborativas envolvidas na ocupação do trabalhador. 
b) Porque influenciam na vida integral do indivíduo, seja de forma parcial ou 
permanente, com maior ou menor incapacidade funcional (laboral), atingindo 
suas dimensões social, econômica, familiar, laborativa, biológica, psicológica 
etc. 
c) Porque levam invariavelmente à perda econômica, a qual consequentemente 
causará prejuízos na capacidade do trabalhador em prover sua subsistência, 
obrigando-o a sobreviver com os benefícios concedidos pelo INSS. 
d) Porque a vida do indivíduo fica abalada principalmente no valor social que o 
trabalho possui no senso comum e no entendimento coletivo. 
e) Porque afetam sua relação com o empregador, pode levar ao desemprego, 
mudança de função, aposentadoria antecipada, entre outras consequências. 
 
Questão 7 
A partir da compreensão de que as doenças ocupacionais e, também, demais 
agravos/acidentes ocasionados pelo trabalho tomaram proporções de uma 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 49 
verdadeira epidemia, como no contexto brasileiro, o NTEP influenciou a questão 
do diagnóstico médico pericial e posterior proteção aos direitos do trabalhador? 
a) O NTEP ajudou, assim como o NTP, pois permitiu o aumento da emissão dos 
CATs por parte dos empregadores quando da ocorrência de acidente ou doença 
ocupacional. 
b) A determinação do nexo causal não influenciou nesses aspectos mencionados 
de forma direta. 
c) O INSS determinou a adoção do NTEP para dificultar a concessão dos 
benefícios previdenciários a partir de 2007. 
d) Influenciou parcialmente, pois modificou o sistema de aplicação da lista de 
doenças ocupacionais para determinação do diagnóstico. 
e) Resultou na mudança na constatação do nexo causal, combinando a análise 
individual de cada caso com a visão epidemiológica das doenças e agravos 
relacionados aos agentes nocivos e ocupações, e consequente ampliação das 
condições que podem ser diagnosticadas como associadas ao trabalho. 
 
Questão 8 
O NTEP confirma o relacionamento entre o trabalho e a doença, acidente ou 
agravo diagnosticado. De que forma o INSS o considera para finalidades de 
concessão de benefícios ao trabalhador? 
a) O médico do trabalho da empresa onde ocorreu o evento determina o NTEP, 
comunica ao INSS, onde o médico perito atesta a incapacidade laboral ou não e 
estabelece a concessão dos benefíciosem até 180 dias. 
b) A avaliação médica pericial do INSS do trabalhador resulta na determinação do 
NTEP, análise da ocorrência de disfunção ou incapacidade para o trabalho, a 
gravidade e impacto deste (parcial ou total, permanente ou temporário), 
estabelecendo o benefício a ser concedido a partir do diagnóstico final feito 
exclusivamente pelo médico perito responsável. 
c) A emissão do NTEP ocorre por solicitação do trabalhador após procurar serviço 
de saúde do trabalhador de referência e o INSS avalia o documento juntamente 
com a ocupação do trabalhador para conceder ou não benefícios. 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 50 
d) O auxílio-doença e auxílio-acidente não estão atrelados a estabelecimento da 
NTEP, o INSS somente o utiliza com parâmetro diagnóstico para finalidade de 
determinação de incapacidade permanente e concessão de aposentadoria. 
e) A Previdência Social considera tanto o NTEP quanto o NTP conforme a 
legislação federal prevê, em condições de incapacidade para o trabalho. 
 
Questão 9 
Na sua opinião, após conhecer os sistemas de classificação de doenças 
relacionadas ao trabalho, bem como, observar o impacto destas sobre a vida 
dos trabalhadores, o trabalho poderia ser “saudável” em lugar de “nocivo” ao 
trabalhador? 
a) Não, a história da humanidade, das doenças e da evolução dos processos 
produtivos e ocupações demonstrou que o trabalho, seja qual for, tem potencial 
nocivo intrínseco causando doenças e/ou acidentes por expor o indivíduo a 
agentes ou fatores de risco à saúde. 
b) Não, pois as medidas de proteção são notadamente insuficientes ou 
inacessíveis à maioria dos trabalhadores. 
c) Sim, o trabalho pode ser promotor de saúde quando permite a realização das 
atividades relativas à função laboral sem causar dano ou prejuízo à saúde física, 
psíquica, biológica do trabalhador, através de adoção de medidas preventivas, 
protetoras e educativas permanentes. 
d) Sim, trabalhos com menor exposição a riscos ou que permitam jornadas 
menores podem não ocasionar agravos e/ou doenças. 
e) Dificilmente um ambiente de trabalho ou as condições de execução das 
atividades laborais podem ser totalmente saudáveis, assim como nenhum deles 
é plenamente nocivo. 
 
