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Resumo Liberalismo EPI - primeira prova

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Estudo Economia Política Internacional
A Economia Política Internacional é uma área de Relações Internacionais que 
surgiu na dedada de 70 com o crescimento da interdependência, com o aumento da 
importância do comercio intra-industrial em detrimento do comercio inter-industrial.
Nessa década, o Japão e a Europa se recuperaram, os EUA entraram em crise 
econômica, aconteceu o 1o choque do petróleo e a estagflação. Os países 
subdesenvolvidos passaram a demandar uma Nova Ordem Econômica Internacional. 
Alem disso, o mercado - interesses privados - haviam se tornado o importante ator 
internacional.
A EPI é definida pelo seu problema de analise, e seu campo deve ser eclético em 
relação a metodologias e teorias. Ela é o estudo de todos os problemas de relações 
internacionais para os quais os fatores econômicos são uma causa e uma conseqüência 
importante. É, ainda, o estudo de questões internacionais que não podem ser analisadas 
pela economia, pela política ou pela sociologia separadamente. 
Economia - o problema deve envolver a alocação de recursos entre diferentes usos 
e sua distribuição entre os indivíduos pelo mecanismo de mercado. Política - envolve o 
uso do poder do Estado para decidir sobre a distribuição da riqueza em uma sociedade. 
Internacional - os problemas devem envolver mais de um Estado. A interação entre esses 
elementos ocorre em um mundo onde as regras e as instituições foram criadas.
A EPI possui três matrizes teóricas: liberal, marxista/estruturalista, realista/
mercantilista/estatista. Essas matrizes darão maior ou menos ênfase ao papel do 
mercado ou do estado.
O objetivo de qualquer país é criar riquezas e obter poder para garantir a 
segurança nacional e a independência. A segurança nacional é o cerne das preocupações 
nacionais. O mercantilismo é visto pela EPI como políticas estatais para manter a 
segurança e a independência econômica de uma nação.
A segurança era fundamental para a prosperidade, justiça e paz, mas ela possuía 
um custo, portanto, a riqueza seria um pressuposto da segurança. Isso justifica as 
políticas de geração de riqueza via comercio internacional.
O protecionismo e o colonialismo são parte do mercantilismo clássico, o comercio 
internacional era visto como um jogo de soma zero. O comercio internacional so geraria 
riqueza para os ganhadores - países superavitários. O colonialismo fazia parte dessa 
política comercial. Os monopólios comerciais eram interesse do estado e da burguesia 
comercial - com ganhos altos, essa não se furtava a financiar um estado grande, era 
fundamental para a segurança, e essa fundamental para os negócios. Dessa forma, o 
protecionismo e o colonialismo eram meios para garantir a segurança nacional.
NACIONALISMO ECONÔMICO
O nacionalismo pode ser entendido como uma extensão do mercantilismo, seu 
foco é ganhar poder pelo fortalecimento da economia nacional, e não pelo comércio 
internacional. Acredita-se que para ter independência política, era necessário ter 
independência econômica - isso justificava a ação do Estado como indutor do 
desenvolvimento - por meio da proteção comercial e da industrialização. O interesse 
econômico da nação deveria ficar à frente dos indivíduos.
SISTEMA NACIONAL DE ECONOMIA POLÍTICA (1841) - GEORG FRIEDRICH LIST
A nação forte seria uma forma de libertar o indivíduo - seria a intermediária entre o 
indivíduo e a humanidade. A nação, e não o indivíduo, passa a ser a unidade econômica 
básica, e a unidade nacional seria a base do bem-estar dos povos. O cosmopolitismo 
estaria a serviço das nações forte. A nação fica forte com a industrialização, e essa gera o 
livre comércio.
List propôs a unificação do mercado interno e a proteção contra as importações 
industriais para estimular a industrialização. Uma vez que a industrialização se consolida, 
alcança-se o livre comercio. Ele não defende a proteção à importação de matérias-primas, 
e afirma que as importações de maquinas e equipamentos deveriam ser livres ate que 
pudessem ser produzidos internamente. A proteção seria um fomento à produção 
industrial.
Para a nação ser forte existem alguns pré-requisitos: território extenso e uniforme, 
população numerosa, recursos naturais e abundantes, agricultura avançada, e elevado 
grau de civilização e desenvolvimento político.