Questão 10 
Considerando os impactos na vida dos trabalhadores afetados por algum 
adoecimento causado pelo trabalho, qual o(s) principal(is) desafio(s) do 
profissional da área da saúde do trabalhador de uma empresa diante de um 
caso de doença ou acidente ocupacional atestado? 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 51 
a) A determinação da gravidade da doença diagnosticada. 
b) A concessão de benefícios que auxiliem de fato o trabalhador incapacitado de 
exercer suas funções habituais em caso de doenças graves. 
c) Auxiliar o trabalhador a reinserção funcional, se for o caso, oferecer condições 
de reabilitação funcional, desenvolver ações de promoção, prevenção e 
segurança no ambiente de trabalho nocivo, reduzindo riscos e exposição a eles. 
d) Nenhum, pois após o NTEP o problema do trabalhador doente passa a ser 
responsabilidade do INSS. 
e) Analisar o impacto não somente na vida do trabalhador, mas também na 
empresa que será afetada pela perda da força de trabalho. 
 
 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 52 
Incapacidade: No âmbito do INSS existe a definição da incapacidade para o 
trabalho que conceitua incapacidade como sendo a “impossibilidade de 
desempenho das funções específicas de uma atividade (ou ocupação)”, a qual 
MENDES (2003) ressalta não abranger todas as modalidades técnicas de 
incapacidade (total, parcial, uniprofisisonal, multiprofissional etc.). Reconhece 
e prevê no contexto médico-pericial a incapacidade laboral temporária ou 
permanente e qual o tipo adequado de benefício que deverá ser concedido 
(auxílio-doenca, aposentadoria, auxílio-acidente, entre outros). Essa 
interpretação limitada ou restrita mostra que a finalidade está totalmente 
vinculada à comprovacao de incapacidade para o exercício da função laboral 
mediante a determinação do nexo causal para efeito de seguro social. 
 
INSS: Quando olhamos os valores gastos pelo INSS na concessão de 
benefícios aos segurados em razão desses acidentes de trabalho notificados 
(envolvendo trabalhadores de empresas), dos quais 46% resultam em 
afastamento laboral acima de 15 dias, incapacidade permanente ou morte 
(eventos graves), vemos que representam aos cofres previdenciários 
aproximadamente R$ 70 bilhões de reais, como afirmou a Fundação Instituto 
de Pesquisas Econômicas da USP (2011). Segundo a Previdência Social: a) 
Incapacidade Temporária – “compreende os segurados que ficaram 
temporariamente incapacitados para o exercício de sua atividade laborativa. 
Durante os primeiros 15 dias consecutivos ao do afastamento da atividade, 
caberá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. Após 
este período, o segurado deverá ser encaminhado à perícia médica da 
Previdência Social para requerimento do auxílio-doença acidentário – espécie 
91. No caso de trabalhador avulso e segurado especial, o auxílio-doença 
acidentário é pago a partir da data do acidente”. b) Incapacidade 
Permanente – “refere-se aos segurados que ficaram permanentemente 
incapacitados para o exercício laboral. A incapacidade permanente pode ser de 
dois tipos: parcial e total. Entende-se por incapacidade permanente parcial o 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 53 
fato do acidentado em exercício laboral, após o devido tratamento psicofísico-
social, apresentar sequela definitiva que implique em redução da capacidade. 
Esta informação é captada a partir da concessão do benefício auxílio-acidente 
por acidente do trabalho, espécie 94. O outro tipo ocorre quando o acidentado 
em exercício laboral apresentar incapacidade permanente e total para o 
exercício de qualquer atividade laborativa. Esta informação é captada a partir 
da concessão do benefício aposentadoria por invalidez por acidente do 
trabalho, espécie 92”. 
 
Múltiplos impactos na vida dos trabalhadores: Entendendo o conceito 
mais ampliado de saúde e considerando o impacto do trabalho na vida da 
pessoa podemos problematizar a questão da determinação da “incapacidade” 
de forma mais abrangente e não unicamente focada ao trabalho, pois sabemos 
que na dimensão psíquica existem impactos das doenças relacionadas ao 
trabalho e dos acidentes de trabalho que podem ser muito danosos para o ser 
humano em outros aspectos de sua vida, como por exemplo: familliar, social, 
privada, tendo também desdobramentos distintos em cada indivíduo, 
dependendo de múltiplos fatores intrínsecos à pessoa (culturais, econômicos, 
sociais, vivências, idade, sexo, grau de instrução dentre outros). 
 
OIT: Os sistemas de classificação mais recentes se baseavam nas listas 
elaboradas pela OIT, conforme mencionamos na nossa primeira aula 
(Convenção nº 18/1925; Convenção nº 42/1934 e Convenção nº 121/1964; 
revisões posteriores). 
 
SINAN: Sistema de Informação de Agravos de Notificação: Importante 
comentar que como em muitos sistemas de informação baseados em 
notificação de eventos, ou seja, dados informados que “entram” nas 
estatísticas oficiais, pode ocorrer com frequência a subnotificacao de casos 
(significa que o número de cassos notificados é menor do que a quantidade de 
casos existentes), seja por erro, omissao ou até mesmo equívocos de 
diagnóstico. Portanto, aqui vale ressaltarmos o importante papel da formação 
 
 DOENÇAS OCUPACIONAIS 54 
e atuação especiallizada dos profissionais de saúde e da previdência social que 
atuam no âmbito da assistência, perícia e concessao de benefícios para que os 
dados de incidência e morbimortalidade relacionados ao trabalho sejam

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