A proteção envolve tarifas proibitivas ou moderadas. As estratégias abarcam o 
aumento setorial e gradual das tarifas. Além do aumento do mercado interno, deveria 
haver também um aumento das exportações - com equilíbrio na balança comercial - e 
aumento da arrecadação de tributos - obras de infra-estrutura. A proteção deveria ser alta 
no inicio e cair gradativamente, por causa da necessidade de concorrência.
CONCLUSÕES
O desenvolvimento pressupõe a montagem de um setor industrial. Uma vez 
implantados e após estarem maduros, poderia haver a concorrência com os países mais 
avançados. Para que isso aconteça sao necessários recursos, escala e proteção - 
integração proporcionaria recursos e escala, e as barreiras proporcionaria o terceiro. O 
papel do Estado é o de indutor do desenvolvimento. O livre comercio não levaria ao 
fortalecimento das nações.
ORIGEM DO LIBERALISMO ECONÔMICO
O liberalismo econômico surgiu no século XVIII na França e na Inglaterra. Esse 
pensamento é baseado na ideia de libertar o indivíduo da ação repressora do Estado, se 
opõe à ação do Estado mercantilista.
Os liberais viam a relação Estado x Mercado como um conflito entre coação e 
liberdades, entre autoridade e direitos individuais. As funções do Estado seriam apenas as 
clássicas, aquelas que os indivíduos não poderiam exercer por si próprios: sistema 
judiciário, defesa nacional e cunhagem de moeda. Ou seja, a função do Estado seria 
garantir um ambiente propicio à ação individual.
A busca metódica e ordenada do interesse econômico individual passou a ser vista 
como preferível às ações dirigidas pelas paixões violentas, desordenadas e imprevisíveis. 
O comércio, conduzido pelos interesses individuais, em busca de ganhos materiais, seria 
um freio mais eficiente ao comportamento passional que o apelo à religião, ao dever e à 
moral. O comércio era visto como elemento civilizatório, estimulador de virtudes como a 
moderação e a probidade. A atividade comercial foi valorizada, assim como a vida 
privada.
A valorização da vida privada possibilitou o aumento do consumo, importante para 
o dinamismo capitalista que se iniciava. Dessa forma, o mercado se tornava uma 
instituição chave na sociedade. Nele, os indivíduos podem buscar seus interesses, mas 
essa busca seria também um elemento de civilização e progresso. Perseguir interesses 
individuais, portanto, além de ser racional do ponto de vista individual, seria uma forma de 
atingir interesses públicos. 
Há também a ideia da mão invisível. 
GILPING
É a existência paralela e a interação reciproca do Estado e do mercado que cria a 
economia política; sem o Estado e o mercado essa disciplina não existiria. A economia 
política investiga de que forma o Estado e seus processo políticos conexos afetam a 
produção e a distribuição de riqueza, assim como, em particular, o modo como as 
decisões e os interesses políticos influenciam a localização das atividades econômicas e 
a distribuição dos sues custos benefícios. 
O Estado influencia profundamente o resultado das atividades do mercado ao 
determinar a natureza e a distribuição dos direitos de propriedade, assim como as regras 
que regulam a conduta econômica. A crescente percepção de que o Estado pode 
influenciar as forças de mercado, e as influencias, determinando o seu destino em grau 
significativo, é um fator importante para explicar a emergência da economia política. Por 
outro lado, o próprio mercado é uma fonte de poder que influencia os resultados políticos. 
A dependência econômica cria uma relação de poder que é fundamental naeconomia 
mundial contemporânea. Estado e mercado interagem para influenciar a distribuição de 
poder e riqueza nas relações internacionais.
Temas da economia politica:
Enquanto poderosas forças de mercado tendem a ultrapassar as fronteiras 
nacionais, a escapar ao controle político e a integrar as sociedades, a tendência dos 
governos é restringir, canalizar e fazer com que a atividade econômica sirva os interesses 
percebidos dos Estados e dos grupos poderosos que atuam em seu interior. A lógica do 
mercado consiste em localizar as atividades econômicas onde elas são mais produtivas e 
lucrativas, a lógica do Estado consiste em capturar e controlar o processo de crescimento 
econômico e de acumulação de capital.
O primeiro tema tem a ver com as causas e os efeitos econômicos e políticos do 
surgimento de uma economia de mercado. Os liberais em economia acreditam que as 
vantagens de uma divisão internacional do trabalho com base no principio das vantagens 
comparativas fazem com que os mercados surjam espontaneamente e promovam a 
harmonia entre os Estados; acreditam também que as redes de interdependência 
econômica criam uma base para a paz e para a cooperação. Já os nacionalistas 
econômicos acentuam o papel do poder na formação de um mercado e a natureza 
conflitiva das relações econômicas internacionais; argumentam que a interdependência 
econômica precisa ter um fundamento político, cria outra arena para o conflito entre os 
Estados, aumenta a vulnerabilidade nacional e constitui mecanismo que uma sociedade 
pode usar para dominar a outra.
O segundo tema é o vinculo entre a mudança econômica e a política. Assim, pode-
se questionar se os ciclos econômicos e seus efeitos políticos são um fenômeno 
endógeno ao funcionamento da economia de mercado ou se essas flutuações são 
devidas ao impacto de fatores exógenos sobre o sistema econômico, tais com guerras ou 
outros eventos políticos. Pode-se indagar também se a instabilidade econômica é ou não 
a causa de certos distúrbios políticos profundos, como a expansão imperialista, as 
revoluções políticas e as grandes guerras dos últimos séculos.
O terceiro tema do livro é o significado para as economias nacionais, de uma 
economia de mercado globalizada. Tanto os liberais como os marxistas tradicionais 
consideram a integração de uma sociedade na economia mundial como um fator positivo 
para o bem estar interno e o desenvolvimento econômico. Liberais - comercio é um motor 
do crescimento. Marxistas- essas forças externas promovem o desenvolvimento ao 
destruir as estruturas sociais conservadoras. Para os nacionalistas, a economia de 
mercado mundial prejudica a economia e o bem-estar internos, pois o comercio é visto 
como um motor de exploração que causa declínio econômico.
Ideologias como teorias políticas
 
Nacionalismo econômico: presume o primado da politica - Estado, segurança 
nacional e poder militar - sobre a economia. Doutrina que privilegia o Estado, e o mercado 
deve estar sujeito aos interesses daquele - meta de construção e fortalecimento do 
Estado. 
O objetivo principal é a industrialização. Acreditam que a industria tem influencia 
positiva em toda a economia, o que promove o desenvolvimento do conjunto. Associa a 
industria com a auto suficiência econômica e a autonomia política. Além disso, a industria 
é considerada a base do poder militar, o que é fundamental para a segurança nacional.
Acentuam o papel dos fatores econômicos nas relações internacionais e 
consideram a disputa entres os Estados por recursos econômicos inerente a natureza do 
próprio sistema internacional, uma vez que esses são necessários para o poder nacional. 
Todo conflito é ao mesmo tempo econômico e político.
Riqueza e Poder: enquanto os liberais consideram a busca do poder e da riqueza 
como uma opção, os nacionalistas tendem a considerar essas duas metas de forma 
complementar .
1) a riqueza é um meio absolutamente essencial para o poder em termos de 
segurança ou para a agressão 

2) o poder é essencial ou valioso como meio para adquirir e manter a 
riqueza 

3) a riqueza e o poder são ambos objetivos últimos da política nacional
4) no longo prazo, há uma harmonia entre esses objetivos, embora em 
circunstancias particulares possa ser necessário fazer sacrifícios econômicos, durante 
algum tempo, no interesse da segurança militar e, portanto, da prosperidade de longo 
prazo
O nacionalismo econômico defensivo existe com freqüência nas economias menos 
desenvolvidas ou naquelas economias avançadas que começaram a declinar; nesses 
países, o governo segue políticas protecionistas semelhantes para proteger suas 
industrias nascentes ou declinastes e para salvaguardar os interesses nacionais
O Welfare state: estado do bem estar social
Nas ultimas décadas do século XX, a importância crescente da tecnologia 
avançada, o desejo de controlar os pontos focais da economia moderna e o advento do 
que se poderia chamar de “competitividade das políticas publicas” passaram a ser os 
traços característicos. No entanto, a preocupação prevalece com o poder e a 
independência nacionais foi sempre a característica predominante.
Liberalismo: reação ao mercantilismo. Presume que, do ponto de vista ideal, 
política e economia - o comportamento humano é tido como governado por um conjunto 
de “leis” econômicas, impessoais e politicamente neutras. Os governos não devem intervir 
no mercado, exceto nos casos em que este ultimo falhe, ou então para proporcionas um 
bem público, ou coletivo - ocupam esferas separadas. No interesse da eficiência, do 
desenvolvimento e da soberania do consumidor, os mercados devem funcionar livres de 
interferência política. Todas as formas de liberalismo econômico estão comprometidas 
com o mercado e com o mecanismo dos preços como o meio mais eficiente de organizar 
as relações econômicas internas e internacionais.

O liberalismo - a premissa fundamental do liberalismo é a noção de que a base da 
sociedade é o consumidor individual, a firma, a família. e que os indivíduos agem sempre 
na base de um calculo do custo/beneficio, dos fins com relação aos meios. Por fim, ele 
sustenta que o indivíduo continua a perseguir um objetivo até que um equilíbrio seja 
alcançado no mercado, ou seja, até que os custos associados com a realização desse 
objetivo igualem as vantagens decorrentes - parte da ideia de que um mercado surge de 
forma espontânea para satisfazer as necessidades humanas, e que, uma vez que comece 
a funcionar, o faz de acordo com sua própria lógica interna. Para facilitar o comércio e 
melhorar o seu bem estar, as pessoas criam mercados, meios de pagamento e 
instituições econômicas (transportar, vender e trocar são atividades inerentes a 
humanidade).
Rationale do mercado: é o aumento da eficiência econômica, a maximização do 
crescimento da economia e, portanto, a melhoria do bem estar. A atividade econômica 
aumenta também o poder e a segurança do estado. 
Lei da demanda e da oferta.
Mão invisível
__
O sistema de mercado tornou-se um fator importante na formação da sociedade 
moderna; a competição no mercado e a sensibilidade dos atores econômico as mudanças 
de preços relativos impulsionam a sociedade na direção de maior especialização, maior 
eficiência e de uma eventual unificação econômica do mundo.
A interação do mercado com as condições ambientais explica em boa parte a 
história economia e política do mundo moderno. Entre as chamadas variáveis externa que 
afetam o funcionamento dos mercados estão a estrutura da sociedade, o contexto político 
nacional e internacional e a situação da teoria cientifica e do desenvolvimento tecnológico.
Teorias Contemporâneas
A teoria da Economia Dual: qualquer economia, interna ou internacional, precisa 
ser analisada em termos de dois setores diferentes, um setor moderno e progressista, 
caracterizado por um nível elevadode eficiência produtiva e integração econômica, e um 
setor tradicional, caracterizado por um modo de produção atrasado e por uma auto 
suficiência local.

Sustenta que o processo de desenvolvimento econômico, motivado pela 
competição no mercado e pelos mecanismo dos preços, implica a incorporação e a 
transformação do setor tradicional em um setor moderno por meio da modernização das 
estruturas econômicas, sociais e políticas.
A Teoria do Sistema Mundial Moderno: a historia e o funcionamento da economia 
política internacional só podem ser entendidos em termos do “Sistema Mundial Moderno”, 
o qual já foi definido como “uma unidade como uma única divisão do trabalho e muitos 
sistemas culturais”. Os proponentes - não são necessariamente marxistas, porem a teoria 
baseia-se na conceição marxista da realidade social, aceita o primado da esfera 
econômica e da luta de classes sobre o conflito político e de grupos como determinante 
da conduta humana; porem, a teoria fala de um sistema econômico mundial unificado 
composto de uma hierarquia internacional de Estados dominado por classes sociais, 
unidos por forças econômicas e produzindo o subdesenvolvimento em toda a periferia 
dependente - afirmam que a tarefa primordial dos economistas políticos é a analise das 
origens, da estrutura e do funcionamento desse sistema.
Baseia-se na tese marxista clássica de que tanto o Estado nacional dos 
nacionalistas como o mercado dos liberais derivam de forças econômicas e sociais 
subjacentes e mais fundamentais. Não são atores independentes ou variáveis, mas 
conseqüências de um combinação peculiar de ideias, instituições e capacidades 
materiais.
O argumento central é o de que a economia mundial contem um núcleo dominante 
e uma periferia dependente que interagem e funcionam como um todo integrado. 
Enquanto o dualismo considera que o núcleo desenvolvido e a periferia tradicional estão 
ligados de forma pouco firme (se tanto) a um relacionamento mutuamente benéfico, a 
teoria SMM os vê como um todo integrado, de tal forma que os mesmos mecanismos que 
no núcleo produzem desenvolvimento e acumulação de capital, na periferia provocam 
subdesenvolvimento econômico e político. 
Em contraste com a envase do dualismo - tendência favorável a separação do 
núcleo e da periferia, e especialmente no isolamento econômico de segmentos amplos da 
periferia - os defensores do SMM pensam que o núcleo e a periferia estão intimamente 
conectados. Os setores moderno e tradicional relacionam-se funcionalmente, e o segundo 
é mantido pelas suas conexões com o primeiro. 
-> acredita-se que são as relações externas da sociedade, e não os fatores 
internos, as responsáveis pelo subdesenvolvimento econômico e pela criação de Estados 
débeis.
-> a teoria do SMM afirme que um sistema pluralista de Estados era o 
requisito primordial para a criação de uma economia mundial, considera que a interação 
do comercio internacional com os investimentos é o mecanismo fundamental para 
perpetuar seus traços estruturais.
“O sistema mundial capitalista está dividido em 3 camadas de Estados: as do 
núcleo, as da semiperiferia e as da periferia. A diferença essencial entre elas está na força 
da maquina estatal em diferentes aéreas, a qual, por sua vez, leva a transferencia do 
excesso de produção da periferia para o centro, o que fortalece ainda mais os Estados 
centrais. O poder estatal é o mecanismo principal, pois “os atores no mercado” tentam 
“evitar o funcionamento normal do mercado sempre que ele não maximize o seu lucro”, 
voltando-se para o Estado nacional com o objetivo de alterar os termo do 
intercâmbio” (Brewer, 1980, p 165)
A colocação original de um Estado através dessa divisão internacional do trabalho 
determina se um Estado é hard (pode resistir as forças externas do mercado, 
canalizando-as em seu proveito, e conseguir, com isso, administrar sua própria economia) 
ou soft (são plásticos, ficam a mercê das forças externas do mercado e não conseguem 
controlar a sua economia).
A Teoria da Estabilidade Hegemônica: uma economia mundial liberal exige a 
presença de uma potência dominante ou hegemônica. A teoria está relacionada com a 
existência de uma economia internacional baseada nos preceitos do livre mercado, tais 
como a abertura e nano discriminação. Afirma que um tipo particular de ordem econômica 
internacional, a ordem liberal, não poderia florescer e alcançar seu pleno desenvolvimento 
sem a presença de um poder hegemônico, porem, a simples existência de um poder 
hegemônico não basta para garantir o desenvolvimento de uma economia internacional 
liberal, é preciso também que a potência hegemônica tenha compromisso com os valores 
do liberalismo ou, para Ruggie, que seus objetivos sociais e a distribuição interna de 
poder se inclinem favoravelmente a uma ordem internacional liberal.


-> hegemonia sem um compromisso liberal com a economia de mercado 
levará, mais provavelmente, a um sistema imperial e a imposição de restrições políticas e 
econômicas as potências menores. A potência hegemônica pode estimular, mas não pode 
obrigar outros Estados poderosos a seguir as regras de uma economia mundial aberta. A 
potência hegemônica usa a sua influência para criar regimes internacionais - princípios, 
normas, regras e procedimentos decisórios em torno dos quais convergem as 
expectativas dos atores em uma certa área temática-.
ADAM SMITH
O maior acréscimo dos poderes produtivos do trabalho e grande parte da perícia, 
destreza e bom senso da sua execução parece provir da divisão do trabalho. A divisão do 
trabalho aumenta a produção por meio de três efeitos:
- o aumento de destreza dos trabalhadores pelo treino e especialização;
- poupança de tempo, correspondente à passagem de uma tarefa a outra e ao 
período de descanso normalmente associado;
- invenção e utilização de máquinas que facilitam e reduzem o trabalho – a 
concentração num objectivo muito simples estimula a invenção de máquinas que 
substituam ou apoiem o operário na realização de determinada tarefa.
A multiplicação das produções de todas as artes, consequência da divisão do 
trabalho, origina, numa sociedade bem administrada, a opulência generalizada, que se 
estende às camadas mais inferiores da população. Cada trabalhador troca uma grande 
quantidade dos seus produtos numa grande quantidade dos produtos dos outros 
trabalhadores, difundindo-se a abundância pelas diferentes camadas sociais.
A divisão do trabalho não procede da sabedoria humana, mas de uma propensão 
para cambiar, permutar ou trocar. Numa sociedade civilizada, o homem necessita 
constantemente da ajuda e cooperação de uma imensidade de pessoas, tendo maior 
probabilidade de alcançar o que deseja se conseguir interessar o egoísmo delas. 
A riqueza das nações é o resultado do aumento da produtividade do trabalho, 
conseqüência da divisão do trabalho. O comercio internacional aumenta as possibilidades 
de que a divisão ocorra. Com o comercio, o país pode exportar quilo que produz melhor e 
importar aquilo que produz pior. Dessa forma, há um aumento da eficiência da economia, 
uma vez que cada país pode se concentrar na produção daqueles bens em que é mais 
eficiente.
O comercio internacional é baseado na ideia de vantagens absolutas, ou seja, para 
haver comercio entre dois países, um país teria que ser mais eficiente na produção de 
pelo menos um bem.
Uma das vantagens do comercio é o aumento da produção, além disso, tem-se 
também, preços mais baixos - beneficia os consumidores. A produtividade especializa a 
produção e exportação.
MUDANÇAS NO QUADRO HISTÓRICO
Com o aumento da concorrência, aconteceu uma erosão das diferenças de preços, 
o que reduziu o lucro. A integração dos processos de produção e comercial contribuiu 
para o avanço do capitalismo que acarretou no fechamento das guildas - mestres e 
artífices, artesanato. Oa mestresacabaram se tornando capitalistas e os artífices 
operários, e esses capitalistas se constituíram em uma força econômica importante na 
Inglaterra no século XVII. Essa mudança na realidade econômica levou a uma mudança 
das ideias econômicas.
Essa mudança ocorreu na percepção de que os preços eram determinados pelas 
condições de produção e o lucro era originário do processo produtivo. Percebeu-se que 
se o trabalho é o principal determinante do valor, ele será o principal determinante dos 
lucros. 
Passou-se a criar um filosofia do individualismo, em que os capitalistas desejavam 
se livrar das regulamentações estatais e da vergonha em função da busca pelo lucro. 
Queriam se ver livres das restrições econômicas impostas pelo Estado, por isso, 
abraçaram o liberalismo.
QUADRO HISTÓRICO
A Inglaterra foi protecionista até o final do século XVIII - proteção do mercado 
interno e imposição do livre comercio no exterior. Nesse intervalo, a Inglaterra se tornou 
muito eficiente na produção de bens industriais, já que detinha o monopólio dos novos 
métodos industriais. Os únicos obstáculos para o aumento das exportações eram o 
protecionismo na Europa e EUA e barreiras à importação de matérias-primas e produtos 
agrícolas em função das Corn Laws.
O argumento para a aprovação das Corn Laws foi a possibilidade de a Inglaterra 
ser auto-suficiente na produção de alimentos, mas o protecionismo passou a ser 
disfuncional para os industriais, pois quanto maior o preço dos alimentos, maior os 
salários e menos a margem de lucro na industria, dessa forma transferia-se a renda da 
industria para a agricultura.
No Parlamento Inglês, os proprietários de terra eram sobre-representados, portanto 
eram seus interesses que eram defendidos. Os interesses dos industriais eram contrários 
aos dos proprietários de renda, pois para aqueles, o fechamento da economia prejudicaria 
a abertura de novos mercados e a compressão da taxa de lucros devido ao aumento dos 
salários. O interesse da industria era: menores tarifas de importação de matérias-primas, 
para que a Inglaterra pudesse demandar a abertura dos mercados na Europa e EUA.
O Parlamento sofreu uma reforma no sistema em 1832, e nessa a representação 
pela renda, e não pela terra, ganhou força. Desse modo, as elites dos centros industriais 
passaram a ter mais forca política e portanto. O crescimento das cidades acarretou na 
necessidade de mais alimentos, portanto, a auto-suficiência passou a ser disfuncional. a 
partir daí, a elite industrial acabou com as Corn Laws.
DAVID RICARDO
Ricardo afirma que o problema central da economia política era determinar as leis 
que regem a distribuição do produto total da terra entre as três classes, o proprietário da 
terra, o dono do capital necessário para seu cultivo e os trabalhadores, que entram com o 
trabalho para o cultivo da terra.
O problema central de Ricardo divergia do de Adam Smith na Riqueza das Nações. 
Para este, a questão central estava em investigar as causas do crescimento das nações, 
que era a fonte de onde provinham os estímulos à acumulação de capital. Para Ricardo, a 
acumulação era um problema relativamente simples, já que era deter- minada pela 
manutenção das taxas de lucros em determinados patamares, garantindo a reinversão. O 
problema central era da distribuição do produto total entre as três categorias. E os lucros 
eram vistos como resíduos, formados após a dedução dos custos de produção (aí 
incluídos os salários) e da renda da terra.
Ricardo adotava a teoria de Malthus segundo a qual o salário apontava para a 
subsistência, porque se se elevasse, induziria ao aparecimento de um número maior de 
trabalhadores (pelo aumento do número de filhos dos operários), que faria, através da 
concorrência, o nível dos salários baixar novamente até a subsistência. Do contrário, um 
nível abaixo da subsistência faria os salários retornarem ao patamar natural, pela 
escassez de trabalhadores que seria causada.
Num esquema de livre concorrência, a distribuição entre retorno do capital e 
pagamentos aos proprietários de terras se dava de acordo com a ocupação das terras. 
Prosseguindo-se ao limite a ocupação das terras menos férteis, chegar-se-ia à situação 
em que o produto líquido extraído da terra de menor fertilidade seria suficiente apenas 
para cobrir a parcela de custos e em todas as terras de maior fertilidade, seriam geradas 
rendas diferenciadas de magnitudes crescentes apropriadas pelos proprietários de terras, 
como dedução do produto líquido gerado. A taxa de lucro estaria então reduzida a um 
mínimo e o sistema entraria em estagnação, gerando apenas o suficiente para repor o 
desgaste do capital no processo produtivo — este era o chamado estado estacionário que 
Ricardo via como produto inevitável da expansão do sistema. É claro que poderiam 
ocorrer fatos que adiassem momenta- neamente a chegada do estado estacionário. Era o 
caso das inovações tecnológicas na agricultura (fazendo aumentar a produtividade em to- 
das as terras e barateando a parcela destinada à reprodução da classe trabalhadora). Era 
o caso também do comércio internacional, que poderia evitar o efeito da ocupação das 
terras menos férteis com a compra pelo país de produtos com maior produtividade no 
exterior, evitando-se assim a rebaixa geral na taxa de lucros. Daí o porquê de Ricardo ter 
defendido com tanto rigor a extinção das “Corn Laws” na Inglaterra.
Ele defende a Teoria das Vantagens Comparativas, afirmando que essas são a 
causa ultima dos ganhos do comércio, uma vez que o comercio bilateral é sempre mais 
vantajoso que a autarquia quando as estruturas de produção são diferentes. Ex.: Portugal 
e Inglaterra - Panos e Vinhos - se houver diferença entre a quantidade de trabalho para 
produzir esses produtos nesses países, o comercio será possível e vantajoso. A diferença 
entre as produtividades é a condição necessária e suficiente para que haja ganhos de 
comercio. Nessa teoria, a eficiência é medida pela produtividade. Leva-se em 
consideração também o chuto de produção.
O modelo das vantagens comparativas defende a relação entre produtividade - 
tecnologia - e padrão de comercio. afirma-se que o livre comercio é o meio para a 
especialização.
Para Ricardo, o mundo deve ser do tipo 2x2 - relação entre dois países levando-se 
em consideração dois produtos -, deve-se haver um único fator de produção relevante, 
estoque de mão-de-obra fixo em cada pais, trabalhadores móveis entre os setores 
imóveis entre os países, diferenças nas tecnologias de produção entre os 2 países para 
um mesmo produto, e inexistência de barreiras comerciais ou de custos de transporte.

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